Turismo e Meio Ambiente Preencha a ficha de cadastro no final deste livro e receba gratuitamente informações sobre os lançamentos e as promoções da Editora Campus/Elsevier. Consulte também nosso catálogo completo e últimos lançamentos em www.elsevier.com.br Turismo e Meio Ambiente Coordenador Eduardo Sanovicz Organizador Reinaldo Miranda de Sá Teles Rio de Janeiro 2011 © 2011, Elsevier Editora Ltda. Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/02/1998. Nenhuma parte deste livro, sem autorização prévia por escrito da editora, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros. Copidesque: C&C Criações e Textos Ltda. Revisão: C&C Criações e Textos Ltda. Editoração Eletrônica: C&C Criações e Textos Ltda. Tradução: Quase a mesma coisa Ana Paula Spolon e Jorge Camargo Elsevier Editora Ltda. Conhecimento sem Fronteiras Rua Sete de Setembro, 111 – 16º andar 20050-006 – Centro – Rio de Janeiro – RJ – Brasil Rua Quintana, 753 – 8º andar 04569-011 – Brooklin – São Paulo – SP Serviço de Atendimento ao Cliente 0800-0265340 [email protected] ISBN 978-85-352-4752-7 Nota: Muito zelo e técnica foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digita- ção, impressão ou dúvida conceitual. Em qualquer das hipóteses, solicitamos a comunicação ao nosso Serviço de Atendimento ao Cliente, para que possamos esclarecer ou encaminhar a questão. Nem a editora nem o autor assumem qualquer responsabilidade por eventuais danos ou perdas a pessoas ou bens, originados do uso desta publicação. CIP-Brasil. Catalogação-na-fonte Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ T846 - Turismo e meio ambiente/Reinaldo Miranda de Sá Teles (org.). Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. (Coleção Eduardo Sanovicz de Turismo) Inclui bibliografia. ISBN 978-85-352-4752-7 1. Turismo - Aspectos ambientais. 2. Ecoturismo I. Teles, Reinaldo, 1966-. II. Série. 11-3106. CDD: 338.4791 CDU: 338.48 Autores REINALDO MIRANDA DE SÁ TELES Graduado e Licenciado em Geografi a pela Universidade de São Paulo. Mestre e Doutor em Ciências da Comunicação, Turismo e Lazer pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Atualmente é Professor Doutor da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Proferiu diversas palestras sobre Turismo e Meio Ambiente e Dimensão Espacial do Turismo para Universidades no Brasil e no exterior e é autor de publicações sobre o tema em forma de livros e artigos científi cos. Participa do Conselho Editorial da Revista Eletrônica de Turismo Cultural e como consultor Ad hoc das Revistas Turismo em Análise, RITUR – Revista Iberoamericana de Turismo e Revista Nordestina de Ecoturismo. Atua como líder do Grupo de Pesquisa Turismo Urbano (CNPq) e como vice-coordenador do Centro de Estudos de Turismo e Desenvolvimento Social CETES, de natureza interdepartamental sediado na ECA/USP. Sua atuação está relacionada aos seguintes temas: geografi a, meio ambiente, espaço urbano, planejamento turístico e lazer. SIDNEI RAIMUNDO Bacharel e licenciado em Geografi a pela Universidade de São Paulo, possui mestrado em Geografi a (Geografi a Física) pela Universidade de São Paulo e doutorado em Geografi a (na área de análise ambiental e dinâmica territorial) pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP. Atualmente é professor doutor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), onde também orienta no programa de mestrado em “Mudança Social e Participação Política”. Tem experiência no gerenciamento de unidades de conservação, na elaboração de planos de manejo e com planejamento e gestão de impactos do turismo e lazer na natureza. Desenvolve sua linha de pesquisa no manejo de áreas protegidas, análise espacial, Geografi a do Lazer e do Turismo e gestão de recursos naturais. V EDSON CABRAL Bacharel e Licenciado em Geografia pela USP e Mestre e Doutor em Geografia Física (Área de Climatologia Urbana) também pela Universidade de São Paulo. Atualmente leciona nos Cursos de Turismo e Geografia da PUC-SP e no Curso de Aviação Civil da Universidade Anhembi Morumbi. Atua como docente e orientador de pesquisas na área de Geografia do Turismo. Atuou como Profissional de Meteorologia durante 14 anos na INFRAERO e como instrutor de pilotos de despachantes operacionais de voo na TAM Linha Aéreas. É Diretor Secretário