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Jornal ABP 27 PDF

16 Pages·2005·1.27 MB·Portuguese
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ÓÓÓÓÓrrrrrgggggãããããooooo dddddaaaaa AAAAAssssssssssoooooccccciiiiiaaaaaçççççãããããooooo BBBBBrrrrraaaaasssssiiiiillllleeeeeiiiiirrrrraaaaa dddddeeeee PPPPPsssssiiiiicccccaaaaannnnnááááállllliiiiissssseeeee Ano IX Nº27 Rio de Janeiro Setembro/2005 Pedro Gomes é candidato à presidência da ABP carta do editor Há 5 anos participando da diretoria da ABP, o dr. Pedro Gomes é candidato à presidência da instituição nas próximas eleições, que AAAAAdddddaaaaalllllbbbbbeeeeerrrrrtttttooooo AAAAA..... GGGGGooooouuuuulllllaaaaarrrrrttttt acontecerão durante o XX Congresso Brasileiro de Psicanálise, de 11 a 14 de novembro, em Brasília. Em entrevista, ele fala sobre sua experiência na ABP, sua candidatura, analisa o papel da psicanálise no mundo moderno e aposta na relação com a neurociência. (Pág.5 ) Mais uma vez perplexo diante dos últimos aconte- cimentos políticos, entristecido e frustrado como ou- tros cinqüenta e tantos milhões de brasileiros que vi- SPRJ comemora 50 anos e inaugura o Centro de Memória ram a esperança e o sonho escorrerem pelo ralo, es- caparem entre os dedos, ouço reiteradamente pergun- A Sociedade Psicanalítica do Rio de Janeiro faz 50 anos em 29 de setembro e comemora a data em grande estilo.Além de um calendário tas do tipo “porque tem que ser assim, de novo e pior?” Nós, psicanalistas, que trabalhamos tão intimamente de eventos e de proposta de estudos, pesquisas e trabalhos, inaugura o Centro de Memória e Referência da Psicanálise, que se propõe a com a ética humana de cada um, observamos a olho resgatar importantes momentos da história do setor, através de quadros e documentos. (Pág. 7 ). nu a força das pulsões destrutivas a atacar e destruir possibilidades de encontro produtivo, de criatividade, de crescimento e responsabilidade, de elaboração, per- sonificadas por um narcisismo perverso, de morte, por um Supereu devorador do Eu, como nos lembra Sapienza. E lamentamos. Pode ser assim, mas não precisaria ser assim. Não poderia. Diz o ditado que cada povo tem os governantes que merece. Não concordo! Cidadãos de bem, pagadores de impostos, trabalhado- res da dura labuta diária de construir um país, não merecem. Desabafo à parte, que não poderia perder a opor- tunidade, nos resta a porção mais nobre, de prosse- guirmos em nosso trabalho de domesticar pulsões e que os outros cinqüenta e tantos milhões redirecionem suas desilusões e esperanças, afinal pode ser assim, mas não precisa ser assim. Boas novas trazidas por Eros também temos, como o sucesso do 6o Congresso Internacional de Neuro-psi- canálise ocorrido no Rio de Janeiro de 24 a 27 julho e o sucesso absoluto do 44o Congresso da Associação Psi- canalítica Internacional, ocorrido na mesma cidade, de 28 a 31 do mesmo mês, com 2500 participantes do mundo todo. Três Sociedades conquistaram novo status diante da IPA: a Sociedade Brasileira de Psicanálise de Ribeirão Preto e a Associação Psicanalítica do Es- tado do Rio de Janeiro (Rio 4) foram qualificadas como Sociedades Componentes e o Grupo de Estudos Psi- canalíticos de Mato Grosso do Sul tornou-se a Socie- dade Psicanalítica de Mato Grosso do Sul (provisória). A IPA tem novo Presidente, o brasileiro Cláudio Laks Eizirik, o que muito nos honra. Estreitamos laços de amizade e de produção científica com a Sociedade Por- Brasília será, de 11 a 14 de novembro, a sede do XX Congresso Brasileiro de Psicanálise, que discutirá tuguesa de Psicanálise, um outro momento histórico “Poder, sofrimento psíquico e contemporaneidade” do qual fala com mais propriedade Carlos Gari Faria, em sua Coluna do Presidente. Perfil: Sheiva Rocha Nesta edição, o Perfil traz uma importante entre- vista com Sheiva Rocha (APERJ-Rio4), experiência para os que desejam construir. Em outra entrevista ao Sheiva Rocha é presidente da APERJ-Rio 4, à qual ela ajudou a fundar e que foi formada por um grupo dissidente da Rio 1, o grupo Pró- ABP NOTÍCIAS Pedro Gomes (SBPRJ), candidato à Presidência da ABP, expõe suas principais idéias. Em Ética. Constituída no Congresso Internacional de Psicanálise (IPA), em julho passado, no Rio de Janeiro, a instituição começa com 28 mem- seu cinqüentenário, uma homenagem não poderia fal- bros e oito candidatos. Entre seus objetivos está a formação de novos analistas. (Pág.3 ) tar à SPRJ. David Zimerman escreve “Algumas refle- xões sobre vínculos e configurações vinculares” no Reflexões sobre vínculos e configurações vinculares melhor estilo já conhecido de todos. Importante iniciati- va do Núcleo Psicanalítico de Fortaleza, Maria José Andrade (SPR/NPF) nos informa sobre o GESTAMGE Bion propôs três tipos de vínculos entre duas ou mais pessoas ou partes separadas de uma mesma pessoa: o de amor, de ódio e o vínculo – Grupo de Estudo e Atendimento Psicoterápico à Mu- de conhecimento. Analisando a proposta de Bion, David Zimerman, Membro Efetivo e Analista Didata da SPPA propõe um quarto tipo de lher Gestante. Sônia Mestriner (SBPRP/SBPSP), Ma- ria Auxiliadora Campos (SBPRP) e Gilberto Mestriner vínculo — o de reconhecimento. (Pág.8) (SBPSP) nos contam “Um pouco da trajetória da Soci- edade Brasileira de Psicanálise de Ribeirão Preto. Má- Regulamentação da profissão rio Lúcio Baptista (SBPSP/NPBH), Diretor do Conse- lho Profissional da ABP, nos faz um resumo do movi- mento de “Articulação das Instituições Psicanalíticas A “Articulação das Instituições Psicanalíticas Brasileiras” está alerta para tentar barrar os movimentos de regulamentação da Psicanálise. Brasileiras”. O interessante e atual livro “Memória cor- Qualquer regulamentação criaria normas mais adequadas a academia que à Psicanálise e desvirtuariam de forma importante a liberdade do poral e transferência”, de Ivanise Fontes, é por mim exercício da profissão, é o que defente o Dr. Mário Lúcio Alves Baptista, Membro e Didata da SBPSP/NPBH (Pág.15). resenhado e recomendado. Notícias e Programação de nossas federadas e a Agenda Científica, com desta- que para o XX Congresso Brasileiro de Psicanálise (Brasília, 11 a 14 de novembro) fecham a edição. Apoio: Faça bom proveito, leitor, que a sua leitura seja Casa do Psicólogo® Livraria e Editora Ltda. por Eros inspirada. Rua Mourato Coelho, 1059 — Vila Madalena — CEP 05417-011 — São Paulo/SP — Brasil — Fone: (11) 3034.3600 — Site: www.casadopsicologo.com.br E x p e d ie nte 2 Órgão da Associação Brasileira de Psicanálise (cid:6) (cid:3) (cid:7) (cid:8) (cid:3) Conselho Diretor Eduardo Afonso Júnior (cid:1)(cid:2)(cid:3)(cid:4)(cid:5)(cid:6)(cid:1)(cid:7)(cid:8)(cid:2)(cid:2)(cid:3) (cid:4) (cid:5) Presidente – Carlos Gari Faria José Luiz Meurer Secretário – Pedro Gomes Sylvain Nahum Levy Tesoureiro – Regina Lúcia Braga Mota José Alberto Florenzano Carlos Gari Faria Diretor do Conselho Científico – Jacques Zimmermann Cláudio Rossi Leila Tannous Guimarães gresso do Rio, com vistas a darmos início a um Diretor do Conselho Profissional – Vera Lúcia Costa de Paula Antunes intercâmbio entre psicanalistas da língua por- Mário Lúcio Alves Baptista tuguesa. Em reunião, realizada sexta-feira, 29 Diretor do Deptº.de Publicações e Di- Comissão de Psicanálise e Cultura de julho, ao meio-dia, apresentamos duas idéi- vulgação – Adalberto Antônio Goulart Leopold Nosek (Coordenador) as: uma, a da realização do Primeiro Encontro Diretor da Comissão de Relações Ex- Luso Brasileiro de Psicanálise e outra, a pro- teriores – Maria Eliana Mello Helsinger Comissão de Psicanálise da Criança e posta sobre um planejamento conjunto para a Diretor Superintendente – Maria de San do Adolescente O 44º Congresso da Associação Psicanalí- difusão da Psicanálise em países de língua por- Tiago Dantas Quental Rute Stein Maltz (Coordenadora) tica Internacional, o Congresso do Rio de Ja- tuguesa onde esta ainda não chegou e portan- Secretária Administrativa – Lúcia neiro, deixa em nossa memória uma experiên- to, não existe como recurso terapêutico. Lustosa Boggiss Comissão de Psicanálise e Pesquisa cia marcante. Antes de tudo, o mais importante Dr. Frederico Pereira e a Diretora Científica Theodor Lowenkron (Coordenador) que consiste no conjunto de contribuições ci- de sua Sociedade, que o acompanhou a esta Deptº. de Publicações e Divulgação entíficas e técnicas, num ponto de encontro e reunião, compartilharam com entusiasmo des- Editor da Revista Brasileira de Psicanálise Comissão de Psicanálise e a Universidade troca de idéias que estimulam nosso pensar e tas idéias. Leopold Nosek Sérgio de Freitas Cunha (Coordenador) fazer atual, frutificam em nós e nos estimulam Ficou combinado, em princípio, a realiza- Editora Associada ainda mais a continuar presentes e participar ção do Primeiro Encontro Luso Brasileiro no Maria Aparecida Quesado Nicoletti Comissão de Documentação, Comunica- em encontros científicos que estão por vir. Vis- mês de maio do próximo ano em Lisboa, nos ção e Internet to pelo olhar do Brasil, constatamos com satis- dois dias que antecedem, ou nos dias subse- Delegados Rosa Maria Carvalho Reis (Coordenadora) fação aspectos particulares como: o número de qüentes ao Congresso de Psicanálise de lín- colegas inscritos e presentes, a participação gua