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TEORIA E DESENHO DA ARQUITECTURA EM PORTUGAL, 1956-1974: NUNO PORTAS e PDF

400 Pages·2017·36.2 MB·Portuguese
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TEORIA E DESENHO DA ARQUITECTURA EM PORTUGAL, 1956-1974: NUNO PORTAS e PEDRO VIEIRA DE ALMEIDA Tiago Lopes Dias Tese apresentada para obtenção do título de Doutor Universitat Politècnica de Catalunya Departamento de Teoría e Historia de la Arquitectura y Técnicas de Comunicación TEORIA E DESENHO DA ARQUITECTURA EM PORTUGAL TEORIA E DESENHO DA ARQUITECTURA EM PORTUGAL, 1956-1974: NUNO PORTAS e PEDRO VIEIRA DE ALMEIDA Tiago Lopes Dias autor José Ángel Sanz, Rui Jorge Garcia Ramos directores Universitat Politècnica de Catalunya Escola Tècnica Superior d’Arquitectura del Vallès Departamento de Teoría e Historia de la Arquitectura y Técnicas de Comunicación Programa de Doctorado en Teoría e Historia de la Arquitectura Barcelona, Maio de 2017 ! TEORIA E DESENHO DA ARQUITECTURA EM PORTUGAL Na capa: seis esquemas conclusivos para Racionalização de soluções da habitação, Pt. I (Nuno Portas, 1966) e diagrama de notação espacial para “Uma análise da obra de Siza Vieira” (Pedro Vieira de Almeida, 1967) para o André TEORIA E DESENHO DA ARQUITECTURA EM PORTUGAL AGRADECIMENTOS A Nuno Portas, pela(s) entrevista(s), as visitas à exposição “O Ser Urbano: nos caminhos de Nuno Portas” (2012) e à Igreja do Sagrado Coração de Jesus em Lisboa, por ter facilitado o acesso ao arquivo relativo à sua bolsa de estudo da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG) e por todo o interesse demonstrado nesta investigação. Um agradecimento também à sua família de Vila Viçosa pela hospitalidade com que nos receberam. A Maria Helena Maia, pelo apoio prestado desde o primeiro momento, através de conversas e memórias várias, da cedência de documentos originais e/ou inéditos de Pedro Vieira de Almeida, da abertura das portas das suas casas do Porto e de Lisboa, de visitas a Telheiras... um agradecimento ainda aos seus conselhos e comentários que ajudaram a melhorar este trabalho. Aos orientadores, José Ángel Sanz e Rui Jorge Garcia Ramos, incansáveis nas leitu- ras, nas correcções, nas sugestões e no partilhar da sabedoria e da experiência. A Álvaro Siza, Oriol Bohigas, José Charters Monteiro, Bartolomeu Costa Cabral, Diogo Lino Pimentel, Nuno Teotónio Pereira (1922-2016), Francisco Silva Dias, Luis Vassalo Rosa e Carlos Duarte pelas entrevistas concedidas. Um agradecimento especial a Diogo Lino Pimentel e a Francisco Silva Dias por terem facilitado o acesso a documentação do Secretariado das Novas Igrejas do Patriarcado e da FCG. À equipa docente responsável pelo curso de Composiciò IV da Escola Tècnica Su- perior d’ Arquitectura del Vallés, José Ángel Sanz, Josep Giner e Raúl Martínez, com quem tive o privilégio de trabalhar e, sobretudo, de aprender. A todas as pessoas que me ajudaram no trabalho de arquivo e que me orientaram nas diversas bibliotecas: Maria Bohigas (Arquivo Oriol Bohigas), Fátima Reis e Catarina Barradas (Ordem dos Arquitectos), Mafalda Aguiar (FCG), António TEORIA E DESENHO DA ARQUITECTURA EM PORTUGAL Baptista Coelho, Vitor Campos e Anabela Manteigas (Laboratório Nacional de Engenharia Civil - LNEC, Núcleo de Estudos Urbanos e Territoriais), Maria Carminda Lopes e Maria Odete Coelho (LNEC, biblioteca geral), Cátia Martins e João Nuno Reis (SIPA/IHRU - Forte de Sacavém), Teresa Godinho (Centro de Documentação da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto), Mercè Sans (biblioteca ETSAB). A todos os que de alguma forma me ajudaram, partilhando informação, dando pistas para a investigação ou facilitando o seu desenrolar: Manuel Mendes, Irene Buarque, João Alves da Cunha, João Afonso, Daniela Dias Carvalho, Joana Stichini Vilela, Domingos Júnior, Jeroen Roorda. Um agradecimento especial ao Nuno Correia, com quem tive o prazer de discutir vários aspectos do trabalho e o privilégio de partilhar documentação. Aos meus colegas de doutoramento, Juan Manuel Vila, Nina Stevanovic e Rovenir Duarte. À Fundação para a Ciência e a Tecnologia de Portugal, pela bolsa de doutoramento (SFRH/BD/84258/2012) que me permitiu uma dedicação exclusiva. Ao Centro de Estudos de Arquitectura e Urbanismo da Universidade do Porto, pelo apoio à minha participação em diversos congressos, onde tive a oportunidade de apre- sentar alguns capítulos deste trabalho em forma embrionária. À minha família, em especial aos meus pais e irmãos, pelo apoio incondicional. À Raquel, que me acompanhou em tantas viagens e apoiou em tantos momentos. ABSTRACT A investigação que agora se apresenta como tese de doutoramento partiu de uma hipótese que pretende questionar as leituras canónicas da arquitectura portuguesa como prática essencialmente empírica e intuitiva. Essa hipótese sugere que a ma- turidade patente em algumas obras chave da segunda metade do século XX não é independente de uma estruturação teórica que conheceu um desenvolvimento ímpar nos anos 1960, e que permite falar sem complexos de uma “sintonia” com o debate internacional. Fundamental para a intuição inicial de onde partiu esta hipótese foi um número da revista espanhola Hogar y Arquitectura (nº 67, 1968) que apresenta a geração de arquitectos portugueses nascida entre 1920 e 1940. Os artigos críticos que enquadram as obras, assinados