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SCHLESENER, ANITA HELENA PDF

357 Pages·2010·8.87 MB·Portuguese
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ANITA HELENA SCHLESENER A RECEPÇÃO DE G RAM SC! NO BRASIL A INTERPRETAÇÃO NO CONTEXTO DO PCB NOS ANOS 60 Tese apresentada como requisito parcial para a obtenção do grau de Doutor no Curso de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Paraná. Orientador: Prof. Dr. Luís Carlos Ribeiro CURITIBA 2001 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANA SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES UFPR COORDENAÇÃO DOS CURSOS DE PÓS GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA Rua General Carneiro, 460 6o andar fone 360-5086 FAX 264-2791 PARECER Os Membros da Comissão Examinadora designados pelo Colegiado dos Cursos de Pós-Graduação em História para realizar a argüição da Tese da candidata Anita Schlesener, sob o título "A recepção de Gramsci no Brasil. A interpretação no contexto do PCB nos anos 60"para obtenção do grau de Doutor em História, após haver realizado a atribuição de notas são de Parecer pela 4.?. &<?. VA.% ã .Ocom conceito "..A.." sendo-lhe conferidos os créditos previstos na regulamentação dos Cursos de Pós- Graduação em História, completando assim todos os requisitos necessários para receber o grau de Doutor. Curitiba, 02 de abril de 2001 Prof. -f 2o Examinador Prof. Dr ..Ç^**1 3o Examinadora Prof. Dr2. 4o Examinadora BANCA EXAMINADORA: Prof. Dr. Luiz Carlos Ribeiro (Orientador) Prof a Dra Ivete Simionatto Prof. Dr. Edmundo Fernandes Dias Prof. Dr. Dimas Floriani Prof. Dr. Dennison de Oliveira Sabemos, e isso foi abundantemente demonstrado nos últimos dez anos, na Alemanha, que o aparelho burguês de produção e publicação pode assimilar uma surpreendente quantidade de temas revolucionários, e até mesmo propagá-los, sem colocar seriamente em risco sua própria existência e a existência das classes que o controlam. Isso continuará sendo verdade enquanto esse aparelho for abastecido por escritores rotineiros, ainda que socialistas. Walter Benjamin - 1934 Estas páginas são dedicadas: aos meus alunos da Universidade Federal do Paraná. a Ana Paula e Leonardo, meus filhos. AGRADECIMENTOS Ao Prof. Dr. Luís Carlos Ribeiro, pela orientação competente e segura. Ao Professor Dr. Alceo Riosa, do Departamento de Historia da Universidade de Milão, por se dispor a me orientar durante a pesquisa realizada na Itália e gentilmente ceder-me o seu gabinete e o seu computador para a redação do trabalho. Ao Prof. Dr. Marco Gervasoni, também do Departamento de Historia da Universidade de Milão, pelas orientações e valiosas contribuições na formulação do conceito de revolução, bem como por me encaminhar à Biblioteca da Fundação Feltrinelli. Aos colegas do Curso de Pós-Graduação em Historia, pelas importantes sugestões nas discussões do projeto. Especialmente à CAPES, pela bolsa de Estudos que permitiu buscar a bibliografia mais recente sobre Gramsci, na Itália. SUMÁRIO INTRODUÇÃO 01 PRIMEIRA PARTE: GRAMSCI E A POLÍTICA COMUNISTA DO INÍCIO DO SÉC. XX 15 CAPÍTULO I: A NOÇÃO DE REVOLUÇÃO: GRAMSCI CONTRAPOSTO AO MARXISMO-LENINISMO 15 1. A noção leniniana de revolução e seus desdobramentos 18 2. O marxismo-leninismo 29 3. A noção gramsciana de revolução 35 a) A característica peculiar da noção gramsciana 35 b) O conceito de revolução a partir dos conselhos 42 c) A noção de revolução na fase de 1924-1926 48 d) O conceito de revolução nos Cadernos do Cárcere 56 e) A crítica à democracia liberal 73 CAPÍTULO II: A PRIMEIRA LEITURA DE GRAMSCI 84 1. Togliatti intérprete de Gramsci 85 2. A direção italiana e a Terceira Internacional 91 3. O dissenso de Gramsci com o Comintern e o PC.dl nos Cadernos do Cárcere 112 4. Togliatti como divulgador da herança literária e política de Gramsci 122 SEGUNDA PARTE: A RECEPÇÃO DE GRAMSCI NO BRASIL: CONJUNTURA HISTÓRICA E TRABALHO INTELECTUAL 138 CAPÍTULO I: INTELECTUAIS E AMBIENTE CULTURAL 138 1. A Conjuntura Histórica dos anos 60 141 2. O PCB e a revolução burguesa 150 3. Cultura e política: o trabalho intelectual e a indústria editorial 172 CAPÍTULO II: OS LIMITES DO PCB E O GRAMSCI DE TOGLIATTI 201 1. O Gramsci "processual" de Togliatti 208 2. O PCB e a interpretação togliattiana de