francesa que já está agendado para maio Márcio de Freitas Giovannetti significativamente grande de analistas em for- naquela cidade. Dr. Frederico ficou encarrega- Ana Maria Andrade de Azevedo Comissão de Ligação com Entidades mação e a eficiência no trabalho de organiza- do de dar continuidade ao primeiro contato que Vera Márcia Ramos Médicas ção naquilo que também coube a colegas bra- fizemos no Rio com a Comissão organizadora Carlos Roberto Saba Jair Rodrigues Escobar (Coordenador) sileiros realizar. daquele Congresso e também verificar em Lis- Wilson Amendoeira Este e outros pontos vieram reafirmar o que boa as possibilidades administrativas para a re- Altamirando Matos de Andrade Jr. Comissão de Ligação com a Psicologia há muito tempo já sabemos: sobre a nossa ca- alização do primeiro Encontro Luso Brasileiro Raul Hartke Inúbia Duarte (Coordenadora) pacidade para realizar eventos maiores como que dedicará seu espaço, principalmente, a Jair Rodrigues Escobar o que a cada dois anos se repete nos Congres- apresentações e discussão de material clínico. Telma Gomes de Barros Cavalcanti Comissão de Difusão da Psicanálise sos Brasileiros de Psicanálise e, em intervalos Humberto Vicente de Araújo Maria Olympia França (Coordenadora) maiores, nos Congressos FEPAL que já acon- Sobre o XX Congresso Brasileiro de Psi- Bruno Salésio da Silva Francisco teceram em diferentes cidades de nosso país. canálise José Francisco Rotta Pereira Comissão de Estudos sobre Formação Durante o Congresso, no início da noite de Dentro de dois meses, nos dias 11, sexta- Newton M. Aronis Psicanalítica sexta-feira, 29, após a posse do novo Presi- feira (dedicado ao Pré-Congresso Didático du- Leonardo A. Francischelli Suad Haddad de Andrade (Coordenadora) dente da IPA, a ABP prestou uma homenagem, rante o dia e à Sessão de abertura do Congres- José Cesário Francisco Júnior levantando um brinde à IPA e aos presidentes so à noite), 12, 13 e 14 de novembro nos en- Pedro Paulo de Azevedo Ortolan Comissão de Núcleos filiados à ABP nos seguintes termos: contraremos em Brasília em torno do eixo Regina Lúcia Braga Mota Regiões: Norte, Nordeste e Sudeste até Rio “““““AAAAA AAAAAssssssssssoooooccccciiiiiaaaaaçççççãããããooooo BBBBBrrrrraaaaasssssiiiiillllleeeeeiiiiirrrrraaaaa dddddeeeee PPPPPsssssiiiiicccccaaaaannnnnááááállllliiiiissssseeeee temático sobre Poder, Sofrimento Psíquico e Sylvain Nahum Levy de Janeiro cccccuuuuummmmmppppprrrrriiiiimmmmmeeeeennnnntttttaaaaa nnnnneeeeesssssttttteeeee mmmmmooooommmmmeeeeennnnntttttooooo,,,,, TTTTThhhhheeeee Contemporaneidade. Será a presença maior Leila Tannous Guimarães José Fernando de Santana Barros (Coor- IIIIInnnnnttttteeeeerrrrrnnnnnaaaaatttttiiiiiooooonnnnnaaaaalllll PPPPPsssssyyyyyccccchhhhhoooooaaaaannnnnaaaaallllliiiiitttttiiiiicccccaaaaalllll AAAAAssssssssssoooooccccciiiiiaaaaatttttiiiiiooooonnnnn;;;;; pppppooooorrrrr da Psicanálise brasileira na Capital Federal num Miriam Cátia Codorniz denador) eeeeexxxxxiiiiissssstttttiiiiirrrrr,,,,, pppppooooorrrrr ssssseeeeeuuuuu pppppaaaaassssssssssaaaaadddddooooo,,,,, eeeeemmmmm ssssseeeeeuuuuu ppppprrrrreeeeessssseeeeennnnnttttteeeee eeeee encontro de idéias que transitam entre o poder Neilton Dias da Silva Regiões: Sudeste a partir de São Paulo, Sul aaaaa ssssseeeeeuuuuu fffffuuuuutttttuuuuurrrrrooooo.....””””” de origem interna e o poder externo. Cláudio Tavares Cals de Oliveira e Centro Oeste “““““AAAAA DDDDDaaaaannnnniiiiieeeeelllll WWWWWiiiiidddddlllllöööööccccchhhhheeeeerrrrr,,,,, aaaaavvvvveeeeeccccc lllllaaaaa gggggrrrrraaaaannnnndddddeeeee O tema oficial elaborado e sugerido por Cláu- Sheiva Campos Nunes Rocha Romualdo Romanowski (Coordenador) aaaaadddddmmmmmiiiiirrrrraaaaaccccciiiiiooooonnnnn dddddeeeee lllllaaaaa AAAAAssssssssssoooooccccciiiiiaaaaaccccciiiiióóóóónnnnn BBBBBrrrrrèèèèèsssssiiiiillllliiiiieeeeennnnnnnnnneeeee dddddeeeee dio Rossi junto com o Conselho Científico, pelo Sergio Antonio Cyrino da Costa PPPPPsssssiiiiicccccaaaaannnnnaaaaallllliiiiissssseeeee pppppaaaaarrrrr vvvvvooooouuuuusssss,,,,, cccccooooommmmmmmmmmeeeee ÊÊÊÊÊtttttrrrrreeeee hhhhhuuuuummmmmaaaaaiiiiinnnnn,,,,, Conselho Diretor e aprovado pela Assembléia Edição cccccooooommmmmmmmmmeeeee PPPPPsssssiiiiicccccaaaaannnnnaaaaallllliiiiisssssttttteeeee eeeee cccccooooommmmmmmmmmeeeee uuuuummmmm gggggrrrrraaaaannnnnddddd de Delegados da ABP reflete uma sincronia en- Conselho Científico JLS Comunicação & Associados PPPPPrrrrreeeeesssssiiiiidddddeeeeennnnnttttt.....””””” tre a percepção pelo olhar psicanalítico voltado Ana Rita Nuti Pontes Editores: “““““AAAAA CCCCCllllláááááuuuuudddddiiiiiooooo LLLLLaaaaakkkkksssss EEEEEiiiiizzzzziiiiirrrrriiiiikkkkk,,,,, cccccooooommmmm uuuuummmmmaaaaa eeeeemmmmmooooo----- para as origens do poder e seus destinos. Sua çççççãããããooooo gggggrrrrraaaaannnnndddddeeeee qqqqquuuuueeeee iiiiimmmmmppppprrrrreeeeegggggnnnnnaaaaa nnnnnooooossssssssssaaaaa eeeeessssstttttiiiiimmmmmaaaaa eeeee utilização como meio para construção e preser- Áurea Maria Lowenkron José Luiz Sombra nnnnnooooossssssssssooooo ooooorrrrrggggguuuuulllllhhhhhooooo,,,,, aaaaa AAAAAssssssssssoooooccccciiiiiaaaaaçççççãããããooooo BBBBBrrrrraaaaasssssiiiiillllleeeeeiiiiirrrrraaaaa dddddeeeee PPPPPsssssiiiii----- vação da vida ou suas distorções quando per- Fernando Linei Kunzler Adriana Vallim cccccaaaaannnnnááááállllliiiiissssseeeee bbbbbrrrrriiiiinnnnndddddaaaaa aaaaa sssssuuuuuaaaaa ppppprrrrreeeeessssseeeeennnnnçççççaaaaa,,,,, mmmmmaaaaarrrrrcccccaaaaadddddaaaaa pppppooooorrrrr vertido e transformado em mero desejo de exer- Hemerson Ari Mendes Repórter: ssssseeeeerrrrriiiiieeeeedddddaaaaadddddeeeee,,,,, cccccoooooeeeeerrrrrêêêêênnnnnccccciiiiiaaaaa eeeee cccccooooonnnnnsssssiiiiissssstttttêêêêênnnnnccccciiiiiaaaaa,,,,, eeeeennnnnvvvvvooooolllll----- cer poder como um fim em si mesmo. José Otávio Fagundes Elisa Maria Campos tttttaaaaasssss eeeeemmmmm uuuuummmmmaaaaa cccccaaaaapppppaaaaaccccciiiiidddddaaaaadddddeeeee dddddeeeee cccccooooonnnnnvvvvviiiiivvvvveeeeerrrrr eeeee dddddeeeee fffffaaaaa----- A realidade externa na contemporaneidade, Magda Sousa Passos Editoração: zzzzzeeeeerrrrr aaaaammmmmiiiiigggggooooosssss..... AAAAAooooo CCCCCllllláááááuuuuudddddiiiiiooooo cccccooooommmmmooooo aaaaammmmmiiiiigggggooooo,,,,, cccccooooommmmmooooo à imagem do inconsciente a que estamos dedi- Márcia Câmara Renata Vieira Nunes pppppsssssiiiiicccccaaaaannnnnaaaaallllliiiiissssstttttaaaaa eeeee aaaaagggggooooorrrrraaaaa cccccooooommmmmooooo PPPPPrrrrreeeeesssssiiiiidddddeeeeennnnnttttteeeee dddddaaaaa AAAAAsssss----- cados todos os dias, nos surpreende a cada Maria Aparecida Duarte Barbosa Fotolito e Impressão: sssssoooooccccciiiiiaaaaaçççççãããããooooo PPPPPsssssiiiiicccccaaaaannnnnaaaaalllllííííítttttiiiiicccccaaaaa IIIIInnnnnttttteeeeerrrrrnnnnnaaaaaccccciiiiiooooonnnnnaaaaalllll”””””..... momento: ora com descobertas ao longo de um Mirian Elisabeth Bender Ritter de Gregório Casa do Psicólogo (11) 3034 3600 encadeamento de trabalhos sadios que cons- Ruggero Levy Sobre a realização do Encontro Luso trói um progresso genuíno; ora com percalços Sérgio Cyrino da Costa Brasileiro de Psicanálise que nos atropelam por “desvarios” (usando uma Waldemar Zusman Endereço: Av. N.Sª. de Copacabana, 540/704 Desde o final do ano passado, primeiro atra- palavra respeitosa para atos de quem pouco Cep: 22020-000 Rio de Janeiro vés da nossa diretora de Relações Exteriores, ou nada respeita) que tendem a abalar a iden- Conselho Profissional Tel/Fax: (21) 2235 5922 Eliana Helsinger, estabelecemos um contato tidade social e por extensão a auto-estima pes- Alfredo Menotti Colucci e-mail: [email protected] com o presidente da Sociedade Psicanalítica soal. É também função da psicanálise contri- Letícia Tavares Neves Home page: www.abp.org.br Portuguesa convidando-o para uma reunião buir para perceber e para elaborar conflitos Jair Rodrigues Escobar com o Conselho Diretor da ABP, durante o Con- advindos destas situações ansiogênicas. P erfil 3 Rio 4 surgiu em nome da ética ro grupo Pro-ética, que se transformou na ABP NOTÍCIAS - Na sua opinião, Associação Psicanalítica do Estado do Rio quais eram os princípios e ideais do Pro- de Janeiro (APERJ –Rio4). Conseguimos, Ética e de que forma podem ser preser- após luta incessante, derrubar a proibição vados na instituição psicanalítica? do voto dos membros associados. Hoje, SR - O Pró-Ética não surgiu de algum talvez isso soe absurdo, mas na época foi ideal platônico, mas da luta incessante de uma grande mudança. muitos anos no interior da instituição psica- O Fórum de Debates, após essa vitó- nalítica. Como o próprio nome diz, em dire- ria, foi aos poucos se desmobilizando. ção à ética. Uma ética ligada às relações Quando na década de 80 surgiram os boa- com seus pares. Acreditamos que a hierar- tos do envolvimento de um candidato com quia é necessária apenas como forma ope- a tortura a presos políticos, começou um ratória em uma instituição. movimento para que a Diretoria e a Socie- Assim, os princípios do Pró-Ética foram dade como um todo se manifestasse a a democracia, a liberdade de expressão, o respeito. respeito pela diferença, a crítica permanente A própria IPA movia-se lentamente, ape- da ação, com freqüência, perversa do Po- sar das