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Inventário rápido da avifauna observada no município de Guaratinguetá, SP PDF

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D.C. de Paula Júnior, K.C. Pereira, V.S. Torres Inventário rápido da avifauna observada no município de Guaratinguetá, SP Danilo Corrêa de Paula Júnior¹, Karla Conceição Pereira², Vladimir Stolzenberg Torres³ ¹ Secretaria Municipal da Saúde / Prefeitura Municipal de Guaratinguetá ² SAA/APTA Vale do Paraíba / Governo do Estado de São Paulo ³ Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Sustentabilidade / Prefeitura Municipal de Porto Alegre Resumo: O incremento da interferência antrópica sobre as áreas naturais, afeta diretamente a conservação da biodiversidade. Mediante a expansão das urbes, os ambientes ficam cada vez mais restritos a fragmentos isolados, sofrendo assim interferências em seus processos ecológicos, impactando de forma acelerada os fatores dependentes dela. As listas de espécies se constituem numa ferramenta fundamental para a elaboração de políticas de conservação em diversos níveis e as aves formam um grupo relativamente fácil de ser amostrado e alguns grupos respondem rapidamente às alterações ambientais. Guaratinguetá/SP em domínio do bioma Mata Atlântica, foi a área objeto do presente estudo. O levantamento das espécies in loco foi realizado no período de abril de 2018 a agosto de 2020. A identificação das aves foi feita por visualização e por vocalização. A taxonomia realizada com base em Bencke et al. (2010) e Torres et al. (2018), a revisão nomenclatural processada através do Avibase (the World Bird Database), seguindo a sistemática de classificação do Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos. O estudo registra 38 famílias abarcando 101 espécies. Muito embora exista um grande número de espécies ameaçadas, conforme se denota da relação presente no Decreto N° 63.853/2018, nenhuma das aqui registradas foi considerada sob esta condição. Cyanocorax cristatellus (Temminck, 1823), Psittacara leucophthalmus (Statius Muller, 1776), Tyto furcata (Temminck, 1827) e Vireo olivaceus (Linnaeus, 1766) merecem mais atenção a fim de confirmar sua efetiva presença na região, buscando evitar registros equivocados em decorrência de uma possível identificação incorreta, assim como, de verificação de seu status ambiental em caso de ocorrência confirmada. Palavras-chave: Biodiversidade; Ocorrência; Habitat; Avifauna. Rapid inventory of avifauna observed in the municipality of Guaratinguetá, SP Abstract: The increase in anthropic interference on natural areas directly affects biodiversity conservation. Through the expansion of cities, environments are increasingly restricted to isolated fragments, thus suffering interference in their ecological processes, impacting factors dependent on it in an accelerated manner. Species lists are a fundamental tool for the elaboration of conservation policies at different levels and birds form a relatively easy group to be sampled and some groups respond quickly to environmental changes. Guaratinguetá / SP in the domain of the Atlantic Forest biome, was the subject of this study. The survey of species in loco was carried out from April 2018 to August 2020. The birds were identified by visualization and vocalization. The taxonomy based on Bencke et al. (2010) and Torres et al. (2018), the nomenclatural review processed through Avibase (the World