Em complementaridade às reflexões quanto aos processos de constituição e reprodução do Diversidade do campesinato: expressões e categorias Convidados pelos dirigentes da Via Campesina, Emilia Pietrafesa de Godoi; Marilda Aparecida de campesinato no Brasil, apresentadas no volume I e incidentes sobre formas tuteladas, neste Processos de constituição diversos pesquisadores de várias partes do país e do P Menezes e Rosa Acevedo Marin (Orgs.) volume II analisamos formas dirigidas de constituição de segmentos camponeses, isto é, roc exterior, com distintos conhecimentos e formações Lutas camponesas contemporâneas: condições, ctóorriroe sbproansidleeinrtoe,s paa praro ac eesxsopsa ndseã cor idaeç ãforo dnet eciornasd ipçõroeds uptairvaa sa eo cpuapraaç oãob jpetoipvauçlaõceiso ndaal pdroe steenrrçia- essos e reprodução do dmisecniptel inea raesg,r aegssaur mrierfalemxõ oe sp rjoá jeftoor dmeu rleafdleatsi,r caolgleutmivaa-s dilemas e conquistas d institucional do Estado. Reafirmamos, assim, a diversidade de situações sociais e históricas e Bernardo Mançano Fernandes, Leonilde Medeiros e c consideradas clássicas, de modo a, pela Coleção Histó- em que se expressa a organização produtiva de famílias sob o reconhecimento de formas on campesinato no Brasil ria Social do Campesinato no Brasil, caracterizar as Maria Ignez Paulilo (Orgs.) s camponesas, analisando casos de imigração de europeus e de concorrência e reconhecimento tit especificidades de constituição e reprodução do Textos clássicos ou Clássicos sobre o campesinato social de trabalhadores nacionais, abarcando, para este último caso, não só as colônias consti- uiçã campesinato na sociedade brasileira. Mediante essa Clifford Andrew Welch; Edgard Malagodi, Josefa tuídas no bojo da Marcha para o Oeste, como também o conseqüente padrão de formação o e reflexão coletiva, os autores desejam demonstrar as Salete Barbosa Cavalcanti e Maria de Nazareth do patrimônio residencial e produtivo pela posse de lotes em terras devolutas ou, conforme re p contradições básicas enfrentadas pelos segmentos de Baudel Wanderley (Orgs.). representação dos posseiros, “sem dono”. ro d ppprodutores qqque,,, controlando meios de ppproduççção e uuu çã vol. II operando com o trabalho familiar, reproduzem-se sob o A Via Campesina é um movimento internacional d a hegemonia do sistema capitalista, hoje vangloriado o que coorddena organiizações camponesas dde peque- cca por sua face mais globalizante e concentradora, portan- m nos e médios agricultores, trabalhadores agrícolas, p Formas dirigidas de constituição to expropriadora do trabalho autônomo e dilapiladora e mdau Álhseiar,e Ás frruicraai, sA em céormicau ne iEduadroeps ain.dígenas e negras sinat do campesinato dmee bnotaai sp paratrea daa r ebpioroddivueçrsãiod addoe c, afamtopreessi,n toatdoa via, funda- o n Uma das pprincippais ppolíticas da Via Camppesina é a o AA ccoolleeççããoo eessttáá ccoommppoossttaa ppoorr 55 ttoommooss, ccaaddaa uumm B defesa da soberania alimentar como direito dos ra dividido em dois volumes : s povos decidirem suas próprias políticas agrícolas. E il – Delma Pessanha Neves (Org.) Formas de resistência camponesa: visibilidade e vem se tornando protagonista dos interesses históri- Coleção História Social do Campesinato no Brasil v o diversidade de conflitos ao longo da história cos do campesinato em todo o mundo. l. II – Márcia Motta e Paulo Zarth (Orgs.) AA VViia CCampesiina éé a proposiitora ddesta CColleçãão. N e Processos de constituição e reprodução do campe- Convidamos o leitor a participar desse processo de ves sinato no Brasil autonomia e emancipação que o campesinato tem ( O Delma Pessanha Neves e Maria Aparecida de Moraes r promovido neste momento importante e rico de g .) e Silva (Orgs.) nossa história. NEAD UNESP Processos de constituição e reprodução do campesinato no Brasil Processos de constit-Formas dirig (FINAL).PMD1 20/3/2009, 13:20 FUNDAÇÃO EDITORA DA UNESP LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Presidente da República