informações. Entretanto, no Con- der, etc. Não como princípios abstratos, mas gresso Internacional de Amsterdan, a Pre- algo a ser praticado no dia-a-dia com os sidência da IPA entregou correspondência colegas e pacientes, analisandos ou funcio- à Presidência da Rio 1 com a decisão do nários . EEEEExxxxxeeeeecccccuuuuutttttiiiiivvvvveeeee CCCCCooooouuuuunnnnnccccciiiiilllll, determinando a ex- Constatamos o que Ferenczi já havia pulsão do analista didata envolvido no caso. feito no inicio do século passado, que as A Rio 1 se negou a cumprir a decisão. O instituições psicanalíticas se estruturam de então presidente da Rio 1 se demitiu. En- forma estritamente familiar e, freqüen- tão a crise atingiu o seu apogeu. temente, em torno de um pai tirânico. Em seguida, a IPA encarregou a Rio 1 Ora, o nosso trabalho é quebrar essa de averiguar a situação do candidato tor- estrutura, promovendo uma organização em turador e seu analista. A Comissão de Éti- que os colegas são vistos como pares, com ca, examinou os documentos e entrevis- iguais direitos e deveres. Não se prega a Sheiva Rocha tou as pessoas durante dois anos, apre- ausência de hierarquia, mas ela é vista sentando à Sociedade um parecer final como uma necessidade do funcionamento sobre o assunto. de uma instituição a qual deve sempre es- ABP NOTÍCIAS - Como nasceu e qual senão pareceria uma mágica que surgisse, A conclusão não foi muito diferente da tar em observação para evitar os efeitos é a historia da Rio 4? de repente, um grupo tão determinado em que a que própria IPA já havia chegado. maléficos do Poder. A clareza e a transpa- SHEIVA ROCHA - A Rio 4 (APERJ) torno de idéias e ideais e por tanto tempo. Sugeriu a expulsão do analista didata, além rência são outras metas da instituição. tem uma origem diferente, até onde eu Como todos sabemos uma instituição de mostrar em grau menor o envolvimento Penso em uma outra questão importan- sei, das demais sociedades filiadas à IPA não consegue ficar imune ao sistema so- de outros. Em Assembléia Geral, por maio- te. Freqüentemente os analistas se supõem no Brasil. Ela é o resultado da transfor- cial na qual está imersa. Algumas mais, ria, a Sociedade recusou o relatório da Co- aaaaapppppooooolllllííííítttttiiiiicccccooooosssss, esquecendo-se que esta tam- mação em uma instituição de um grupo outras menos. No final da década de se- missão de Ética. Trinta e nove colegas não bém é uma posição política. Supõem que a dissidente da Rio 1 (SPRJ), o grupo Pró- tenta do século passado, aos poucos foi aceitaram a decisão da Assembléia. Foi posição de “neutralidade”, útil na prática Ética. A dissidência não tinha como pro- se formando um grupo que colocava em assim que surgiu o grupo Pró-Ética. clinica, também o é na vida institucional. pósito fundar uma nova sociedade. Que- questão a forma de funcionamento da Rio Procurando dar sustentação ao traba- Enquanto participantes de uma insti- ríamos na verdade que a Rio 1 adotas- 1, nossa sociedade de origem. Não acei- lho do grupo, criamos um boletim, “Des- tuição, uma instância da Sociedade, não se outros princípios, outros valores. Foi távamos que somente dez por cento dos tacamento”, que foi publicado também em podemos, obviamente, lançar mão de um uma luta inglória. A dissidência, o afas- membros, os efetivos, tivessem direito a inglês e francês, na tentativa de conse- simples requisito técnico da pratica ana- tamento, foi a única maneira de selar voto, em qualquer decisão da sociedade. guir divulgar nossas idéias fora do país. lítica – a “neutralidade” – para justificar nossa não aceitação da forma como a Esta forma, absolutamente hierárquica, Conseguimos e obtivemos apoio interna- nossas escolhas na vida societária. Aí, Rio 1 lidou com as graves questões éti- perpassava todo o tecido social. Nem as cional. como na sociedade maior, somos cida- cas que apareceram em seu meio na dé- análises, ditas didáticas, escapavam a Nessa época o dr. Horácio dãos. Tentamos não misturar uma neu- cada de 80. Época da ditadura militar no isso. Na verdade, faziam freqüentemente Etchegoyen, representando o EEEEExxxxxeeeeecccccuuuuutttttiiiiivvvvveeeee tralidade terapêutica com uma neutralida- Brasil. Questões estas surgidas com o parte dos esquemas de poder. Não nos CCCCCooooouuuuunnnnnccccciiiiilllll, nos propôs uma sociedade de como cidadãos. envolvimento de um candidato com a tor- esqueçamos que estávamos em pleno re- para podermos trabalhar. Não aceita- Bem pensavam os gregos ao lançar tura política. gime militar. Não é curioso, que foi nes- mos, pois tínhamos como ideal esclare- para fora das muralhas da cidade os neu- Até chegar à Sociedade Componente, ses tempos difíceis que a psicanálise al- cer nossa história e discutir eticamente tros e os amantes da abstenção. Ou seja, que é a nossa situação hoje, foram nove cançou um grande número de adeptos e as questões da psicanálise. Não tínha- na polis, ao tratar dos interesses da cida- anos de debates e encontros com comis- prestígio social no Rio de Janeiro? mos ainda perdido a esperança de trans- de, não há lugar para o neutro. sões da IPA. Contando com o Fórum de Bem, voltando à história, aos poucos, formar a Rio 1, o que porém terminou Penso também que as sociedades de- Debates são 24 anos. colegas começaram a se reunir até que se acontecendo. Lutamos nove anos. Tive- vem se unir por interesses comuns, discus- Bem, para entender essa história é ne- organizaram formalmente . Era o nascimen- mos inúmeras comissões da IPA e só em sões teóricas, mas não por simples cor- cessário falar um pouco sobre a pré-história, to do Fórum de Debates, semente do futu- março de 2002 nasceu a APERJ-Rio 4. porativismo. P erfil 4 continuação ABP NOTÍCIAS - Levando em conta a balho muito árduo, mas não podemos dei- datos. A nossa sede é no Leblon. Temos um Acho que a passagem para Sociedade historia da Rio 4, que contribuição essa xar o sonho de fora. Devido à nossa expe- instituto funcionando com avaliações constan- Componente nos trouxe liberdade e auto- instituição poderia dar à Psicanálise ? riência anterior, resistíamos muito a nos tes dos professores e dos candidatos. Temos nomia para podermos trabalhar. Espera- SR - A Psicanálise precisa de institui- institucionalizarmos. Víamos a instituição uma reunião por mês de encontros científicos mos poder trocar cada vez mais com ou- ções, inclusive para formar novos analistas. como empobrecedora. Tomamos o cuida- com nossos professores ou ainda com pro- tras sociedades. Acho que esse intercâm- Acreditamos ter desenvolvido uma prática do para que todo o nosso estatuto possa fessores convidados. Os cargos de docente e bio será muito importante para nós. de relacionamento institucional que nos ser revisto a cada dois anos e o nosso pro- didata não são vitalícios, mas pessoas em “fun- parece importante para os associados, mas ABP NOTÍCIAS - Qual a sua impres- também para os candidatos no seu apren- são sobre o Congresso da IPA que aca- dizado da teoria psicanalítica e da prática bou de acontecer no Rio de Janeiro? “ As minhas impressões são da coragem ética no relacionamento com SR - As minhas impressões são ainda seus analisandos e na própria Associação. o fruto do impacto que ele representou. ainda o fruto do impacto que ele Tentamos uma avaliação mútua de nos- Esse Congresso estava programado para so trabalho. A crença em ideais que não acontecer aqui no Rio há 22 anos atrás, sejam de acomodação a dogmas e sim um representou. Esse Congresso quando seria eleito um presidente brasilei- movimento de avaliação de nossa prática e ro. Época da Ditadura Militar, mas não foi teoria. Uma instituição que procura se utili- estava programado para isso que determinou a transferência para zar dos conceitos psicanalíticos em sua prá- Madri. O que impediu foi certamente o tica diária, pensando sua história e repen- acontecer aqui no Rio há 22 anos envolvimento de um candidato com a tortu- sando sua experiência. Não se esconden- ra a presos políticos e a imensa repercus- do na operação perversa do silêncio, que são que houve na mídia em geral. Havia atrás, quando seria eleito um leva à compulsão a repetição. uma perplexidade no ar. Ninguém antes ousaria associar psicanálise e tortura. presidente brasileiro.” ABP NOTÍCIAS - Como você perce- Acontece dentro da IPA atualmente um beu o trajeto do Grupo Pró-Ética para a imenso trabalho no sentido de relembrar e Sociedade Aperj-Rio 4? elaborar a historia da Psicanálise, que é o SR - Evidentemente o funcionamento de tema do próximo congresso em Berlim, dan- um grupo dissidente, que nem sede física do seguimento ao que acabou de aconte- possuía, é muito diferente de uma institui- grama do instituto também. ção”. Temos também o Centro de Atendimen- cer que foi sobre Trauma. ção. O Grupo, apesar do enorme trabalho, to à Comunidade (C.A.C.), onde pacientes com Entendo esse Congresso como a se alimentava de ideais e sonhos. A insti- ABP NOTÍCIAS - Atualmente como dificuldades financeiras são atendidos por can- concretização de uma elaboração na própria tuição exige um trabalho muito diferente, está a situação da Rio 4? didatos ou por membros da sociedade ou ain- IPA desses fatos tão terríveis. O Congresso uma organização objetiva. Temos que ter SR - No BBBBBuuuuusssssiiiiinnnnneeeeessssssssss