Protestantismo versus brasilidade nos artigos de jornal do aprendiz Gilberto Freyre Protestantism versus brazility in periodical newspapers articles of the apprentice Gilberto Freyre Protestantismo versus brasilidad en los artículos de periódico del aprendiz Gilberto Freyre PAULO D. SIEPIERSKI Graduado em Teologia pela Faculdade Teológica Batista de São Paulo e em História pela USP, doutor em História da Igreja pelo Southern Baptist Theological Seminary (EUA), com pós- doutorado na University of Notre Dame (EUA), Paulo D. Siepierski é professor e coordenador do Curso de Licenciatura em História da Univer- sidade Federal Rural de Pernambuco. É membro do Núcleo de Estudos Freyreanos e presidente da Associação Brasileira de História das Religiões (ABHR). E.mail: [email protected]. 85 SIEPIERSKI, Paulo D. O ideário protestante nos artigos de jornal do aprendiz Gilberto Freyre. Comunicação & Sociedade. São Bernardo do Campo: PósCom-Umesp, a. 24, n. 38, p.85-106, 2o. sem. 2002. Resumo O passado protestante de Gilberto Freyre já tem sido suficientemente analisado, mas a maioria dos estudos é de caráter biográfico. Seu abandono do protestantismo e a reaproximação com a cultura hispânico-lusitana representou a inversão de sinais, onde o puritanismo passou a ser o oposto cultural do catolicismo. Neste artigo se estuda exatamente essa fase de Gilberto Freyre, ou seja, o período em que, indo para os Estados Unidos, ele se afasta do protestantismo e se aproxima da cultura hispânico-lusitana. Palavras-chave: Gilberto Freyre – Protestantismo – Brasilidade – Cultura luso- brasileira – Catolicismo brasileiro. Abstract The protestant past of Gilberto Freyre has already been analyzed enough, but most of the studies have biographical trait. His abandonment of the Protestantism and the re-approach with the Hispanic-Lusitanian culture represented the inversion of signals, where Puritanism became the cultural opposite of Catholicism. In this article, accurately this phase of Gilberto Freyre is studied, or either, the period when, going to the United States, he moves away from Protestantism and approaches to Hispanic-Lusitanian culture. Keyword: Gilberto Freyre – Protestantism – Brazility – Luso-Brazilian culture – Brazilian Catholicism. Resumen El pasado protestante de Gilberto Freyre ya ha sido analizado de modo suficiente, pero la mayoría de los estudios es de carácter biográfico. Su decisión de abandonar el protestantismo y el reacercamiento a la cultura hispanolusitana representó una inversión de señales, y el puritanismo pasó a ser el opuesto cultural del catolicismo. En este artículo se estudia exactamente esa fase de Gilberto Freyre, es decir, el período en el cual, yéndose a Estados Unidos, se aleja del protestantismo y se acerca de la cultura hispanolusitana. Palabras-clave: Gilberto Freyre – Protestantismo – Brasilidad – Cultura lusobrasileña – Catolicismo brasileño. 86 • Comunicação e Sociedade 38 V ários autores já se debruçaram sobre a educação pro- testante de Gilberto Freyre e sua conversão ao protestantismo, seu desejo em se tornar pastor protestante, com cujo objetivo foi estudar nos Estados Unidos, e seu posterior abandono do protestantismo exatamente quando concluía seu curso superior em uma universidade batista norte-americana. Mas a grande maioria desses estudos é de caráter biográfico, sem a preocu- pação de buscar as raízes do pensamento freyreano. Sem dúvida, a experiência protestante de Gilberto Freyre o acompanhou por toda sua vida, principalmente em sua análise da sociedade brasileira. Isso é evidenciado por autores que demonstraram que seu abandono do protestantismo e a reaproximação com a cultura hispânico-lusitana representou a inversão de sinais, onde o puritanismo passou a ser o oposto cultural do catolicismo. A trajetória de Gilberto Freyre nesse período pode ser reconstituída integralmente através de seus artigos publicados nos anos de 1918 a 1926 no Diário de Pernambuco, o mais antigo jornal em circulação na América Latina. Tais artigos estão organizados na coletânea intitulada “Tempos de Aprendiz” (Freyre, 1979).1 1.Em 1979, o Ibrasa e o INL publicaram, em dois volumes, a obra Freyre, Gilberto. Tempo de aprendiz: artigos publicados em jornais na adolescência e na primeira mocidade do autor (1918-1926). 