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O Jardim das Rosas PDF

161 Pages·0.709 MB·Portuguese
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DADOS DE ODINRIGHT Sobre a obra: A presente obra é disponibilizada pela equipe eLivros e seus diversos parceiros, com o objetivo de oferecer conteúdo para uso parcial em pesquisas e estudos acadêmicos, bem como o simples teste da qualidade da obra, com o fim exclusivo de compra futura. É expressamente proibida e totalmente repudíavel a venda, aluguel, ou quaisquer uso comercial do presente conteúdo. Sobre nós: O eLivros e seus parceiros disponibilizam conteúdo de dominio publico e propriedade intelectual de forma totalmente gratuita, por acreditar que o conhecimento e a educação devem ser acessíveis e livres a toda e qualquer pessoa. Você pode encontrar mais obras em nosso site: eLivros. Como posso contribuir? 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Título. 12-13548            CDD-133.93   Índice para catálogo sistemático: 1. Romances espíritas psicografados: Espiritismo 133.93       Este livro foi obtido na Internet, por download direto, de sites abertos ao público. Ajustado e convertido para e-book por: UEBraga - Setembro 2022 Uma palavra Admiro aqueles que planejam um trabalho e se esforçam para fazê-lo do melhor modo possível, sem se importar com os resultados. Dedico este livro a uma amiga querida, que na conclusão de sua tarefa só se importou em realizar tudo a contento. Ela raramente visita o plano físico, mas nem por isso ama menos os encarnados. Temos de escolher onde somos mais úteis, diz sorrindo com delicadeza. E, certamente o faz. A você Patrícia, que nos dá o exemplo de que tudo deve ser feito com amor, somos agradecidos pelo que nos legou, pelas obras consoladoras que têm alimentado almas. E que, depois de concluí-las, disse: Feito! Com todo o meu respeito e admiração, Antônio Carlos INVERNO DE 2002. Sumário Uma palavra Primeiro Capítulo Segundo Capítulo Terceiro Capitulo Quarto Capítulo Quinto Capítulo Sexto Capítulo Sétimo Capítulo Oitavo Capítulo Nono Capítulo Décimo Capítulo Décimo Primeiro Capítulo Primeiro Capítulo Estava eufórico, ia me encontrar com dois amigos muito queridos. Apressei-me em meus afazeres; planejei-me para dispor de horas em que me deliciaria na companhia deles. Ao me aproximar do local marcado, deslizei devagar. A visão do lago emocionou-me, observei-o extasiado. Suas águas refletiam as montanhas e tudo o que estava à sua volta. E as imagens dançavam com as ondulações. Prestei atenção num garoto encarnado que estava à margem do lago. Ele jogou uma pedra que rapidamente foi ao fundo, desfigurando por instantes aquela reflexibilidade. Eu tinha vindo aqui para escutar uma história que, como sempre, tem acertos, erros, acontecimentos felizes e outros nem tantos. E eles, meus dois amigos, com certeza viveram períodos de suas vidas juntos, cheios de sonhos e ilusões. Ah! As ilusões, assim como os reflexos, são tão frágeis que se abalam com um simples toque de uma pedra, levando- nos a ver nossos mais caros sonhos desabarem. Às vezes, nossa vida se parece com as águas de uma lagoa: um dia pode estar calma, tranquila, e em outros, agitada. Passam- se dias, cada qual de um modo. Mostramo-nos superficialmente, mas o que existirá no fundo? Que mistério tem guardado dentro de si cada ser? Avistei Luís no local combinado, ao lado de uma frondosa árvore. Acenou-me. Aproximei-me. Recebeu-me com um fraternal abraço. ― Antônio Carlos, que prazer revê-lo! ― E Helena, ainda não chegou? - perguntei. ― Ela não tardará. Sentemos aqui enquanto a esperamos. Gostou do lugar? Acomodamo-nos num banco tosco; olhei novamente para a beleza da paisagem e exclamei: ― Lindo! ― Sempre gostei deste lugar, do lago - disse Luís. ― Sua extensão era menor quando vivi encarnado e morava a poucos metros dele. Atualmente, o progresso exigiu uma represa, e muitos quilômetros de terra foram inundados. Agora tornou-se um grande lago, suas águas cobriram a casa em que nasci e vivi, a aldeia, ou seja, a cidadezinha à sua