MMMMMeeeeeeeeeetttttiiiiinnnnnggggg do Congres- da encaminhados para outras institui- ter acontecido aqui com a eleição de um pre- sede, biblioteca, secretário, contador, alu- so Internacional da IPA, no Rio de Janeiro, ções.Temos também uma pequena bibliote- sidente brasileiro, quero crer representar uma guel, impostos, etc. Temos que ter um insti- nos tornamos Sociedade Componente. Atual- ca. Temos pelo menos uma reunião mensal enorme reparação para os psicanalistas e a tuto, candidatos, formação. Enfim um tra- mente contamos com 28 membros e 8 candi- da Comissão Científica. própria Psicanálise brasileira. C andidatos ABC distribui revista em CD-Rom (cid:1) Cláudia Carneiro* A Associação Brasileira de Candidatos Em razão do 44º Congresso da IPA no trabalho estão no regulamento disposto no bates também poderão ser acompanhados (ABC) encaminhou, em julho, aos candida- Rio de Janeiro, a ABC decidiu prorrogar para site da ABC (www.abcnet.org.br). do site da ABC, no qual você poderá acom- tos de todos os institutos brasileiros a Se- 15 de setembro o prazo para o envio de tra- A diretoria da ABC agradece aos ana- panhar e participar de discussões sobre gunda Revista da ABC, versão CD-Room. balhos para o II Concurso Virgínia Bicudo, listas didatas Adalberto Goulart, da Socie- temas de interesses dos candidatos. A revista traz as atividades realizadas na cuja premiação será anunciada no XX Con- dade Psicanalítica do Recife e do Núcleo Para facilitar a presença do maior núme- gestão 2001/2003, bem como trabalhos gresso Brasileiro de Psicanálise, a ser reali- Psicanalítico de Aracaju, e Maria Olympia ro possível de candidatos no XVII Pré-Con- apresentados por candidatos no Pré-Con- zado em Brasília de 11 a 14 de novembro. França, da Sociedade Brasileira de Psica- gresso Didático e no XX Congresso Brasilei- gresso Didático realizado em 2003, em Serão aceitos trabalhos sobre o tema nálise de São Paulo, e a Warton Monteiro, ro de Psicanálise, em Brasília, a ABC está Recife, e os trabalhos que participaram do do Pré-Congresso Didático de 2005 – Ava- candidato da Sociedade de Psicanálise de organizando a hospedagem de colegas em I Concurso Virgínia Bicudo, lançado na liação (dos candidatos; dos membros que Brasília, pela presença na Comissão de residências de candidatos de Brasília. Quem mesma ocasião. atuam no Instituto; dos Institutos e das clí- Avaliação dos trabalhos. A ABC divulgará estiver interessado deverá entrar em conta- A elaboração da Segunda Revista da nicas de atendimento), bem como o tema ainda o nome dos outros dois candidatos a to com a Secretária Geral da ABC, Marion ABC é uma iniciativa da diretoria anterior, a do XX Congresso: “Poder, Sofrimento Psí- integrarem a comissão. Degrazia, pelo e-mail: [email protected]. quem a atual administração cumprimenta quico e Contemporaneidade”. As regras Notícias sobre o Pré-Congresso Didáti- pelo empenho no projeto. para participação no concurso e envio de co no dia 11 de novembro e o fórum de de- * Candidata da SPB E ntrevista 5 Candidato à ABP destaca avanços da psicanálise, analisa o homem moderno e aposta na relação com a neurociência Há cinco gestões ele participa da Direção da Associação Brasileira de Psicanálise (ABP), onde já exerceu as funções de Tesoureiro, Secretário e Diretor. Agora, candidato à presidência da instituição em eleição que será realizada no XX Congresso Brasileiro de Psicanálise, de 11 a 14 de novembro, em Brasília, o dr. Pedro Gomes Lopes Jr. adianta, em entrevista, como vê os avanços e o papel da psicanálise no mundo moderno, diante do homem contemporâneo, a chamada “crise” dos consultórios. Analisa a vantagem de ter-se pela primeira vez um Presidente brasileiro à frente da IPA e esclarece um pouco de seus projetos, como por exemplo, a relação que deve ser estabelecida com as neurociências e a questão da regulamentação/regulação da profissão. dez ou quinze anos, talvez pela crise econô- nálise. Hoje, dificilmente se encon- mica do país, houve uma diminuição por essa tra histéricos nos consultórios, embora ain- procura. Não que existam menos problemas. da existam, mas a patologia narcísica é a Mas hoje temos a medicina, a psiquiatria, que que predomina. O desafio é pegarmos esse evoluíram muito, principalmente no campo novo referencial e fazermos uma adapta- da psicofarmacologia. Então temos um ar- ção para que a psicanálise continue viva. senal terapêutico melhor e há outras coisas Precisamos deixar os modelos antigos e envolvidas. A sociedade também mudou, o utilizarmos modelos mais atuais para che- ser humano mudou, é mais imediatista hoje. garmos a esse paciente que nos procura. A psicanálise é uma terapia de investigação Ao mesmo tempo, e cada vez mais, bus- e tratamento, e o homem de hoje requer uma carmos ampliar a inserção da psicanálise coisa mais imediata, busca milagres, não na sociedade. Além do método terapêutico, quer se deitar num divã e ficar alguns anos a psicanálise como ciência pode ajudar a se conhecendo, se buscando, se tratando. pensar, a pensar o homem, a trazer novas posturas, novos conhecimentos. ABP Notícias: Como adaptar o ritmo do auto-conhecimento ao ritmo do ho- ABP Notícias: Que reflexos o fato de mem comtamporâneo? termos um brasileiro hoje presidindo a Pedro Gomes: Hoje temos referenciais IPA traz para o Brasil? teóricos mais modernos, com uma técnica Pedro Gomes: O Congresso da IPA, Pedro Gomes diferente, que permitem fazer uma psica- como já foi amplamente divulgado, levou nálise sem seguir no todo os modelos clás- doze anos de luta. Desde 1993, que a mi- ABP Notícias: Como o Sr. analisa a inserida no contexto da sociedade, repre- sicos. Hoje é necessário se fazer uma adap- nha Sociedade, a SBPRJ, vem lutando para psicanálise nesse início do século XXI? sentando e dizendo coisas importantes, tação dessa psicanálise clássica. Temos um receber esse Congresso no Rio e finalmente Pedro Gomes: A psicanálise tem evo- como os recentes trabalhos da IPA sobre referencial teórico e técnico para isso. Há nos últimos dois anos conseguimos. O Con- luído muito, desde a época de Freud. São terrorismo. algumas linhas mais modernas que pro- gresso chegou justamente num momento cem anos, muitos seguidores. Tem trazido põem uma teoria diferente da psicanálise onde aqui, no Brasil, vivemos a crise nos sempre muitas novidades nos referenciais ABP Notícias: Haveria crise nos con- clássica. consultórios, a dificuldade econômica. Foi teóricos, novas técnicas. O último Congres- sultórios? um Congresso para mostrar que a psica- so Internacional da IPA (Rio de Janeiro, 28 Pedro Gomes: Se nós compararmos a ABP Notícias: Qual seria o grande nálise está mudando. Agora temos um pre- a 31 de julho de 2005), por exemplo, mos- psicanálise de alguns anos atrás, da década desafio da psicanálise hoje? sidente brasileiro, o primeiro, com uma trou trabalhos de muito bom nível, que dei- de 50 pra cá, houve um bbbbboooooooooommmmm nos anos 70. Pedro Gomes: O nosso maior desafio, mente aberta e vontade de introduzir no- xam uma marca no setor. A psicanáli- Havia no Rio de Janeiro uma procura muito dentro dessa crise, é tentarmos chegar cada vas idéias, rever a maneira como a IPA tra- se contribuiu bastante para o auto-conhe- grande pela psicanálise, às vezes por inte- vez mais próximos, com a teoria psicanalí- balha com seus membros e a formação que cimento e para o conhecimento, porque tem resse, outras por curiosidade ou tica, dessa sociedade que mudou, do ser oferece. A IPA já vem desenvolvendo este se apresentado mais, se pronunciado dian- badalação. Havia um interesse muito gran- humano que mudou. Hoje as patologias são processo de reformulação, mas ainda exis- te dos acontecimentos do mundo, através de na busca do consultório, mesmo nos anos diferentes da época de Freud. Naquela épo- tem coisas muito antigas que precisam ser de suas entidades. A psicanálise está da repressão e autoritarismo. Nesses últimos ca havia a histeria, de onde surgiu a psica- mudadas. Acho que um presidente brasi- E ntrevista 6 continuação leiro, com o nosso jeito brasileiro, terá a do muito bem. Foi mudado o Estatuto e a tando essa bandeira e nessa nova gestão, ciência está descobrindo coisas que ape- possibilidade de viabilizar mudanças. O Direção da ABP passou a ser eleita não tentaremos avançar para solucionar esse nas ficavam ditas pela psicanálise e agora Congresso foi muito bonito, ouvi muitos mais por Sociedades, mas por grupos de problema. estão sendo comprovadas. comentários positivos. Fizemos uma reu- pessoas, membros das Sociedades. Cri- nião na SBPRJ e os colegas estavam sa- amos uma sede permanente no Rio de ABP Notícias: A sua gestão seria uma ABP Notícias: O Sr. utilizou o termo tisfeitos. Alguns ligaram para saber como Janeiro, porque antigamente funcionava continuidade? “comprovado”. O que há de pesquisa na acessar o sssssiiiiittttteeeee da IPA para conseguir em cada Sociedade. A partir dessa mu- Pedro Gomes: Uma continuidade, mas psicanálise? cópias de trabalhos apresentados. Isso é dança, a ABP passou a se envolver, re- tentando inovar em algumas coisas. Esse Pedro Gomes: O Dr. Peter Forger, um marco muito importante e um momento presentar mais seus associados. Vieram desenvolvimento já se consolidou. Agora