Práticas de Desenvolvimento no Nordeste do Brasil: experiências dos projetos apoiados pelo FIDA Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), 2013 Práticas de Desenvolvimento no Nordeste do Brasil: experiências dos projetos apoiados pelo FIDA está sob licença de Creative Commons Atribución-No Comercial-CompartirIgual 3.0 Unported. O IICA promove o uso justo deste material, pelo que se solicita sua respectiva citação. Esta publicação também está disponível em formato eletrônico (PDF) no websites: www.portalsemear.org.br | www.ifad.org | http://operations.ifad.org/web/ifad/operations/country/home/tags/brazil | www.iica.int Coordenação Editorial: Léa Cardoso e André Kauric Copidesque: Cecilia Fujita Diagramação: Patricia Porto Leiaute da capa: Patricia Porto Impressão: Teixeira Gráfica e Editora LTDA Práticas de desenvolvimento no Nordeste do Brasil: experiências dos projetos apoiados pelo FIDA — Brasília: IICA, 2013. 268p., 23 x 23 cm ISBN: 978-92-9248-483-5 1. Desenvolvimento rural 2. Pobreza 3. Gestão do conhecimento 4. Projetos de Desenvolvimento 5. Desenvolvimento sustentável 6. Estudos de caso 7. Brasil I. SEMEAR II. IICA III. FIDA IV. AECID V.Título AGRIS DEWEY E50 307.141.2 Brasília, Brasil 2013 Expediente Coordenadoras do Programa Semear Editor de Textos Ângela Brasileiro André Kauric Léa Vaz Cardoso Revisora Gerente de Programa do FIDA Cecilia Fujita Ivan Cossio Cortez Projeto Gráfico e Editoração Representante do IICA no Brasil Patricia Porto Manuel Rodolfo Otero Fotografias Coordenador Geral da AECID Programa Semear/Manuela Cavadas/ Jesus Molina Vasquez Acervo do Projeto Gente de Valor/ Acervo do Projeto Pró-Gavião Editor de Conteúdo Técnico Acervo Projeto Dom Helder Camara Arilson Favareto O conteúdo dos textos que compõem esta publicação são de inteira responsabilidade dos autores, não refletindo, necessariamente, a opinião das instituições envolvidas. A reprodução desta publicação, na íntegra ou em parte, é permitida, desde que citada a fonte. Realização Programa Semear – Gestão do Conhecimento em Zonas Semiáridas do Nordeste brasileiro Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola – FIDA Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura – IICA Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento – AECID Programa Semear- Escritório Compartilhado das Nações Unidas. Praça Municipal Thomé de Souza, s/n, Ed. Elevador Lacerda – Centro. CEP: 40.020-010. Salvador-Bahia. - Tel: (55 71) 3183-5700 - http:\\www.portalsemear.org.br - e-mail: [email protected] or al V e d e nt e G e o ã vi a G o et oj Pr o: ot F Apresentação A imagem de um Nordeste brasileiro viável, sustentável e equitativo é reflexo dos conhecimentos construídos e das lições aprendidas a partir das diversas iniciativas de enfrentamento dos problemas locais. Contribuir para facilitar o acesso a esses saberes e fortalecer a colaboração entre os diferentes atores do desenvolvimento rural no Semiárido nordestino, especialmente os agricultores e as agricultoras familiares, são desafios assumidos no âmbito do Programa Semear – Gestão do Conhecimento em Zonas Semiáridas do Nordeste brasileiro. É nesse contexto que apresentamos esta publicação, com o intuito de disseminar projetos que obtiveram resultados interessantes, gerando aprendizados na formulação e implementação de ações e estratégias de intervenção para enfrentamento da pobreza e melhoria da qualidade de vida de populações em situação de vulnerabilidade social. São saberes valiosos gerados a partir da “prática do desenvolvimento”, retratados em três análises de experiências implementadas no Nordeste brasileiro, com o apoio do Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA), e um texto de síntese dessas experiências selecionadas. Esta publicação reflete, assim, o escopo do Programa Semear, que tem como um de seus objetivos imediatos o compartilhamento de conhecimentos úteis, gerados por meio das práticas de diferentes atores, que possam contribuir para processos de aprendizagem social e de fortalecimento de iniciativas voltadas ao desenvolvimento sustentável e equitativo na região Nordeste do Brasil. Para cumprir seus objetivos, o Semear tem atuado na promoção e articulação de iniciativas de gestão do conhecimento em suas áreas temáticas estratégicas – inovações produtivas e tecnológicas; recursos naturais e adaptação às mudanças