ebook img

principais erros na fase pré-analítica do laboratório prestador de serviço no hospital getúlio vargas PDF

39 Pages·2013·0.3 MB·Portuguese
by  
Save to my drive
Quick download
Download
Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.

Preview principais erros na fase pré-analítica do laboratório prestador de serviço no hospital getúlio vargas

MINISTÉRIO DA SAÚDE GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO CENTRO DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA E PESQUISA EM SAÚDE – ESCOLA GHC FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ – FIOCRUZ INSTITUTO DE COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA EM SAÚDE - ICICT PRINCIPAIS ERROS NA FASE PRÉ-ANALÍTICA DO LABORATÓRIO PRESTADOR DE SERVIÇO NO HOSPITAL GETÚLIO VARGAS EM SAPUCAIA DO SUL NATHALIA GUTERRES XAVIER ORIENTADOR: DANIEL KLUG PORTO ALEGRE 2013 NATHALIA GUTERRES XAVIER PRINCIPAIS ERROS NA FASE PRÉ-ANALÍTICA DO LABORATÓRIO PRESTADOR DE SERVIÇO NO HOSPITAL GETÚLIO VARGAS EM SAPUCAIA DO SUL Projeto de pesquisa apresentado como pré- requisito parcial para a conclusão do Curso de Especialização em Informação Científica e Tecnológica em Saúde que é realizado em parceria com Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) e o Grupo Hospitalar Conceição (GHC). Orientador: Prof. Me. Daniel Klug Porto Alegre 2013 RESUMO O laboratório de análises clínicas exerce um papel fundamental na promoção da saúde, pois auxilia nas decisões diagnósticas e terapêuticas. A fase pré-analítica se inicia com a solicitação do exame pelo médico, passando pela obtenção da amostra e finaliza quando se inicia a análise. Esta fase pré- analítica concentra a maior frequência de erros associados a exames laboratoriais, segundo estudos realizados na Itália e Índia. É importante que os profissionais envolvidos nesse processo entendam que esta fase é crucial para um exame de qualidade. O presente trabalho tem como objetivo compreender como ocorrem os principais erros na fase pré-analítica no laboratório prestador de serviço no Hospital Getúlio Vargas em Sapucaia do Sul. Para o desenvolvimento do trabalho serão analisados relatórios disponíveis no laboratório que contemplam informações sobre recoletas e sobre amostras rejeitadas. Os coletadores serão observados no momento da coleta com o objetivo de comparar a técnica aplicada com o POP da instituição. Os relatórios sobre nova coleta e materiais extra coletados disponíveis no laboratório serão analisados desde o mês de março de 2013, pois foi o mês de inicio desse controle até o mês de setembro. Os dados serão expostos em uma tabela no Excel, que constará os setores, o número total de recoletas, número de exames recoletados, motivo da recoleta e o funcionário responsável pela coleta. Isso permitirá avaliar qual o setor onde ocorre o maior número de recoletas. Para a análise dos dados proveniente das observações com os coletadores será realizada a estatística descritiva e os resultados serão expostos em forma de tabela, orientada pelo questionário da observação onde primeiramente será verificado a freqüência das respostas. Para o campo dos comentários será realizada a análise textual discursiva. Palavras-chave: Fase pré- analítica. Erros Laboratoriais. Controle de Qualidade. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 5 2. JUSTIFICATIVA ...................................................................................................... 7 3. OBJETIVO GERAL ................................................................................................. 9 3.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................. 9 4. FASE PRÉ- ANALÍTICA ....................................................................................... 10 5. A QUALIDADE EM LABORATÓRIOS ................................................................. 12 5.1. CONTROLE DE QUALIDADE NA FASE PRÉ-ANALÍTICA ............................ 13 5.2. A COLETA E O PACIENTE ............................................................................ 15 5.3. O PACIENTE E AS VARIAÇÕES BIOLÓGICAS ............................................ 16 5.4. CRITÉRIOS PARA REJEIÇÃO DA AMOSTRA .............................................. 16 6. METODOLOGIA ................................................................................................... 19 6.1. ABORDAGEM DO ESTUDO .......................................................................... 19 6.2. LOCAL ONDE SERÁ REALIZADA A PESQUISA .......................................... 19 6.3. AMOSTRAGEM .............................................................................................. 22 6.4. COLETA DOS DADOS ................................................................................... 23 6.5. ANÁLISE DOS DADOS .................................................................................. 26 6.6. ASPECTOS ÉTICOS ...................................................................................... 27 6.7. DIVULGAÇÃO ................................................................................................ 