da IPA, por exemplo, é responsável por muito interessante, em que há essa mudan- as gestões do Luís Levi, do David Azoubel precisamos reforçar a identidade das nos- uma parte de pesquisa na área e ele ça da psicanálise no Brasil e, em especial, e do Plínio Montagna, a do Wilson Amen- sas Sociedades. Lutar pela questão da pro- apresentou uma mesa com trabalhos aqui no Rio de Janeiro. doeira, a do Fernando Santana e a do fissão, saber se nós queremos mesmo nos comprovados de pesquisa desenvolvi- Carlos Gari. Eu tenho a impressão que tornar uma profissão, um tema muito dividi- das por ele. É um começo. A tendência ABP Notícias: O Sr. é candidato à pre- houve um trabalho muito interessante na do no nosso meio. é evoluir. Nós tivemos no ano passado, sidência da ABP? difusão da psicanálise. Hoje temos a psi- num programa de TV, o Eric Kandel, que Pedro Gomes: Sim, sou candidato. canálise espalhada pelo nordeste todo. ABP Notícias: Qual a relação entre a foi prêmio Nobel, falando da interação Agora a ABP fará um evento, em setem- psicanálise e as terapias alternativas? da psicanálise com a neurociência, do ABP Notícias: Será chapa única? bro na capital baiana. Houve um estímu- Pedro Gomes: As terapias alternati- poder que tem uma interpretação psica- Pedro Gomes: Não sei dizer se será lo muito grande no centro-oeste, com o vas funcionam de outra maneira. São So- nalítica. Está comprovado, por exames chapa única, na verdade eu fui indicado Grupo de Estudo que se tornou Socieda- ciedades que se dizem psicanalíticas. Pa- no cérebro, que a psicanálise promove por alguns colegas na Assembléia de de recentemente, em Mato Grosso do Sul. rece que as igrejas evangélicas dão for- a mesma alteração dos medicamentos. Delegados da ABP. Atualmente sou Se- A ABP passou a ser também uma insti- mação psicanalítica e já tentaram várias É um estudo que está se iniciando. Hou- cretário da ABP, já venho há várias ges- tuição forte no que diz respeito às rela- vezes oficializar o método como profissão. ve durante muito tempo uma discussão tões trabalhando com a ABP e acho se a psicanálise seria ciência ou não e que, por um reconhecimento do traba- agora está sendo comprovado. Há tam- lho que venho desenvolvendo há alguns bém um desafio para a psicanálise e a anos, em quatro gestões (Plínio Monta- neurociência em descobrir mais sobre o “A IPA já vem desenvolvendo nha, Wilson Amendoeira, Fernando homem. Santana e agora do Carlos Gari) e por este processo de reformulação, conhecer bastante a estrutura da ABP, ABP Notícias: E o homem do futuro, eu me sinto preparado para me can- como será? mas ainda existem coisas muito didatar. Mas não sei dizer, porque as Pedro Gomes: Acho que o homem do inscrições de chapas estão abertas até futuro já está aí. Se voltarmos 100 anos, antigas que precisam ser o dia 14 de setembro e a eleição será tínhamos um homem completamente di- no Congresso Brasileiro, dia 14 de no- ferente, as demandas da sociedade eram mudadas. ”. vembro. Não sei se será chapa única. outras. Hoje o homem não tem tempo Qualquer membro da ABP poderá se para nada, é um homem angustiado, inscrever. Eu já estou compondo a mi- narcísico demais. O homem de hoje pode nha chapa e já tenho colegas convida- ter melhorado em muitas coisas, mas te- dos, com apoio da maioria das Socie- ções com o exterior. Espero dar continui- A ABP está funcionando como bombeiro nho a impressão que em algumas outras dades. dade e tenho algumas idéias a desenvol- contra isso. Existe uma coisa muito impor- ele ficou um pouquinho pior, porque ficou ver. Estou fazendo meu programa, mas tante hoje que é a aliança das entidades muito voltado para si. A gente percebe ABP Notícias: E quem faz parte da já desenvolvendo um intercâmbio com psicanalíticas. Na mesma entidade não há nas academias de ginástica, todo mundo sua chapa? países de língua portuguesa. Neste últi- unanimidade quanto a fazer da psicanáli- muito mais preocupado com o corpo, ou Pedro Gomes: Convidei os colegas mo Congresso da IPA tivemos uma reu- se uma profissão. A psicanálise não tem com seu emprego, com o dinheiro que Claudio Rossi (SBPSP), para Secretário; nião com o Presidente da Sociedade Por- uma relação propriamente com as terapi- ganha, muito mais preocupado com o ter Rosa Reis (SPRJ) para Tesoureira; Telma tuguesa de Psicanálise, Dr. Frederico as alternativas, há um respeito pelo traba- do que com o ser. Houve uma mudança Barros (SPR), para o Conselho Científico; Pereira, e estamos programando um lho que essas correntes fazem, como a muito grande da patologia. Tenho a im- Leonardo Francischelli (SBPdePA), para evento para o próximo ano, provavelmen- bioenergética e todas essas outras, mas pressão que o homem caminha para isso, Publicações; Leila Tannus Guimarães te em Portugal. Algum evento também não consigo ver uma relação. São terapi- cada vez mais ele se isola, se volta para (SPMS), para Relações Exteriores e para o será realizado no Brasil e nos países de as diferentes, talvez com o mesmo objeti- si. Porém, nessa era de computador e Conselho Profissional, Jair Escobar (SPPA). língua portuguesa, como Angola e outros vo de ajudar as pessoas. Mas são coisas informática, não sei se poderia ser dife- O Superintendente deverá ser alguém do da região. muito diferentes. rente. Hoje as pessoas preferem se co- Rio de Janeiro, mas ainda não está esco- municar por internet do que por telefone, lhido. ABP Notícias: E além desse projeto? ABP Notícias: E a neurociência? por exemplo. Eu recebo, ás vezes, pes- Pedro Gomes: Outro dado importante Pedro Gomes: A neurociência tem uma soas que me ligam, até colegas, e dei- ABP Notícias: Se o Sr. for eleito, o que é que a ABP já vem trabalhando muito na relação muito grande com a psicanálise. xam recado na minha secretária eletrôni- pretende fazer? questão da regulamentação. Temos luta- Com ela está sendo provado, cada vez ca dizendo “““““eeeeeuuuuu mmmmmaaaaannnnndddddeeeeeiiiii uuuuummmmm eeeee-----mmmmmaaaaaiiiiilllll pppppaaaaarrrrraaaaa Pedro Gomes: O primeiro passo é dar do juntamente com outras instituições, mais, a importância do tratamento através vvvvvooooocccccêêêêê”””””, ao invés de dizer o que disse no continuidade ao trabalho. Na ABP, o Con- para mostrar que a psicanálise não é uma da psicanálise, da psicoterapia. E com os e-mail. As pessoas estão se distancian- selho Diretor era feito por um rodízio das profissão. Isso cria muitas situações deli- trabalhos publicados, por grandes do. Eu tenho pacientes no consultório que Sociedades a cada dois anos. Na gestão cadas. As Sociedades não reconhecidas, neurocientistas, mostrando a eficácia do tra- só conseguem arrumar uma namorada se do Leopoldo Nosek, em 1991, houve ne- por exemplo, têm se apropriado do nome, tamento psicanalítico, por exemplo, nas for via internet. Com seus medos de se cessidade de se fazer uma abertura, por- desenvolvendo uma formação de má qua- depressões. Isso já foi comprovado. Há uma aproximar, via internet não tem sim, não que desta forma já não estava funcionan- lidade. A ABP vem há algum tempo levan- procura maior também porque a neuro- tem não, não tem olho no olho. N otícias 7 SPRJ comemora 50 anos e cria Centro de Memória Paulo — a SPRJ viveu pos de Estudo do Mato Grosso do Sul e do Quando a criação do Centro de Memó- momentos de cresci- Núcleo de Belo Horizonte. “Eu vejo a histó- rias e Referências chegou ao conhecimen- mento, crises e amadu- ria da Sociedade Psicanalítica como um to da direção de comunicação da TV Glo- recimentos. exemplo das instituições psicanalíticas po- bo, por iniciativa da SPRJ, houve um gran- Fazendo um históri- derem viver crises, aprender, erguer-se e de interesse em conhecer o projeto. E a co da Sociedade, sua amadurecer”, diz Vera Ramos. partir de algumas conversas, eles decidi- presidente, Vera Márcia Como marco dos 50 anos, a SPRJ dei- ram incentivá-lo e fizeram um comercial Ramos, destacou os se- xa mais uma grande contribuição para o em homenagem aos 50 anos, que foi vei- guintes momentos: par- setor: cria o Centro de Memórias e Refe- culado em horário nobre no Rio, por 15 ticipou da difusão da psi- rências da Psicanálise. O projeto pretende dias, em abril e junho. “Isso foi o apoio que canálise no Brasil, prin- resgatar documentos importantes sobre a a Globo deu por acreditar na psicanálise, cipalmente na década de psicanálise e organiza um acervo nacional porque viram que era um bom projeto, li- 60, quando a terapia de sobre o tema. Segundo Vera Ramos, isso gado à cultura e à saúde também.”, conta grupo e criação dos cur- só foi possível com a ajuda da ABP, que já a presidente. sos universitários come- tinha uma exposição montada e permitiu A comemoração continua com um ci- Maria Belfiori, Rosa Reis, Vera Marcia Ramos, Cynthia Ladvocat e Miriam çaram a desmistificar o que a levassem para a sede da SPRJ, em clo de palestras sobre psicanálise, como Chuster durante a comemoração dos 50 anos da SPRJ tema; quebrou Botafogo. “Psicanálise e a Música”, “Psicanálise e o paradigmas, como quando foi ao ar, na TV, A sede também ganhou um novo proje- Riso”, entre outros. E termina com um jan- A o programa “No Divã de Eduardo to, passando por uma restauração. A refor- tar comemorativo para os membros na Mascarenhas”, falando