Bird Database), following the classification system of the Brazilian Ornithological Records Committee. The study records 38 families covering 101 species. Although there are a large number of threatened species, as shown in the list in Decree N° 63.853 / 2018, none of the ones registered here was considered under this condition. Cyanocorax cristatellus (Temminck, UNISANTA Bioscience Vol. 10 nº 1 (2021) p. 12 – 23 Página 12 D.C. de Paula Júnior, K.C. Pereira, V.S. Torres 1823), Psittacara leucophthalmus (Statius Muller, 1776), Tyto furcata (Temminck, 1827) and Vireo olivaceus (Linnaeus, 1766) deserve more attention in order to confirm their effective presence in the region, seeking to avoid mistaken records in due to a possible incorrect identification, as well as verification of its environmental status in case of confirmed occurrence. Keywords: Biodiversity; Occurrence; Habitat; Avifauna. Introdução sabido abrigar uma riqueza correspondente Contrariamente ao que possa parecer, a 891 espécies de aves (MOREIRA-LIMA, detectar e descrever a fauna ocorrente em 2013), correspondendo, então, a uma determinada região, bem como, aproximadamente 46% das espécies interpretar os dados obtidos in loco, não se ocorrentes em território brasileiro (CBRO, constitui em tarefa fácil, mesmo em grupos 2015). pouco diversificados. Assim, os Uma lista de espécies se constitui em uma inventários, conforme Silveira et al. ferramenta fundamental para a elaboração (2010), são um dos pilares que devem de políticas de conservação em diversos embasar a tomada de decisões a respeito de níveis. Listas de caráter nacional têm sido empreendimentos que possam impactar o elaboradas (e.g. CBRO, 2015) e servem ambiente natural, ou mesmo artificial como uma referência para se avaliar o grau (urbano). de conhecimento de um determinado grupo O incremento da interferência antrópica e para apontar possíveis lacunas de sobre as áreas naturais, de uma forma ou conhecimento, incentivando, por exemplo, de outra, afeta diretamente a conservação a documentação de determinados táxons da biodiversidade desses locais conhecidos em uma região apenas por (SILVEIRA et al., 2019). De forma relatos. complementar, ou mesmo idêntica, Partindo desta premissa, tem-se, segundo mediante a expansão das urbes, tais Silveira e Uezu (2011), que o ambientes ficam cada vez mais restritos a monitoramento da avifauna em projetos fragmentos isolados, sofrendo assim que envolvam a restauração e a conexão de interferências em seus processos fragmentos florestais se constitui em uma ecológicos e, consequentemente, significativa linha de pesquisa haja vista impactando de forma acelerada todos os que as aves formam um grupo fatores dependentes dela (SILVEIRA et al., relativamente fácil de ser amostrado e 2019). Neste sentido, o município de alguns grupos respondem rapidamente às Guaratinguetá (SP) localiza-se em região alterações ambientais (SILVEIRA; UEZU, sob influência da Mata Atlântica, na qual, é 2011). UNISANTA Bioscience Vol. 10 nº 1 (2021) p. 12 – 23 Página 13 D.C. de Paula Júnior, K.C. Pereira, V.S. Torres Dessa forma, o objetivo deste trabalho é São Paulo e a 237 Km da cidade do Rio de apresentar a lista das espécies de Aves Janeiro, o município (Fig. 1) se estende por Linnaeus, 1758 observadas na região de 752,4 km2, estando situado a 526 metros de Guaratinguetá (SP). altitude, e apresentando as seguintes coordenadas geográficas referenciais: Materiais e métodos Latitude: 22° 48' 58'' Sul, Longitude: 45° Localizado às margens da Rodovia 11' 37'' Oeste. Presidente Dutra, a 163 Km da cidade de Figura 1. Área do município de Guaratinguetá – SP (Fonte: modificado do Google Earth, 2020). O levantamento das espécies in loco foi posteriormente com a revisão realizado no período de abril de 2018 a nomenclatural processada através do agosto de 2020. Avibase - the world bird database <h t t p : / / a A identificação das aves foi feita por v i b a s e . b s c - e o c . o r g / a v i b a s e . j s p>. Ainda, visualização, fazendo-se uso de binóculo e a sistemática foi realizada seguindo-se guias de campo (SIGRIST, 2007; integralmente a classificação adotada na NAROSKY; YZURIETA, 1993), e por mais recente lista do Comitê Brasileiro de vocalização com a taxonomia sendo Registros Ornitológicos (CBRO, 2015). realizada com base em Bencke et al. No que tange ao status ambiental, forma (2010) e Torres et al. (2018), e classificadas, em consonância com o UNISANTA Bioscience Vol. 10 nº 1 (2021) p. 12 – 23 Página 14 D.C. de Paula Júnior, K.C. Pereira, V.S. Torres Dedreto N° 63.853/2018 do estado de São conseqüentemente uma rica Paulo como RE = Regionalmente extinto; biodiversidade. Originalmente está sob o CR = Criticamente em perigo; EN = Em domínio do bioma Mata Atlântica, perigo; VU = Vulnerável; NT = Quase abrigando uma série de ecossistemas que ameaçada; DD = Dados insuficientes vão desde as florestas semideciduais até os (todos cfe. Decreto N° 63.853/2018); LC = campos de altitude e as Florestas Pouco preocupante; EE = Espécie exótica. Ombrófilas Mistas, que abrigam A permanência na região foi estabelecida, exemplares de Araucária, Araucaria primordialmente, no estudo de Moreira- angustifolia (Bertol.) Kuntze Lima (2013), como: R = residente; M = (Araucariaceae). No entanto, curiosamente, migratória; # = status presumido, mas não mesmo com a predominância da Mata confirmado; EB = endêmico para a Mata Atlântica, havia (existência atual é Atlântica. questionável) também encraves de Cerrado (outro bioma) em Guaratinguetá. Resultados e discussão A planta urbana de Guaratinguetá, por sua Caracterização da região vez, mostra subjugação às condições O clima pode ser considerado subtropical topográficas. O revelo da cidade quente, apresentando verões chuvosos e condicionou uma ocupação alongada e invernos secos. A temperatura média anual estreita, acompanhado as margens do Rio situa-se acima de 21°C, sendo a média de Paraíba, ocupando planícies inundáveis. umidade relativa do ar superior a 70%. Com média pluviométrica próxima de Assim, é encontrado em Guaratinguetá um 1400 mm e com a planície formada por clima tropical chuvoso nas áreas de depósitos aluviais do tipo argilo-siltosa e topografia mais suave e um clima tropical sílitico-arenosa e solo raso com nível de altitude nas áreas mais elevadas. Dois freático variando de 0,60 m a 1,30 m em fenômenos colaboram para o aumento média, aliados ao processo de pluviométrico na região, em determinados impermeabilização do solo e ausência de períodos, o El Niño e a formação da ZCAS vegetação ciliar no curso principal e (Zona de Convergência do Atlântico Sul). afluente do Paraíba do sul. Durante o Em se tratando da distribuição da período de verão, as inundações na cidade vegetação em Guaratinguetá, por ser um de Guaratinguetá são inevitáveis. meio bastante diversificado no que se A avifauna refere a