2 volumes. São Paulo e Brasília, IBRASA e INL, 1979. Esta coletânea, organizada por José Antonio Gonsalves de Mello e prefaciada por Nilo Pereira, doravante será mencio- nada como TA1 (v. 1) e TA2 (v. 2). 87 Ao investigar essa coletânea, na qual se vê, segundo o organizador, “o jovem colaborador esboçar, desde a sua ado- lescência, o que viria a ser a mais importante interpretação da sociedade e da cultura brasileiras até hoje elaborada” (TA1, p. 11), procurarei realçar apenas os encontros e desencontros de Gilberto Freyre com o protestantismo e as possíveis implicações destes em sua obra mais ampla. Tal esforço se reveste de rele- vância, pois, como diz o autor do prefácio da coletânea, “a importância dessa primeira colaboração é tão grande, no espaço e no tempo que a interpretação da sua obra não se faria sem a leitura desses trabalhos de verdes anos” (TA1, p. 13). De fato, esses trabalhos de aprendiz não apenas prenunciam um grande pensador como formam também a base sobre a qual se desenvolverá toda a reflexão posterior de Gilberto Freyre, reflexão que será o desdobramento lógico, praticamente sem desvios, das idéias presentes já na mocidade. Por isso é que o mesmo autor do prefácio, após considerar esses trabalhos indis- pensáveis ao conhecimento da obra de Gilberto Freyre, afirmará taxativamente: “É o livro do começo para explicar toda uma obra, que segue as linhas gerais de um pensamento” (TA1, p. 25). Não obstante, é o próprio Gilberto Freyre quem nos adverte que nesses artigos encontramos contradições, injustiças e mesmo intemperanças verbais. E será ele próprio quem enu- merará algumas dessas contradições, entre elas uma crucial para nosso estudo. O autor, no ocaso de sua carreira, se lembrará emblematicamente de suas “simpatias pela tradição católica em divergência com o que, com ânimo um tanto tolstoiano, pare- cer ter permanecido nele do ainda quase meninote, por ano e meio, cristão evangélico de tipo antiburguês” (TA1, p. 35). Tempos, portanto, de aprendizado e de contradições, tempos de encontros e desencontros. O protestantismo de Gilberto Freyre Gilberto Freyre encontra o protestantismo logo ao nascer, no seio de uma família descendente da decadente aristocracia 88 • Comunicação e Sociedade 38 do açúcar. O término do século XIX assistira ao golpe final na economia escravista e seu impacto nas relações sociais, mais simbólico do que prático. A abolição expressara a forma legal última do longo processo de dissolução das bases de nossa colonização. A introdução do trabalho assalariado no mundo do açúcar sinalizara que esse processo era irreversível e a moder- nização, inevitável. No grande ciclo dessa transição dois deslo- camentos se destacam altissonantes com todas as suas maiúsculas implicações: o engenho dá lugar à usina e a casa-grande ao sobrado. É nesse contexto que o discurso protestante, visto como arauto da modernidade, se torna atraente para as elites brasileiras. Assim é que Gilberto Freyre aprende a ler, a escrever e a contar primeiramente na língua inglesa, língua do protestan- tismo, com o inglês anglicano E. O. Williams. O pai de Gilberto Freyre, o professor e juiz de direito Alfredo Freyre, sendo admirador da concepção protestante de ensino, que ele julgava superior à católica, a ponto de ser profes- sor de latim e de português no protestante Colégio Americano Gilreath, fundado