sobre temas tabus ma melhorou o jardim, incluiu projeto de ilu- data oficial do aniversário. Para a SPRJ, A Sociedade Psicanalítica do Rio de Ja- para a sociedade fechada da época; desem- minação, feito por um arquiteto especial- esse ano é um ano importante para a psi- neiro comemora 50 anos no próximo dia 29 penhou papel relevante durante a ditadura mente para a exposição e coloriu as insta- canálise brasileira, em especial a carioca, de setembro. Celebrar a data, mais do que militar, quando a psicanálise era vista como lações da casa. “ Isso é importante para os com a comemoração dos 50 anos da enti- comemorar o jubileu de ouro da instituição possibilidade de expressão que politicamente membros. Uma casa modificada, melhora- dade, o Congresso Internacional da IPA, significa reviver um período de história da não era permitida. da, arrumada, onde eles se sintam bem. Da no Rio, como conseqüência, uma aproxi- psicanálise no Brasil. Desde 1955, quando Além disso, contribuiu através de con- mesma forma que os nossos pacientes se mação das Sociedades. “A gente festeja foi reconhecida pela IPA como Sociedade — gressos, da produção de trabalhos científi- sentem com a casa interna remodelada, onde a gente chegou, mas temos que es- a segunda a receber o título no Brasil, após cos, para a criação das Sociedades Psica- arrumada, contribuindo para o processo de tar sempre lutando, é uma luta constan- a Sociedade Brasileira de Psicanálise de São nalíticas de Porto Alegre e Recife, do Gru- análise”, comenta Vera Ramos. te”, conclui Vera Ramos. Psicanalistas e terapeutas criam grupo para estudo e atendimento de gestantes em Fortaleza junto de pesquisa com mães de prematuros, dez. O acompanhamento atento do psicana- condições favoráveis para o desenvolvimento um grupo de psicoterapeutas e psicanalistas lista/psicoterapeuta poderá detectá-la a tem- emocional da criança, as integrantes do grupo supervisionados por Maria José de Andrade po, propiciando as providências necessárias. têm pensado em torná-lo serviço de utilidade Souza, analista didata da Sociedade Psicana- A “preocupação materna primária”, fenômeno pública, beneficiando uma proporção maior da lítica do Recife e do Núcleo Psicanalítico de estudado por Winnicott, é mais consistente- população. Fortaleza, reuniu elementos suficientes para mente estabelecida quando a gestante conta São integrantes do GESTAMGE Ana constituir um grupo não apenas de estudos e com o apoio do companheiro e familiares. Cristina Torres Leitão (psicóloga e psico- pesquisa, mas também de atendimento O Grupo de Estudo e Atendimento terapeuta), Alessandra Xavier (psicóloga e psicoterápico psicanalítico à gestante, esten- Psicoterápico à Mulher Gestante (GESTAMGE) psicoterapeuta, professora da UECE), Carlota dendo esse atendimento à população de bai- foi criado em setembro de 2004 e oferece ses- Távora Fiúza (psicóloga e psicoterapeuta), Para gestar um bebê de forma satisfatória, xa renda de Fortaleza. O apoio veio do Nú- sões psicoterápicas individuais às gestantes. Cristina Barreira (psicóloga e psicoterapeuta), a mulher necessita preparar-se psicologica- cleo Psicanalítico e da Escola de Psicoterapia Reúne-se semanalmente para seminários teó- Denise Teles Rodrigues (psicóloga e psico- mente para esse belo e grandioso mister. Além Psicanalítica de Fortaleza, que ofereceram ricos e supervisão de casos. Os atendimentos terapeuta), Denise Studart Alencar (psicóloga dos cuidados médicos indispensáveis, ela pre- suas salas para a triagem inicial e colabora- iniciais são realizados no Núcleo Psicanalítico e psicoterapeuta), Fernanda Mattoso (psicólo- cisa também de outros cuidados que contem- ram com a divulgação junto à classe médica e de Fortaleza, mas os subseqüentes podem con- ga e psicanalista), Maria da Graça Vaccari plem sua vulnerabilidade e fragilidade emocio- população. tinuar nos consultórios das psicoterapeutas. Becker (psicóloga e psicoterapeuta), Teresa Mô- nais peculiares desse período. Planejada ou inesperada, a gravidez en- Numa visão de maior abrangência e por consi- nica Barreto Bastos (psicóloga e psicanalista Num percurso iniciado com a escuta de volve dúvidas, incertezas, mudanças de com- derarem que esse atendimento poderá benefi- em formação pelo NPF), Siu Lan Ko Nascimento mães na relação mãe-bebê pelo método portamento... A temida depressão pós-parto ciar inúmeras gestantes e favorecer a constitui- (psicóloga e psicoterapeuta) e Maria José de Esther Bick e passando por um trabalho con- muitas vezes caminha insidiosa já na gravi- ção do vínculo materno-infantil, propiciando Andrade Souza, psicanalista. A rtigo 8 Algumas Reflexões sobre Vínculos e Configurações Vinculares David Zimerman* e não a de uma “roda”, na qual diversas O que realmente importa, é a maneira Assim, deve ser destacado que esse partes convergem numa central única. de como as diferentes formas de o nosso ódio pode resultar de antigas frustrações, A noção de vínculo está intimamente li- paciente amar e de ser amado, se configu- decepções, desilusões, sentimentos de gada ao modelo “cccccooooonnnnntttttiiiiinnnnneeeeennnnnttttteeeee-----cccccooooonnnnnttttteeeeeúúúúúdddddooooo”, ram dentro dele (em relação a seus objetos abandono e desesperança que realmente de Bion. A relevância maior da contribuição e relações objetais, que estão inter- foram, injustamente, cometidos contra o de Bion acerca de vínculos, é a sua con- nalizadas) e fora dele (com todas as pes- paciente, experiências penosas essas, que cepção de que esses não se limitam às, ex- soas com quem convive mais intimamen- ele terá uma compulsão a repetir com o seu teriores, relações interpessoais, mas tam- te), sempre levando em conta que os vín- analista, na esperança de que elas tenham bém aludem às, interiores, relações intra- culos interpessoais, em grande parte, re- um desfecho diferente daquelas que acon- pessoais, isto é, entre as diferentes partes produzem os intrapessoais. teceram no passado. do psiquismo. Igualmente, Bion enfatizou a Assim, de pouco adianta um paciente importante contribuição para a prática clíni- simplesmente nos dizer que “ama” a uma ca do fenômeno psíquico que ele denomi- outra pessoa; antes, é necessário discrimi- Vínculo do Conhecimento nou como “ataque aos vínculos”, em que o nar e compreender qual é o tipo de sua paciente pode não querer tomar conheci- maneira de amar e de ser amado, visto que O conceito psicanalítico de “Conheci- mento de determinado sentimento e, assim, tanto pode ser um amor sadio, como pato- mento” (K, de Bion), alude ao vínculo que forças inconscientes o impelem a rechaçar lógico, em distintas configurações: de for- une os pensamentos e as emoções, e que a interpretação do analista. Na situação ma sadia; paixão cega, burra e violenta; tem a função vinculadora de dar sentido e analítica, uma outra forma de atacar os vín- simbiótica; controle obsessivo tirânico; nar- significado às experiências emocionais. A culos unificadores, consiste em confundir o cisista; paranóide; histérica; perversa, etc., função do conhecimento fica complicada (cid:2) analista, ou provocar sentimentos contra- etc. desde os primórdios da vida porque a cri- transferenciais muito perturbadores. ança vive num estado mental em que ela Bion descreveu três tipos de vínculos: o está inundada de paradoxos, e de fantasi- Bion definiu vínculo como sendo uuuuummmmmaaaaa de Amor; o de Ódio e o de Conhecimen- Vínculo do Ódio as que distorcem as percepções e os signi- eeeeessssstttttrrrrruuuuutttttuuuuurrrrraaaaa rrrrreeeeelllllaaaaaccccciiiiiooooonnnnnaaaaalllll-----eeeeemmmmmoooooccccciiiiiooooonnnnnaaaaalllll,,,,, eeeeennnnntttttrrrrreeeee to, sendo que ele se deteve mais particu- ficados. Na medida em que não quer co- ddddduuuuuaaaaasssss ooooouuuuu mmmmmaaaaaiiiiisssss pppppeeeeessssssssssoooooaaaaasssss,,,,, ooooouuuuu eeeeennnnntttttrrrrreeeee ddddduuuuuaaaaasssss larmente no vínculo “-K”, ou seja, aquele O mesmo que foi dito em relação ao nhecer aquilo que lhe angustia, o sujeito vai ooooouuuuu mmmmmaaaaaiiiiisssss pppppaaaaarrrrrttttteeeeesssss ssssseeeeepppppaaaaarrrrraaaaadddddaaaaasssss dddddeeeee uuuuummmmmaaaaa que alude a um ataque ao conhecimento amor, também vale para o vínculo baseado criando e desenvolvendo estruturas falsas mmmmmeeeeesssssmmmmmaaaaa pppppeeeeessssssssssoooooaaaaa. Os vínculos se organizam de verdades penosas. Particularmente, pela no sentimento de agressividade, o qual ora e mentirosas, diante da alternativa que es- numa estrutura, ou seja, os diversos ele- sua permanente presença na vida de qual- adquire um caráter destrutivo, como também colheu de evadir, no lugar de enfrentar. A mentos formam um sistema, no qual cada quer pessoa, venho propondo a inclusão de pode estar a serviço da vida construtiva. função K não se refere à posse de um co- um deles influencia e é influenciado pelos um quarto vínculo, o de Reconhecimento. O vínculo “-H” (“menos ódio”) pode ser nhecimento ou saber, mas, sim, a um demais. Sempre existe uma relação, uma Sempre, os referidos 4 vínculos estão em ilustrado com o estado emocional e condu- enfrentamento do não saber. A verdade é interação entre todos elementos. A presen- permanente interação, formando distintas ta de hipocrisia ou de cinismo, pela qual o sempre relativa: o poeta Campoamor con- ça de emoções é imprescindível, caso con- configurações vinculares,. indivíduo está tendo uma atitude manifes- firma essa relatividade quando ele verseja: trário não cabe a conceituação de vínculo. tamente amorosa por alguém, a um mes- nnnnneeeeemmmmm tttttuuuuudddddooooo ééééé vvvvveeeeerrrrrdddddaaaaadddddeeeee;;;;; nnnnneeeeemmmmm tttttuuuuudddddooooo ééééé mmmmmeeeeennnnntttttiiiii----- Toda emoção sempre tem uma dupla mo tempo que existe um ódio latente. Visto rrrrraaaaa;;;;; tttttuuuuudddddooooo dddddeeeeepppppeeeeennnnndddddeeeee;;;;; dddddooooo cccccrrrrriiiiissssstttttaaaaalllll cccccooooommmmm qqqqquuuuueeeee ssssseeeee face, isto é, comporta uma anti-emoção. Vínculo do Amor por um ângulo psicanalítico, creio que tam- mmmmmiiiiirrrrraaaaa..... .