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Talvez Você Deva Conversar Com Alguém PDF

505 Pages·2.5 MB·Portuguese
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DADOS DE ODINRIGHT Sobre a obra: A presente obra é disponibilizada pela equipe eLivros e seus diversos parceiros, com o objetivo de oferecer conteúdo para uso parcial em pesquisas e estudos acadêmicos, bem como o simples teste da qualidade da obra, com o fim exclusivo de compra futura. É expressamente proibida e totalmente repudíavel a venda, aluguel, ou quaisquer uso comercial do presente conteúdo. Sobre nós: O eLivros e seus parceiros disponibilizam conteúdo de dominio publico e propriedade intelectual de forma totalmente gratuita, por acreditar que o conhecimento e a educação devem ser acessíveis e livres a toda e qualquer pessoa. Você pode encontrar mais obras em nosso site: eLivros. Como posso contribuir? Você pode ajudar contribuindo de várias maneiras, enviando livros para gente postar Envie um livro ;) Ou ainda podendo ajudar financeiramente a pagar custo de servidores e obras que compramos para postar, faça uma doação aqui :) "Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível." eeLLiivvrrooss ..lloovvee Converted by ePubtoPDF Copyright © 2019 Lori Gottlieb Copyright das ilustrações © 2019 Arthur Mount Publicado através de acordo especial com a Houghton Mifflin Harcourt Publishing Company. Título original: Maybe You Should Talk to Someone: A Therapist, Her Therapist, and Our Lives Revealead Todos os direitos reservados pela Editora Vestígio. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida, seja por meios mecânicos, eletrônicos, seja via cópia xerográfica, sem a autorização prévia da Editora. EDITOR RESPONSÁVEL Arnaud Vin EDITOR ASSISTENTE Eduardo Soares PREPARAÇÃO DE TEXTO Eduardo Soasres REVISÃO Bruna Emanuele Fernandes Júlia Sousa CAPA Diogo Droschi (sobre imagem de Sommai Damrongpanich/Shutterstock) Larissa Carvalho Mazzoni DIAGRAMAÇÃO Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil Gottlieb, Lori Talvez você deva conversar com alguém : uma terapeuta, o terapeuta dela e a vida de todos nós /Lori Gottlieb ; tradução Elisa Nazarian. -- 1. ed. - - São Paulo : Vestígio, 2020. Título original: Maybe You Should Talk to Someone: A Therapist, Her Therapist, and Our Lives Revealead ISBN: 978-65-990398-1-2 1. Gottlieb, Lori 2. Biografia 3. Desenvolvimento pessoal 4. Psicoterapeutas 5. Terapeuta e paciente - Biografia I. Título. 20-33657 CDD-616.8914 Índices para catálogo sistemático: 1. Biografia : Memórias : Desenvolvimento pessoal : Psicoterapeutas e pacientes 616.8914 Cibele Maria Dias - Bibliotecária - CRB-8/9427 A VESTÍGIO É UMA EDITORA DO GRUPO AUTÊNTICA São Paulo Av. Paulista, 2.073, Conjunto Nacional, Horsa I 23º andar . Conj. 2310-2312 . Cerqueira César . 01311-940 São Paulo . SP Tel.: (55 11) 3034 4468 www.editoravestigio.com.br Belo Horizonte Rua Carlos Turner, 420 Silveira . 31140-520 Belo Horizonte . MG Tel.: (55 31) 3465 4500 Sugere-se que a felicidade seja classificada como um transtorno psiquiátrico e incluída em futuras edições dos principais manuais de diagnóstico sob o novo nome: transtorno afetivo maior, tipo agradável. Verificando-se a literatura relevante, vê-se que a felicidade é apresentada como estatisticamente anormal, consistindo em um conjunto discreto de sintomas, associada a uma série de anormalidades cognitivas e, provavelmente, refletindo o funcionamento anormal do sistema nervoso central. Permanece uma possível objeção a essa proposta: a de que a felicidade não possui um valor negativo. No entanto, essa objeção é refutada como sendo cientificamente irrelevante. Richard Bentall, Journal of Medical Ethics, 1992 O respeitado psiquiatra suíço Carl Jung disse: As pessoas farão qualquer coisa, por mais absurda que seja, para evitar encarar suas próprias almas. Mas ele também disse: Aquele que olha para dentro, desperta. Nota da autora O que este livro pergunta é: “Como mudamos?”, e o que ele responde é: “Ao nos relacionarmos com os outros”. As relações que descrevo aqui, entre terapeutas e pacientes, exigem uma confiança sagrada para que possa ocorrer qualquer mudança. Além de obter autorizações por escrito, esforcei-me, enormemente, para omitir identidades e quaisquer detalhes reconhecíveis, e, em alguns casos, fatos e circunstâncias da vida de alguns pacientes foram atribuídos a apenas um deles. Todas as mudanças foram pensadas com cuidado e escolhidas meticulosamente para que permanecessem fiéis ao espírito de cada história e, ao mesmo tempo, também servissem ao objetivo principal: revelar nossa humanidade comum para que possamos nos enxergar com mais clareza. O que equivale a dizer: se você se vir nestas páginas, é tanto coincidente quanto intencional. Uma observação sobre a terminologia: aqueles que recorrem à terapia são chamados de várias maneiras, sendo as mais frequentes “pacientes” ou “clientes”. Não acredito que alguma dessas palavras reflita o relacionamento que tenho com as pessoas com as quais trabalho. Mas “as pessoas com as quais trabalho” soa estranho, e “clientes” pode parecer confuso, considerando as várias conotações do termo. Sendo assim, em nome da simplicidade e da clareza, uso “pacientes” ao longo deste livro. Parte um Nada é mais desejável do que se livrar de uma aflição, mas nada é mais assustador do que ser privado de uma muleta. James Baldwin 1 Idiotas ANOTAÇÃO NO PRONTUÁRIO, JOHN: O paciente relata estar se sentindo “estressado”, com dificuldade para dormir e se entender com a esposa. Expressa irritação com outras pessoas e busca ajuda para “lidar com os idiotas”. Tenha compaixão. Respiro fundo. Tenha compaixão, tenha compaixão, tenha compaixão... Repito essa frase na minha cabeça como um mantra, enquanto o homem de 40 anos sentado à minha frente me conta sobre todos os “idiotas” que existem em sua vida. Por que, ele quer saber, o mundo está tão cheio de idiotas? Eles já nascem assim? Ficam assim? Talvez, ele divaga, tenha algo a ver com todos os produtos químicos artificiais adicionados aos alimentos que comemos hoje em dia. “É por isso que tento comer produtos orgânicos”, ele diz. “Assim, não me torno um idiota como todo mundo.” Não estou conseguindo acompanhar de qual idiota ele está falando: o técnico de higiene dental, que faz perguntas demais (“Nenhuma delas retórica”), o colega de trabalho, que só faz perguntas (“Ele nunca afirma nada, porque isso significaria que teria alguma coisa a dizer”), o motorista à sua frente, que parou num semáforo amarelo (“Sem noção de urgência”), o técnico da Apple, no Genius Bar, que não conseguiu consertar seu notebook (“Baita gênio!”). “John”, começo, mas ele está entrando em uma história desconexa sobre sua esposa. Não consigo ter a palavra, ainda que ele tenha me procurado para obter ajuda. A propósito, sou a nova terapeuta dele. Sua terapeuta anterior, que só durou três consultas, era “simpática, mas idiota”. “E aí, Margô fica brava – dá pra acreditar?”, ele diz. “Mas ela não me diz que está brava, só se comporta como se estivesse. E eu tenho que perguntar qual é o problema. Mas

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