Ao chegar a este ponto das minhas hesitações, já decidido a não falsificar com o título de “prisioneira da noite” a esta prisioneira consentida, me lembrei de intitular esta crônica “Peito ferido”. Aqui fiquei contente comigo. “Peito” pra mim se associa fatalmente em “peito de pássaro”, sabei-me lá por quê! Ora Henriqueta Lisboa vive sempre esvoaçando em meus pensamentos, feito um passarinho. Quando os seus versos não se tingem de um certo didatismo que desejo esquecer, e maltratam a terceira parte deste livro novo, há neles a graça inquieta, simples e um pouco agreste, um pouco ácida, dos passarinhos.