no Recife em 1906, depois denominado Co- légio Americano Batista, levou o menino a cursar ali o primário e o secundário, de 1908 até 1917. Anglo-americanófilo, Gilberto Freyre aprenderá também a língua francesa, mas esta não o fas- cinará tanto quanto a inglesa. De seu tempo no Colégio Ameri- cano Batista talvez o que terá influência mais decisiva em sua formação e na análise que fará da sociedade brasileira não será a educação protestante mas sua experiência religiosa puritana. Os professores do colégio eram na sua quase totalidade missionários batistas. Homens como H. H. Muirhead, professor de história, e W. C. Taylor, professor de grego, que tanto des- pertaram a admiração de Gilberto Freyre, eram além de edu- cadores, proselitistas. Estes, juntamente com os clássicos do protestantismo, como o puritaníssimo The pilgrim´s progress (O progresso do peregrino), de John Bunyan (1628-1688), e a bio- grafia do famoso missionário escocês David Livingstone (1813- 1873), conduziram Gilberto Freyre ao batismo, marca indelével 89 dos batistas, na Primeira Igreja Batista do Recife, em setembro de 1917. Apenas mais uma etapa de sua experiência religiosa, uma vez que ainda menino já freqüentava a escola dominical e participava das atividades evangelizadoras da igreja. Jovem, versado no Velho e Novo Testamentos, admirador do misticis- mo eclesioclasta de Leon Tolstoi (1828-1910), prega a mensa- gem batista pelo Recife afora e sonha em ser missionário. E é com esse intuito que, logo após sua formatura no Colégio Americano Batista, ele embarca para os Estados Unidos, para a Universidade Baylor, universidade batista no Texas. Mas o Colégio Americano Batista não era apenas uma ins- tituição voltada ao proselitismo religioso. Primava também pela alta qualidade de seu ensino. Ali Gilberto Freyre entrou em con- tato com as obras de grandes intelectuais como Taine, Comte e Spencer. Destes, o que mais o influenciou foi o último, Herbert Spencer (1820-1903), sobre quem fez uma conferência em 1916 na capital da Paraíba, intitulada “Spencer e o problema da educação no Brasil”, e de quem mais tarde diria ter recebido “uma das maiores influências que me orientaram ou estimularam a formação intelectual” (Freyre, 1934, p. XXV). Filósofo e so- ciólogo inglês, Spencer abraçou a teoria da seleção natural pro- posta por Darwin e cunhou a famosa expressão “survival of the fittest” (sobrevivência dos mais adaptados). Segundo um dos principais biógrafos de Freyre, as influências duradouras de Spencer sobre ele foram o gosto pelos pormenores do cotidi- ano e o ecologismo (Chacon, 1993, p. 45). Eu acrescentaria o mencionado “sobrevivencialismo spenceriano”, refletido na percepção da plasticidade do português que o capacitou para vencer nos trópicos, aspecto fundamental da formação da fa- mília brasileira sob o regime de economia patriarcal. Plasti- cidade que faltou aos outros competidores europeus, principal- mente os holandeses calvinistas. Uma outra influência recebida no Colégio Americano Ba- tista foi a do filósofo e psicólogo americano William James (1842-1910), o principal expoente do pragmatismo norte-ame- 90 • Comunicação e Sociedade 38 ricano, que formulou uma definição funcional de verdade e, na psicologia, introduziu o conceito de experiência consciente in- dividual, esta considerada como uma série contínua de ocorrên- cias. O discurso que Gilberto Freyre profere como orador de sua turma na formatura de segundo grau no Colégio America- no Batista, em 26 de novembro de 1917, reflete bem o pragmatismo de James, tão ao gosto dos batistas, que ao culto religioso denominam “trabalho”, tradução livre do service ame- ricano. Batistas que Freyre mais tarde abandonaria, influenciado pelo mesmo William James, que em The varieties of religious experiences (As variedades de experiências religiosas) golpeava