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Universidade Federal doRio de Janeiro ESCRA VTDÁO E RELIGlÚES AFRO-BRASILEIR PDF

348 Pages·2015·13.29 MB·Portuguese
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Universidade Federal doRio de Janeiro ESCRAV TDÁO E RELIGlÚES AFRO-BRASILEIR<\S Liliana Beatriz Jara Gutiérrez 2004 ESCRAVIDÁO E REUGlÓES AFRO-BRASILt:JRAS Liliana Beatriz Jara Gutiérrez Tese de Doutorado apresentada a o Programa de Pós gradua~ao em Antropología Social, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários a obtenyao do título de Doutor em Antropologia Social. Orientador: Giralda Seyferth Rio de Janeiro Agosto de 200-l ll ESCRAVIDAO E RELIGIOES AFRO-BRASILEIRAS Liliana Beatriz Jara Gutiérrez GiraJda Seyferth Tese de Ooutorado submetida ao Programa de Pós-graduac;:ao em Antropologia Social, Museu Nacional, da Universidade Federal do Rio de a Janeiro- UFRJ, como parte dos requisitos necessários obten~ao do título de Doutor em Antropologia SociaL Aprovada por: Presidente, Prof Pro f. Pro f. Pro f. Pro f. Rio de Janeíro Agosto de 2004 111 AGRADECJ:-..IL '1 ()~ Vánas in$Lirui~oes tomaram possível este trabalho Desejo expr¿ssar meus agradecimentos ao corpo de professores e aos funcJonarios do PrO!-'Tama de Pós-Gradua~ao em Antropología Social do Museu Nncional-UFRJ e ao CNPq, instinti~oes que tornaram possivel a investiga¡;ao. A professora Giralda Seyferth, sempre comprometida com criticas e sugestoes. Aos professores Antonio Carlos de Souza Llrna e Márcio Goldman pelos seus comentários e recomenda96es. Ao professor Alexandre Parola, que sempre me deu urna for~a. A Miriam Santos pelas sugestoes e solidariedade. A Dagoberto Ramos pela ajuda com os dados de arquivo. A Ricardo Harduim, Bárbara Mara, Ana Demori, Heloisa e Fernando Guida pelo apoio incondicionaL A Paulo Schaffi~ pela sua confian~. A Nadia e Camilo, pelas infonnay5es preciosas e sua boa vontade. a Ao Pai-de-santo Aldenor de Oxoce, comunidade do terreiro de Oxoce em Madw-eira por sua gentileza e boa disposi9ao. As funcionárias da Biblioteca. Ao professor Luciano Menezes que corrígíu o meu portugues. Aos colegas que me acolheram. E a Alejandro e Nicolás, que acornpanharam esta aventura atraves da CaJunga. IV Jara Gutiérrez, Lihana Beatriz Escravidao e rehgioes afro-brasileiras/Lihana Beatriz Jara Guriérrez.- Rio de Janeiro: UFRJ/PPGAS, 2004. ix, 339 f.: 31 cm. OrientaJor: Giralda Seyferth Tese (doutorado) - UFRJ/ Museu Nacional/ Programa de Pós-graduac;ao em Antropologia Social, 2004. Referencias Bibliográficas: f. 33~ 1. Escravidao. 2. Cultos afro-brasileiros. 3 Brasil. l. Seyferth Giralda. II Universidade Federal do Rio de 1 Janeiro, Museu Nacional, Programa de Pós-graduac;ao em Antropologia Social. Título. V RESUMO ESCRA VIDÁO E RELIGIÓES AFRO-BRASILEIRAS Liliana Beatriz Jará Gutiérrez Orientador: Giralda Seyfenh. Resumo da Tese de Doutorado subrnetida a Programa de Pós-r:.lfaduac;:ao ern Antropología Social, Museu Nacional, Da Universidade Federal do Rio de Janeiro - a UFRJ, como parte dos requisitos necessários obtenc;:ao do título de Doutor em Antropologia Social. Diversos estudos sobre religioes afro-brasileiras falam em escravidao: certos adeptos sao tratados como ''escravos" e, em determinadas cerimónias, os escravos entram num "barco" para realizar urna "viagem sem retorno", saem para serem vendidos num "mercado", podem comprar a "alforria", etc.