da Associação Brasileira de Climatologia. SILVIA MARIA BELLATO NOGUEIRA Graduada em Geografia pela Universidade de São Paulo, com licenciatura em Geografia pela Escola de Educação da Universidade de São Paulo, mestre em Organização do Espaço Geográfico pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – Campus de Rio Claro. Possui experiência em instituições de ensino superior, na área de Turismo e Meio Ambiente. Contribuiu como professora substituta no curso de Turismo da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, entre os anos de 2008 e 2009, na disciplina Dimensão Espacial do Turismo II. Atuou como consultora em planejamento turístico e na elaboração de análises de Uso da Terra e Impactos Ambientais para diversos Planos de Manejo e Gestão no Instituto Florestal de São Paulo, entre os anos de 1992 e 2005. Atualmente é Pesquisadora Científica do Instituto Florestal de São Paulo, onde ingressou por concurso público em 2007, na Seção de Geociências e, em 2010 iniciou trabalhos para a Reserva do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo, onde atua nas áreas de Planejamento Territorial Ambiental e Turismo em Unidades de Conservação. THALITA LIMA Bacharel em Turismo pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). Cursando atualmente licenciatura em Geociências e Educação Ambiental na Universidade de São Paulo. Experiência em Agência de Viagens e pesquisas na Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE. FABRICIO SCARPETA MATHEUS Bacharel em Turismo pela Universidade de São Paulo e especialista em Gestão Ambiental pelo Centro Universitário SENAC. Foi Gerente de Visitação Pública e Ecoturismo da Fundação para a Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo, responsável pela gestão e regulamentação do ecoturismo nas Unidades de Conservação estaduais paulistas e por programas e projetos desenvolvidos pela Fundação Florestal, como o Programa Trilhas de São Paulo e o Programa de Voluntariado em Unidades de Conservação. Trabalhou também como responsável pelo Núcleo de Gestão da Visitação para o Ecoturismo do Projeto de Desenvolvimento VI do Ecoturismo na Região Mata Atlântica do Estado de São Paulo, desenvolvido pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, por meio de um contrato de empréstimo junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID. Participou da elaboração de diversos projetos de planejamento e gestão da atividade turística pela T4 Consultoria em Turismo, entre eles o Plano Gestor de Turismo de Ilhabela, Plano Diretor de Planejamento Turístico de Paraty e a Avaliação Externa do Programa Olá Turista, desenvolvido pela Fundação Roberto Marinho. REGINA FERRAZ PERUSSI Bacharel em Turismo e Mestre em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Atualmente é docente no Campus SENAC Santo Amaro nos Cursos Superiores de Tecnologia em Marketing, Tecnologia em Hotelaria, Tecnologia em Gastronomia, Tecnologia em Redes de Computadores, Bacharelado em Hotelaria e Bacharelado em Sistemas de Informação, ministrando disciplinas ligadas ao Turismo, à Hospitalidade e ao Marketing, além de orientadora de Trabalhos de Conclusão de Curso. Possui doze anos de experiência como docente em cursos de graduação, tendo atuado em diversas instituições de ensino superior, como Cásper Líbero, UNIP, UNIBAN, FMU e UNIFIEO. Publicou diversos artigos na área de marketing, gestão de empresas turísticas e comunicação na área de Turismo. Foi agente de viagens nacional e internacional pela CVC Turismo e atua no mercado de turismo como consultora de viagens autônoma. FERNANDO KANNI Bacharel em Turismo pela Universidade de São Paulo e mestre Ciências da Comunicação, Turismo e Lazer pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Possui experiência em instituições de ensino superior, na área de Turismo e Meio Ambiente. Atualmente é professor colaborador no curso de Turismo da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo e atua como consultor na área de planejamento turístico. VII Apresentação Turismo: ampliar conhecimento para crescer com o Brasil Atuar no setor do Turismo gera inúmeras oportunidades para as pessoas que estão procurando inserir-se no promissor cenário econômico brasileiro, marcado pela inclusão de milhões de novos consumidores no mercado. Gerador