28 7. CRONOGRAMA ................................................................................................... 29 8. ORÇAMENTO ....................................................................................................... 30 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 31 APÊNDICE A: ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO .......................................................... 35 APÊNDICE B: TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO.............. 37 ANEXO A: TABELA DE MATERIAL EXTRA COLETADO ...................................... 39 5 1. INTRODUÇÃO O laboratório de análises clínicas exerce um papel fundamental na promoção da saúde, pois auxilia nas decisões diagnósticas e terapêuticas, por meio da emissão do laudo. O laudo laboratorial é um documento que contém os resultados das análises laboratoriais, validados e autorizados pelo responsável técnico (BRASIL, 2005). O principal objetivo do laboratório é garantir um atendimento eficiente e seguro, fornecendo laudos confiáveis em menor tempo possível para direcionar a conduta clínica da equipe sobre a condição de saúde do paciente (XAVIER, 2011, p. 911.). Para isso essas instituições obedecem normas e programas que visam reduzir os erros ou mesmo evitá-los, porém eles ainda se fazem presente, podendo comprometer o resultado do exame e, por consequência, o cuidado. É importante que os trabalhadores envolvidos com os laboratórios clínicos tenham conhecimento de todas as normas para evitar falhas e não influenciar no diagnóstico por meio de resultados falsos-positivos, indicando alguma patologia quando não há, ou falsos negativos, escondendo a doença presente (COSTA e MORELI, 2012). Para identificar as principais fontes de erro dentro do laboratório clínico é necessário conhecer as etapas envolvidas no processo. A amostra do paciente é parte do material biológico de origem humana utilizada para análises laboratoriais e passa por diferentes fases até o laudo ser liberado, estas fases são classificadas como fase pré-analítica, fase analítica e fase pós-analítica (RIN, 2010, p.315). A fase pré-analítica se inicia com a solicitação do exame pelo médico, passando pela obtenção da amostra e finaliza quando se inicia a análise. A fase analítica é composta pelo conjunto de operações, com descrição específica, utilizada na realização das análises de acordo com determinada método. A fase pós-analítica é a etapa em que se inicia após a obtenção dos resultados e termina com a emissão do laudo para a equipe médica que solicitou o exame para que o resultado possa ser interpretado (BRASIL, 2005). A fase pré-analítica concentra a maior frequência de erros associados a exames laboratoriais, segundo estudos realizados no Departamento de Medicina Laboratorial na Itália e no Laboratório Clínico em um Hospital na Índia, onde o 6 primeiro citado fez um acompanhamento de dez anos e o segundo acompanhou por um ano os erros que ocorreram nessas instituições. Estes indicam que a maioria dos erros estão na identificação das amostras, no preenchimento inadequado os tubos, na hemólise e a na falta de informações sobre o paciente (PLEBANI, 2010, p.210. CHAWLA, et al., 2010, p.89). Uma explicação plausível para essa situação é que há muitas pessoas envolvidas nesta etapa. Apesar do gradativo processo de automatização laboratorial, não há como substituir a figura dos coletadores (flebotomistas) do processo de coleta do material utilizado para análise (LIMA- OLIVEIRA, 2009). É importante que os profissionais envolvidos nesse processo entendam que esta fase é crucial para um exame de qualidade. O presente trabalho tem como objetivo compreender como ocorrem os principais erros na fase pré- analítica no laboratório prestador de serviço no Hospital Getúlio Vargas em Sapucaia do Sul. 7 2. JUSTIFICATIVA O exame laboratorial é um processo complexo, pois envolve uma série de passos, desde a solicitação do exame até a liberação do laudo. Estima-se que cerca de 70% dos diagnósticos são realizados com base nos testes de laboratório, e os resultados são responsáveis por 60% a 70% na decisão médica em relação ao estado de saúde do paciente (GUIMARÃES, 2011, p.66). Os testes laboratoriais estão cada vez mais aprimorados, com o avanço tecnológico na área da saúde os reagentes e equipamentos laboratoriais proporcionam resultados cada vez mais específicos e em menor tempo, os médicos se valem dessas facilidades aumentando consideravelmente a solicitação de exames. Neste segmento da assistência a saúde, as falhas no diagnóstico podem comprometer significativamente a segurança do paciente em condições clínicas graves e aqueles em situações clínicas normais também, porque é com base nessa informação científica e tecnológica que muitas decisões são tomadas. Apesar da crescente busca por novas tecnologias e o aprimoramento dos equipamentos, além dos programas de qualidade, os erros ainda se fazem presentes nas rotinas laboratoriais. O processo de análise é dividido em três fases: pré-analítica, analítica e pós-analítica, sendo cada etapa uma fonte potencial de erro. Independente da fase em que ocorre o erro, o