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pontifícia universidade católica do rio grande do sul faculdade de letras programa de pós ... PDF

93 Pages·2015·0.44 MB·Portuguese
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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE LETRAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS PAULA MARTINS RODRIGUES A NARRATIVA DISTÓPICA JUVENIL: UM ESTUDO SOBRE JOGOS VORAZES E DIVERGENTE Porto Alegre 2015 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE LETRAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS PAULA MARTINS RODRIGUES A NARRATIVA DISTÓPICA JUVENIL: UM ESTUDO SOBRE JOGOS VORAZES E DIVERGENTE Porto Alegre 2015 PAULA MARTINS RODRIGUES A NARRATIVA DISTÓPICA JUVENIL: UM ESTUDO SOBRE JOGOS VORAZES E DIVERGENTE Dissertação apresentada como requisito para a obtenção do título de Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Orientador: Prof. Dr. Pedro Theobald Porto Alegre 2015 À minha mãe, Márcia, e à minha irmã, Elisa, que são as pessoas mais importantes do mundo para mim. AGRADECIMENTOS Concluir esta dissertação não foi nada fácil, por motivos exteriores e interiores a mim. Ironicamente, quando a iniciei, a minha vida se tornou de repente bastante “distópica”, dificultando tudo e me obrigando a parar e cuidar do que se apresentava à minha frente. Então, a todos aqui citados, eu agradeço de coração, pois esse trabalho só foi possível por pessoas que tiveram paciência. Primeiramente, gostaria de agradecer à direção do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Letras da PUCRS, por ter permitido que eu concluísse este trabalho tão tardiamente. À professora Vera Teixeira de Aguiar, que foi a minha primeira orientadora e me ofereceu conselhos e ideias valiosos. Ao professor Pedro Theobald, por ter aceitado me orientar na reta final e por ter se mostrado tão disposto e interessado, me ajudando nos momentos mais cruciais. À Tatiana Carré, que sempre me recebeu, querida e prestativa, na secretaria do PPGL. Às minhas amigas, Taís Helena Mallmann, Débora Olivo e Carolina Bonatto, por terem me incentivado a seguir adiante quando eu não mais queria. À minha mãe, Márcia, que não me deixou desistir. E, pode parecer estranho, mas agradeço também a Deus, por ter me ajudado a superar as minhas limitações e também as pedras do meio do caminho. Dito isso, vamos ao trabalho! If you want a picture of the future, imagine a boot stamping on a human face, for ever. George Orwell RESUMO O século XX foi rico em narrativas distópicas, que surgiram de um determinado momento histórico, expressando os anseios e medos que as pessoas tinham então. É possível perceber influências comuns entre tais obras, como as ditaduras que assolavam a Europa durante as guerras mundiais e o papel ambíguo do progresso e da ciência nesse contexto. Com a entrada do novo milênio, houve um retorno significativo dessas narrativas, desta vez para o público adolescente, nos fazendo questionar o porquê de elas passarem a ter relevância para esses jovens leitores e também as possíveis características do nosso tempo que os levaram a temer pelo presente e pelo futuro. Deste modo, este trabalho buscou compreender o funcionamento das distopias juvenis e perceber de que maneira elas diferiam daquelas escritas durante o século XX, tentando traçar um possível perfil e também abrir mais espaço para a discussão dessas obras literárias. Para tanto, exploramos os universos das trilogias Jogos Vorazes e Divergente, das escritoras americanas Suzanne Collins e Veronica Roth, usando os trabalhos de autores que se engajaram em examinar as distopias e as utopias – como Chad Walsh, Jerzy Szachi e Keith Booker – e também outros teóricos sociais – como Michel Foucault e Slavoj Zizek. Foram discutidas questões sobre a literatura juvenil, sobre a ascensão das distopias no século XX e a maneira como tais obras configuram suas sociedades. Palavras-chave: Distopia. Literatura juvenil. Jogos Vorazes. Divergente. ABSTRACT The twentieth century was affluent in dystopian narratives, which arose from a specific historical moment, expressing the anxieties and fears that people had in that moment. It is possible to perceive common influences among such works, as the dictatorships that ravaged Europe during the World Wars and the ambiguous role of progress and science within this context. With the beginning of the new millennium, there was a significant return of these narratives, this time to the young audience, leading us to question ourselves about the reason that made them become relevant to these young readers and about the possible traits of our time that lead them to fear the present and the future. Thus, this master’s thesis aimed to understand the way the young adult dystopias functioned and to perceive how they differed from those written in the twentieth century, attempting to delineate a possible profile and also to encourage more discussions about these literary works. For this purpose, we explored the universe of the trilogies The Hunger Games and Divergent, written by the Americans Suzanne Collins and Veronica Roth, and we used the theoretical works of authors that engaged themselves to examine the dystopias and utopias, as Chad Walsh, Jerzy Szazhi and Keith Booker, and also other social theorists, as Michel Foucault and Slavoj Zizek. We discussed about Young Adult literature, the rising of dystopias in the twentieth century and the manner how these works set their societies. Key-words: Dystopia, Young Adult fiction. Hunger Games. Divergent. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................... 9 2 DO SONHO AO PESADELO: A QUESTÃO DA UTOPIA/DISTOPIA...................... 15 2.1 A BOA SOCIEDADE: UMA REVISÃO TEÓRICA DA UTOPIA................................. 17 2.2 A DISTOPIA: O DESVANESCIMENTO DO SONHO UTÓPICO E O MEDO DO FUTURO.................................................................................................................................. 25 2.3 A CONFIGURAÇÃO DA MÁ SOCIEDADE NAS NARRATIVAS DISTÓPICAS ADULTAS............................................................................................................................... 33 2.4 REVISITANDO DOIS CLÁSSICOS DO SÉCULO XX: ADMIRÁVEL MUNDO NOVO E 1984.......................................................................................................................................... 41 2.4.1 Admirável mundo novo: a (anti)utopia do progresso.................................................. 42 2.4.2 1984: o medo do Big Brother....................................................................................... 47 3 A LITERATURA DISTÓPICA JUVENIL...................................................................... 52 3.1 FOME E CIRCO: O UNIVERSO DISTÓPICO DE JOGOS VORAZES.......................... 57 3.2 O SER HUMANO DANIFICADO: O UNIVERSO DISTÓPICO DE DIVERGENTE......................................................................................................................... 72 4 CONCLUSÃO..................................................................................................................... 83 REFERÊNCIAS……………………………………………………………………............. 89 9 1 INTRODUÇÃO The best books, he perceived, are those that tell you what you know already. George Orwell, 19841 Na semana de estreia do terceiro filme da saga Jogos Vorazes, adolescentes tailandeses protestavam contra um golpe de estado ocorrido no país ainda no mesmo ano. Os protestos, que consistiam em fazer uma saudação utilizada na obra como símbolo da união do povo no confronto ao governo totalitário estabelecido, foram realizados tanto em sessões do filme quanto em aparições públicas do Primeiro-Ministro tailandês. Em ambos os casos, os manifestantes foram detidos, e, após o ocorrido, o filme deixou de ser exibido nos cinemas do país.2 Tal episódio pode parecer algo pequeno, mas é interessante por mostrar a tomada de consciência política desses jovens, que, através de uma narrativa fictícia, sentiram-se mais responsáveis em posicionar-se dentro da sua sociedade. Tem-se, muitas vezes, a impressão de que os jovens da geração Y, ou os millenials, que nasceram em uma época de grande avanço tecnológico e inseridos num mundo de conectividade virtual, são politicamente apáticos e pouco engajados em importantes questões relacionadas ao futuro da humanidade – sejam as relações políticas mundiais, a situação do meio ambiente ou debates éticos referentes à ciência e à igualdade social (AMES, 2013, p.03). No entanto, a preferência literária atual desses jovens sugere algo diferente – apesar do aparente desinteresse, nos últimos anos, um novo fenômeno surgiu entre os jovens leitores: uma grande quantidade de obras distópicas direcionadas e consumidas por este público. Se olharmos nas livrarias as prateleiras destinadas ao que, no Brasil, chamamos de literatura juvenil, ou se prestarmos atenção nas franquias cinematográficas que têm feito sucesso, é possível notarmos uma ampla presença de narrativas sobre um futuro que parece muito pior que o do nosso mundo atual. O gênero, que floresceu no início do século XX com as grandes decepções da época, ganhou, a partir dos anos 2000, a graça do público jovem. A 1 “Os melhores livros, compreendeu, são aqueles que lhe dizem o que você já sabe.” (2009, p. 236) Tradução de Alexandre Hubner e Heloisa Jahn, retirada da edição da Companhia das Letras. As traduções de citações das obras literárias foram retiradas de edições em português, referenciadas ao final do trabalho, enquanto as demais foram feitas pela autora desta dissertação. 2 Fontes: BBC news Asia (19 nov. 2014), The Wall Street Journal (20 nov. 2014) e G1 Mundo (20 nov. 2014) Referências completas ao final do trabalho.

Description:
grupo de meninos britânicos perdidos em uma ilha após um acidente aéreo. No romance, eles tentam estabelecer . paradigmas das distopias do século XX – Admirável mundo novo, de Aldous Huxley e 1984, de George Orwell. at first smile happily, seeing before him the land of his heart's desire.”
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