margem. Tudo mudou. ― Você deve ter muitas recordações deste local, não é? Luís suspirou, olhou-me, sorriu e falou: ― Quando jovem, andava por toda a margem aos pulos, assobiando, sozinho ou com outros garotos. Às vezes, saíamos para pescar em pequenos botes, mas eu não pescava, apenas acompanhava os amigos. Não gostava de alimentar-me de peixes, os quais, para mim, eram os legítimos donos do lago, seus moradores, e não tínhamos o direito de tirá-los de lá. Tive uma infância e uma juventude felizes, estava sempre rindo. ― Como gostava deste local, quando encarnado continuou Luís a falar - conhecia cada pedaço da região e todas as pessoas que residiam por aqui. Dói muito ver tudo modificado. Os anos passam, deixando marcas nas pessoas e nos lugares, mesmo naqueles que parecem ser imodificáveis. Observando agora, Antônio Carlos, a imagem refletida na água não é como antigamente. Não há mais a casa no monte azul, nem a estrada na montanha redonda. Onde está aquela plantação, havia uma mata, que foi derrubada. A casa da família de Helena não está mais lá. Luís fez uma pausa. Pude escutar a natureza. O vento balançava as folhas das árvores, as águas batiam nas pedras, ouvi tudo como se fosse uma música de rara harmonia. Com o olhar, incentivei-o a continuar falando, e ele não se fez de rogado: ― Emociono-me com certas lembranças. Recordo-me com detalhes da primeira vez em que pude visitar este local, que me é tão querido, depois da minha desencarnação. Cinco anos havia se passado. Não viera antes porque temia rever a casa, as terras, tudo o que tanto significou para mim. A primeira vez em que estive em meu ex-lar, vim da colônia, volitando. Sentei-me numa pedra à beira d’água, lugar preferido por mim quando aqui vivi. Estava comovido e observei tudo atentamente. Lembro-me bem de tudo o que se sucedeu nessa minha visita. Permaneci sentado por alguns instantes, e depois me levantei e fiz o percurso que por muitos anos fizera: subi devagar a escada de terra batida e pedras, defrontei-me com o jardim malcuidado e com a sua cerca de cor desbotada que apodrecia. Havia no meu amado jardim, poucas roseiras e elas estavam velhas, talvez nem florescessem mais; o mato crescia. Nem Caetano nem Rodrigo se importaram em cumprir a promessa que me fizeram. Talvez tenha errado em querer que eles prometessem - lamentei. Doeu demais ver o jardim daquele jeito, ele que tivera as mais lindas rosas. Hesitei em entrar na casa, mas o fiz. Andei como se fosse encarnado, com passos cadenciados, subi os cinco degraus. A varanda que rodeava a casa estava com algumas tábuas soltas no assoalho. Luís fez uma pausa sorriu e continuou: ― Passei pela porta fechada, isso é uma vantagem para o desencarnado que sabe como fazê-lo. Os móveis estavam todos cobertos com lençóis que foram brancos e agora tinham tons amarelados. Parei e olhei tudo. Naquela casa vivi encarnado por oitenta e seis anos; era um local de muitas recordações. Objetos caros na casa demonstravam que senhores ricos e de bom gosto tinham-na habitado. Tudo passa... Para nenhum habitante deste mundo existem só momentos bons na vida; os ruins nos ferem e, às vezes, ficamos tão feridos que nos custa sarar; as cicatrizes permanecem. Certos acontecimentos doem muito na alma e, como sobrevivemos à morte do corpo físico, continuamos a senti-los na espiritualidade. Permaneci na sala azul, fixei meu olhar em dois quadros que estavam descobertos - talvez por isso estavam tão desbotados. No retrato à direita, eu quando jovem, vinte e dois anos, olhar altivo, sombreado por grossas sobrancelhas, nariz reto, cabelo escuro e ondulado. No outro, Helena, frágil, magra e linda, olhos azuis, parecendo duas contas, lábio bem desenhado, cabelo louro e cacheado. Vi o corte que eu mesmo fizera rente as molduras. Tinha colocado sobre esses retratos outras pinturas, de mim mais velho e de Carolina. Quando esta desencarnou e fiquei viúvo, retirei os retratos colocados em cima. Não me importei com os protestos de Caetano e Luíza, meus filhos.

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