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tese_8947_Tese doutorado Angela Binda PDF

188 Pages·2015·1.28 MB·Portuguese
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS ANGELA REGINA BINDA DA SILVA DE JESUS O SOL POR TESTEMUNHA: O ACORDO DO HOMEM ABSURDO COM O MUNDO E A AMBIGUIDADE DA NATUREZA EM NOCES E L’ÉTRANGER DE ALBERT CAMUS VITÓRIA 2015 ANGELA REGINA BINDA DA SILVA DE JESUS O SOL POR TESTEMUNHA: O ACORDO DO HOMEM ABSURDO COM O MUNDO E A AMBIGUIDADE DA NATUREZA EM NOCES E L’ÉTRANGER DE ALBERT CAMUS Tese apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Letras da Universidade Federal do Espírito Santo, como requisito parcial para obtenção do título de Doutora em Letras, sob orientação da Prof.ª Dr.ª Fabíola Simão Padilha Trefzger VITÓRIA 2015 ANGELA REGINA BINDA DA SILVA DE JESUS O SOL POR TESTEMUNHA: O ACORDO DO HOMEM ABSURDO COM O MUNDO E A AMBIGUIDADE DA NATUREZA EM NOCES E L’ÉTRANGER DE ALBERT CAMUS Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Espírito Santo, como requisito parcial para obtenção do título de Doutora em Letras. Aprovada em 26 de junho de 2015. BANCA EXAMINADORA _______________________________________________________ Fabíola Simão Padilha Trefzger Orientadora _______________________________________________________ Wilberth Claython Ferreira Salgueiro Membro titular interno à UFES _______________________________________________________ Grace Alves da Paixão Membro titular interno à UFES _______________________________________________________ Francisco Elias Simão Merçon Membro titular externo à UFES / Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Alegre _______________________________________________________ Damián Sánchez Sánchez Membro titular externo à UFES / UNESC _______________________________________________________ Leni Ribeiro Leite Membro suplente interno à UFES _______________________________________________________ Daise de Souza Pimentel Membro suplente externo à UFES Ao Artur e à Bianca que me ensinaram amar além da medida. AGRADECIMENTOS Ao Gilberto, meu porto seguro, pelo apoio incondicional, pelo amor e paciência. Ao meu filho Artur, pela presença amorosa em minhas tardes de estudo e pela compreensão por todo tempo em que precisei estar ausente. Aos meus pais, que, mesmo em silêncio, torceram por meu sucesso. Aos meus irmãos, por se fazerem sempre presentes. À professora Fabíola Padilha, pelas orientações precisas e seguras e pela disponibilidade desmedida. Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Espírito Santo, pelas valiosas contribuições durante todo o percurso trilhado. ―- O que você faz da vida? -Eu conto, senhor. - O quê? -Eu conto. Digo: um, o mar, dois, o céu (ah como é belo!), três, as mulheres, quatro, as flores (ah! Como estou contente!). - Mas que tolice. - Meu Deus, você tem a opinião de seu jornal matinal. Eu tenho a opinião do mundo. Você pensa com L´Écho de Paris e eu penso com o mundo. Quando ele brilha, quando o sol rebenta, eu tenho vontade de amar e beijar, de me espalhar nos corpos como nas luzes, de tomar um banho de carne e de sol. Quando o mundo fica cinza, fico melancólico e cheio de afeto. Eu me sinto melhor, capaz de amar a ponto de me casar‖. Albert Camus RESUMO Esta pesquisa investiga a influência do sol, e da natureza em geral, no comportamento dos protagonistas de L’étranger e Noces, de Albert Camus. Estabelece uma relação entre homem e natureza, tomando como ponto de partida o conceito do absurdo da vida humana, sentimento que leva os personagens do escritor franco-argelino a se locomover em um mundo sem sentido cuja única certeza é a morte. Em seguida, propõe um estudo a respeito de alguns aspectos da infância do escritor, como a pobreza e a luz mediterrânea, fatores que se mostraram relevantes para a literatura de Albert Camus. Por fim, analisa o papel ambíguo que a natureza desempenha no contexto ficcional de L’étranger e Noces, revelando-se como motivo ora de contentamento, ora de transtorno para os personagens dessas obras. Palavras-chave: L’étranger, Noces, natureza, sol, absurdo, Meursault. RÉSUMÉ Cette recherche examine l'influence du soleil, et de la nature en général, sur la conduite des protagonistes de L'étranger et Noces, d‘Albert Camus. Établit un rapport entre l'homme et la nature, en prenant comme point de départ le concept de l'absurdité de la vie humaine, sentiment qui mènent les personnages de l'écrivain français-algérien à se déplacer dans un monde sans sens dont la seule certitude est la mort. Ensuite propose une étude sur certains aspects de l'enfance de l'écrivain, comme la pauvreté et la lumière méditerranée, des facteurs qui y apparaissaient comme pertinents pour la littérature d'Albert Camus. Enfin, analyse le rôle ambigu que joue la nature dans le contexte fictionnel de L'étranger et Noces, en se révélant comme raison tantôt de contentement, tantôt de trouble pour les personnages de ces œuvres. Mots-clés: L'étranger, Noces, Meursault, la nature, le soleil, absurdité. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ .9 2 ENTRE A MISÉRIA E O SOL ................................................................................ 24 3 A VERDADE DO SOL: O SENTIMENTO DO ABSURDO E O APEGO À TERRA .............................................................................................................................. 49 4 A VERDADE DA NATUREZA: AS NÚPCIAS DO HOMEM COM O MUNDO ...... 75 4.1 A LIBERTINAGEM DA NATUREZA: NÚPCIAS EM TIPASA .............................. 83 4.2 O VENTO CORTANTE EM DJEMILA ................................................................ .89 4.3 AS LIÇÕES DO VERÃO EM ARGEL .................................................................. 93 4.4 O DESERTO OU A MORTE SOB O SOL. .......................................................... 99 5 SOB UM CÉU INFLAMADO ................................................................................ 104 6 A NATUREZA AMBÍGUA POR NATUREZA ....................................................... 145 7 CONCLUSÃO ...................................................................................................... 167 8 REFERÊNCIAS .................................................................................................... 182 9 1 INTRODUÇÃO É preciso saber entregar-se ao sonho, quando o sonho se entrega a nós. Albert Camus Em uma sondagem realizada em abril de 1995, solicitando respostas espontâneas de perguntas abertas – ―Qual é o escritor francês do século XX, vivo ou morto, que mais lhe interessa?‖ –, Olivier Todd afirma que Albert Camus surge em primeiro lugar, nas respostas dos pesquisadores, ―[...] com uma pontuação de 4,5, seguido por Marcel Pagnol, com 3,0, Frédéric Dard, 2,6...e Sartre, 0,8‖ (1998, p. 772). Ainda segundo o pesquisador, L’étranger é a obra mais vendida da editora Gallimard desde que ela foi fundada. Mesmo a despeito das contradições que pesquisas de opinião como essa geram, bem como das listas que classificam os melhores romances já escritos, a realidade é que Albert Camus é acolhido como um autor de grande importância para a França e para o mundo desde que se tornou amplamente conhecido com a publicação de L’étranger, em 1942. Quando Harold Bloom, professor, escritor e importante crítico literário, publicou O Cânone Ocidental (1994) – obra que estuda 26 escritores cujos livros classifica como leitura obrigatória –, sugeriu quatro listas para que o grupo a que ele se refere como ―sobreviventes letrados‖ pudesse ler e encontrar na literatura que ele concebe como canônica autores e obras ainda desconhecidas. No quarto grupo, que Bloom intitula como ―Uma Profecia Canônica‖, estão Albert Camus e quatro de suas obras: L’étranger, La peste, La chute e L’homme révolté. Apesar de Bloom negar que essas listas sejam um ―plano de leitura para uma vida‖ (2010, p. 667), ali estão as obras que o escritor elege como referência da tradição literária ocidental. Por diversas vezes Bloom questiona o que tornam um autor e suas obras canônicos, e apesar de afirmar que a profecia canônica preconiza que tais obras precisem sobreviver por duas gerações depois da morte do escritor, muitos dos conceitos sobre os quais Bloom se utiliza para caracterizar o cânone parecem se encaixar fielmente na literatura de Albert Camus. Quando afirma que uma das respostas para uma obra se tornar imortal é ―[...] a estranheza, um tipo de originalidade que ou não pode ser assimilada ou nos assimila de tal modo que deixamos de vê-la como estranha‖ (2010, p. 13), ou ainda ressalta que ao ler uma obra canônica ―encontra-se

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Os temas mais relevantes da obra de Albert Camus como o absurdo da da praia: «À deux heures de l'après-midi, cent mètres de marche sur le
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