~ além disso, certas divindades a parecem ser ··escravas" de outros orixás. Esta constatac;:ao induz necessidade de sistematizar o tema da escravidao nas religioes afro-brasileiras. Por outro lado, a escravidao é um fato histórico que marcou a populac;:ao afro-brasileira, populac;:ao que por sua vez é a introdutora destas religioes no Brasil. Estas duas constatac;:oes levam a postular a hipótese de que o relato religioso poderia ter um certo paralelismo com os dados históricos da escravidao no BrasiL Assim, o presente estudo procura verificar se existe alguma correlac;:ao positiva entre o relato mítico religioso e os fatos históricos. No decorrer da pesquisa, o paralelismo entre os discursos religioso e histórico sobre a escravidao tornou-se evidente. Esta constatac;:ao colocou a necessidade de verificar se a escravidao mística é um fenómeno acidental ou estruturante. A conclusao foi que, nas religioes afro-brasileiras, o cativeiro é urna necessidade de todo o sistema que garante a vinda dos orixás sobre aterra e permite a circulac;:ao do axé. Palavras-chave: escravidao, religioes afro-brasileiras. Rio de Janeiro Agosto de 2004 VI ABSTRACT SLA VERY AN AFRO-BRAZILEAN RELIGIONS Liliana Beatriz Jara Gutiérrez Orientador: Giralda Seyferth Abstract da Tese de Doutorado submetida a Programa de Pós-gradua9ao em Antropología Social, Museu Nacional, Da Universidade Federal doRio de Janeiro a UFRJ, como parte dos requisitos necessários obtem;ao do titulo de Doutor em Antropologia Social. Several studies on Afro-Brazilian religions mention slavery: sorne adepts are treated as "slaves" and, in the course of certain ceremonies, the "slaves" board a "ship" to embark ·on a ''one way trip", they leave to be sold in a "'markef', may buy their ''freedom", etc. In addition, sorne ofthe divinities appear to be slaves to other orixás. Tilis realization brings about the need to systematize the notion of slavery within the different A.fro-Brazilian religions. On the other hand, slavery constitutes a historical fact that marked the Afro-Brazilian population, which, in turn, introduced these religions into Brazil. Both realizations lead us to suggest the hypothesis that religious accmmts are likely to nm along parallel lines with the historical facts of slavery in Brazil. Thus, the purpose of this study is to detennine the existence of a positive correlation between the mythical-religious accounts and historical data. Throughout the research, parallelism between both discourses, religious and historical, about slavery became evident. This fact produced the need to verify whether rnystical slavery is an accidental phenomenon or a stn1ctural one. The conclusion was that, in afro-brazilian religions, captivity is a necessity of the whole systern, beca use it allows the orixás coming to Earth, and the flow of the axé. Key-words: slavery, Afro-Brazilian religions. Rio de J aneiro Agosto de 2004. Vll SF\oiÁRIO At,rradecimentos .......................................................................... ¡v Resumo ........................................................................................ vi Abtract ......................................................................................... vii Introdu¡¡:ao .................................................................................... l Primeira parte: Os escravos. Capítulo l: O escravo e o liminar··-·---·----·-------·-----·-------··--·----·-··-- 22 Capítulo Il: Os feiriceiros e os mortos ---······--···-·------·---------------·-- 41 Capítulo III: O nascimento místico: o barco da vida ou o barco negreiro ··············-··-········-····-···························----··--- 72 Capítulo IV: O escravo e a chegada ·············-···--·-----------------····----- 93 Capítulo V: Os eres escravos -·----·---··-----·--··················-·---------··--·· 113 Segunda parte: escravidao e parentesco. Capítulo VI: O problema da na<;:ao ............................................... 133 Capítulo VII: A familia patriarcal e a familia de santo ................ 165 Capítulo VIII: As irmandades ············-·······----···-······················-·-· 197 Terceira parte: Liberdade ou destino. Capítulo lX: Liberdade ou alforria .............................................. 216 Capítulo X: O destino ·········--················-··-···············---·--·--···-·-·····260 Capítulo XI: Orixás escravos ....................................................... 