UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS INSTITUTO DE ECONOMIA Alexandre Lautenschlager Inovação e crescimento econômico: uma comparação entre modelos endógenos e evolucionários Campinas Agosto de 2016 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS INSTITUTO DE ECONOMIA Alexandre Lautenschlager Inovação e crescimento econômico: uma comparação entre modelos endógenos e evolucionários Prof. Dr. Antonio Carlos Macedo e Silva – orientador Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Econômicas do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas para obtenção do título de mestre em Ciências Econômicas. ESTE EXEMPLAR CORRESPONDE À VERSÃO FINAL DA DISSERTAÇÃO DEFENDIDA PELO ALUNO ALEXANDRE LAUTENSCHLAGER E ORIENTADO PELO PROF. DR. ANTONIO CARLOS MACEDO E SILVA. CAMPINAS 2016 DISSERTAÇÃO DE MESTRADO Alexandre Lautenschlager Inovação e crescimento econômico: uma comparação entre modelos endógenos e evolucionários Defendida em 08/09/2016 COMISSÃO JULGADORA Agradecimentos Dado o trajeto particularmente longo até a conclusão e defesa desta dissertação de mestrado, estou convicto de que não conseguirei fazer jus e contemplar aqui todas as pessoas a quem devo agradecimentos por me ajudar, das mais diversas maneiras, durante estes anos a chegar neste ponto. Ainda assim, não posso deixar de registrar minha enorme gratidão a alguns amigos e familiares. Primeiramente, agradeço a minha avó, Dona Rosina, ou “Rosinha”, uma das mais determinantes influências em minha vida, falecida em 2014. Sua memória está sempre comigo e é uma de minhas tristezas que não possa compartilhar diretamente com ela esta e outras conquistas que virão. Os motivos de agradecimento a meu pai, Sérgio, e minha mãe, Solange, são impossíveis de numerar, mas no mínimo devo citar o amor, o carinho e o exemplo que sempre deram como pessoas esforçadas e inteligentes, uma educação excelente e o estímulo a que eu buscasse livremente aquilo que mais me estimulasse, inclusive ajudando-me a olhar pra frente nos momentos mais difíceis. Também me considero particularmente privilegiado pela felicidade de compartilhar a sala de aula com uma excelente turma de mestrado, na qual pude experimentar grande companheirismo, ter conversas estimulantes e, acima de tudo, formar algumas amizades que espero carregar pela vida toda. Dentre estas, ressalto a figura do Sr. Diego Nyko, amigo já da graduação, mas com quem fiz junto a transição para o serviço público no BNDES e a vida no Rio de Janeiro. Grande parte de nossas respectivas dissertações foram feitas na mesma sala de estar e sem esse contato, não só a vida carioca teria sido muito mais chata, mas este trabalho não teria existido. Falando em BNDES, agradeço a todos os grandes amigos que fiz nesta instituição pelo apoio na jornada para me tornar mestre. Menção especial é devida a meu chefe imediato desde o ingresso no Banco, Fabrício Catermol, por ter me dado ampla liberdade em tudo que precisei para concretizar a dissertação. Em meu caso, o agradecimento ao orientador, professor Antonio Carlos Macedo e Silva, não é mera formalidade. Sem sua disposição a explorar novas ideias e paciência, não teria conseguido trilhar este caminho que tanto me acrescentou intelectualmente. Por fim, um agradecimento não seria completo sem citar minha futura esposa Juliana, fonte de uma energia infinita. Não sei que tipo de homem eu seria se não tivéssemos nos conhecido tantos anos atrás, mas sou imensamente feliz por saber que temos ainda muito tempo juntos pela frente. Resumo Esta dissertação apresenta uma perspectiva comparativa de trabalhos recentes na modelagem do crescimento econômico sob duas diferentes linhas teóricas, ambas inspiradas nos trabalhos de Schumpeter. Por um lado, é feita a descrição de alguns dos modernos modelos de “crescimento endógeno”, cuja característica é incorporar a inovação ao paradigma de equilíbrio e apontá-la como o instrumento essencial da busca dos agentes econômicos por lucros extraordinários, que acabam por resultar no aumento da produtividade agregada da economia. Estes são contrastados com alternativas recentes baseadas na teoria evolucionária, detentora de uma tradição mais antiga de referência aos conceitos schumpeterianos, mas com uma orientação metodológica fundamentada no uso de simulações e pressupostos comportamentais derivados da racionalidade limitada. Demostra-se que, a despeito das diferenças marcantes entre os dois paradigmas de pesquisa sobre o mesmo tema, algumas de suas conclusões são complementares para um entendimento mais completo acerca do crescimento e influência de políticas econômicas que tentem estimulá-lo. Abstract This work presents a comparative perspective of recent models of economic growth under two different theoretical lines, both inspired by the works of Schumpeter. On the one hand, are the modern models of “endogenous growth”, whose main characteristic is to incorporate innovation into the equilibrium paradigm and point it as an essential instrument in the search of the economic agents for extra profits, which ultimately result in the increase of aggregate productivity in the economy. These are contrasted with recent alternatives based on the evolutionary theory, holder of an older tradition of working with Schumpeterian concepts, but with methodological approach based in the use of simulations and behavioral assumptions derived from limited rationality. It is shown that despite the marked differences between the two research paradigms, some of their conclusions are complementary to a more complete understanding of growth and the effectiveness of economic policies that try to stimulate it. Sumário Introdução.............................................................................................................................. 1 Capítulo 1: Os Modelos de Crescimento Endógeno Schumpeteriano ............................. 6 1.1 Características gerais do Crescimento Endógeno Schumpeteriano ............... 6 1.2 Modelos básicos mono e multisetoriais ......................................................... 8 1.3 A composição entre efeitos “schumpeterianos” e “fuga da competição”....... 12 1.4 Restrições ao crédito e convergência ............................................................. 15 1.5 Convergência sob diferentes arranjos institucionais ...................................... 20 1.6 Comércio internacional e crescimento ........................................................... 26 1.7 Crescimento Endógeno Schumpeteriano em perspectiva .............................. 36 Capítulo 2: A alternativa evolucionária e seus desenvolvimentos ................................... 42 2.1 Schumpeter e sua descendência evolucionária .............................................. 42 2.2 O modelo de crescimento de Nelson e Winter (1982) ................................... 43 2.3 Considerações Metodológicas sobre o uso de simulações baseadas em agentes..................................................................................................................................... 46 2.4 A tipologia dos modelos de crescimento evolucionários de simulação ................................................................................................................................................. 51 2.5 O modelo para múltiplos países de Dosi et al (1994)........................................... 52 2.6 Modelos da síntese Schumpeter e Keynes............................................................ 57 2.7 O modelo EURACE@Unibi................................................................................. 61 2.8 A importância de inovações de produto para o crescimento................................. 66 2.9 O modelo de Possas e Dweck (2004).................................................................... 68 2.10 O modelo de Lorentz et al. (2015)...................................................................... 71 2.11 Síntese sobre os modelos de crescimento evolucionário keynesianos................ 74 Conclusão............................................................................................................................... 77 Referências ............................................................................................................................ 84
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