Paula Stal de Campos Maia Estudo de pacientes com síndrome fibromiálgica tratados pelo método Rolfing® de Integração Estrutural Dissertação apresentada à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Mestre em Ciências Área de concentração: Neurologia Orientador: Prof. Dr. Manoel Jacobsen Teixeira São Paulo 2009 DEDICATÓRIA À querida Cacilda Campos Scaff, que orientou e iluminou meu caminho profissional. ii AGRADECIMENTOS Ao Prof. Dr. Manoel Jacobsen Teixeira, a todos os participantes do Centro de Dor da Clínica Neurológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, aos doentes, meus familiares e aos amigos que contribuíram para a realização deste trabalho. iii SUMÁRIO Lista de abreviaturas Lista de tabelas Lista de gráficos Resumo Summary 1. INTRODUÇÃO....................................................................................... 01 2. OBJETIVOS........................................................................................... 04 3. REVISÃO DA LITERATURA..................................................................06 3.1 Histórico do método Rolfing de Integração Estrutural.............................07 3.2 Dor crônica e síndrome fibromiálgica......................................................12 3.3 Síndrome fibromiálgica e movimento......................................................20 3.4 Síndrome fibromiálgica e sono................................................................20 3.5 Tratamento da síndrome fibromiálgica....................................................21 4. MÉTODOS..............................................................................................23 4.1 Casuística................................................................................................24 4.2 Métodos...................................................................................................25 4.2.1 Critérios de inclusão.............................................................................25 4.2.2 Instrumentos de avaliação....................................................................25 4.2.3 Aplicação do método Rolfing de Integração Estrutural.........................28 4.2.4 Estatística..............................................................................................30 5. RESULTADOS.........................................................................................31 6. DISCUSSÃO............................................................................................43 7. CONCLUSÕES........................................................................................65 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................67 9. ANEXOS ..................................................................................................69 10. REFERÊNCIAS.........................................................................................77 iv LISTA DAS ABREVIATURAS ACR - Colégio Americano de Reumatologia AMERT - Afecções musculoesqueléticas relacionadas ao trabalho BAI - Inventário de Ansiedade Beck BDI - Inventário de Depressão Beck CDCN - Centro de Dor da Divisão da Clínica Neurológica DP - Desvio-padrão EUA - Estados Unidos da América HCFMUSP - Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo IASP - Associação Internacional para o Estudo da Dor N - Números absolutos OMS - Organização Mundial de Saúde P - Nível de significância SDM - Síndrome dolorosa miofascial SFM - Síndrome fibromiálgica SNC - Sistema nervoso central v LISTA DAS TABELAS Tabela 1 - Distribuição dos doentes em números absolutos (N) e em percentagem (%) quanto ao estado civil, cor da pele e escolaridade................................................................................... 24 Tabela 2 - Distribuição dos doentes em números absolutos (N) e em percentagem (%) quanto à intensidade da dor, de acordo com a Escala Analógica Numérica Verbal de Dor, antes, ao término e três meses após o tratamento............................................................... 32 Tabela 3 - Distribuição dos doentes em números absolutos (N) e em percentagem (%) quanto à representação do Sintoma na Figura de acordo com a ausência de dor, dor fraca, dor moderada ou dor insuportável, antes, ao término e três meses após o tratamento...................................................................................... 33 Tabela 4 - Distribuição dos doentes em números absolutos (N) e em percentagem (%) quanto ao grau de ansiedade de acordo com o Inventário de Ansiedade Beck (BAI), antes, ao término e três meses após o tratamento............................................................... 34 Tabela 5 - Distribuição dos doentes em números absolutos (N) e em percentagem (%) quanto ao grau de depressão de acordo com o Inventário de Depressão Beck (BDI), antes, ao término e três meses após o tratamento............................................................... 35 Tabela 6 - Distribuição dos doentes em números absolutos (N) e em percentagem (%) quanto à qualidade do sono de acordo com a questão 16 do BDI, antes, ao término e três meses após o tratamento...................................................................................... 36 Tabela 7 - Distribuição dos doentes em números absolutos (N) e em percentagem (%) quanto à disposição para atividades diárias e fadiga de acordo com a questão 17 do BDI, antes, ao término e três meses após o tratamento........................................................ 37 Tabela 8 - Distribuição dos doentes em números absolutos (N) e em percentagem (%) quanto às limitações físicas de acordo com a questão 15 do BDI, antes, ao término e três meses após o tratamento...................................................................................... 38 vi Tabela 9 - Distribuição dos doentes em números absolutos (N) e em percentagem (%) quanto à análise da Apreciação do Próprio Corpo como: ótima, boa, média ou baixa, antes, ao término e três meses após o tratamento.......................................................................... 