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simbolismos do rito adonhiramita PDF

263 Pages·2013·1.18 MB·Portuguese
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1 SIMBOLISMOS DO RITO ADONHIRAMITA Ir∴Marcos José Santos da Silva Or∴ de Niterói -RJ INTRODUÇÃO Na ritualística Adonhiramita encontramos vários simbolismos que, aparentemente, têm pouco significado para alguns Obreiros do Rito, ou mesmo nenhum significado para os Maçons praticantes de outros Ritos, devido ao escasso conhecimento destes, dos grandes ensinamentos contidos nos mesmos, mas que são de muita importância a sua compreensão, por se destinarem a aprimorar o nosso interior e nos levar a um real entendimento dos objetivos dos trabalhos maçônicos. Analisaremos alguns destes simbolismos, no que se refere à apresentação exterior, sempre preservando ou salvaguardando os mistérios contidos em nossas Iniciações Simbólicas, as quais estamos impedidos de comentar por estarem sob juramentos. Iniciaremos traçando alguns comentários sobre o simbolismo do traje Adonhiramita. O traje do Rito, como o de todos os Maçons, é o terno preto liso, cinto, sapato e meia pretos e camisa, gravata e luva brancas. Os itens que destacam os Maçons Adonhiramitas são as luvas e as gravatas brancas, sendo estas do tipo corrida nas Sessões Ordinárias, e tipo borboleta nas Sessões Magnas, obrigatórias para todos os Obreiros, os Aventais, o Chapéu e a Faixa com a sua respectiva Jóia designativa da sua qualidade, usadas pelos Mestres Maçons, quando sem cargo em Loja ou em visita a outras Lojas. Os Mestres com Cargo em Loja, devem substituir a Faixa pelo Colar Azul-Celeste trazendo a Jóia designativa do seu cargo, conforme o estabelecido no Ritual do Grau 1-Adonhiramita, que também relembra que o Balandrau só é permitido ser usado ritualisticamente, pelo Irmão encarregado da recepção dos Candidatos nas Sessões Magnas de Iniciação, não devendo ser usado nas demais reuniões. AS LUVAS BRANCAS A representação simbólica do uso das Luvas Brancas está contida nas palavras do Mestre-de-Cerimônias ao fazer o convite para os Obreiros ingressarem no Templo para o início dos trabalhos, quando diz: "Se desde a Meia-Noite, quando se encerraram nossos últimos 2 trabalhos, conservastes as mãos limpas, calçai as vossas luvas". Esta sentença nos remete ao ato praticado pelos Mestres Eleitos na lenda da construção do Templo de Salomão, quando os mesmos calçaram luvas de pele brancas, para demonstrar que suas mãos estavam limpas e puras, ou que eram inocentes do fato ocor- rido na lenda. Esta simbologia também é apresentada nas Cerimônias de Iniciação, quando é feita a entrega das Luvas Brancas aos novos Neófitos, e Ihes é dito para nun- ca manchar a sua brilhante alvura nas águas lodosas do vício, por elas representarem a candura que deve reinar na alma do homem de bem e a pureza de nossas ações. AS GRAVATAS BRANCAS A representação simbólica, do uso das gravatas brancas, também nos reporta à lenda da construção do Templo de Salomão, quando do súbito desaparecimento do Mestre Arquiteto, quando o Adonhiramita não apresenta o sentimento exterior de luto, mas sim a nossa alegria e júbilo ao recebermos o novo Mestre Maçom, quando este se levanta do túmulo simbólico e aclamamos Vivat, Vivat, Vivat, (pronuncia-se vivá) acreditando-se que este novo Mestre Simbólico recebe verdadeiramente o Espírito Maçônico, espírito de tolerância e amor fraterno, tornando aquela situação triste em situação festiva, estan- do, portanto, o uso da gravata branca, simbolicamente, associado a um ato de alegria pela presença da Luz na vida maçônica do novo Mestre Iniciado. OS AVENTAIS Os Aventais Adonhiramitas usados nos Graus Simbólicos são, como os de todos os Maçons, as peças essenciais da vestimenta maçônica, porque só com eles o Maçom estará convenientemente vestido para participar das Sessões Ritualísticas. Os nossos Aventais modernos originaram-se dos Aventais usados nos Rituais do antigo Egito e foram se modificando ao longo dos anos, até chegarem à forma atual. Todos