Em Maigret e os homens de bem, o famoso comissário da polícia francesa é acordado no meio da noite com um telefonema de urgência: o ex-empresário René Josselin fora encontrado morto com dois tiros no coração no sofá de sua casa – que não apresentava sinais de arrombamento. Como em qualquer outra investigação, Maigret inicia os interrogatórios de rotina. Quem encontrou o corpo? A mulher e a filha de Josselin, ao voltar do teatro. O principal suspeito? O genro, o último a ver a vítima viva (o médico tinha o costume de jogar xadrez com o sogro quando as mulheres da família se ausentavam). A arma do crime? Uma pistola automática 6,35, que pertencia à vítima. Inimizades? Vícios? Outras mulheres? Não. Não. Não. Ao que tudo indica, Josselin era um homem de bem, assim como seus familiares. Mas, quem cometeu o crime? Maigret passa a interrogar todos os que se relacionavam com a família, porém obtém sempre a mesma e irritante resposta: “René era um homem de bem”. O comissário começa a desconfiar dessas opiniões, afinal um crime havia sido cometido e o culpado estava a solta pelas ruas de Paris. Nesta engenhosa investigação, Maigret mostra aos leitores que nem os homens de bem estão acima de qualquer suspeita e nem os segredos mais profundos estão a salvo do seu famoso talento.