UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ CLARA ELIANA CUEVAS CORPOS ABJETOS E AMORES MALDITOS: HOMOSSEXUALIDADE, ANONIMATO E VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL NA DITADURA STRONISTA EM ASSUNÇÃO, 1959 CURITIBA 2015 CLARA ELIANA CUEVAS CORPOS ABJETOS E AMORES MALDITOS: HOMOSSEXUALIDADE, ANONIMATO E VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL NA DITADURA STRONISTA EM ASSUNÇÃO, 1959 Dissertação apresentada à linha de pesquisa Intersubjetividade e pluralidade: reflexão e sentimento na História, Programa de Pós- Graduação em História, Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes da Universidade Federal do Paraná, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em História. Orientadora: Profª Drª Ana Paula Vosne Martins. CURITIBA 2015 Catalogação na publicação Mariluci Zanela – CRB 9/1233 Biblioteca de Ciências Humanas e Educação - UFPR Cuevas, Clara Eliana Corpos abjetos e amores malditos: homossexualidade, anonimato e violência Institucional na Ditadura Stronista em Assunção, 1959 / Clara Eliana Cuevas – Curitiba, 2015. 170 f. Orientadora: Profa. Dra. Ana Paula Vosne Martins Dissertação (Mestrado em História) – Setor de Ciências Humanas da Universidade Federal do Paraná. 1. Assunção (Paraguai) - Ditadura. 2. Homossexualismo – Controle social. 3. Assunção (Paraguai) – Atividades políticas. 4. Memória. 5. Teoria Queer – Identidade sexual. I.Título. CDD 321.9 Licença Copyleft: Pela livre, longínqua e promíscua difusão desta obra pelos ventos de outros papéis, dedos e olhares. À todas as translésbichas da minha vida que tornaram possíveis estas palavras. AGRADECIMENTOS Agradeço à todos os profissionais da educação que se mobilizaram historicamente para que hoje eu pudesse ser contemplada com uma bolsa de pesquisa CAPES, fundamental para a escrita desta dissertação. Agradeço à profa Dra. Ana Paula Vosne Martins pela orientação, dedicação, paciência e liberdade fundamentais concedidas durante toda a escrita. À banca de qualificação, Dra. Marionilde Brepohl pelas críticas e sugestões, e Dra. Maria Rita César que acompanhou essa jornada desde o início com muito incentivo, recomendações e carinho. À professora Dra. Cristina Scheibe Wolff que gentilmente aceitou participar da banca de defesa e contribuir com sua análise e incentivo para seguir adiante. Agradeço à Maria Cristina Parzwski pela indispensável atenção e simpatia, assim como à profa. Dra. Karina Bellotti pela confiança depositada ao longo do mestrado. Aos membros da Mansión 108, principalmente Nico, Negrito e Erwing, sem o qual a produção desta dissertação seria impossível. Gracias pelo carinho, amizade, leitura e apoio que me dispensaram durante toda a pesquisa, enfim, por toda afetação, pelo “siento” ocho. Às mulheres guerreiras da minha vida, Elisa Cuevas, Alice e Letícia Monteiro. Agradeço às minhas famílias, paraguaia e chilena, que contribuíram neste percurso com todo seu amor. Agradeço à minha família de quatro patas pelas lambidas e ronronos incondicionais, amor felino e canino ao final de cada dia de escrita: Cleiton José, Leonardo Antônio, Frida Jacqueline, Gari, Rubio, Botão e a caçula Milonga Carolina. Agradeço aos amigos e amigas de duas patas que acreditaram em mim, muito mais do que eu mesma, e me incentivaram, compartilhando os sonhos e a vida comigo diariamente: Liz Andréa Dalfré, Luiz Carlos Sereza – dois grandes responsáveis pela minha imersão na vida acadêmica - e sua filhinha Jill Valentine, Clóvis Mendes Gruner – pelos palpites, sugestões e carinho na leitura do texto, há muito de você nessas linhas – Simone Ramos, Viviane Zeni, Ozias Paese, Jorge Morato, Fabiana Algarte – pelo exemplo, por toda força e incentivo –, Bruna Sena, Marcos Carvalho – pela amizade intensa e inquieta, obrigada por tudo, tudinho mesmo –, Cleiton Zóia – pela sensibilidade, carinho e pela filosofia -, Marina Oliveira, Reginaldo Cerqueira, Rosane Kaminski, Artur Freitas, Flora Morena, Everton Souza, Everton Moraes, Joice Angelita, Sebastião Nascimento, Lucas Valério, Guilherme Bianchi, Larissa Brum e Flavia Bortolon. Aos que, mesmo distantes, estão em tudo que faço, Anya Colman Krueger, Diego Calegari, Eduardo dos Santos, Mário Schafer, Bárbara Schmitz, Cauê Iarto, Felipe Martini, Marina Teixeira e Jader Tiago. Ao Tito, porque de historia y pueblo estamos hechos e mi corazón está mejor sitiado que mi casa. Lo ideal no es fabricar herramientas, sino construir bombas, porque una vez que se han utilizado las bombas que se han construido, nadie más puede servirse de ellas. Debo añadir que mi sueño, mi sueño personal, no es exactamente construir bombas, porque no me gusta matar a la gente. Pero quisiera construir libros bomba, es decir, libros que fueran útiles precisamente en el momento en el que alguien los escribe o los lee. Y que desaparecieran luego. Esos libros estarían hechos de tal modo que desaparecerían poco tiempo después de haber sido leídos o utilizados. Los libros deberían ser una especie de bombas y nada más. Tras la explosión, las gentes podrían recordar que esos libros produjeron unos hermosos fuegos artificiales. Más tarde los historiadores y demás especialistas podrían decir que ese libro o tal otro fue tan útil como una bomba y también tan hermoso como unos fuegos artificiales. Michel Foucault Atravesando la mirada virgen y mágicamente seducida de nuestros ancestros latinoamericanos, llegó en un fabuloso barco místico la famosa idealización occidentalizada de la sexualidad, lamentablemente manipulada por la institución de la iglesia, derramándose en estas tierras los nuevos y fatales pensares que se instalaron bajo el sangriento ultraje y saqueo que permanece intacto hasta nuestro días, con el objetivo de normalizar, bajo escalofriantes e ignorantes parámetros, a las bestias salvajes que vivían en este desconocido paraíso. Hija de Perra
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