A história de uma família afegã. Um país ferido. Um destino inesperado.
Uma família que nunca perdeu sua paixão por viver.
Afeganistão, início dos anos 1990. Para o jovem Qais Akbar Omar, de 9 anos, Cabul é uma cidade de jardins magníficos onde ele vive em harmonia com sua numerosa família. É uma época de se contar histórias, soltar pipa, recitar poesia, vender tapetes e arranjar casamentos. Então a guerra civil estoura, e seu bairro se encontra na linha de frente de um conflito que a cada dia ficava mais violento.
Com bombas caindo à sua volta, a família de Omar decide fugir, deixando para trás tudo o que possuem para se abrigar em um antigo forte – a poucos quilômetros dali, mas ainda assim um mundo à parte. Com o aumento da violência, o pai de Omar tenta tirar os filhos do país. Nessa perigosa jornada, acampam nas cavernas atrás das estátuas colossais dos Budas de Bamiyan, se abrigam com primos nômades, cuidando de camelos e ovelhas, e recebem a ajuda de desconhecidos. Enquanto o pai busca desesperadamente atravessadores para levar os filhos para além da fronteira, Omar cresce na estrada.
Sem conseguir sair do país, Qais e seus pais finalmente retornam a Cabul, onde o jovem adolescente cresce em um mundo absurdo e perigoso governado pelo Talibã. Em O Forte de Nove Torres, Omar conta como aprendeu a resistir em silêncio. Depois de sobreviver a uma prisão brutal e arbitrária, aos 18 anos, abre uma fábrica secreta de tapetes para garotas, proibidas de frequentar a escola ou mesmo sair de suas casas. O autor faz um relato sobre a dura realidade do Afeganistão, ao mesmo tempo em que revela momentos de intensa alegria e beleza.