Clive Barker nos dá evidência, aqui.. de que seu extraordinário sucesso de crítica e de público nos países da língua inglesa não foi alcançado pelo simples bafejo da sorte. Ele o conseguiu pela notável soma de qualidades que o fazem tornar plausíveis as mais fantásticas ou abomináveis personagens e situações. Seus fantasmas, seus mortos-vivos (efetivamente mortos mas terrivelmente vivos), não nos trazem à memória as risíveis palhaçadas que Hollywood nos impõe em suas produções “classe B”, sendo antes assustadoras materializações do sobrenatural que injetam adrenalina em nosso sistema sanguíneo, aceleram o batimento cardíaco e nos deixam de cabelos em pé e com suores frios nas palmas da mão.