por Nuno Portas (n.1934) e Pedro Vieira de Almeida (1933- 2011), revelam, nas suas diferentes propostas metodológicas, uma nova postura em relação à crítica de arquitectura. Em ambos é ultrapassado o carácter descritivo e acessório do “texto de acompanhamento”, para dar lugar a uma construção intelectual dotada de uma certa autonomia ou operacionalidade. A partir da obra escrita, projectada e construída destes dois arquitectos, delimita- da a um período de formação e de início de actividade profissional, procuram-se estabelecer os fios condutores de um discurso eminentemente teórico que se vai revelando em teses, em edifícios de habitação colectiva ou casas unifamiliares, em investigação aplicada, em textos críticos / historiográficos, em planos urbanos, etc., e cujo desenvolvimento paralelo suscita contaminações diversas. As relações entre teoria e prática foram revelando uma dialéctica complexa que se quis respeitar neste trabalho: não se pretende ler o projecto como reflexo directo de um corpo teórico, nem este como legitimação daquele; cada um possui lógica e coerência próprias, embora sejam interdependentes. De acordo com a actividade polifacetada dos autores em estudo, a investigação adoptou uma metodologia dividida entre a investigação de arquivo, a análise de pro- jecto, a indagação teórica e a contextualização histórica. Sem se resumir a nenhuma delas, a tese reflecte todas estas vertentes da investigação. Com uma organização mais temática do que cronológica, o corpo da tese está divi- dido em quatro partes principais, que têm como tema transversal a reflexão sobre o espaço, na sua experiência directa e quotidiana, humana e social. As quatro partes incidem nas bases teóricas expostas nas teses académicas e a paralela formação de atelier; na investigação sobre o programa arquitectónico, com ênfase no plurifami- liar e no equipamento religioso; na fundação de uma nova crítica e historiografia da arquitectura; e na reflexão sobre a cidade, nos seus aspectos processuais e mor- fológicos. TEORIA E DESENHO DA ARQUITECTURA EM PORTUGAL RESUMEN La investigación que ahora se presenta como tesis doctoral ha partido de una hipó- tesis que pretende cuestionar las lecturas canónicas de la arquitectura portuguesa como práctica esencialmente empírica e intuitiva. Esa hipótesis sugiere que la madurez patente en algunas obras clave de la segunda mitad del siglo XX no es independiente de una estructuración teórica que ha conocido un desarrollo inigua- lable en los años 1960, y que nos permite hablar sin complejos de una “sintonía” con el debate internacional. Fundamental para la intuición inicial de donde ha partido dicha hipótesis ha sido un numero de la revista Hogar y Arquitectura (nº 67, 1968) que presenta la generación de arquitectos portugueses nacida entre 1920 y 1940. Los artículos críticos que enmarcan las obras de esos arquitectos, firmados por Nuno Portas (n.1934) y Pedro Vieira de Almeida (1933-2011), desvelan, en sus diferentes propuestas metodológicas, una nueva postura respecto a la crítica de la arquitectura. En los dos artículos, el carácter accesorio del texto descriptivo es sobrepasado para dar lugar a una cons- trucción intelectual dotada de una cierta autonomía u operacionalidad. A partir de la obra escrita, proyectada y construida de estos dos arquitectos, deli- mitada a un periodo de formación y de inicio de su actividad profesional, se busca establecer los hilos conductores de un discurso eminentemente teórico que se va revelando en tesis, en edificios de vivienda colectiva o individual, en investigación aplicada, en textos críticos / historiográficos, en planos urbanos, etc., y cuyo desa- rrollo paralelo suscita contaminaciones varias. Las relaciones entre teoría y práctica han ido desvelando una dialéctica compleja que se quiso respetar en este trabajo: no se pretende leer el proyecto como reflejo directo de un cuerpo teórico, ni este como legitimación del primero; cada cual contiene una lógica y coherencia propias, aunque sean interdependientes. De acuerdo con la actividad polifacética de los autores en estudio, la investigación ha adoptado una metodología dividida entre la investigación de archivo, el análisis de proyecto, la indagación teórica y la contextualización histórica. Sin reducirse a ninguna, la tesis plasma todas estas vertientes de la investigación. Con una organización más temática que cronológica, el cuerpo de la tesis se divide en cuatro partes principales, que tienen como tema transversal la reflexión sobre el espacio, en su experiencia directa y cotidiana, humana y social. Las cuatro partes inciden en las bases teóricas expuestas en las tesis académicas y en sus prácticas profesionales; en la investigación sobre el programa arquitectónico, con énfasis en la vivienda colectiva y en el edificio religioso; en la fundación de una nueva crítica e historiografía de la arquitectura; y en la reflexión sobre la ciudad, en sus aspectos procesales y morfológicas.

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de cinema, projecto de arquitectura, crítica de director de Lisboa –, o Estado Novo não tinha uma política de planeamento capaz de resolver racional. Op. cit. p.211. 211. “Architecture comes from the making of a room” é a frase/título que encabeça o 1943-1968, a documentary antholog
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