É necessário que se faça uma distin- Deste modo, no lugar do clássico conflito bém pode servir como exemplo a situação ção entre “querer conhecer a verdade” e “ter entre o amor versus o ódio, Bion propôs uma Também o vínculo do amor se manifesta pela qual o sujeito está sendo manifesta- uma posse absoluta da verdade”, o que faz ênfase no conflito entre as emoções e as com uma possível oposição (- L) à emoção mente agressivo com os outros, inclusive, lembrar uma frase de Nietzche – “““““ooooosssss iiiiinnnnniiiii----- antiemoções presentes em um mesmo vín- do amor (L), fato que pode ser ilustrado com com uma emoção de ódio por não estar mmmmmiiiiigggggooooosssss dddddaaaaa vvvvveeeeerrrrrdddddaaaaadddddeeeee nnnnnãããããooooo sssssãããããooooo aaaaasssss mmmmmeeeeennnnntttttiiiii----- culo. Assim, ele postulou que “menos amor” a situação de “puritanismo”, ou a de sentindo-se entendido e respeitado, porém, rrrrraaaaasssss,,,,, mmmmmaaaaasssss aaaaasssss cccccooooonnnnnvvvvviiiiicccccçççççõõõõõeeeeesssss”””””. (- L) não é o mesmo que sentir ódio e que, “samaritanismo”, ou seja, em nome do amor no fundo, é uma agressividade que simul- O uso da verdade é considerado por tampouco, o “menos ódio” (- H) significa o sujeito opõe-se à obtenção da emoção de taneamente com o ódio, está mais a servi- Bion como sendo o “alimento da mente” de sentir amor. prazer, porque os referidos sentimentos amo- ço da pulsão de vida do que propriamente modo que aquele que, mercê de maciças O tipo de emoção predominante no vín- rosos extremados, quase sempre se devem à pulsão de morte. negações, nega a sua história, está conde- culo é que vai articular, definir e caracteri- a formações reativas contra um ódio Algo equivalente a isso, não raramente, nado a repetí-la eternamente. Da mesma zar a forma da vincularidade. Os vínculos subjacente. Um exemplo de “menos amor, acontece na prática analítica, nos casos forma, o vínculo do conhecimento costuma são imanentes, isto é, sempre existem e são sem ódio”, que me ocorre, seria o caso de em que o paciente esteja sendo “interpre- ficar deturpado naquelas pessoas que vi- inseparáveis do sujeito. Eles também são uma mãe que pode amar intensamente seu tado” pelo analista como sendo rebelde, vem mais ancoradas no princípio do prazer polissêmicos, o que quer dizer que, cada filho, porém ela o faz de uma forma invejoso e adjetivos afins, quando é possí- do que no princípio da realidade. No lugar um deles, comporta vários significados. “simbiótica”, possessiva e sufocante, de vel que ele esteja bravamente lutando pelo de fazer essa aproximação com a verdade A estrutura dos vínculos é de natureza modo que, embora sem ódio, o seu amor seu direito de ser escutado, entendido, re- dos fatos tais como eles realmente são, e reticular, portanto, numa forma de “rede” em samaritânico, cheio de sacrifícios pessoais, conhecido e, sobretudo, de não ser rotula- não como gostariam que ela fosse, essas que todos elementos estão entremeados , é de resultados negativos para a criança. do de forma injusta. pessoas preferem o auto-engano, a detur- A rtigo 9 pação, mentira, falsificação das verdades interpretativa, é indispensável que o ana- gratidão); 4) ser reconhecido pelo outro. nhecidos. O vínculo do reconhecimento é e criação de um clima de confusão entre o lista respeite o ritmo natural de como o pa- Aqui, vou me ater a esse último, enume- particularmente importante no que diz res- que é verdade e aquilo que não é. Nessas ciente pode evoluir na sua análise, as con- rando as seguintes características: peito à inserção social do sujeito nos mais condições, o ataque ás verdades vem dições de como ele está equipado para Parto da obviedade de que todo ser diversos lugares, como, por exemplo, a fa- acompanhado de uma radicalização das enfrentar a tomada de conhecimento de humano, em qualquer idade, circunstância, mília, a escola, o clube, as instituições, etc., posições de cada um, o que os torna sur- certas verdades, e coisas equivalentes. cultura, época ou geografia, desde que nas- com uma necessidade vital de sentir-se re- dos e cegos à argumentação que vem de Cabe enfatizar que, indo muito além da exa- ce até o dia de sua morte, tem uma neces- conhecido pelos demais. outra parte (as recentes CPI da política na- tidão da interpretação, o mais relevante é sidade vital de obter a comprovação de que Em relação à evolução da terapia analí- cional são uma prova evidente disto). Toda qual o destino que ela toma na mente do ele é reconhecido pelas outras pessoas, tica, creio ser de fundamental importância verdade tem uma forma paradoxal pois ela analista, pelo fato de que aqueles pacien- como sendo alguém que é valorizado, acei- que o analista mantenha uma atenção es- requer os contraditórios, os opostos e as tes que utilizam excessivamente o recurso to, respeitado, amado e desejado. Conse- pecial quanto à necessidade de fazer o re- distintas significações de cada fato. Todos -K, embora eles concordem manifestamente qüências danosas na busca aflitiva de re- conhecimento de prováveis progressos ver- que usam exageradamente a defesa de com o terapeuta, é possível que, no fundo, conhecimento podem ser exemplificadas dadeiros do paciente, por mínimos que es- negar a realidade( –K) em um grau exage- neguem toda importância do que foi dito com a construção de um fffffaaaaalllllsssssooooo ssssseeeeelllllfffff, ou a ses possam parecer, porém que, do ponto rado são portadores de uma “parte psicótica e...nada muda, tudo continua como dantes. da queda da auto-estima. de vista do paciente, podem parecer enor- da personalidade”, com as características O conhecimento conduz à verdade que, por São inúmeras as repercussões na prá- mes, e, convenhamos, é horrível quando que Bion descreveu. sua vez, conduz à liberdade, o maior bem tica analítica de vínculo que alude à ne- alguém despende esforços enormes para Na prática analítica, é relevante que o que qualquer sujeito pode possuir! cessidade de o paciente ser reconhecido que uma tarefa saia bem e não é reconhe- analista não empreste um caráter pelo analista, e vice-versa. Por exemplo, a cido quando, em algum grau de realidade, moralístico diante de eventuais mentiras do conhecida “angústia de separação”, muitas isso está sendo conseguido. paciente; pelo contrário, elas podem se Vínculo do Reconhecimento vezes, é significada pelo paciente como Todos concordamos na atualidade que constituir como uma excelente porta de sendo um abandono, um descaso, um não analista e paciente interagem e se influen- entrada para conhecermos angústias mais Emprego o termo “reconhecer” com qua- reconhecimento do analista por ele, ou ciam reciprocamente e de forma permanen- profundas que se evadem pelas mentiras e tro conceituações psicanalíticas: 1) a de re- quando o terapeuta mal olha para o paci- te, constituindo vínculos os mais diversos, que têm a sua razão de ser e de aparecer conhecimento (de si próprio, de fatos e sen- ente, ou o olha mas não vê... Algumas ma- numa atmosfera de trabalho que é chama- no campo analítico, até porquê “toda men- timentos que no passado, de alguma for- nifestações de perversão da atividade se- da de “psicanálise vincular”, que é o atual tira tem um pedaço de verdade”. O mais ma, já foram conhecidos pelo paciente); 2) xual, como um compulsivo e excessivo “don paradigma vigente na terapia psicanalítica, importante não é tanto o fato de que esse reconhecimento do outro (como alguém que juanismo”, ou “ninfomania”, podem ser en- onde tudo deve ser visto dessa, singular, paciente minta para o analista; mas, sim, é diferente dele e tem direito a uma autono- tendidas como uma ânsia incontida de es- única e mútua relação interativa. que ele deve se dar conta que mente para mia, independente dele, paciente); 3) ser ses pacientes comprovarem que conse- si próprio. Em relação à atividade reconhecido ao outro (como expressão de guem conquistar, serem desejados e reco- * Membro Efetivo e Analista Didata da SPPA N P otícias & rogramação ticipou da I Conferência Internacional - Parabenizamos a colega Eliane de sobre Ofensas Sexuais, em agosto. Andrade pela publicação de seu tra- balho “Um Estudo sobre o Conceito - Também em agosto foi iniciado o Grupo de Crise a partir da Metapsicologia de Estudos sobre a Obra de Melanie de Freud” na coletânea “Psicologia - Simpósio “Psicanálise em transforma- so Internacional de Psicanálise ( IPA) Klein, que tem a coordenação de Mário e Ciência”, da