de expressivos resultados para as comunidades, nas quais se torna parte do ambiente econômico, o turismo recupera a autoestima, contribui para a preservação do meio ambiente, estimula a produção cultural e incentiva centenas de atividades nos mais variados portes. Trabalhar em Turismo, nos seus vários segmentos e atividades correlatas, pode pare- cer complicado, mas é uma sequência muito objetiva de atos – trata-se de equacionar corretamente a articulação entre quatro verbos – comer, dormir, comprar e visitar. Estes são os verbos que um passageiro conjuga ao chegar a seu destino, na medida em que se utiliza da oferta gastronômica (ele come fora de casa); da oferta hoteleira (ele dorme fora de casa); da oferta comercial (ele faz compras) e da oferta lúdico-cultural ou natural (ele vai visitar e conhecer o lugar). O que muda é a razão pela qual ele os conjuga: férias e lazer, negócios e eventos, visita a parentes, provar de um prato ou bebida especial, praticar esportes, além de dezenas de outras razões que podemos imaginar. Como profi ssional de turismo, venho atuando há vários anos tanto no setor públi- co como no setor privado, especialmente no mercado internacional. Neste sentido, há muito tempo me chama a atenção o crescimento da produção intelectual do turismo brasileiro. Vários colegas vêm escrevendo e refl etindo sobre o desenvolvimento do turis- mo ao longo dos últimos anos, com muita competência. Nossa produção bibliográfi ca inclusive tem a qualidade de estar distribuída ao longo de praticamente todo o país, incorporando, portanto, contribuições intelectuais que espelham a diversidade e o plu- ralismo cultural sobre os quais o Brasil está se construindo. No entanto, quando iniciei minhas atividades docentes na Universidade de São Pau- lo, em 2008, uma questão de outra qualidade começou me chamar a atenção: se por um lado é fato que o Brasil construiu uma imagem internacional completamente nova, que o país hoje se coloca como um dos agentes econômica e politicamente destacados IX no cenário mundial, e que este fato vem se refletindo no turismo brasileiro, por outro, nossa produção intelectual, assim como a reflexão acadêmica de nossos colegas, ainda não se encontrou com a produção estrangeira para um diálogo de qualidade. Ou seja, encontros como é prática antiga e corrente em diversos setores da produção cultural brasileira – música, teatro ou arquitetura, por exemplo – nos quais a realização de trabalhos construídos em parceria entre autores estrangeiros e brasileiros vem pro- duzindo resultados memoráveis e marcantes, ainda não se verificam no turismo. Apesar do crescimento gerado pela inserção do Brasil no mercado turístico internacional – em volume de passageiros, em volume de conexões aéreas internacionais, em volume ex- pressivo de crescimento no ingresso de dólares na economia brasileira, nossa produção literária em turismo ainda não viveu uma experiência desta qualidade. Esta é a ideia central desta coleção – partindo de textos instigantes e inovadores de autores estrangeiros, cujos temas são de interesse dos brasileiros, construir uma relação com autores nacionais de uma forma que lhes desse toda a liberdade para reconstituir os textos originais, adaptando-os à realidade latino-americana. A coragem da Editora Elsevier em oferecer seu portfólio a este projeto, confiando no resultado e na capacidade dos autores brasileiros em trazer textos estrangeiros para o ambiente cultural e técnico regional, adaptando relatos e conceitos, deve ser registrada e enaltecida. Este diálogo tem início agora, também por acompanhar o ciclo de maturação do turismo enquanto atividade econômica no país, em relação ao cenário internacional. Se retornarmos no tempo, é possível traçar uma linha lógica de acontecimentos – a criação do Ministério do Turismo e o redirecionamento da Embratur para atuação internacional, a inserção do tema Eventos na agenda de promoção do país (2003), a criação dos Escri- tórios Brasileiros de Turismo (2004), o Plano Aquarela e a criação da Marca Brasil (2005) e finalmente a presença do Brasil no Top 10 do Ranking ICCA – International Congress & Convention Association em volume de realização de eventos internacionais (2006); e acompanhar a repercussão destes fatos na mídia internacional, que reage, em