39 Tabela 10 - Distribuição dos doentes em números absolutos (N) e em percentagem (%) quanto à autoimagem de acordo com a questão 14 do BDI, antes, ao término e três meses após o tratamento...... 40 Tabela 11 - Médias, desvios-padrão (DP), medianas, valores mínimos e máximos, número de doentes (N) e grau de significância do teste de Friedman (P) para aferir as modificações quanto à avaliação da Intensidade da Dor de acordo com a Escala Analógica Numérica Verbal de Dor, Limitação Física, Qualidade do Sono, Fadiga e Disposição, Depressão, Ansiedade, Apreciação do Próprio Corpo e Gráficos do Sintoma e da Autoimagem, antes, ao término e três meses após o tratamento.............................................................. 41 Tabela 12 - Comparações múltiplas para avaliar ocorrência das diferenças entre os valores observados na Escala Analógica Numérica Verbal de Dor, Limitação Física, Qualidade do Sono, Fadiga e Disposição, Depressão, Ansiedade, Apreciação do Próprio Corpo e Gráficos do Sintoma e da Autoimagem, avaliados antes e ao término, antes e três meses após o término e ao final e três meses após o término do tratamento, em valores de distribuição da probabilidade normal padrão (Z) e seu significado estatístico (P).................................... 42 vii LISTA DOS GRÁFICOS Gráfico 1 - Distribuição dos doentes em números absolutos (N) e em percentagem (%) agrupados como: sem dor, dor fraca, dor moderada, dor intensa ou dor insuportável, de acordo com a Escala Analógica Numérica Verbal de Dor, avaliados antes, ao término e três meses após o tratamento..................................... 32 Gráfico 2 - Distribuição dos doentes em números absolutos (N) e em percentagem (%) de acordo com a representação do Sintoma na Figura, avaliados antes, ao término e três meses após o tratamento................................................................................... 33 Gráfico3 - Distribuição dos doentes em números absolutos (N) e em percentagem (%) quanto aos resultados da aplicação do Inventário de Ansiedade Beck (BAI), agrupados como: mínima, fraca, média ou grave, avaliados antes, ao término e três meses após o tratamento........................................................................ 34 Gráfico 4 - Distribuição dos doentes em números absolutos (N) e em percentagem (%) quanto aos resultados da aplicação do Inventário de Depressão Beck (BDI), agrupados como: mínima, fraca, média ou grave, avaliados antes, ao término e três meses após o tratamento....................................................................... 35 Gráfico 5 - Distribuição dos doentes em números absolutos (N) e em percentagem (%) quanto à qualidade do sono, agrupados de acordo com a questão 16 do BDI como: dorme bem, dificuldade para adormecer, despertar precoce ou insônia, antes, ao término e três meses após o tratamento.................................................. 36 Gráfico 6 - Distribuição dos doentes em números absolutos (N) e em percentagem (%) quanto à disposição para atividades diárias e fadiga, agrupados de acordo com a questão 17 do BDI como: sem cansaço, cansaço fraco, cansaço médio ou cansaço grave, antes, ao término e três meses após o tratamento..................... 37 Gráfico 7 - Distribuição dos doentes em números absolutos (N) e em percentagem (%) quanto às limitações físicas, agrupados de acordo com a questão 15 do BDI como: sem limitação, limitação fraca, limitação média ou limitação grave, antes, ao término e três meses após o tratamento............................................................ 38 viii Gráfico 8 - Distribuição dos doentes em números absolutos (N) e em percentagem (%) quanto à Apreciação do Próprio Corpo classificada como: baixa, média, boa ou ótima, antes, ao término e três meses após o tratamento.................................................. 39 Gráfico 9 - Distribuição dos doentes em números absolutos (N) e em percentagem (%) quanto à análise da autoimagem, agrupados de acordo com a questão 14 do BDI e avaliados como: ótima, boa, média ou baixa, antes, ao término e três meses após o tratamento................................................................................... 40 ix RESUMO Maia, PSC. Estudo de pacientes com síndrome fibromiálgica tratados pelo método Rolfing® de Integração Estrutural [dissertação]. São Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo; 2009. Introdução: o método Rolfing® de Integração Estrutural é procedimento de integração da estrutura corporal humana, que considera os aspectos físicos, emocionais, mentais, espirituais e sociais do indivíduo. Consiste em dez intervenções manuais profundas (liberação miofascial) aplicadas na estrutura elástica do tecido conjuntivo frouxo (miofáscia) e em reeducação dos movimentos. Objetivos: verificar o efeito do método Rolfing® no tratamento de doentes fibromiálgicos quanto às modificações nas diversas partes da estrutura física e a sua eficácia no alívio da dor e do cansaço, na disposição para executar atividades diárias durante períodos prolongados, qualidade do sono, estados de ansiedade e de depressão, e autoconhecimento por meio da identificação das sensações e da modificação da imagem corporal. Casuística e métodos: trinta pacientes do Centro de Dor da Clínica Neurológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo foram submetidos a dez sessões de Rolfing® e mantiveram o tratamento ambulatorial de rotina. Todos foram avaliados de acordo com a Escala Analógica Numérica Verbal de Dor, o Inventário de Depressão Beck, o Inventário de Ansiedade Beck, o Gráfico de Apreciação do Próprio Corpo, o Gráfico de Sintomas e o Questionário Experimental, aplicados durante a entrevista inicial, na última sessão e três meses após o término da aplicação do método. Foram quantificadas a intensidade e a frequência da ocorrência de dor, a disposição, as limitações físicas, a qualidade do sono e o resultado do tratamento. Conclusão: a maioria dos doentes tratados apresentou melhora da condição inicial e esta correlacionou-se com a intervenção do método Rolfing®. Descritores: Fibromialgia, Rolfing®, Dor. x
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