Presidente do Conselho Curador Herman Voorwald GUILHERME CASSEL Ministro de Estado do Desenvolvimento Diretor-Presidente Agrário José Castilho Marques Neto Editor-Executivo DANIEL MAIA Jézio Hernani Bomfim Gutierre Secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Agrário Conselho Editorial Acadêmico Antonio Celso Ferreira ROLF HACKBART Cláudio Antonio Rabello Coelho Presidente do Instituto Nacional de José Roberto Ernandes Colonização e Reforma Agrária Luiz Gonzaga Marchezan Maria do Rosário Longo Mortatti ADONIRAN SANCHES PERACI Maria Encarnação Beltrão Sposito Secretário de Agricultura Familiar Mario Fernando Bolognesi ADHEMAR LOPES DE ALMEIDA Paulo César Corrêa Borges Secretário de Reordenamento Agrário Roberto André Kraenkel Sérgio Vicente Motta HUMBERTO OLIVEIRA Editores-Assistentes Secretário de Desenvolvimento Territorial Anderson Nobara CARLOS MÁRIO GUEDES DE GUEDES Dida Bessana Coordenador-geral do Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO (MDA) www.mda.gov.br NÚCLEO DE ESTUDOS AGRÁRIOS E DESENVOLVIMENTO RURAL (NEAD) SBN, Quadra 02 – Ed. Sarkis – Bloco D – loja 10 – Sala S2 CEP: 70.040-910 – Brasília – DF Tel.: (61) 3961-6420 www.nead.org.br PCT MDA/IICA – Apoio às Políticas e à Participação Social no Desenvolvimento Rural Sustentável Processos de constit-Formas dirig (FINAL).PMD2 20/3/2009, 13:20 DELMA PESSANHA NEVES (Org.) Processos de constituição e reprodução do campesinato no Brasil Formas dirigidas de constituição do campesinato volume 2 Processos de constit-Formas dirig (FINAL).PMD3 20/3/2009, 13:20 © 2008 Editora UNESP Direitos de publicação reservados à: Fundação Editora da UNESP (FEU) Praça da Sé, 108 01001-900 – São Paulo – SP Tel.: (0xx11) 3242-7171 Fax: (0xx11) 3242-7172 www.editoraunesp.com.br [email protected] CIP – Brasil. Catalogação na fonte Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ P956 v.2 Processos de constituição e reprodução do campesinato no Brasil, v.2: formas dirigidas de constituição do campesinato /Delma Pessanha Neves (Org.). — São Paulo: Editora UNESP; Brasília, DF: Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural, 2009. (História social do campesinato brasileiro) Inclui bibliografia ISBN 978-85-7139-896-2 (UNESP) ISBN 978-85-6054-843-9 (NEAD) 1. Camponeses — História. 2. Camponeses — Brasil — História. 3. Camponeses — Brasil — Condições sociais. 4. Imigrantes — Brasil — História. I. Neves, Delma Pessanha. II. Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural. III. Série. 08-4973. CDD: 305.5633 CDU: 316.343 Editora afiliada: Processos de constit-Formas dirig (FINAL).PMD4 20/3/2009, 13:20 História Social do Campesinato no Brasil Conselho Editorial Nacional Membros Membros efetivos Ariovaldo Umbelino de Oliveira (Universidade de São Paulo) Bernardo Mançano Fernandes (UNESP, câmpus de Presidente Prudente) Clifford Andrew Welch (GVSU & UNESP, câmpus de Presidente Prudente) Delma Pessanha Neves (Universidade Federal Fluminense) Edgard Malagodi (Universidade Federal de Campina Grande) Emília Pietrafesa de Godói (Universidade Estadual de Campinas) Jean Hebette (Universidade Federal do Pará) Josefa Salete Barbosa Cavalcanti (Universidade Federal de Pernambuco) Leonilde Servolo de Medeiros (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, CPDA) Márcia Maria Menendes Motta (Universidade Federal Fluminense) Maria de Nazareth Baudel Wanderley (Universidade Federal de Pernambuco) Maria Aparecida de Moraes Silva (UNESP, câmpus de Araraquara) Maria Ignes Paulilo (Universidade Federal de Santa Catarina) Marilda Menezes (Universidade Federal de Campina Grande) Miguel Carter (American University, Washington – DC) Paulo Zarth (Unijuí) Rosa Elizabeth Acevedo Marin (Universidade Federal do Pará) Sueli Pereira Castro (Universidade Federal de Mato Grosso) Wendy Wolford (Yale University) Coordenação Horácio Martins de Carvalho Márcia Motta Paulo Zarth Processos de constit-Formas dirig (FINAL).PMD5 20/3/2009, 13:20 Processos de constit-Formas dirig (FINAL).PMD6 20/3/2009, 13:20 