paralelo à implantação de cada uma das situações descritas, em grande parte pelo peso eco- nômico que o país vai assumindo enquanto mercado consumidor, como resultado das políticas de inclusão social. O turismo beneficia-se deste cenário, pois a imagem do país vai se reconstituindo no imaginário tanto de consumidores como de decision makers ao redor do mundo, e o noticiário referindo-se ao Brasil de forma positiva começou a despontar já ao final da década passada. Pois bem, um processo de crescimento pode ter como paralelo a adolescência: nosso corpo e nossa alma ficam um pouco contraditórios, a voz muda, os desejos são alter- nados entre antigos interesses infantis e os novos olhares para a futura vida adulta. Pois é exatamente neste ponto em que nos encontramos hoje, enquanto país, em relação a vários itens da agenda nacional relacionados a turismo. A cada nova etapa vencida ao longo dos últimos anos, surge um novo desafio a enfrentar – legislação, infraestrutura e capacitação, os mais comentados, são a parte visível deste adolescer do turismo brasi- leiro, rumo a um novo papel no cenário internacional. X Do ponto de vista da produção intelectual brasileira a criação do curso de Lazer e Turismo da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da Universidade de São Paulo, em 2005, representou a possibilidade de inserir no universo acadêmico uma nova geração de professores e formuladores, cuja formação, por abranger um conjunto amplo de áreas de conhecimento, e destacadamente por trazer a reflexão mais ampla sobre o lazer em suas diversas possibilidades. Ao completar seu sexto ano, tendo já graduado várias turmas e iniciado um ciclo gerador de titulação de seus professores na carreira acadêmica, o curso tem uma contribuição a fazer ao pensamento turístico brasileiro. Daí o que representa esta coleção. A contribuição de um grupo de profissionais, todos relacionados à academia, ligados direta ou indiretamente ao curso de Lazer e Turismo da EACH/USP ou à produção teórica que dialoga com seus postulados, procu- rando dar corpo ao diálogo entre o turismo no Brasil e suas possibilidades, e a produção intelectual publicada ao redor do mundo, no que ela tem de contribuições a nos ofertar. No país que conquistou o direito de realizar a Copa do Mundo e os Jogos Olímpi- cos, a tarefa à qual se propõe esta coleção inovadora é trazer aos leitores, sejam estes profissionais interessados em ingressar no setor ou já atuantes; sejam empreendedores ou trabalhadores; sejam estudantes de nível técnico, superior ou graduados na área, as seguintes contribuições: − atualização: pois, reúne alguns dos melhores e mais consagrados autores estran- geiros, traduzidos e adaptados por autores brasileiros especializados nos segmen- tos sobre os quais escreveram; − inovação: pois a partir dos textos originais, acrescenta conceitos e experiências da literatura turística brasileira profundamente calcados na realidade nacional e na expertise e vivência profissionais e acadêmicas de cada um dos autores; − apoio: pois tem a capacidade de orientar objetivamente aqueles que pretendem ingressar no setor ou rever as práticas que hoje adotam em sua ação cotidiana; e − reflexão: pois é a primeira coleção produzida após as profundas alterações insti- tucionais pelas quais passou o turismo brasileiro com a criação de um Ministério próprio em 2003. Esta coleção vai refletir os resultados obtidos com o novo pa- tamar alcançado pelas atividades ligadas ao turismo, assim como sua inserção na agenda econômica do país. Convido todos a desfrutarem da coleção completa. Professores e alunos, profissio- nais iniciantes e experientes vão encontrar na diversidade de temas que abordamos um processo de reflexão a altura dos desafios do Brasil contemporâneo. Vão encontrar em cada um dos livros, temas que nos desafiam cotidianamente. Nosso objetivo declarado aliás, ao eleger temas e autores, era exatamente o de ampliar o universo de leitores das publicações especializadas em turismo, por meio da abordagem de temas cujo equacio- namento é vital para que o Brasil esteja a altura de seu novo patamar. Esta é a tarefa à qual nos propusemos e agora submetemos a julgamento dos leitores. Se por um lado é fato que esta nova década assiste a consolidação de um país melhor XI