Gramsci 212 CAPÍTULO III: GRAMSCI NO BRASIL 218 1. As primeiras leituras e a delimitação das vertentes 219 2. Os escritos e abordagens na década de 60 229 TERCEIRA PARTE: A TRADUÇÃO BRASILEIRA DA EDIÇÃO TEMÁTICA 238 CAPÍTULO I: MOMENTO E CIRCUNSTÂNCIAS 238 1. Considerações gerais sobre tradução 240 2. Considerações sobre a tradução brasileira 243 3. A introdução à Concepção dialética da História 250 CAPÍTULO II: A TEORIA DE GRAMSCI E A LEITURA DE CARLOS NELSON COUTINHO 259 1. Carlos Nelson Coutinho e as idéias de Gramsci 261 2. Carlos Nelson Coutinho e a recepção das idéias de Gramsci 289 CONSIDERAÇÕES FINAIS 303 BIBLIOGRAFIA 320 1. Escritos de Gramsci 320 2. Traduções 321 3. Outras referências bibliográficas: a) Sobre Gramsci 322 b) História da Itália 334 c) Teoria política e história 335 d) História do Brasil 340 e) Recepção de Gramsci 346 f) Outros 348 INTRODUÇÃO O projeto de pesquisa sobre a recepção da obra de Antonio Gramsci no Brasil no período compreendido entre 1960 e 1970 foi motivado pelo encontro de uma rica bibliografia em torno do assunto.1 As questões que nos colocamos ao nos defrontarmos com essa bibliografia e que motivaram e delimitaram esta pesquisa foram basicamente: Quais as circunstâncias históricas que delimitaram a recepção do pensamento de Gramsci no Brasil? Tomando como pressuposto que o trabalho intelectual se insere em uma conjuntura histórica, quais os limites que essa conjuntura colocou aos tradutores e principais divulgadores de Gramsci? Por que a inserção do pensamento de Gramsci se fez no contexto político do PCB, tomando como referencial a leitura do PCI? De que modo a influência do PCB sobre a produção cultural na década de 60 exerceu um papel na recepção do pensamento gramsciano e como os intelectuais que o traduziram e divulgaram sofreram essa influência? A partir da década de 70 houve uma proliferação de leituras e interpretações do pensamento de Gramsci: por que prevaleceram certas leituras e não outras? As circunstâncias históricas que caracterizaram a década de 60 e que delimitaram a inserção do pensamento de Gramsci no Brasil demonstram que as disputas políticas que se travaram no decurso desse período se permeavam por determinados conceitos 1 Bibliografia citada no final deste trabalho, letra e, "recepção de Gramsci". 2 de revolução que, por sua vez, pressupunham análises da realidade histórica. A leitura e interpretação de Gramsci no âmbito da política do PCB também trazia implícita uma noção de revolução que se propunha como um projeto para o Brasil. Diante desse contexto, tomamos como pressuposto de análise a noção de revolução: a partir de uma leitura do conjunto da obra de Gramsci e dos estudos que fizemos ao longo de anos, esboçamos um conceito de revolução que, embora se apresente como uma interpretação entre outras, procura uma unidade na produção teórica gramsciana para, em seguida, cotejar a leitura realizada por seus tradutores e primeiros intérpretes, a fim de levantar pontos polêmicos surgidos na apropriação da matriz teórica. Nosso propósito, portanto, não é o de reconstruir todos os aspectos e níveis da recepção e assimilação do pensamento de Gramsci no Brasil, nem de levantar as possibilidades de leitura que seu texto pode sugerir, mas delimitar a pesquisa guiando- nos pelo objetivo preciso de esclarecer três questões específicas: 1) qual o papel da inserção do pensamento de Gramsci nos limites da política do PCB nas décadas de 60 e 70; 2) qual o papel dos tradutores e dos mecanismos de produção editorial na divulgação de uma leitura de Gramsci; 3) que usos foram atribuídos às categorias gramscianas (em especial à noção de revolução), a partir da tradução da edição temática. A escolha do conceito de revolução como referencial se justifica porque: 1) é o conceito que permeia todo o trabalho teórico e a prática política de Gramsci, de modo que é uma noção que permite uma abordagem da totalidade de sua obra, bem como seguir o percurso de construção de sua teoria. Nossas leituras iniciais nos davam

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políticos, que se manifestam como "exasperação dos sentimentos de independência, de autonomia e de poder". Se pode separar as instâncias para
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