Todos os direitos reservados à editora. Publicado por Giz Editorial e Livraria Ltda. Rua Capitão Rabelo, 232 Jd. São Paulo – São Paulo – SP – 02039-010 Website: www.gizeditorial.com.br E-mail: [email protected] Tel/Fax: (11) 3333-3059 Neiva Meriele O PLANO É O AMOR Ela teve todos os motivos para desistir, mas alguns sinais a fizeram acreditar... São Paulo, 2015 Sumário Capa Todos os direitos reservados à editora Folha de rosto Créditos Agradecimentos Capítulo 1 Capítulo 2 Capítulo 3 Capítulo 4 Capítulo 5 Capítulo 6 Capítulo 7 Capítulo 8 Capítulo 9 Capítulo 10 Capítulo 11 Um ano mais tarde Ilustração © 2015 de Neiva Meriele Título Original em Português: O plano é o amor Coordenação Editorial: Simone Mateus Editor Associado: Pedro Almeida Revisão: Sandra Garcia Capa: Walter Tierno Editoração Eletrônica: Equipe Giz Editorial Edição digital: Draco Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Meriele, Neiva O plano é o amor : ela teve todos os motivos para desistir, mas alguns sinais a fizeram acreditar, mais uma vez — / Neiva Meriele. — 1. ed. — São Paulo : Giz Editorial, 2015. ISBN 978-85-7855-252-7 1. Ficção brasileira I. Título. 15-01153 CDD-869.93 Índice para Catálogo Sistemático 1. Ficção : Literatura brasileira 869.93 Agradecimentos Meu agradecimento especial a Deus, Àquele que não apenas me apresentou a escrita como forma de manifestação, como também me ensinou a não desistir dos meus sonhos. A toda a equipe da Giz Editorial, que juntamente com meu querido agente, Pedro Almeida, me deu a chance de ver um sonho antigo criando forma até se tornar o livro especial que hoje, você leitor tem em mãos. Eu não poderia deixar de agradecer à minha família, que teve um papel importantíssimo na minha carreira, que acreditou quando todos pareciam desacreditar. Pai e mãe, obrigada por me ensinarem desde pequena a acreditar no amor de Deus, a crer que quando colocamos nossos sonhos em Suas mãos, tudo se torna possível. John Castilhos, o meu agradecimento a você é do tamanho do mundo. Obrigada por ter sido compreensivo nas madrugadas em que chorei emocionada teclando sem parar enquanto escrevia este livro. De todas as bênçãos que já recebi na vida, a maior delas foi a notícia de que meu pequeno Juan Pablo estava a caminho. Detalhe: Foi no momento em que concluí a escrita deste livro. A vida é cheia de mistérios? Eu jamais duvidei disso. Te amo meu filho, você é minha inspiração diária. Minha gratidão e amor às minhas amigas escritoras que, desde o princípio, estiveram ao meu lado torcendo por mim. Adriana Brazil, Ká Guimarães e Shirlei Ramos, com vocês aprendi ser possível amar, respeitar e admirar mesmo sem conhecer pessoalmente. E Muito Obrigada, leitores. Cada um de vocês tem um valor especial pra mim. Escrevam em minha página do Facebook ou no Skoob o que acharam deste livro. Fico muito feliz do contato com meus leitores. Capítulo 1 “Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos.” Hebreus,11:1 E u estava sentada, desajeitadamente, em uma poltrona macia em frente à lareira, que àquela época do ano não precisava ser acesa. Janis Howard se aproximou, tentando me posicionar melhor e rimos juntas. Minha enorme barriga de quase nove meses impedia que eu ficasse mais à vontade. À minha frente um grupo de pessoas gesticulava atrás de suas câmeras, enquanto o diretor, um senhor barbudo, dava ordens em inglês. Ele olhou em minha direção e sorriu demonstrando carinho, certamente percebia que eu estava nervosa. E por onde andava o meu marido que ainda não havia aparecido? Eu não começaria a gravar sem ele. Me levantei e segui até a cozinha. Ainda sorria sozinha quando entrava naquela parte da casa e, não raramente, me perguntava se aquilo tudo realmente me pertencia. Abri a geladeira e tomei uma garrafa inteira de água, talvez fosse o nervosismo o causador da secura na garganta. Ajeitei o vestido elegante, mas desconfortável. Afastando a cortina xadrez azul da