climáticas; e negócios rurais. As atividades desenvolvidas em seu âmbito incluem a produção e a publicação de sistematizações de experiências e de estudos temáticos, assim como a realização de visitas de intercâmbio, estágios, oficinas, seminários, feiras de saberes e rotas estratégicas de aprendizagem. Finalmente, é importante ressaltar que o projeto é fruto de uma parceria celebrada entre o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), com apoio da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID). Boa leitura! Ângela Brasileiro e Léa Vaz Cardoso Coordenadoras do Programa Semear Gestão do Conhecimento em Zonas Semiáridas do Nordeste Brasileiro or al V e d e nt e G e o ã vi a G o et oj Pr o: ot F or al V e d e nt e G e o ã vi a G o et oj Pr o: ot F Prefácio FIDA Ao imaginar o que poderia ser um programa de gestão do conhecimento no Nordeste do Brasil, tínhamos uma ideia principal: contribuir para que as experiências de desenvolvimento rural bem-sucedidas não fiquem apenas na cabeça das pessoas que participam diretamente delas e fazer que estejam disponíveis para que outras pessoas e instituições, dentro e fora do Brasil, possam conhecê-las e aproveitá-las. Assim, que seja possível aprender com o que foi bem feito e evitar os erros que já foram cometidos. Esta ideia tão simples é a que orientou o nascimento do Semear, cujos frutos estão começando a amadurecer, entre eles a sistematização de experiências de projetos bem-sucedidos, nos quais o FIDA teve a honra de ser parceiro do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Governo do Estado da Bahia. Cada um dos projetos incluídos neste trabalho de sistematização apresenta múltiplas facetas, mas gostaríamos de sublinhar aquelas que consideramos mais destacadas. O Projeto Dom Helder Câmara é um exemplo extraordinário de como se pode construir uma nova dinâmica social e institucional em nível local, participativa e sustentável, baseada nas capacidades locais, na vontade de articular essas capacidades e no compromisso de desenvolvê-las ainda mais. Além disso, um exemplo de como esse novo tecido institucional e social pode contribuir para melhorar a vida das pessoas. O Projeto Sertão, financiado com recursos do Global Environment Facility (GEF), mostra que uma agricultura sustentável é sem dúvida possível. É possível incluindo no conceito de “sustentável” a dimensão social associada à consolidação das organizações de pequenos agricultores familiares; a dimensão econômica no sentido de gerar maior renda sem depender de subsídios e a dimensão ambiental, entendida como o uso dos recursos naturais, cuidando dos equilíbrios que permitem tirar proveito deles hoje e assegurar que amanhã e depois esses equilíbrios não sejam vulneráveis. Finalmente, o Projeto Gente de Valor permite comprovar que é possível obter resultados exitosos trabalhando com a população mais pobre; porém, para isso, é preciso aplicar metodologias de focalização adequadas como as desenvolvidas pelo Projeto, apoiar o fortalecimento das organizações comunitárias, a participação dos membros dessas organizações e o desenvolvimento das suas capacidades. Tudo isso com um trabalho da qualidade do que foi realizado pelo Gente de Valor. Nesta história, o FIDA foi um parceiro comprometido, mais um parceiro entre muitos outros. No que se refere à implementação dos projetos, o trabalho fundamental foi realizado pelo MDA, nos casos dos projetos Dom Helder e Sertão, e pelo Governo da Bahia — através da CAR — no caso do Projeto Gente de Valor. Porém, estamos cientes que nos três casos nada do realizado seria possível sem a participação de inúmeros parceiros que formam parte da implementação dos projetos. E, sobretudo, não seria possível sem o protagonismo da população rural para a qual o FIDA trabalha e que é a verdadeira dona dos processos de desenvolvimento. Com relação ao Semear, que é quem viabiliza esta possibilidade de aprender com base nas experiências e compartilhá-las, o IICA é fundamental pelo seu papel como responsável pela implementação, mas também devemos lembrar que isto não existiria sem a generosa contribuição da AECID. Finalmente, embora pareça óbvio, gostaríamos de sublinhar que para o FIDA é motivo de grande satisfação e orgulho apresentar as experiência de projetos bem-sucedidos nos quais
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