resultado é um laudo com informações não verdadeiras. As consequências mais frequentes são, a recoleta de amostra acarretando atrasos na liberação do laudo, tratamentos desnecessários e repetição de exames. Isso gera um custo para a saúde que poderia ser evitado se o laudo fosse emitido corretamente. Os laboratórios de análises clínicas que atendem hospitais precisam estar preparados para suprir a demanda dos exames, ou seja, há investimentos em equipamentos sofisticados com capacidade de realizar mais exames em menos tempo além de um sistema de informação seguro. Mas é importante que a equipe esteja treinada para que os processos sejam realizados de maneira segura, garantindo a qualidade dos resultados. Como a fase pré-analítica é a etapa inicial de todo o processo é necessário que os coletadores tenham conhecimento das técnicas 8 de coleta para que ela seja realizada com êxito, evitando complicações para o paciente. O laboratório clínico que presta serviço ao Hospital Getúlio Vargas atende cerca de três mil e novecentos pacientes realizando cerca de vinte e dois mil exames por mês. O mesmo conta com o apoio da Gestão da Qualidade, composto por biomédicos e administradores especializados nesta área, a equipe se reúne uma vez ao mês para tratar dos índices e estabelecer metas. Um dos índices mais discutido é a recoleta que não baixa de 3,70%,ou seja, cerca de 120 são recoletadas no mês. Este índice é calculado com base no número total de atendimentos e total de exames realizados. A meta estipulada pela Gestão da Qualidade é de 0,60%, portanto seis vezes menos que os números atuais, esta meta é baseada nos custos dos exames. Além disso cerca de 170 amostras são desprezadas por mês, a Gestão da Qualidade classifica como material extra coletado, pois são amostras que não tem prescrição médica, ou seja, quando o médico solicita apenas exames de hematologia que são realizados no tubo roxo e o coletadore coleta além do tubo roxo um tubo amarelo também, logo a amostra coletada no tubo amarelo não será analisada e isso gera um custo para o laboratório que não tem como ser recuperado. A recoleta provoca transtorno para o laboratório, consequentemente para o hospital e por fim para o próprio paciente, além dos custos com os materiais utilizados que podem ser revertidos. 9 3. OBJETIVO GERAL Compreender como ocorrem os principais erros na fase pré-analítica no laboratório prestador de serviço no Hospital Getúlio Vargas em Sapucaia do Sul. 3.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS  Identificar os setores do hospital que resultaram em erros, quais são os profissionais envolvidos na coleta de material biológico e o número de amostras rejeitadas e recoletadas.  Observar e registrar a técnica que os profissionais realizam para a coleta do material biológico.  Comparar a técnica observada com os procedimentos operacionais padrão (POPs) da instituição.  Avaliar se os números de amostras rejeitadas e recoletas estão dentro dos valores aceitáveis para o laboratório. 10 4. FASE PRÉ-ANALÍTICA A fase pré-analítica de um exame laboratorial corresponde a todas as atividades que antecedem a análise. Envolvem basicamente os procedimentos de preparo e coleta das amostras, processos fundamentais que se não realizados de acordo com os manuais de coleta e podem comprometer a exatidão dos resultados ou mesmo alterá-los. O material biológico ou amostra da pessoa são os líquidos, as secreções ou os fragmentos de tecidos obtidos do corpo humano que possam são passíveis de serem analisados, a amostra que é mais utilizada é o tecido sanguíneo (OLIVEIRA, 2007). Essa etapa existe uma série de atividades interligadas. Desse modo, ela pode ser divida em duas: extra-laboratorial e intralabororial. Essas últimas são subdividas em extra-laboratorial e laboratório de apoio. E a etapa intralaboratorial é divida dessa forma: recepção; coleta e transporte, triagem e encaminhamento. Estas serão descritas a seguir (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA CLÍNICA): Etapa extralaboratório:  Inicia-se com a avaliação do paciente pelo médico assistente seguido da solicitação dos exames;  Autorização para a realização dos exames por fontes pagadoras, caso não autorizado o paciente deverá arcar com o exame;  Orientações de preparo do paciente para a coleta e a entrega do material necessário para a coleta para o profissional responsável pela tal;  Preparação do paciente para realização dos exames;  Chegada da equipe de coleta à enfermaria;  Contato da equipe com a equipe de enfermagem da unidade de internação;  Localização do leito e do paciente;  Identificação do paciente (documentos, pulseiras ou familiares, caso o paciente esteja inconsciente ou impossibilitado de falar). Etapa intralaboratório- Recepção:  Chegada do paciente ao laboratório;  Cadastro: identificação do paciente com a conferência de documentos e solicitação do médico, efetuando- se o registro do pedido;

Description:
Para o campo dos comentários será realizada a análise textual discursiva. .
See more

The list of books you might like

Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.