o n a z z Gabriel de Souza Bozzano o B a z u o Os sentidos do trabalho S e Outros lançamentos de 2013 d el de TI pelos incubados no ri b a G O eTloatgiaion ad aR optoollíotica Midi Tecnológico/SC C S / A empregabilidade num mundo conexionista O C Reescrever o mundo com lápis GI Ó e não com armas L O Jéferson Dantas N Este livro faz um estudo dos primeiros anos de pequenas empresas incu- C E badas no Midi Tecnológico/SC e das investidas de seus empresários no mer- T A formação sindical das Comisiones DI cado de TI, o qual apresenta-se dinâmico em vista dos processos de inovação MI Obreras (CCOO) da Espanha relacionados. Permanecer nesse mercado parece depender de assumir práti- O Paulo Sergio Tumolo cas e novos valores ditos flexíveis e conectar-se em redes de inovação. O N S autor busca evidências que atestam as oportunidades e garantias de O D Apertando o parafuso permanência e êxito no mercado, percebidas por empresários e/ou profissio- A B Giuliano Saneh nais de TI (empreendedores): o que eles esperam em termos das alternativas CU que se abrem para garantir suas empregabilidades e/ou sobrevivência de N S I Crítica à privatização do suas empresas, sua avaliação sobre as atividades das rotinas de produção e LO Gabriel de Souza Bozzano apropriação de conhecimento a favor de seus negócios. E ensino superior no Brasil P TI OS SENTIDOS DO TRABALHO Mauri Antonio da Silva (org.) E D O H DE TI PELOS INCUBADOS NO A rebeldia por trás das lentes L A Carlos André dos Santos B A R MIDI TECNOLÓGICO/SC T E d i t or i a O Da contestação à conformação D Paulo Sergio Tumolo OS A EMPREGABILIDADE NUM MUNDO CONEXIONISTA D Gabriel de Souza Bozzano. Mestre em NTI Sociologia Política e bacharel em Ciências E S Sociais pela Universidade Federal de Santa S DEMAIS PUBLICAÇÕES EM CATÁLOGO: O Catarina (UFSC) e membro do Núcleo de Es- tudos Sociológicos dos Mercados (NUSMER). http://editoriaemdebate.ufsc.br/catalogo/ E-mail: [email protected]. Gabriel de Souza Bozzano os sentidos do trabalho de ti pelos incubados no midi tecnológico/sc a empregabilidade num mundo conexionista UFSC Florianópolis 2013 Copyright © 2013 Gabriel de Souza Bozzano Capa Tiago Roberto da Silva (fotomontagem) Editoração eletrônica Carmen Garcez, Flávia Torrezan Catalogação na fonte pela Biblioteca Universitária da Universidade Federal de Santa Catarina B793s Bozzano, Gabriel de Souza Os sentidos do trabalho de TI pelos incubados no Midi Tecnológico/SC : a empregabilidade num mundo conexionista / Gabriel de Souza Bozzano. – Florianópolis : Em Debate, 2013. 179 p. Inclui bibliografia. ISBN: 978-85-8328-017-0 1. Sociologia política. 2. Incubadoras de empresas. 3. Tecnologia da informação. 4. Empregabilidade. I. Título. CDU: 316.334 Todos os direitos reservados a Editoria Em Debate Campus Universitário da UFSC – Trindade Centro de Filosofia e Ciências Humanas Bloco anexo, sala 301 Telefone: (48) 3338-8357 Florianópolis – SC www.editoriaemdebate.ufsc.br www.lastro.ufsc.br agradecimentos Ao apoio e amor de minha família. À orientação primorosa e à amizade da professora Marisol. À minha companheira e grande amor, Babi, por tudo o que até agora vivemos juntos. E, finalmente, agradeço aos professores Jacques Mick e Silvio Cário, pelas inúmeras contribuições para o melhor desenvolvimento da dissertação, que agora virou livro. SUMÁRIO introdução ...................................................................................9 1. Identidades profissionais e empregabilidade ......17 1.1 Discursos sobre a empregabilidade ...........................................26 1.2 Pequenas empresas num mundo conexionista ..........................30 2. Gramática das cidades ....................................................47 2.1 Espíritos do capitalismo .............................................................54 3. Novo espírito do capitalismo ...................................65 3.1 Cidade por projetos ....................................................................70 3.2 A empregabilidade dos incubados e a cidade por projetos ........78 4. O mercado de TI e os empreendedores de base tecnológica ................................................................97 4.1 Uma leitura sobre a configuração do mercado de TI brasileiro ..........................................................................99 4.2 Rotinas de trabalho: rumo aos produtos e serviços inovadores ..................................................................... 