o conceito monolítico de verdade religiosa, cerne do fundamen- talismo religioso, apresentando o pluralismo das experiências religiosas.2 O paraninfo da turma foi o ministro Oliveira Lima, então residente nos Estados Unidos, para onde Gilberto Freyre rumaria em breve e onde desfrutaria da amizade do ministro. Gilberto Freyre e o protestantismo americano A primeira colaboração da outra América de Gilberto Freyre ao Diário de Pernambuco foi escrita em Louisville, sede da mais importante instituição de educação teológica dos batistas americanos, em setembro de 1918. Nela o jovem estudante observa que o catolicismo estava forçando o protestantismo a desenvolver uma arquitetura eclesiástica mais refinada. Ao mesmo tempo, diz ele, os protestantes forçavam os católicos a fazerem “uma porção de coisas que aí [no Brasil] seriam tachadas de heréticas”, como a cooperação nos movimentos de temperança e no combate a prostituição comercializada (TA1, p. 39-40; 2.Concluindo seu famoso livro, James diz que “the practical needs and experiences of religion seem to me sufficiently met by the belief that beyond each man and in a fashion continuous with him there exists a larger power which is friendly to him and to his ideals. All that the facts require is that the power should be both other and larger than our conscious selves. Anything larger will do, if only it be large enough to trust for the next step” (1958, p. 396). 91 DP, 1918). Mas é da Universidade Baylor que Gilberto Freyre escreverá constantemente. Ali, sustentado em parte pelos batistas e em parte pela família, ele se familiarizará com a vida univer- sitária norte-americana. De pronto lhe chama a atenção a existência de uma linda capela no campus de Baylor. Não uma capela para o afasta- mento do mundo, para a contemplação espiritual, mas um te- atro para a apresentação de idéias. Foi na capela de Baylor que Gilberto Freyre conheceu, entre outros, Anna Shaw, um dos expoentes na luta pelo direito de as mulheres votarem. Ao lado da vida acadêmica, como observa Gilberto Freyre, desfrutava- se de “uma vida ativamente social, quase mundana. Não faltam jogos atléticos, palestras, boa música, concertos, companhias de operetas, de tragédias shakespearianas, de dramas gregos” (TA1, p. 49; DP, 1919a). A coeducação é outro aspecto da vida uni- versitária norte-americana que desperta o interesse do jovem universitário brasileiro. “Os sexos”, observa ele, “não são iso- lados um do outro, como entre nós” (TA1, p. 55; DP, 1919c). No cerne do sistema de co-educação estava o respeito próprio, que não dava margens ao assédio sexual. Mas o que talvez te- nha parecido o mais diferente para Gilberto Freyre era o fato de que a disciplina da universidade estava nas mãos dos estu- dantes, que eram ao mesmo tempo legisladores e polícia nessa área. Isso era o student’s self government. “Em questão de puro estudo”, observa ele atônito, “tudo repousa, também, sobre a honra pessoal do estudante. Em exames, por exemplo, o instru- tor não fica de vigia”. Sua avaliação, então, é que a educação e o honor system eram os responsáveis pelo sucesso do ensino universitário americano. “Eles revelam ao estrangeiro”, conclui Gilberto Freyre, “que nos Estados Unidos não se compreende a formação da inteligência sem a formação do caráter” (TA1, p. 55; DP, 1919c). Porém, é possível que o que mais tenha marcado Gilberto Freyre na paisagem universitária norte-americana tenha sido sua constituição cosmopolita. Naquele fim de guerra havia cerca de 92 • Comunicação e Sociedade 38 oito mil estudantes estrangeiros nos Estados Unidos. Sua integração à vida norte-americana era facilitada pela Associação Cristã de Moços (ACM), agência pioneira, não denominacional, de considerável significação ecumênica, fundada em Londres em 1844, por George Williams (1821-1905), e