os Aventais Adonhiramitas são, simbolicamente, de pele branca, como símbolo de pureza. O Avental do Aprendiz todo branco, simbolizando a sua inocência, é usado com a abeta levantada, de maneira que forme uma figura de cinco pontas, ou seja, um triângulo sobre um quadrado, significando que nesta etapa a matéria deve ser trabalhada ou lapidada. O Companheiro Adonhiramita usa um Avental Branco debruado de azul-celeste, que indica que nesta etapa o azul do céu começa a tingir a brancura do mesmo para que a sua inocência comece a ser substituída, até certo ponto, pelo conhecimento. A abeta é rebaixada, simbolizando que o espírito está atuando na matéria, e apresenta a estrela rutilante, símbolo do homem quíntuplo, também na cor azul- celeste bordada na mesma. O Companheiro Adonhiramita usa também nos trabalhos, um Colar estreito branco, com contorno externo debruado de azul-celeste, portando uma estrela rutilante prateada como Jóia. O Avental do Mestre Maçom Adonhiramita também é branco orlado com debrum azul, apresenta um olho cercado de resplendor bordado na abeta dentro de um triângulo eqüilátero e no corpo do Avental apresenta um Compasso sobreposto a um 3 Esquadro com·a letra "G" no centro, e ramos de Acácia servindo de or- nato, tudo isto simbolizando a imortalidade da alma do Mestre e que o espírito está predominando sobre a matéria. O CHAPÉU O uso do Chapéu na Maçonaria é bem antigo; estes, conforme nos narra a história, surgiram para substituir as antigas carapuças usadas na Idade Média. Os Chapéus foram primeiro usados pelos egípcios na Antigüidade e posteriormente pelos gregos que usavam um chapéu de palha de fundo pontudo que era denominado de "THOLIA", e só se tem conhecimento do seu uso na Europa após o século XVII. Na Maçonaria, o Chapéu passou a ser usado a partir do século XVIII como símbolo hierárquico e esotérico. Naquela época, em Lojas de Aprendiz e Companheiro, só o Venerável tinha o privilégio de usar o Chapéu dentro da Oficina. Este procedimento até hoje é observado pelo R∴E∴A∴A∴, praticado pelas Grandes Lojas. Esta prática era realizada como Símbolo de superioridade do Venerável sobre os demais Obreiros, porém, em Sessão de Câmara do Meio, todos os Mestres permaneciam com o Chapéu na cabeça como Sinal de Igualdade. O costume de somente o Venerável usar o Chapéu em Loja nos Graus inferiores, deve ter tido origem no Cerimonial das Cortes daquela época, onde estando o rei presente, somente ele tinha o direito de estar coberto, pois o Chapéu era o emblema de soberania. Como o Venerável representa o rei Salomão, só ele tinha o direito de usar o Chapéu nos Graus inferiores. Na Câmara do Meio, porém, o Venerável é apenas o presidente de uma assembléia de pares, igualando-se a todos os presentes. Esotericamente, o Chapéu destina-se a cobrir os cabelos dos Obreiros em Loja, por estes serem receptores de vibrações sutis; e, cobrindo a cabeça, o Mestre se protege e demonstra que nada mais tem a receber, isto é, que chegou à plenitude maçônica ou à verdadeira iniciação simbólica. Esta prática é observada nas mais diversas filosofias religiosas ou não, quando seus líderes usam uma cobertura sobre a cabeça ou até mesmo raspam a cabeça para não sofrerem influências externas, fato este que observamos nas filosofias orientais, no judaísmo, no islamismo e nas igrejas católicas e ortodoxas, nos cultos afro-brasileiros e em diversas seitas, onde são usados turbantes, solidéus, tiaras, mitras, etc. Atualmente, os Mestres só se cobrem nas Sessões de Câmara do Meio, exceto no Rito Schröder em que todos os Obreiros se cobrem desde Aprendiz. E no Rito Adonhiramita, onde todos os Mestres usam o Chapéu em todas as Sessões de Graus Simbólicos, afirmando assim que são ca pazes de segurar o primeiro Malhete da Loja e de comportarem-se, quando for o caso, como dignos soberanos Iniciados. É importante relembrar que devemos nos descobrir toda vez que seja feita menção ao G∴A∴ D∴ U∴ em Loja, na abertura e fechamento do Livro da Lei e em sinal cívi- co e de respeito nas execuções do hino nacional e da bandeira. CERIMÔNIA DE INCENSAÇÃO O procedimento para a realização da Cerimônia de Incensação encontra- se minuciosamente detalhado no Ritual do Aprendiz Maçom Adonhiramita, e tem por objetivo preparar os Obreiros para a obra que vão efetuar. O incenso usado na Cerimônia tende a purificar aquela parte da natureza do homem chamada Corpo Astral ou Emocional, devido irradiar vibrações intensamente purificadoras. 