clima, relevo e solo, a região As aves aqui registradas (Tab. I, Fig. 2), apresenta cobertura vegetal variada e, além de observações in loco no período de UNISANTA Bioscience Vol. 10 nº 1 (2021) p. 12 – 23 Página 15 D.C. de Paula Júnior, K.C. Pereira, V.S. Torres abril de 2018 a agosto de 2020, recebem Moreira-Lima (2013), Paula-Jr. (2017) e enriquecimento, particularmente, dos Paula-Jr. et al. (in parabatur ‘a’, ‘b’). estudos de Silveira e Uezu (2011), Tabela I. Aves Linnaeus, 1758 registradas para a região de Guaratinguetá, SP. O asterisco assinala as espécies exóticas (naturalizadas). Status: Status ambiental: RE = Regionalmente extinto; CR = Criticamente em perigo; EN = Em perigo; VU = Vulnerável; NT = Quase ameaçada; DD = Dados insuficientes (todos cfe. Decreto N° 63.853/2018); LC = Pouco preocupante; EE = Espécie exótica. Permanência na região: R = residente; M = migratória; # = status presumido, mas não confirmado; EB = endêmico para a Mata Atlântica. Status Permanência Família Espécie Popular Ambiental na região Elanus leucurus Gavião LC4 R Accipitridae (Vieillot, 1818) peneira Vigors, 1824 Rupornis magnirostris Gavião carijó LC4 R (Gmelin, 1788) ou Pinhé Martim Megaceryle torquata pescador LC4 R (Linnaeus, 1766) Alcedinidae grande Rafinesque, 1815 Martim Chloroceryle amazona pescador LC4 R (Latham, 1790) verde Amazonetta brasiliensis Pé vermelho LC4 M4 Anatidae (Gmelin, 1789) Leach, 1820 Dendrocygna viduata Paturi ou LC4 M (Linnaeus, 1766) Irerê Anhingidae Anhinga anhinga Biguatinga LC4 M4 Reichenbach, 1849 (Linnaeus, 1766) Aramidae Aramus guarauna Carão LC4 R#4 Bonaparte, 1852 (Linnaeus, 1766) Ardea alba Garça branca LC4 M4 Linnaeus, 1758 Butorides striata Socozinho LC4 M4 (Linnaeus, 1758) Ardea cocoi Garça moura LC4 M4 Linnaeus, 1766 Bubulcus ibis Garça LC4 R Ardeidae (Linnaeus, 1758) vaqueira Leach, 1820 Egretta thula Garça branca LC4 M4 (Molina, 1782) pequena Syrigma sibilatrix Maria faceira LC4 R (Temminck, 1824) Tigrisoma lineatum Socó boi LC4 R (Boddaert, 1783) Nycticorax nycticorax Socó LC4 M4 (Linnaeus, 1758) dorminhoco Caprimulgidae Curiango / Hydropsalis sp. LC# R# Vigors, 1825 Bacurau Cathartidae Coragyps atratus Urubu preto LC4 R Lafresnaye, 1839 (Bechstein, 1793) Charadriidae Vanellus chilensis Quero quero LC4 M4 Leach, 1820 (Molina, 1782) UNISANTA Bioscience Vol. 10 nº 1 (2021) p. 12 – 23 Página 16 D.C. de Paula Júnior, K.C. Pereira, V.S. Torres Columba livia Pombo EE R Gmelin, 1789 doméstico Columbina talpacoti Rolinha roxa LC4 R Columbidae (Temminck, 1810) Leach, 1820 Patagioenas picazuro Pombão / Asa LC4 R (Temminck, 1813) branca Zenaida auriculata Pomba de LC4 M4 (Des Murs, 1847) bando Corvidae Cyanocorax cristatellus Gralha do DD R Leach, 1820 (Temminck, 1823) campo Crotophaga ani Anu preto LC4 R Linnaeus, 1758 Guira guira Anu branco LC4 R Cuculidae (Gmelin, 1788) Leach, 1820 Piaya cayana Alma de gato LC4 R Linnaeus, 1766 Tapera naevia Saci LC4 R (Linnaeus, 1766) Dendrocolaptidae Lepidocolaptes angustirostris Arapaçu de LC4 R Gray, 1840 (Vieillot, 1818) cerrado Estrildidae Estrilda astrild Bico de lacre EE R Bonaparte, 1850 (Linnaeus, 1758) Caracara plancus Gavião LC4 M (Miller, 1777)1 carcará Falconidae Milvago chimachima Gavião LC4 R Leach, 1820 (Vieillot, 1816) carrapateiro Falco sparverius Quiri quiri LC4 M Linnaeus, 1758 Fringillidae Euphonia chlorotica Fim fim LC4 R Leach, 1820 (Linnaeus, 1766) Certhiaxis cinnamomeus Curutié LC4 R (Gmelin, 