PUC-Minas. ção: adolescência” . Em outubro. ocorrido em julho, no Rio de Janeiro, ten- Lúcio Baptista. do como apresentadora a professora - A diretoria do NPBH, formada pelos co- Adela Stoppel de Gueller. legas Gisele de Mattos Brito (presiden- te), Marília Macedo Botinha (secretária), - Também foi apresentado pelo Dr. Cecil Rosália Lage Martins Bicalho e Rossana Rezze o trabalho “Um caso particular de Nicollielo Pinho (tesoureiras), Rosália Trauma de Guerra”. Lage Martins Bicalho (comissão científi- ca), Marília Macedo Botinha (diretora do - O evento Cinema e Psicanálise, sob a DAP) e Paula Linhares de Andrade (co- coordenação de Eliane de Andrade, A nova diretoria da Sociedade Psicana- missão e clínica. Os diretores eleitos têm ordenação do Séries) informa que a se- exibiu em junho, o filme “Diários de Mo- lítica do Recife tomou posse no dia 01 de como meta especial o estreitamento dos gunda turma de Formação Analítica está tocicleta”, comentado por Mário Lúcio junho de 2005 para o biênio 2005/2006. A laços com a SPR e a cooperação em ativi- concluindo os seminários e que a presi- Alves Baptista e pelo prof. Edson Lima. nova direção, consciente da responsabilida- dades científicas ou administrativas. dente Gisele de Mattos Brito foi qualifi- de conferida por 95% dos votos de seus Foram eleitos os colegas Alirio Dantas cada como “Analista Didata” pela SPRJ. - “Trauma, Retraimento Autístico, Trans- membros, promete realizar um trabalho Jr. (presidente), Austregésilo Castro (secre- torno de Estresse Pós-Traumático e construtivo e fértil, correspondendo à espe- tário), Dinora B. Rodrigues Maricevich (te- - O conceito de trauma na obra de Psicose” foi o tema do pôster apresen- rança dos colegas e contribuindo para o soureira), Antonio Carlos S. de Escobar (di- Jacques Lacan foi o tema de um dos tado por Sabastião Salim no Congres- constante desenvolvimento da instituição e retor científico) e Maria Eunice Campos encontros preparatórios para o Congres- so Internacional. O autor também par- da causa psicanalítica, a sua difusão, trans- Marinho (diretora do instituto). A Comissão N P otícias & rogramação 10 de Ensino está composta por Eldione nálise em Revista) foi convidada Ana Clau- cia dos participantes para que continuasse membros da diretoria da ABP. O tema “Po- Amorim de Moraes, Ivanise Ribeiro Eulálio dia Zuanella. o trabalho também no segundo semestre, der, Violência e Contemporaneidade” foi Cabral, Maria Arleide da Silva e Maria José As atividades científicas foram retoma- há a expectativa de que Suad levará seu apresentado na palestra de abertura e de de Andrade Souza. O Conselho Consultivo das em agosto, após o Congresso Interna- conhecimento e experiência para o Núcleo encerramento por membros da ABP. Seu tem como seus representantes os colegas cional, do qual participou um grande con- em encontros mais espaçados a serem desdobramento para debate aconteceu em Humberto Vicente de Araújo, Lenice de Oli- tingente de analistas da SPR. combinados posteriormente. cinco mesas redondas com a participação veira Sales e Vera Lúcia Fernandes Maia O programa de formação da quarta tur- Os membros do NPG participaram na dos membros da ABP, membros da SPB, Barbosa. ma foi concluído no mês de julho e continu- organização da V Jornada, realizada em do NPG e convidados especiais da cidade Como delegados da ABP foram desig- am em andamento os seminários do quinto 26 e 27 de agosto, em parceria com alguns de Goiânia. nados Alírio Torres Dantas Júnior e Maria grupo do Instituto. Eunice Campos Marinho; para o cargo de Prosseguem os preparativos para a XI delegado da FEPAL, além de Alírio, foi es- Jornada Psicanalítica que acontecerá no Núcleo Psicanalítico de Fortaleza colhida Lúcia Maria Cerqueira Antunes segundo semestre de 2005. Borges Rodrigues. O Primeiro Fórum de Debates do NPF, semanais, o curso “Psicopatologias - o pon- Para editora da revista da SPR (Psica- Parabéns e sucesso à nova diretoria! realizado em 24 de junho, teve como tema to de vista da Psicanálise”, coordenado “Trauma Psíquico”. Os trabalhos apresenta- pelas colegas Ina Gonzaga e Regina dos foram: ”A mãe má e o retorno ao caso Alcântara. Com os temas Neuroses, Pato- Núcleo Psicanalítico de Florianópolis Harry Guntrip”, por Paulo Marchon; “O ego logias Psicossomáticas, Perversões e Psi- busca seu trauma - algumas notas”, por coses, o curso termina em novembro. Sob a presidência de Márcio J. Dal-Bó, da Jornada Científica, em 17 de junho, em Carlos Doin; “Mudança psíquica e cresci- Três grupos de estudo em andamento: o NPF mantém suas atividades com dois Tubarão, Santa Catarina Com o tema “Trans- mento emocional”, por Rosane Muller, tam- Gestante (coordenado por Maria José), Só seminários mensais: um sobre teoria psi- tornos Alimentares e Obesidade”, foram bém apresentado no último Congresso Freud (coordenado por Regina Alcântara) canalítica e outro sobre psicanálise de ado- palestrantes os drs. Gley Costa (Psicanalis- Internacional. O Fórum obteve grande suces- e Id (coordenado por Rosane Muller). lescentes. Alunos de diferentes cidades de ta), Ricardo Silveira (Psiquiatra), Ameli so como metodologia de trabalho e já está O dr. Valton de Miranda Leitão, entre- Santa Catarina, especialmente de Baltazar (Endocrinologista) e Celso Empinotti sendo organizado um segundo, tendo como vistado na última edição do ABP Notícias, Florianópolis, Tubarão e Criciúma, partici- (Cirurgião-Cirurgia Bariátrica). O público de tema provável Neurociência e Psicanálise. lançou o livro “Ana Bárbara, caminhos de pam dos seminários que sempre terminam 250 inscritos, entre profissionais e alunos dos Começou em março, com aulas um destino”. com supervisão clínica coletiva. Sempre no cursos de medicina e psicologia demonstrou segundo sábado de cada mês, no Partenon interesse crescente em conhecer a psicaná- Hotel, em Florianópolis, os seminários são lise. No próximo ano, serão abertas coordenados por psicanalistas da novas turmas para divulgação de psicanáli- SBPdePA. No mês de maio, o professor foi se em Tubarão e Florianópolis. o dr. Adonay Genovese; em junho os semi- Também em parceria com o curso de nários foram coordenados pela dra. Mayra medicina da UNISUL (Tubarão), com a Fun- Lorenzone. Em julho não houve seminári- dação Universitária Mário Martins (Porto os em função do Congresso da IPA no Rio Alegre) e com SBPdePA, o NPF participará de Janeiro. De agosto a novembro haverá da organização de um ambulatório especi- seminários ministrados pelos drs. alizado em Trantornos Alimentares e Do- Lores Meller, José Petrucci, Gildo Katz e enças Afetivas, na cidade de Tubarão. A Paulo Marchon, Sonia Lobo, Natália Araujo, Galba Lobo, Ina Gonzaga, Valton Leitão, Almerinda José Facundo P. de Oliveira. organização do ambulatório acontecerá no Albuquerque, Maria José de Andrade Sousa, Tereza Monica Bastos, Socorro Nascimento, Sidcleiton Jucá, Rosane Müller, Regina Alcântara e Regilânio Lucena. Em parceria com os cursos de medicina segundo semestre de 2005 e acreditamos e psicologia da UNISUL, o NPF participou que já estará funcionando no início de 2006. Maria Olympia de A. F. França, da Dire- 2. Reapresentação dessas aulas em Jor- toria Científica da Sociedade Brasileira de nada de dia inteiro com a participação de Psicanálise de São Paulo, nos informa a membros e candidatos de São Paulo e in- programação desenvolvida no primeiro se- terior e também de profissionais interessa- mestre: dos. A freqüência às aulas foi por volta de Abertura dos Trabalhos Científicos: 100 colegas, sendo que na de sábado o Conferência de Santiago Kovadloff: AAAAA IIIIInnnnn----- auditório teve a lotação esgotada; fffffllllluuuuuêêêêênnnnnccccciiiiiaaaaa dddddaaaaa PPPPPsssssiiiiicccccaaaaannnnnááááállllliiiiissssseeeee nnnnnaaaaa CCCCCuuuuullllltttttuuuuurrrrraaaaa dddddooooo SSSSSééééé----- 3. Apresentação de dez trabalhos indi- cccccuuuuulllllooooo XXXXXXXXXX. Após a conferência, os grupos viduais de membros e candidatos que fo- de estudo naturais da SBPSP apresenta- ram levados ao Congresso; ram questões previamente refletidas na jor- 4. Organização, com o apoio da IPA, Márcio J. Dal-Bó (presidente do NPF) e Gley Costa (SBPdePA) na Jornada de nada de trabalho. FEPAL e ABP, de uma Jornada, na qual o Distúrbios Alimentares Programação Central: atividades pre- grupo societário trocou idéias com os cole- paratórias ao tema do 44º Congresso In- gas convidados: Liana Albernaz de M. Bas- ternacional de Psicanálise: “Trauma: Novos tos (SBPRJ), Mario Gomberoff (Associa- Núcleo de Psicanálise de Goiânia Desenvolvimentos em Psicanálise”: ção Psicanalítica Chilena) e Sonia Abadi 1. Ciclo de aulas às 4ª feiras, sobre o (Associação Psicanalítica Argentina). No dia 18 de junho, o NPG recebeu a SBPRP, Suad Haddad de Andrade, sobre a conceito de Trauma nas diferentes corren- Programações concomitantes: última aula da psicanalista didata da obra de Melanie Klein. Diante da insistên- tes psicanalíticas; 1. Jornada sobre AAAAAdddddooooollllleeeeessssscccccêêêêênnnnnccccciiiiiaaaaa nnnnnooooo SSSSSééééé-----

Description:
experiência na ABP, sua candidatura, analisa o papel da psicanálise no mundo moderno e aposta na gada ao modelo “continente-conteúdo”,.
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