que desde então se espalhou pelo mundo. Do momento de seu desembarque no porto até a carinhosa intimidade de um lar, o estudante estran- geiro era acompanhado pelos amigos do Triângulo Vermelho. Tão impressionado ficou Gilberto Freyre com o trabalho da ACM em prol dos estudantes estrangeiros que escreveu um artigo para o Diário de Pernambuco procurando “dar uma idéia da grande obra cristã que o ‘Triângulo Vermelho’ faz no meio dessa multidão cosmopolita de estudantes”. “Depois de observá-la”, diz ele admirado, “a gente pergunta a si mesma se naquele triângulo simbólico não latejará um coração” (TA1, p. 67; DP, 1919d). Foi no natal de 1918 que Gilberto Freyre escreveu o mais proselitista dos artigos de sua fase protestante. Ele aproveitou a ocasião para visitar o Seminário Batista em Fort Worth, dis- tante algumas horas de Baylor. Seu objetivo, além de conhecer o seminário, era ouvir Billy Sunday, então o pregador de mais larga popularidade “e o de mais poder”, ressalta Gilberto Freyre, enfatizando que “foi ele quem fez cair de joelhos, em New York, 100.000 pessoas”. Em Fort Worth estavam ocorren- do em média cem conversões por noite. “Ontem, à noite”, informa fascinado o jovem que queria ser missionário, “houve umas 300”. O que mais ele admira em Billy Sunday não é sua gesticulação, seus “maneirismos”, mas sua fidelidade as grandes doutrinas do cristianismo. “Ele prega as doutrinas da graça, salvação pessoal, redenção”, diz Gilberto Freyre, “na sua pureza evangélica”, baseando na Bíblia a “sua pregação poderosa” (TA1, p. 52-53; DP, 1919b).3 Conversão, poder, salvação pessoal, 3.Chacon interpreta como irônica a descrição que Freyre faz de Billy Sunday, mas o contexto não autoriza tal interpretação (cf. 1993, p. 56). 93 sola Scriptura. Em breve tudo isso seria passado na vida do ex- quase seminarista batista. Exatamente um ano depois, na passagem de 1919 para 1920, Gilberto Freyre estará na cidade de Des Moines, em Iowa, representando o Brasil no 8º Congresso Internacional de Estudan- tes. Esse congresso estava sendo promovido pela Federação Mundial de Estudantes Cristãos, entidade criada em 1895, sob a direção do metodista e entusiasta por missões John R. Mott (1865-1955), no seio do Movimento de Estudantes Voluntários para Missões Estrangeiras, movimento este originado em 1886, numa das conferências de verão do famoso evangelista e reavivalista americano Dwight L. Moody (1837-99) em Mount Hermon, Massachusetts. Foi o próprio Mott quem presidiu o congresso. Dele diz Gilberto Freyre: “Tive a honra de apertar a mão (...) e dizer-lhe o quanto o admiro” (TA1, p. 72; DP, 1920a). Não obstante sua admiração por Mott, Gilberto Freyre não mais voltará a escrever sobre a obra missionária protestante. Foi na Universidade Baylor que Gilberto Freyre conheceu A. J. Armstrong, professor de literatura inglesa e especialista em Robert Browning (1812-89), o grande poeta inglês autor de Men and women [Homens e mulheres] e The ring and the book [O anel e o livro]. Foi nos fortes braços de Armstrong que Gilber- to Freyre se tornou realmente um verdadeiro escritor, e essa dívida ele jamais esqueceu. Armstrong introduziu Gilberto Freyre ao movimento imagista da New Poetry (Nova Poesia). Esse movimento, em revolta contra o romantismo, buscava clareza de expressão através do uso de imagens precisas. Desde cedo inclinado ao desenho, Gilberto Freyre rapidamente aco- lheu o imagismo, o qual frutificou em Casa-grande & senzala, obra repleta de imagens. Também foi em Baylor, e novamente por intermédio de Armstrong, que Gilberto Freyre travou contato com dois ou- tros poetas cujas influências seriam perenes na obra freyreana. Quando do jubileu da universidade, em 1920, Armstrong or- ganizou uma série de conferências, trazendo os principais poetas 94 • Comunicação e Sociedade 38
Description: