UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE BELAS-ARTES La Función Educativa del Museo: Prácticas de la Educación Artística Daniela Lucía Zurita Herdoíza Dissertação Mestrado em Museologia e Museografia 2015 UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE BELAS-ARTES La Función Educativa del Museo: Prácticas de la Educación Artística Daniela Lucía Zurita Herdoíza Dissertação orientada pela Professora. Doutora Sofia Leal Rodrigues Mestrado em Museologia e Museografia 2015 SINOPSIS La imagen de los museos como instituciones educadoras ha estado latente a lo largo de todos sus años de existencia, sin embargo es en el siglo XX que su potencial educativo comienza a ser más relevante. Su evolución ha sido paulatina y ha estado altamente influenciada por los avances conseguidos en el ámbito de la psicología, la educación, la sociología, la museología y la filosofía. Desde estas diferentes perspectivas, los museos han optado por diferentes formas de entender la educación y aplicarla en su trabajo diario con el público. Por sus características, los museos son espacios altamente estimulantes para la educación artística, entendida en este trabajo como una disciplina que favorece las habilidades lógicas, creativas, sensibles y criticas de los individuos, colaborando así a su desarrollo integral. Este estudio pretendió identificar si los Servicios Educativos de los museos incorporan las prácticas de la educación artística en su trabajo educativo y de qué forma lo hacen. Siendo así que de este estudio hemos concluido que las prácticas educativas de los museos estudiados son múltiples, diferentes y flexibles; no existe un modelo único con parámetros rígidos que seguir. Cada museo es un organismo con sus propias características en cuanto a acervo, localidad, público, recursos, objetivos, etc. El aspecto que se repite en todos ellos es su interés por los visitantes y las búsquedas por aproximarse a ellos. Los museos que más involucran la educación artística en sus prácticas educativas son precisamente los museos de arte, sobretodo aquellos con tendencias más contemporáneas ya que sus características poco tradicionales les permiten estar más cercanos a la experimentación y la formación continua, incidiendo tanto dentro del museo como fuera de él. Así es que los museos funcionan como detonantes de mecanismos para imaginar escenarios más justos, tolerantes, colaborativos y pacíficos, y ser así posibles operadores dentro de un proceso global de transformación social. Palabras clave: museo; educación; educación artística; prácticas, público. I RESUMO A imagem dos museus como instituições educadoras esteve sempre latente ao longo da sua existência, mas no século XX o seu potencial educativo começa a receber mais atenção por parte de organizações internacionais e especialistas de diferentes ciências sociais. Assim, a partir de todas estas perspectivas começou a teorizar-se sobre a educação na instituição museu. Com este crescente interesse na educação e no carácter de serviço público dos museus, em 1974 é formalizada e reforçada a função educacional da instituição com a definição construída no âmbito do Conselho Internacional de Museus - ICOM. Este conceito mudou pouco e, com pequenas alterações ao longo dos anos, tem considerado o museu como "uma instituição permanente, sem fins lucrativos, servindo a sociedade e aberto ao público, que adquire, conserva, pesquisa, e exibe o património tangível e intangível da humanidade, para fins de estudo, ensino e lazer "(ICOM, 2007). O trabalho educativo dos museus tem sofrido grandes mudanças ao longo dos tempos, adaptando-se às transformações sociais, políticas, culturais e económicas das sociedades em que se inserem. A sua evolução tem sido gradual e altamente influenciada, não surpreendentemente, pelos progressos registados no domínio da psicologia, educação, sociologia, museologia e filosofia. A partir dessas diferentes perspectivas, os museus optaram por alguma forma de entender a educação e aplicá-la no seu trabalho educativo e no contacto diário com os seus visitantes. Assim, essas instituições têm criado programas educacionais e atividades que procuram melhorar a aprendizagem no espaço do museu, aperfeiçoando ainda mais a própria experiência educativa que por si só pode justificar a visita ao museu. Devemos considerar também que os museus são lugares onde se produzem diferentes dinâmicas sociais que contribuem para construir sociedades, e que permitem o encontro com artefactos, obras de arte, ideias, histórias e conceitos que possibilitam a construção de uma narrativa sobre quem somos. Desta forma confrontamo-nos com o passado, diante do qual podemos adotar diferentes posturas, e seja qual for a atitude adotada o museu permite que esse passado não passe despercebido, continuando também a questionar o presente. Sendo os museus instituições intrinsecamente ligadas à arte e à cultura, são também considerados espaços altamente estimulantes para a educação artística. Esta ligação entre museu e educação artística é extremamente benéfica para o desenvolvimento de práticas educativas utilizadas pelos Serviços Educativos das instituições. Em relação a esta II questão temos contado com diversos estudos e reflexões de diferentes autores que escreveram sobre o tema a partir de várias perspectivas disciplinares. Entre eles estão Terry Zeller, Robert Ott, George Hein, Elliot Eisner, João Pedro Fróis, Maria Imaculada Pastor e Ana Mae Barbosa. Com base nestas fontes pudemos delinear como os museus incorporam na sua atividade educativa algumas das práticas da educação artística, entendida neste trabalho como uma disciplina que favorece a aptidão lógica, criativa, sensível e crítica dos indivíduos, contribuindo assim para o seu desenvolvimento integral. Para fortalecer essa investigação, considerámos essencial incluir estudos de casos, nos quais analisámos a realidade da função educativa no trabalho diário dos museus e de que forma as práticas de educação artística estão envolvidas neste trabalho. Os museus que fazem parte desta pesquisa são seis instituições: quatro de Portugal e duas do Equador. No contexto português, estudámos a gestão educacional do Museu Nacional de Arte Antiga, do Museu Nacional do Azulejo, do Atelier-Museu Júlio Pomar e do Museu da Marioneta. Por seu lado, as instituições equatorianas analisadas foram o Museu da Cidade - Fundación Museos de la Ciudad e o Centro de Arte Contemporânea, em Quito - CAC. O método utilizado para este estudo foi a entrevista, escrita no caso equatoriano, (devido à distância) e presencial no caso português. Estas entrevistas foram realizadas com base num questionário comum com perguntas que abrangem questões relacionadas com o funcionamento dos serviços educacionais, a partir da estrutura global dos seus métodos de trabalho e relacionamento com os visitantes. O modelo aplicado foi desenvolvido com base na pesquisa teórica. Ao rever as práticas educativas dos museus estudados, concluímos que estas são múltiplas, diferentes e flexíveis; não existe um modelo único que siga parâmetros rígidos. Cada museu é um corpo com características próprias que adapta o seu sistema à realidade em termos de património, cidade, público, recursos, objectivos, etc. O aspecto que se repete em todos eles é o seu interesse pelos visitantes e a vontade de abordá-los. Embora não exista um modelo único de metodologias, os museus estão agora a aproximar-se da ideia de padrão construtivo, em que o público contribui para o conhecimento. Assim, o museu está aberto para interagir com os seus visitantes, e assim crescer e enriquecer-se, sem tomar uma posição dominante. Esta característica é especialmente marcada nos museus do Equador, devido à longa história de conquista, colonização e opressão que viveram os povos americanos. Como resultado desse contexto, os museus pesquisados escolheram seguir uma linha crítica que incentiva os III visitantes a questionarem a versão dominante, levando a um discurso social alternativo de vozes que não foram ouvidas no passado mas que também fazem parte da história. Após a conclusão deste trabalho podemos perceber que, embora os museus do Equador e de Portugal tenham práticas semelhantes, os seus contextos tornam-os diferentes. Em nossa opinião, a principal razão dessa diferença é histórica, porque as coleções de um país europeu realmente diferem das de um país latino-americano. As coleções dos museus do Equador não podem ser comparadas com as dos museus de Portugal, que são extremamente ricas. É por esta razão que os museus no Equador se constroem a si mesmos com a intenção de se tornarem agentes de coesão social onde o que se preserva é a memória e o património vivo. Simultaneamente, através de princípios colaborativos comunitários, tenta-se influenciar ativamente a transformação social por meio de práticas educativas, que permitam a reflexão e o desenvolvimento do pensamento crítico sobre questões relevantes para as comunidades próximas do museu, quer sejam vizinhos, artistas, estudantes ou pessoas em situações vulneráveis. Enquanto isso, em Portugal os museus desempenham um papel muito importante na dinamização da esfera pública, mobilizando diferentes narrativas históricas, artísticas e científicas, difundindo não só a produção artística do passado mas também a mais recente. Em última análise, isto enriquece a vida dos cidadãos, proporcionando-lhes a experiência do contacto com estes artefactos carregados de valor histórico, patrimonial e artístico. Procuram também incentivar o pensamento crítico sobre o que é exibido nas suas salas, convertendo-as em espaços que convidam à reflexão fora do consumo cultural quotidiano e do facilitismo a indústria dos médias actual. Os museus de arte