115 4.3 A empregabilidade dos incubados: produto e empresas inovadoras na cidade por projetos ...........................................132 4.4 Uma sociologia das organizações de empresas de TI .............144 5. A emergência das pequenas empresas de TI e a incubadora midi tecnológico .......................147 considerações finais .........................................................163 referências ................................................................................167 Apêndice A – Lista de entrevistados e perfil profissional ................................................173 Apêndice B – Roteiro de entrevista .........................174 Apêndice C – Categorias exploradas .......................175 introdução No Brasil e no mundo, as incubadoras de empresas de TI apre- sentam-se como veículos de elevada proeminência para o desen- volvimento de novas iniciativas de negócios. As incubadoras agregam, em grande parte, pequenas empresas de tecnologia que possuem em sua composição alto valor de capital humano e conhecimento embuti- dos. Elas passaram a fazer parte da agenda de economistas e cientistas sociais, atribuindo-lhes um papel predominante, pois facilitam os pro- cessos de inovação dessas empresas nas economias contemporâneas (BAÊTA; BORGES; TREMBLAY, 2006). Ressalta-se que em Florianópolis reside a base de nossa investi- gação. Hoje existem três incubadoras de tecnologia na cidade que for- mam o que se designa como polo de tecnologia – Sappiens Park, Celta e Midi Tecnológico –, as quais mantêm vínculo institucional com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e com a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (ANPROTEC) (MIDI TECNOLÓGICO, 2012). O tema das pequenas empresas de tecnologia aparece frequen- temente na mídia local e internacional, expondo a importância que o segmento tem conquistado. A incubadora Midi Tecnológico está no en- calço dessas descrições atribuindo o papel desejável, como empreen- dedores de base tecnológica, a um perfil específico de profissionais em posição gerencial ou de comando nas novas empresas ditas flexíveis. A incubadora abriga, hoje, em módulo residencial, 15 empre- sas. Ela foi criada em 1998 e dez anos depois recebeu o título de “melhor incubadora de base tecnológica” pelo Prêmio Nacional de Empreendedorismo Inovador, promovido pela ANPROTEC (MIDI TECNOLÓGICO, 2012). Neste cenário das incubadoras do mercado de TI catarinense, lançamos alguns questionamentos preliminares de pesquisa que po- dem ser resumidos através das seguintes indagações: como se consti- tui o mercado de TI que estão inscritos? Qual o papel das incubadoras 10 Gabriel de Souza Bozzano neste processo e como os profissionais, gerentes de TI, analisam sua vinculação com aquelas? Como estes atores sociais vivenciam o papel que deles demanda o mercado, isto é, o de serem empreendedores e inovadores no processo de produção tecnológica? Quais as possibili- dades e os limites que eles identificam nesse mercado de TI em relação à sua empregabilidade e/ou capacidade de empreender? Quais crité- rios de hierarquização ou seleção são identificados para diferenciar os profissionais? Como são vivenciadas as experiências de emprego/ trabalho num mundo em forma de rede, de projetos, de equipes, de empreendedorismo e de inovação? Os incubados possuem alta formação educacional, são engenhei- ros e especialistas em computação, e que supostamente teriam um alto nível de empregabilidade. Eles atuam na gestão dos processos e pes- soas, na produção de mercadorias de cunho altamente abstrato. Com este perfil laboral elitizado, a estrutura organizacional das incubadoras deveria facilitar o seu desempenho no mercado, como profissionais que almejam uma inserção virtuosa. Segundo relato de um diretor da incubadora Midi Tecnológico, a taxa de sucesso está em 96% para os empreendimentos desenvolvidos a partir de sua plataforma, ao passo que no mercado em geral, ou seja, entre aqueles que não passaram pelo controle e pela padronização da incubadora, a taxa caiu para níveis alarmantemente inferiores. As empresas mantêm-se na incubadora em média dois anos, po- dendo estender o prazo e ficar até mais 24 meses. Percebemos que essas empresas iniciantes têm na origem própria ou familiar grande percentual do capital disponível para as suas investidas no mercado de TI. Segundo Zimmerman (2006), os incubados na Celta, localizada também em Florianópolis, atingem o percentual de 90% de fontes pró- prias e familiares dos recursos disponíveis aos seus empreendimentos. Em todas as entrevistas que efetuamos na incubadora Midi Tec- nológico, encontramos essa mesma relação de dependência de recur- sos financeiros próprios e familiares na condução de seus negócios. Esta situação se explica pela afinidade que as incubadoras têm na aproximação das empresas no mercado de TI catarinense e do perfil dos candidatos que investigamos, muito próximo daquele que Zim-