4 O uso de incenso é inteiramente científico, pois sabemos que não há matéria morta porque todos os seres e todas as coisas da natureza possuem e irradiam suas vibrações e combinações de vibrações. O Cerimonial visa então tornar o ambiente em Loja calmo e sossegado, estabilizando as nossas emoções, para nos capacitar a responder as influências Superiores, dissipando nossas ansiedades, preocupações e desejos oriundos do mundo profano. Há aqueles que demonstram preconceito contra o uso do incenso, por o suporem exclusivos das cerimônias religiosas, porque unicamente nelas o tem visto ser usado. Mas aqueles que estudam ou freqüentam outras entidades ou ordens de cunho filosófico e esotérico, sabem que todas elas usam o incenso, numa ou noutra forma, por conhecerem os seus efeitos benéficos. Por que nós não o haveríamos de usar, se os trabalhos em Loja visam expandir e elevar a nossa consciência? Devemos pois nos esforçar para colocar-nos em boas condições mentais e emocionais, e o incenso oferece uma fortalecedora corrente vibratória que nos ajudará a manter o equilíbrio e alcançar a calma e a estabilidade que necessitamos para realizar os nossos trabalhos. Recomendamos que todo Irmão incline respeitosamente a cabeça ao receber a incensação, principalmente os Irmãos situados nas colunas, como prova de que dedica toda a sua força e vigor ao Grande Arquiteto do Universo e a sua obra. CERIMONIAL DO FOGO Este Cerimonial na realidade tem seu início antes da abertura da Loja, quando a Chama Sagrada que irá presidir os trabalhos é reanimada pelos quatro Irmãos, que simbolicamente representam os quatro pontos cardeais, que adentram o Templo antecipadamente para este fim. A Chama Sagrada é o emblema do Sol que é o símbolo visível ou do mundo físico da divindade que nos emite continuamente sua energia como luz e calor, sem os quais não haveria vida no planeta. O Cerimonial do Fogo tem, portanto, o propósito de se levar simbolicamente estas energias, luz e calor, para as regiões do orbe terrestre que o Templo representa, indo do Oriente para o Ocidente no seu acendimento, e realizado no sentido oposto no seu adormecimento porque o Sol tem no Ocidente o seu ocaso. Compreende-se muito pouco o significado do fogo nas Cerimônias Maçônicas, mas sabemos que uma vela acesa com intento religioso equivale a uma oração, e sempre atrai do alto um fluxo de energia positiva. Entendemos que as frases pronunciadas pelo Venerável Mestre e pelos Vigilantes por ocasião do acendimento das chamas, têm o objetivo de atrair estes fluxos de energias, por eles representarem simbolicamente cada qual um aspecto do Logos. Quando o Venerável Mestre diz: "Que a luz da sua Sabedoria ilumine os nossos trabalhos" é importante que todos os Irmãos o auxiliem nesta invocação ou esforço para atrair o Aspecto Divino do Amor-Sabedoria para derramar-se sobre todos em Loja. Da mesma maneira quando o Primeiro Vigilante diz: "Que a luz de sua Força nos assista em nossa obra", 5 todos devem pensar intensamente no Aspecto Força-Vontade Divina, desejando que esta energia flua por seu intermédio; e, por último, quando o Segundo Vigilante diz: " Que a luz da sua Beleza se manifeste em nossa obra", devemos pensar no Aspecto Beleza-Inteligência Divina fluindo para todos através dele. Isto deve ser consolidado ao invocarmos "Que assim seja" após o pronunciamento das referidas frases. O mesmo procedimento deve ser observado por ocasião do adormecimento do fogo quando é invocado "Que a luz da sua beleza continue flamejante em nossos corações", pelo Segundo Vigilante, "Que a luz da sua força permaneça