O L I V R O D E P O I S D O L I V R O O LIVRO DEPOIS DO LIVRO O LIVRO DEPOIS DO LIVRO O LIVRO DEPOIS DO LIVRO O LIVRO DEPOIS DO LIVRO O LIVRO DEPOIS DO LIVRO O LIVRO DEPOIS DO LIVRO O LIVRO DEPOIS DO LIVRO O LIVRO DEPOIS DO LIVRO O LIVRO DEPOIS DO LIVRO O LIVRO DEPOIS DO LIVRO O LIVRO DEPOIS DO LIVRO O LIVRO DEPOIS DO LIVRO O LIVRO DEPOIS DO LIVRO O LIVRO DEPOIS DO LIVRO O LIVRO DEPOIS DO LIVRO O LIVRO DEPOIS DO LIVRO O LIVRO DEPOIS DO LIVRO O LIVRO DEPOIS DO LIVRO O LIVRO DEPOIS DO LIVRO OO LLIIVVRROO DDEEPPOOIISS DDOO LLIIVVRROO O LIVRO DEPgiOseIlSle DbOei gLuIelVmRaOn O LIVRO DEPOIS DO LIVRO O LIVRO DEPOIS DO LIVRO O LIVRO DEPOIS DO LIVRO O LIVRO DEPOIS DO LIVRO O LIVRO DEPOIS DO LIVRO O LIVRO DEPOIS DO LIVRO O LIVRO DEPOIS DO LIVRO O LIVRO DEPOIS DO LIVRO O LIVRO DEPOIS DO LIVRO COPYRIGHT' 2003 BY GISELLE BEIGUELMAN EDITORA RESPONS(cid:231)VEL Renata Farhat Borges COORDENA(cid:130)(cid:204)O EDITORIAL Noelma Brocanelli REVIS(cid:204)O Izabel Moraes Baio PROJETO GR(cid:231)FICO Giselle Beiguelman EDITORA(cid:130)(cid:204)O ELETR(cid:239)NICA Jo(cid:139)o Bosco Mour(cid:139)o Dados internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Beiguelman, Giselle O livro depois do livro / Giselle Beiguelman. -- São Paulo : Peirópolis, 2003. ISBN85-7596-012-1 Bibliografia. 1. Leitura 2. Literatura 3. Internet (Rede de computadores) I. Título, 2003 03-4569 CDD-004.678 9 8 7 6 5 4 3 2 1 06 05 04 03 5 5 TODOS OS DIREITOS DESTA EDI(cid:130)(cid:204)O RESERVADOS ¸ EDITORA PEIR(cid:238)POLIS RUA GIRASSOL, 128 — VILA MADALENA 05433-000 — S(cid:204)O PAULO — SP TEL. (55 11) 3816-0699 E FAX (55 11) 3816-6718 e-mail: [email protected] www.editorapeiropolis.com.br >Label 7 >Requisitos Mínimos 10 >Bookmarks >Instalação 17 >Bookmarks >Configuração 35 >Bookmarks >Reiniciar 59 >Bookmarks >Recursos Avançados 64 >Bookmarks >Sair 76 >Bookmarks >Leia_me.txt 82 >Código-fonte 84 5 O Livro depois do Livro >Label Label O Livro depois do Livro é um ensaio sobre literatura, leitura e Internet, escrito em dois formatos: website e livro. Contudo, essa operação não se faz por relação de complementaridade, mas, sim, pela de fricção, soma e intersecção. A nomenclatura dos dois formatos foi propositadamente invertida. Enquanto a versão livro tem seus capítulos divididos com termos de computação (label, instalação, configuração e sair), a versão Web apropria-se dos recursos de organização dos impressos (índice, capa, colofon etc.), revalidando suas funções de localização e referência. Inspirado no conto “O Livro de Areia”, de Jorge Luis Borges, tem números negativos e exponenciais associados às páginas (como -1 e 0n) e recursos técnicos que impedem voltar às páginas lidas pelos botões de avanço e retorno do navegador. Realizado em 1999, com o auxílio de uma Bolsa Vitae de Artes, o site foi lançado na exposição NET_CONDITION, realizada pelo ZKM (Museu de Arte e Mídia da Alemanha), a convite de seu curador, Peter Weibel. O livro foi escrito entre 2002 e 2003, e sua estrutura contradiz as eta- pas de instalação de um programa, permitindo que os capítulos sejam lidos em qualquer ordem e como ensaios independentes. O site do projeto fica em http://www.desvirtual.com/thebook. O livro inclui uma versão eletrônica, disponível em http://www.cultvox.com.br que dá aces- so direto aos projetos comentados no texto. 7 Requisitos Mínimos Não se pensa aqui sobre o fim do livro impresso. Isso não passaria de mais um capítulo da história apocalíptica que a indústria da informática vem elaborando nos últimos anos. Narrativa messiânica, impõe um falso confronto entre fim e começo, estabele- cendo polaridades entre as culturas impressa e digital que se valem de anti- nomias inexistentes. Alimentadas pelas pressões do e-biz, essas supostas polaridades reiteram o já entediante bla-bla-blá sobre a grande teia que nos envolveria can- didamente em uma aldeia global, prometendo um mundo plug & play que, a despeito de nossos desejos, ainda é o mundo do angustiante plug & pray. As estratégias correntes da publicidade tomam o lugar do discurso críti- co, criando um panorama transhistórico e transpolítico que constituiria um domínio informacional dentro do qual todos os fatos são esvaziados de significado, compondo um espaço global e midiático1. O discurso do marketing corporativo é convincente e uma gama de produ- tos e ferramentas promete, diariamente, revoluções nos modos de publicação, distribuição e pensamento que trazem sempre algo novo e que desterram tudo aquilo que lhes é anterior. A lógica da novidade iminente draga não só o passado, mas o próprio presente, arremessando-nos em um estranho estado de expectativa de um pós-futuro que nunca chega, mas que se promete a milhões e milhões de potenciais usuários globais. Recusando esse tipo de abordagem, interroga-se um contexto de leitura mediado por interfaces conectadas em Rede, discutindo projetos criativos 1. BAUDRILLARD, Jean. "In the shadow of the millennium. (Or the suspense of the year 2000)." 10 In: Ctheory, 23 de setembro de 1998. http://www.ctheory.net/text_file.asp?pick=104.