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Manual Antropologia e Sociologia 2016-2017 rep PDF

83 Pages·2017·1.23 MB·Portuguese
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Mestrado Integrado em Medicina Unidade Curricular: Antropologia e Sociologia 2016-2017 Maria Johanna Schouten (organização) 1 Maria Johanna Schouten (org.) Caderno de Apoio para a Unidade Curricular Antropologia e Sociologia (segundo ano do Mestrado Integrado em Medicina) Covilhã e UBI, 2017 ISBN: 978-989-20-8092-5 ISBN: 978-989-20- 2 Índice Primeira parte: Organização ............................................................ 4 1. Objetivos gerais do módulo Antropologia e Sociologia ................... 4 2. Competências a adquirir ...................................................... 4 3. Métodos de ensino-aprendizagem ........................................... 6 4. A avaliação ...................................................................... 6 5. Bibliografia obrigatória ........................................................ 7 Segunda parte: Conteúdos - tópicos da matéria e questões para as tutorias ... 9 A. Paradigma Social e Paradigma Biomédico:............................... 9 Aa. Questões ..................................................................................................................10 B. As Ciências Sociais ......................................................... 11 Bb. Questões 14 C. O conhecimento, a comunicação social e a comunicação no âmbito da prática médica ................................................................. 15 Cc. Questões ...................................................................................................................19 D. Antropologia, Cultura e Corpo ........................................... 20 Dd. Questões ..................................................................................................................22 E. Ideias e Práticas Tradicionais ou Alternativas e a Atividade Médica - Científica ........................................................................... 23 Ee. Questões...................................................................................................................24 F. A Religião/Visão do Mundo e a Saúde ................................... 25 Ff. Questões ...................................................................................................................28 G. Estilos de Vida, Condições Sociais e Desigualdades ……………………. 30 Gg. Questões ..................................................................................................................34 H. A Sociologia da Saúde ..................................................... 35 Hh. Questões ..................................................................................................................36 I. A medicalização da vida ..................................................... 37 Ii. Questões.....................................................................................................................41 J. A Construção Social da Doença .......................................... 42 Jj. Questões ....................................................................................................................43 K. Estigma e Identidade ...................................................... 44 Kk. Questões ...................................................................................................................47 L. O estado e a saúde ...................................................... 48 Ll. Questões ....................................................................................................................50 M. Organizações na área da saúde; as profissões ......................... 51 Mm. Questões ................................................................................................................55 3 N. Homens, mulheres e saúde ............................................... 56 Nn Questões ……………………………………………………………………….. 59 Anexo 1: Aspetos formais e organizacionais dos trabalhos práticos ............ 61 Anexo 2: Tópicos para ensaios (workshops) ........................................ 63 Anexo 3: A Calendarização 2016-2017 .............................................. 65 Anexo 4: Lista de termos e pessoas ................................................. 66 Anexo 5: Bibliografia geral ............................................................ 70 4 Primeira parte: Organização 1. Objetivos gerais do módulo Antropologia e Sociologia A aquisição de conhecimento dos conceitos e teorias da antropologia e da sociologia mais relevantes para as ciências da saúde e para a prática da medicina; o desenvolvimento de uma visão geral sobre as relações entre saúde, medicina e sociedade; fomentar a capacidade de aplicar estes conhecimentos em situações concretas. 2. Competências a adquirir Finda esta Unidade Curricular, o/a estudante deve ser capaz de descrever os objetos de estudo da antropologia e da sociologia, e os seus principais métodos e técnicas de análise. Deve saber aplicar os conceitos e teorias relevantes da antropologia e da sociologia em situações clínicas concretas e num enquadramento de medicina preventiva. Deve demonstrar a consciência da, e o respeito pela, existência de convicções e práticas divergentes, consoante as várias culturas e subculturas. Deve saber analisar a interação entre fatores socioculturais e fatores biológicos e interpretar a influência de diversas variáveis, como o nível de habilitações, o tipo de trabalho, o género, a idade e o habitat, no estado de saúde das pessoas. Deve saber analisar sociologicamente as organizações e instituições relacionadas com a saúde. 5 Objetivos especificados: Unidade pedagógica 1: 1.Saber quais são os objetos de estudo da Sociologia e da Antropologia Cultural. 2.Conhecer, em linhas gerais, a história destas duas disciplinas científicas. 3.Conhecer os métodos e as técnicas principais aplicados na Sociologia e na Antropologia. 4.Saber como os antropólogos e sociólogos abordam as questões de saúde e de doença. 5. Saber comparar o paradigma biomédico e o paradigma social. 6. Perceber a contribuição da Antropologia para as Ciências Médicas, e vice- versa. 7. Conhecer e perceber alguns conceitos fundamentais relacionados com a cultura e a saúde. 8. Saber reconhecer as influências nos hábitos de saúde que provêm da a) “tradição", b) religião e c) comunicação social, assim como as suas influências nos tipos de etiologia e de terapêutica. Unidade pedagógica 2: 9. Conhecer o objeto de estudo da Sociologia da Saúde, assim como os principais fatores que conduziram ao seu nascimento e marcaram o seu desenvolvimento. 10. Compreender os processos que estão implicados na construção social da doença e os impactos que o “rótulo” de doença pode causar na vida dos indivíduos (estigma e identidade deteriorada). 11. Compreender o fenómeno de medicalização e as suas críticas. Avaliar o papel que a biomedicina, a tecnologia e outros agentes desempenham neste processo e as suas implicações sociais. 12. Obter uma noção da sociografia e demografia de Portugal. 13.Ter conhecimentos essenciais da história do relacionamento entre o Estado, em Portugal, e as condições de saúde da população – com referência especial às desigualdades sociais. Obter noções básicas sobre o conceito de Estado- Providência e as políticas de saúde. 14. Saber enquadrar socialmente e culturalmente as organizações e as profissões da área da saúde. 15. Abordar as diferenças e semelhanças entre homens e mulheres em questões de saúde, como utentes, como cuidadores e como profissionais. 6 3. Métodos de ensino-aprendizagem O Módulo Antropologia e Sociologia (MAS) será lecionado através de seminários, tutorias e workshops. 3.1 Seminários Estas sessões consistem na exposição da matéria pela docente, com espaço para debate. 3.2 Tutorias As tutorias têm como objetivo a problematização e a aplicação da matéria mediante trabalho em grupo: discussão e a elaboração de uma ficha de trabalho. Sobre a organização, ver anexo 1. 3.3 Trabalhos escritos e apresentações orais (workshops) As tarefas para o workshop consistem no aprofundamento de aspetos da matéria mediante pesquisa, a redação de um texto («ensaio») e a sua apresentação para debate em plenário. Sobre a organização, ver anexo 1. 4. A avaliação A avaliação incide sobre a matéria abordada nas sessões (seminários e tutorias) e a bibliografia, indicada pela docente. A avaliação consiste nos seguintes elementos: I. Avaliações com perguntas de escolha múltipla. 60% II. Fichas elaboradas em grupo a partir dos tópicos abordados nas tutorias. 20% III. Um ensaio, em grupo, e a sua apresentação oral no workshop. 15% IV. Avaliação básica integrada. 5% 7 5. Bibliografia obrigatória Augusto, Amélia (2013) Género e Saúde, in: Fátima Alves (org.) Saúde, medicina e sociedade. Uma visão sociológica. Lisboa: Pactor. Pp. 29-34. Browne, Ken (2003) Health. in: Introducing sociology for AS level. Oxford: Polity Press. Pp. 94-133. Cabral, Manuel Villaverde e Pedro Alcântara da Silva (2009) O estado da saúde em Portugal. Acesso, avaliação e atitudes da população portuguesa em relação ao sistema de saúde – evolução entre 2001 e 2008 e comparações regionais. Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais. Pp 19-32; 157-168. Carapinheiro, Graça (1993) Saberes e poderes no Hospital. Uma sociologia dos Serviços Hospitalares. Porto: Afrontamento. Pp. 101 – 119. Challinor, Elizabeth (2012) Cidadania médica, culturas e poder nos cuidados perinatais e pediátricos de imigrantes. Saúde e Sociedade 21, 1: 76-88. Chazan, Lilian Krakowski e Livi F.T. Faro (2016) “Exame bento” ou “foto do bebê”? Biomedicalização e estratificação nos usos do ultrassom obstétrico no Rio de Janeiro. História, Ciências, Saúde - Manguinhos 23, 1: 57-77. Conrad, Peter e Kristin K. Barker (2010) The social construction of illness: Key insights and policy implications. Journal of Health and Social Behavior 51(S): S67-S79. Mauss, Marcel [1950/1936/1923] A «correcção» e as técnicas do corpo, in: Gilbert Durand (org.) Os grandes textos da sociologia moderna, pp. 102-104. (trad. do francês “Les techniques du corps”, in: Sociologie et anthropologie,. Paris: Presses Universitaires de France. [Journal de Psychologie 13, 1936.] ). Mendes, Felismina (2011) Medicalização: A cada um o seu diagnóstico. Barómetro Social, 1 de Março. Moon, Graham e Rosemary Gillespie (orgs.) (2002) Society and health. London: Routledge. [1995.] Pp. 58-94; 129-139. Nunes, Berta (1997) O saber médico do povo. Lisboa: Fim do Século. Pp 145- 152; 181-189. Pereira, Pedro (2015) Antropologia da saúde: um lugar para as abordagens antropológicas à doença e à saúde. Revista de Antropología Experimental 15, 3: 23-46. Rodrigues, Elisabete (2011) Masculinidades e fatores sociais de risco para a saúde: um retrato nacional. Saúde e Tecnologia Novembro: 24-31. Silva, Luísa Ferreira da (2013) Desigualdades sociais e saúde, in: Fátima Alves (coord.) (2013) Saúde, medicina e sociedade. Uma visão sociológica. Lisboa: Pactor. Pp. 25–29. Soares, Daniela (2008) Ser portador da doença Machado-Joseph: Análise de um estigma. Comunicação apresentada no VI Congresso Português de Sociologia, FCSH, Universidade Nova de Lisboa, Junho de 2008. 8 9 Segunda parte: Conteúdos - tópicos da matéria e questões para as tutorias A. Paradigma Social e Paradigma Biomédico: A A. Excerto «Central to the social model is a recognition of the close relationships between medical practice, the power invested in the medical profession and the particular manner in which illness and disease are defined.» R Gillespie e C. Gerhardt in Graham Moon e Rosemary Gillespie (orgs.) (2002 [1995]), Society and Health. An introduction to social science for health professionals. p 84. London: Routledge. A B. O exemplo da tuberculose: Segundo o paradigma biomédico, esta patologia é "causada" pelo Myobacterium tuberculosis. O paradigma das ciências sociais procura a "causa" da tuberculose na pobreza e má nutrição. Rudolf Virchow, um dos grandes médicos/cientistas do século XIX, teve um papel fundamental na descoberta da causa biológica da doença. No entanto… «Even after 1880 Virchow refused to accept bacteriological aetiology because he believed there could be no single agent of disease. He claimed that the exciting causes of disease were derived from a matrix of relations which favoured its spread or hindered it. He never promoted a miasmatic or contagionist theory but followed the direction of the French Hygienists in believing that disease resulted from both biological and social causes.» (Dorothy Porter, Health, civilization and the state, 2000, p. 84. London: Routledge). A C. Excerto A teoria de Thomas McKeown: interpretação “nutricional” do aumento da população desde 1770. (The modern rise of population, London: Edward Arnold 1976). [Segundo McKeown….] «Population growth was due primarily to a decline in mortality from infectious disease. This decline was driven by improved economic conditions that attended the Industrial Revolution, which provided the basis for rising standards of living and, most important, enhanced nutritional status that bolstered resistance to disease. Other variables that may have been operating concurrently — the development of curative medical interventions, institution of sanitary reforms and

Description:
«Central to the social model is a recognition of the close relationships between medical practice, the power estava para morrer era enfermo - melhorava com a extrema-unção.» António Alçada .. passou a ser uma componente específica e formalmente reconhecida no curriculum da sociologia. É.
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