são os que usualmente mais recorrem nas suas práticas à educação artística. Neste caso temos: o Centro de Arte Contemporânea de Quito, o Museu Nacional de Arte Antiga, o Museu Nacional do Azulejo, o Atelier-Museu Júlio Pomar e o Museu da Marioneta. Estas instituições incluem a prática da educação artística, tanto ao nível de ensino das técnicas artísticas como através do recurso da mediação estética e da apreciação da arte, que constitui a abordagem mais comum devido ás limitações de recursos. Dentro deste grupo, as instituições dedicadas à arte contemporânea são as mais propensas a usar práticas de educação artística continuadas e experimentais, permitindo que o grau de incidência seja mais significativo na formação dos participantes. Estamos a falar do CAC, do Atelier-Museu Júlio Pomar e do Museu da Marioneta. Os seus IV programas educacionais tentam combinar a apreciação, a prática e a experimentação com a fidelização do público às suas atividades, de tal modo que este volta frequentemente ao museu, envolvendo-se em processos criativos continuados. O caráter contemporâneo destas instituições facilita o uso de metodologias inovadoras que combinam aspectos lúdicos, educativos e criativos, o que se repercute positivamente nas suas relações com o público. Por seu lado, o MNAA e o MNAz consideram de extrema importância que o público tenha contacto direto com as técnicas artísticas e a experimentação, embora neste momento ainda não ofereçam programas de longo prazo para as aprofundar. Por sua parte, o Museu da Cidade de Quito, a única instituição dedicada à história, usa algumas práticas da educação artística como um meio para enriquecer a componente recreativa das suas atividades educativas. Após o desfecho deste trabalho de pesquisa, como conclusão geral, podemos dizer que os museus podem desencadear mecanismos que ajudam a imaginar cenários para um mundo mais justo, tolerante, pacífico e colaborante, e assim serem possíveis operadores dentro de um processo global de transformação social. Palabras chave: museu; educação; educação artística; práticas, público. V AGRADECIMIENTOS Me gustaría agradecer a todas y a cada una de las personas que volvieron posible esta investigación, sin su ayuda, apoyo y colaboración desinteresada este trabajo no podría haber sido realizado. Agradezco a la Profesora Doctora Sofia Leal Rodrigues por su orientación e por la disponibilidad demostrada durante todas las etapas de esta disertación. A todos los museos estudiados y a sus respectivos responsables por la abertura y disponibilidad con la que compartieron información. A la Secretaría de Educación Superior de Ciencia, Tecnología e Innovación de Ecuador por haberme dado la oportunidad de cumplir con este programa de estudios. Agradezco a amigos y colegas por haberme hecho sentir como en casa a pesar de estar lejos de mi país y que sin saberlo se convirtieron en mi familia portuguesa. A Rui por acompañarme en este viaje de aprendizaje y superación. Finalmente agradezco de manera muy especial a Ximena y German, mis padres por siempre darme la libertad para perseguir mis sueños, a mis hermanos Sofía y Martin por creer en mí. VI ÍNDICE SINOPSIS………………………………………………………………………….... I RESUMO…………………………………………………………………………....II AGRADECIMIENTOS………………………………………………………….... VI ÍNDICE………………………………………………………………………….... VII ÍNDICE DE FIGURAS………………………………………………………….…. X LISTA DE ANEXOS………………………………………………….................. XII SIGLAS Y ABREVIATURAS………………………………………………….. XIII INTRODUCCIÓN……………………………………………………………......... 1 Presentación del tema y su pertinencia……………………………………………… 1 Objetivos del estudio………………………………………………………………... 2 Organización de la disertación……………………………………………………… 3 Metodología…………………………………………………………………………. 5 Capítulo I: Museo y Educación: Evolución de la misión educativa del museo………………………………………………….......... 7 1.1 Aproximación básica a los conceptos de Museo y Educación…………………. 7 1.1.1 Concepto de Museo………………………………………………………. 8 1.1.2 Concepto de Educación…………………………………………………... 8 1.1.3 Conceptos: Educación formal, no formal e informal…………………… 10 1.1.4 Concepto de Educación Artística………………………………………...12 1.2 Evolución del rol educativo de los museos……………………………………..14 1.2.1 De las colecciones de los siglos XV, XVI, XVII al museo público………14 1.2.2 Periodo de entreguerras…………………………………………………...17 1.2.3 Los museos después de la Segunda Guerra Mundial……………………...19 1.3 Los Servicios Educativos………………………………………………………..23 1.4 Aportes a la función educativa de los museos…………………………………..26 1.4.1 Aporte Anglosajón…………………………………………………….26 1.4.2 Aporte Europeo (francés y español)…………………………………...29 1.4.3 Aporte Latinoamericano……………………………………………….32 Capítulo II: La Educación Artística en el Museo………………………………...36 2.1 Revisión de las principales ideas de la educación artística………………………36 VII
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