atuante em nossos corações", pelo Primeiro Vigilante, e "Que a luz da sua sabedoria habite em nossos corações" pelo Venerável Mestre, sendo o Cerimonial totalmente concluído ao ser adormecida a Chama Sagrada, após a saída de todos os Irmãos do Templo, pelos mesmos Irmãos que realizaram o seu avivamento no início dos trabalhos. Sabemos que igualmente ao Sol que derrama incessantemente sua luz e calor indistintamente sobre toda a humanidade, o Grande Arquiteto do Universo emite continuamente suas energias, e a nós compete abrir o canal para es- tas energias e a realização do seu serviço. Observamos que estas Cerimônias são executadas exatas e de maneira brilhante, mas vários Irmãos não percebem a importância do pensamento nele con- centrado e a compreensão de todo o seu alcance e significado. Devemos pois trabalhar com amor e abnegação, rogan- do as bênçãos do Grande Arquiteto do Universo para que alcancemos a verdadeira iluminação. CARACTERÍSTICAS DOS TEMPLOS ADONHIRAMITAS Como sabemos, todos os Templos Maçônicos são representações simbólicas do templo mandado construir pelo Rei Salomão, conforme o relato contido nas Escrituras Sagradas nos livros de Reis I e Crônicas 11, e que representam também, simbolicamente, o macro e o microcosmo, com o seu plano representando a superfície da terra com o universo a sua volta simbolizando o macrocosmo, e tendo deitado sobre esta mesma superfície a figura de um homem simbólico a ser desenvolvi- do, simbolizando o microcosmo. No Templo Adonhiramita a figura deste homem simbólico e apresentado contemplando o universo, ou seja, em decúbito dorsal, com as pernas no ocidente levantadas a 90 graus, que são representadas pelas colunas do Templo, onde à direita, que deve ser o primeiro lado do corpo a ser desenvolvido, nós chamamos de coluna "J" e a da esquerda de coluna "B", ficando geograficamente a coluna "J" ao Norte e a coluna "B" ao Sul, sendo por este motivo que o Adonhiramita adentra o Templo com o pé direito e da troca das posições das colunas do Templo em relação aos outros Ritos. A cabeça deste homem simbólico representado está posicionada no Oriente, sendo a sua consciência simbolizada pelo Livro da Lei depositado sobre o Altar dos Juramentos, ali situado, juntamente com o Esquadro e o Compasso, que regulam o nosso modo de agir, estando iluminado pela Chama Sagrada de onde simbolicamente emana toda a Luz. DISPOSIÇÃO DOS LUGARES EM LOJA 6 Observando-se a marcha do sol, e considerando-se o Templo Maçônico como o macrocosmo, em relação à terra, vemos que este nasce no Oriente, o Leste terrestre, onde está colocado o Venerável Mestre, passa pelo Sul, ao meio-dia, onde estão colocados os Companheiros Maçons, e se põe no Ocidente mais ao Norte, no Setentrião ou pólo norte, que é o local menos iluminado da terra e, conseqüentemente, do Templo, e é o local onde são colocados os Aprendizes, considerando que estes receberam uma luz muito fraca não estando em condições de receber maior claridade. Nesta coluna está colocado o Segundo Vigilante, responsável de transmitir as instruções aos Irmãos Aprendizes. Na coluna do Sul está colocado o Primeiro Vigilante, responsável pelas instruções dos Irmãos Companheiros. Os Mestres Maçons ocupam a Câmara do Meio, que é permanentemente ilumina- da, ficando em plenitude com o universo, e expandindo as suas consciências de acordo com seus livres-arbítrios ou vontade, uma vez que as suas personalidades é que vão arbitrar os rumos que devem seguir, estando as suas disposições todos os recursos que a Maçonaria oferece como a mais perfeita Escola de Filosofia e de Doutrina Moral que existe, que visa ao aprimoramento do ser humano para que seja alcançada a Fraternidade Universal ou as corretas relações humanas. O local dos Altares do Venerável Mestre e dos Vigilantes forma um triângulo isósceles, com o vértice principal para cima, que simbolicamente representa os três atributos da Divindade ou Tríade Superior que são a Sabedoria, a Força e a Beleza. Outro triângulo isósceles com o vértice principal para