enorme janela avistei pássaros em revoadas saudando a chegada da primavera. Se ele não chegasse em cinco minutos, eu pediria para que alguém da equipe fosse procurá-lo. Seu atraso estava me deixando ansiosa, mesmo sabendo que meu marido costumava atrasar por estar sempre rodeado de compromissos. A porta se abriu, trazendo o ar abafado da rua. Sorri ao vê-lo desculpando-se com o olhar. Naquele momento, tudo o que mais importava era que o protagonista da minha história estava ali, pronto para me apoiar, como fizera tantas outras vezes. — Meu amor, desculpe. É que um dos bois do confinamento estava dando trabalho hoje, deixei George lá com ele e vim correndo. Espero que não tenha ficado brava. Ele me beijou nos lábios e eu sorri abertamente. — Como se eu já não estivesse acostumada com isso. Agora, corra lá em cima e tome um banho, que o diretor está começando a ficar impaciente. Ele piscou depois de me retribuir com um beijo inocente nos lábios. Em seguida, subiu correndo as escadarias de madeira. Quando fui fechar a cortina, avistei George, o ajudante da fazenda, puxando um boi pelo cabresto. Seus passos e os do animal deixavam marcas que sumiam de minha vista na entrada do galpão free stall. Voltei para a sala; lá a temperatura era muito agradável por causa do aquecimento central. Sentei-me novamente na minha cadeira predileta. Aliás, aquele havia sido o lugar onde eu havia passado a maior parte do meu tempo durante o inverno. Lá fora fazia muito frio e meu marido não permitia que eu sequer colocasse a cabeça para fora de casa. Parecia temer que os gêmeos passassem frio, mesmo ainda dentro da barriga. Louise, a mulher de George, era uma senhora maravilhosa − cuidava da casa e preparava as refeições. Às vezes, sentíamos falta do sabor brasileiro, então, íamos os dois para a cozinha e fazíamos a maior bagunça. Dessa forma, me sobrava muito tempo livre. Foi quando tive a ideia de criar um blog e em frente à lareira, na minha cadeira confortável, ficava horas em frente para o notebook escrevendo sobre tudo o que eu havia vivido no Brasil. As alegrias e as tristezas. Aos poucos, os seguidores foram aumentando e, a cada dia, eu encontrava recados ansiosos de pessoas querendo que eu continuasse a postar. Foi através desse blog que, um dia, recebi a ligação de uma produtora pedindo para marcar uma entrevista comigo. Fiquei muito curiosa e perguntei o motivo. Para minha surpresa, uma famosa escritora no Canadá soubera do meu blog e achou a história que eu narrava lá absolutamente interessante. Janis Howard entrou em contato com uma equipe de gravação e expôs sua ideia: queria que tudo ficasse registrado para poder imprimir nas páginas de um livro cada emoção que eu revelasse enquanto estivesse contando minha história. E agora lá estava eu, remexendo minhas mãos, procurando disfarçar o nervosismo. Inúmeras câmeras registrariam a minha história de vida, todas as dores, os sofrimentos, cada lágrima derramada ao longo dos meus vinte e cinco anos. Minha maior força vinha de Deus, eu sabia que Ele queria que eu anunciasse ao mundo tudo o que tinha acontecido comigo para eu estar, naquele momento, vivendo uma vida que para mim era perfeita. Felizmente eu podia olhar para o mundo e declarar, assim como o apóstolo Paulo: “Combati o bom combate, acabei a carreira e guardei a fé”. E nesse combate eu pude contar com o amor puro e doce do meu eterno namorado, meu marido. O amor havia sido o tônico que motivara todos os meus atos e que seria agora perpetuado nas páginas do livro de Janis Howard. • • • Vi uma movimentação e, segundos depois, ele estava atrás da poltrona onde eu me encontrava sentada. Baixou a cabeça e beijou meu pescoço, cochichando em meu ouvido: — Vai dar tudo certo, amor. Ele estava lindo com os cabelos ainda úmidos do banho recém-tomado. Os olhos brilhando como nunca. Eu podia visualizar claramente uma admiração
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