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO À COLEÇÃO 9 PREFÁCIO 19 INTRODUÇÃO 23 Delma Pessanha Neves PARTE 1 COLONIZAÇÃO E IMIGRAÇÃO 37 1 Imigrantes colonos: ocupação territorial e formação camponesa no Sul do Brasil 39 Giralda Seyferth 2 Colonos italianos de Silveira Martins: entre os poderes da Igreja Católica e do Estado 65 Jérri Roberto Marin e Joel Orlando Bevilaqua Marin 3 Agricultores, camponeses e também colonos descendentes de imigrantes italianos na Região Central do Rio Grande do Sul 89 Maria Catarina Chitolina Zanini 4 Canaã, terra prometida 109 Joana Bahia 5 No tempo das máquinas: expansionismo agropecuário e imagens do terror entre os missioneiros 127 Flávio Leonel Abreu da Silveira 6 De “produtor” a “consumidor”: mudanças sociais e hábitos alimentares 151 Maria José Carneiro Processos de constit-Formas dirig (FINAL).PMD7 20/3/2009, 13:20 Sumário PARTE 2 A COLONIZAÇÃO DIRIGIDA E A MARCHA PARA OESTE 173 7 A Colônia Agrícola Nacional de Goiás no aprendizado da itinerância 175 Jadir de Morais Pessoa 8 Terra, trabalho e crenças: identidade e territorialidade camponesa 193 Bernadete Castro Oliveira PARTE 3 OS POSSEIROS E A IMPOSIÇÃO SILENCIOSA DA CONDIÇÃO CAMPONESA 209 9 Apropriação privada dos recursos naturais no Brasil: séculos XVII ao XIX (estudo da formação da propriedade privada) 211 José Heder Benatti 10 Os vira-mundos e a condição camponesa 239 Gil Almeida Felix 11 Os posseiros e a arte da negociação política 263 Margarita Rosa Gaviria PARTE 4 OS SITIANTES: CONDIÇÃO REFERENCIAL DO CAMPESINATO BRASILEIRO 287 12 A “riqueza do pobre”. Relações entre pais e filhos entre sitiantes tradicionais brasileiros 289 Lia de Freitas Garcia Fukui PARTE 5 CONSTITUIÇÃO E REPRODUÇÃO DO CAMPESINATO BRASILEIRO 301 13 Constituição e reprodução do campesinato no Brasil: legado dos cientistas sociais 303 Delma Pessanha Neves Sobre os autores 325 8 Processos de constit-Formas dirig (FINAL).PMD8 20/3/2009, 13:20 APRESENTAÇÃO À COLEÇÃO P or uma recorrente visão linear e evolutiva dos processos históricos, as formas de vida social tendem a ser pensadas se sucedendo no tempo. Em cada etapa consecutiva, apenas são exaltados seus princi- pais protagonistas, isto é, os protagonistas diretos de suas contradições principais. Os demais atores sociais seriam, em conclusão, os que, por al- guma razão, se atrasaram para sair de cena. O campesinato foi freqüente- mente visto dessa forma, como um resíduo. No caso particular do Brasil, a esta concepção se acrescenta outra que, tendo como modelo as formas camponesas européias medievais, aqui não reconhece a presença históri- ca do campesinato. A sociedade brasileira seria então configurada pela polarizada relação senhor–escravo e, posteriormente, capital–trabalho. Ora, nos atuais embates no campo de construção de projetos concor- rentes de reordenação social, a condição camponesa vem sendo socialmente reconhecida como uma forma eficaz e legítima de se apropriar de recursos produtivos. O que entendemos por campesinato? São diversas as possibilidades de definição conceitual do termo. Cada disciplina tende a acentuar perspectivas específicas e a destacar um ou ou- tro de seus aspectos constitutivos. Da mesma forma, são diversos os con- textos históricos nos quais o campesinato está presente nas sociedades. To- davia, há reconhecimento de princípios mínimos que permitem aos que investem, tanto no campo acadêmico quanto no político, dialogar em tor- no de reflexões capazes de demonstrar a presença da forma ou condição camponesa, sob a variedade de possibilidades de objetivação ou de situa- ções sociais. Em termos gerais, podemos afirmar que o campesinato, como catego- ria analítica e histórica, é constituído por poliprodutores, integrados ao jogo de forças sociais do mundo contemporâneo. Para a construção da história social do campesinato no Brasil, a categoria será reconhecida pela produ- ção, em modo e grau variáveis, para o mercado, termo que abrange, guar- 9 Processos de constit-Formas dirig (FINAL).PMD9 20/3/2009, 13:20