282 Conclusao ··-················----······················-··········-·-·--·------·······--·-····· 317 Referencias bibliográficas ·················-----·········----···-------···------····-- 323 'v1ll ÍNDICE DE T ABELAS TABELA 1 Nomes de escravos associados ao patriarcalismo real ..................... 276 TABELA 2 a Outros no mes escravos associados realeza ................................... 278 TABELA3 No mes escravos associados a Ex u .................................................... 288 TABELA4 Nomes escravos associados a Ossaim .............................................. 291 TABELAS Nom es escravos associados indiretamente a Ossaim ....................... 292 TABELA6 Distribui~ao de nomes que refletem a condi~ao escrava ................. 315 TABELA 7 a Distribui~o de nomes associados escravid.ao de escravos liberados Nos barcos ........................................................................................ 316 Ix REFERENCMS BIBUOGRÁFICAS INTRODU~·Áo Ao comec;ar a penetrar no mundo das religióes afro-brasileiras, um fato aparece com grande destaque: a persistencia destas religióes apesar da repressao sistemática de que foram objeto ern certos períodos históricos. Urna das tentativas de e:\:plica¡;:ao esta representada pelas correntes teóricas que postulam a acultura~ao da rnassa escrava, ou o sincretismo das religíoes afro-brasileiras. Sao teorías que interpretam as mudan~Yas rituais como um sinal do progressivo desaparecí mento da cultura africana no Brasil. O outro lado desta postura aparece em posi~óes que consideram estas religióes, particularmente o candomblé nag6, como o instrumento fundamental da resistencia cultural dos escravos. Estas religioes sao apresentadas com um certo viés contestatário, como urna espécie de as cultura autónoma, urn tanto adversa rnudan~as, que garante a liberdade e a independencia do mundo negro. Este conservadorismo religioso estaría permanentemente arnea~ado pelas varia~oes e mudan~as rituais observadas pelos etnógrafos, assim como pelo devír histórico da sociedade global que as obrigaria a mudar, apesar dos esfor~os para mante-las na sua pureza. A reconstru~ao da religiao africana pura é apresentada como um objetivo dos afro-descendentes na sua ardua !uta pela liberdade. A pureza é entendida como a fidelidade ao modelo nag6, apresentado por inúmeros pesquisadores como wna cultura africana superior se comparada, por exernplo, com os bantos, descritos como poluídos pelos sincretismos e muito menos evoluídos cultural mente. Capone ( 1997) e Birman ( 1980) estudaram extensamente as descri<;oes realizadas pelos etnógrafos desta hierarquia africana. Esta postura da superioridade nago e da defesa da pureza religiosa tem enorme peso ainda hoje. No entanto, esta forma de situar o problema pode trazer dificuldades, urna vez que o continente africano sofria o processo de coloniza~ao e evangeliza~ao na época do tráfico de escravos e o isolamento cultural nao era completamente possível. Inclusive, ao tentar dar canta de certas primazias entre os 0rixás, Lépine ( 1978: 193) concluí que elas podem ser o resultado da vitória de certas tribos africanas invasoras, que relegararn "a um lugar secundário as divindades locais". A mesma autora afirma que algumas divindades do país jeje foram adotadas pelos iorubas "no decorrer de sua história" (Lépine, 1978: 193) e a introdw;ao de certos deuses seria o produto de guerras ou do cantata cultural interafricano. Para Si1veira (1988: 179, 180) o panteao

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iorubas "no decorrer de sua história" (Lépine, 1978: 193) e a introdw;ao de Se o acusado fusse considerado culpado, era condenado a morte. afirma que os escravos fugictos nas cictactes !emav3m ··consrmir wna nov:'l ide!l!
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