baixo, também é formado pela disposição dos Altares do Orador e do Secretário e o local do Cobridor Interno, que deve se situar na linha imaginária que divide o Norte e o Sul ficando em frente ao Venerável Mestre no eixo Oriente/Ocidente, este triângulo representa a Personalidade ou a Tríade Inferior, que são o corpo mental inferior, o corpo astral ou emocional e o corpo físico, que são representados pelos ocupantes dos cargos acima citados. Estes dois triângulos entrelaçados dentro de um círculo que no Templo é representado pela expansão da luz da lâmpada mística que fica suspensa no centro do Templo, formam a representação do que chamamos Selo de David, que é o Símbolo do Iniciado. Este ponto central do Templo, onde se situa a lâmpada mística, juntamente com os pontos dos vértices dos triângulos superior e inferior, representam os sete centros de força do Homem Simbólico ou microcosmo e, como preconiza a Lei Hermética de que o que está em cima é semelhante ao que está embaixo, concluímos afirmando que o Templo Maçônico Adonhiramita é a mais perfeita representação do Homem Iniciado em união com o Grande Arquiteto do Universo. 7 O RITO BRASILEIRO (*) O Rito Brasileiro está fincado nos pressupostos da Ordem, referente à regularidade, à legalidade e à legitimidade. Acata os landmarques e demais postulados tradicionais da Maçonaria, com os usos e costumes antigos. Proclama a glória do Deus Criador e a Fraternidade dos homens. Estabelece a presença, nas suas sessões, das Três Grandes Luzes: o Livro da Lei, o Esquadro e o Compasso e emprega os símbolos da construção universal. Pode, dessa forma, ser praticado em qualquer país. Tem, como base ritualística, a da Maçonaria Simbólica (graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre) sobre a qual se eleva a hierarquia filosófica de 30 altos graus (graus 4 a 33). O Rito Brasileiro é evolução, é futuro, é canção do futuro. No preâmbulo da Constituição de 24 de junho de 2000, além da característica dos elementos inspiradores, há normas precisas, na seguinte redação: - Nós, os Membros Efetivos do Supremo Conclave do Brasil, reunidos em função Constituinte para instituir uma Potência Maçônica soberana, legítima e legal - destinada a cumprir as exigências de Regularidade internacional; permitir às 8 suas Oficinas o exercício pleno da defesa dos direitos da pessoa humana, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer formas de discriminação; condenar a exploração do homem, a ignorância, a superstição e a tirania; proclamar que o direito ao trabalho, à tolerância, à livre manifestação do pensamento e de expressão constituem apanágios da Franco-Maçonaria, cujo fim é a Liberdade, a Igualdade e a Fraternidade, tendo a Justiça como valor inexcedível da sociedade humana fundada na harmonia social e comprometida com a solução pacífica das controvérsias promulgamos, sob o império da Razão e a proteção do Supremo Arquiteto do Universo, a seguinte CONSTITUIÇÃO DO RITO BRASILEIRO DE MAÇONS ANTIGOS, LIVRES E ACEITOS. Efetivamente, a partir do preâmbulo da Carta vigente, o Rito Brasileiro orienta suas Oficinas e seu contingente maçônico no exercício pleno da defesa dos direitos da pessoa humana, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer formas de discriminação; combate à exploração do homem, à ignorância, à superstição e à tirania; valor inexcedível da sociedade humana fundada na harmonia social e comprometida com a solução pacífica das controvérsias. Isso implica justiça social e, antes de tudo, solução de problemas como fome, subnutrição, doença e desabrigo; império da Razão que, no contexto do mercado livre, pode ser ferramenta para a divisão harmoniosa dos recursos e das riquezas. Isso realizaria a justiça social perpétua e dissiparia os temores de catastrófico neo-maltusianismo. O Rito Brasileiro é produto da doutrina, da inteligência e da sabedoria de todos os Ritos que se acomodam sob o Pálio do GOB, isto é, dos Ritos Escocês, de York, Schröeder, Adonhiramita e Moderno. Prova disso é que o Rito foi fundado, reconhecido, consagrado e autorizado pelo GOB, por Decreto do Grão- Mestrado, Resoluções da Soberana Assembléia Federal Legislativa e decisões do Conselho Geral da Ordem (atual Suprema Congregação). Mediante Decreto, o GOB determinou que o Rito Brasileiro acompanhe a evolução humana. Assim, Álvaro 9 Palmeira, na condição de Grão-Mestre Geral do GOB deixou, nas consideranda, do Decreto nº 2.080, de 19.03.1968, expressões assim: “12. Considerando que a Maçonaria, sem perder esse caráter principal, intrínseco e característico de Instituição Iniciática de formação moral e filosófica, deve, entretanto, está presente ao estudo dos problemas da civilização contemporânea e neles intervir superlativamente, para que a Humanidade possa encaminhar- se, sobre o suporte da Fraternidade, a um mundo de Justiça, Liberdade e Paz, porque não há antagonismo entre a Verdade e a Vida”. E, como assinala ANTÔNIO CARLOS SIMÕES, em livro inédito: - Já em fins dos anos 60, quando começavam os estudos para implantar a Nova Ordem Mundial, o neoliberalismo, o Supremo Conclave estava consciente de que se esgotara o período iniciado em 1717; era preciso dar início ao quarto período da Maçonaria. Muitas barreiras foram ultrapassadas. O QUE É O RITO BRASILEIRO • É um Rito Regular, Legal e Legítimo, porque acata os Landmarques e demais Princípios tradicionais da Maçonaria, os Usos e Costumes antigos; proclama a glória do Deus Criador e a fraternidade dos homens; estabelece a presença nas Sessões das Três Grandes Luzes: o Livro da Lei Sagrada, o Esquadro e o Compasso; e emprega os símbolos da construção universal, podendo assim ser praticado em qualquer País. • Sua base é a Maçonaria Simbólica universal de São João (graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre). Sobre ela se eleva a Hierarquia de 30 Altos Graus (do grau 4 ao 33). • O Rito Brasileiro concilia a Tradição com a Evolução, para que, assim, a Maçonaria não se torne uma força esgotada. Especializa-se no cultivo da Filosofia, Liturgia, Simbologia, História e Legislação maçônicas e estuda todos os grandes problemas nacionais e universais com implicações 10 ou conseqüências no futuro da Pátria e da Humanidade. Realiza a indispensável cultura doutrinário-maçônica e também a cultura político-social dos Obreiros. • Impõe a prática do Civismo em cada Pátria, porque a Maçonaria é supranacional, mas não pode ser desnacionalizante. • O Rito Brasileiro conviverá fraternalmente com todos os Ritos Regulares, através da inter-visitação e da inter-filiação. O Rito exige dos Obreiros a Vida Reta e o Espírito Fraterno e suas legendas são: - URBI ET ORBI e HOMO HOMINI FRATER. HISTÓRIA DO RITO BRASILEIRO Fala-se que o Rito Brasileiro teria tido uma origem aparentemente romântica em Pernambuco, quando o comerciante e maçom José Firmo Xavier pertencente à Grande Loja Provincial de Pernambuco, provavelmente pertencente ao Grande Oriente do Passeio, no século XVIII, segundo alguns autores em 1878 e segundo outros em data muito anterior ou seja mais ou menos em 1848, o qual com um contingente além dele e mais 837 maçons, elaboraram uma Constituição Especial do Rito Brasileiro, colocando o mesmo sob a tutela de D. Pedro II e do Papa. Existem depositados na Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro, dois documentos que pertenceram à D. Pedro II que nos dão informações sobre esta entidade e que tem o seguinte enunciado: “Const∴Maç∴ do Esp∴ Rit∴ Braz∴de Nob∴ e Aug∴ Caz∴ Cor∴ Liv∴ sob os Ausp∴ de S∴M∴I∴S∴D∴P∴S∴I∴B∴ meu Alt∴ e Pod∴Gr∴da Ord∴Braz∴ em todo o Circulo do Império Brazileiro, offerecido à S∴M∴I∴D∴P∴S∴I∴ do Braz∴Alt∴ e Pod∴Sen∴Gr∴Mest∴ da Ordem Brazileira”.

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Aprendiz. E no Rito Adonhiramita, onde todos os Mestres usam o Chapéu em todas as Sessões de Graus Simbólicos, afirmando assim que são ca pazes minuciosamente detalhado no Ritual do Aprendiz Maçom Adonhiramita, e tem por objetivo Council for the Southern Jurisdiction of the United.
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