1788) Furnarius figulus Casaca de LC4 R (Lichtenstein, 1823) couro da lama Phacellodomus Furnariidae João botina erythrophthalmus LC4 R, EB4 Gray, 1840 da mata (Wied, 1821) Phacellodomus rufifrons João de pau LC4 R (Wied, 1821) Synallaxis rutilans João teneném VU# R, EB# Temminck, 18235 Andorinha Progne chalybea doméstica LC4 M4 (Gmelin, 1789) grande Hirundinidae Andorinha Pygochelidon cyanoleuca Rafinesque, 1815 pequena de LC4 M4 Vieillot, 1817 casa Tachycineta albiventer Andorinha do LC4 R4 (Boddaert, 1783) rio Icteridae Chrysomus ruficapillus Garibaldi LC4 R Vigors, 1825 (Vieillot, 1819) Jacanidae Jacana jacana Chenu & Des Jaçana LC4 M4 (Linnaeus, 1766) Murs, 1854 UNISANTA Bioscience Vol. 10 nº 1 (2021) p. 12 – 23 Página 17 D.C. de Paula Júnior, K.C. Pereira, V.S. Torres Mimidae Mimus saturninus Sabiá do LC4 R Bonaparte, 1853 (Lichtenstein, 1823) campo Parulidae Wetmore, Friedmann, Setophaga pitiayumi Lincoln, Miller, Mariquita LC4 R (Vieillot, 1817) Peters, van Rossem, Van Tyne & Zimmer, 1947 Passerellidae Zonotrichia capensis Cabanis & Heine, Tico tico LC4 R (Statius-Müller, 1776) 1850 Passeridae Passer domesticus Pardal EE R Rafinesque, 1815 (Linnaeus, 1758) Phalacrocoracidae Nannopterum brasilianus Biguá LC4 M4 Reichenbach, 1849 (Gmelin, 1789)2 Colaptes melanochloros Pica pau LC4 R (Gmelin, 1788) verde barrado Picidae Melanerpes candidus Pica pau LC4 R Leach, 1820 (Otto, 1796) branco Picumnus cirratus Pica pau anão LC4 R Temminck, 1825 barrado Forpus xanthopterygius Tuim LC4 R (Spix, 1824) Psittacidae Pionus maximiliani Maitaca verde LC4 R Rafinesque, 1815 (Kuhl, 1820) Psittacara leucophthalmus Periquitão DD R# (Statius Muller, 1776)5 maracanã Gallinula galeata Frango LC4 R (Lichtenstein, 1818) d’água Porphyrio martinicus Frango LC4 R Rallidae (Linnaeus, 1766)6 d’água azul Rafinesque, 1815 Laterallus melanophaius Sanã parda LC4 R (Vieillot, 1819) Pardirallus nigricans Saracura sanã LC4 R (Vieillot, 1819) Ramphastidae Ramphastos toco Tucanuçu LC4 R Vigors, 1825 Statius Muller, 1776 Todirostrum cinereum Ferreirinho LC4 R Rhynchocyclidae (Linnaeus, 1766) relógio Berlepsch, 1907 Todirostrum poliocephalum Teque teque LC4 R, EB (Wied, 1831) Asio clamator Coruja LC4 R (Vieillot, 1808) orelhuda Strigidae Athene cunicularia Coruja LC4 R Leach, 1820 (Molina, 1782) buraqueira Megascops choliba Corujinha do LC4 R (Vieillot, 1817) mato Coereba flaveola Cambacica LC4 R (Linnaeus, 1758) Thraupidae Conirostrum speciosum Figuinha de LC4 R Cabanis, 1847 (Temminck, 1824) rabo castanho Dacnis cayana Saí azul LC4 R (Linnaeus, 1766) UNISANTA Bioscience Vol. 10 nº 1 (2021) p. 12 – 23 Página 18 D.C. de Paula Júnior, K.C. Pereira, V.S. Torres Nemosia pileata Saíra de LC4 R (Boddaert, 1783) chapéu preto Ramphocelus bresilius Tiê sangue LC4 R, EB (Linnaeus, 1766) Sporophila collaris Coleiro do LC4 R (Boddaert, 1783) brejo Sporophila lineola Bigodinho LC4 M4 (Linnaeus, 1758) Sporophila caerulescens Coleirinho LC4 M4 (Vieillot, 1823) Tangara cayana Saíra amarela LC4 R (Linnaeus, 1766) Tangara palmarum Sanhaçu do LC4 R (Wied, 1821) coqueiro Tangara sayaca Sanhaçu LC4 R (Linnaeus, 1766) cinzento Tersina viridis Saí andorinha LC4 M4 (Illiger, 1811) Thlypopsis sordida Saí canário LC4 R (d’Orbigny & Lafresnaye, 1837) Volatinia jacarina Tiziu LC4 R (Linnaeus, 1766) Amazilia lactea Beija flor de LC4 R (Lesson, 1832) peito azul Besourinho Chlorostilbon lucidus do bico LC4 R (Shaw, 1812) vermelho Trochilidae Eupetomena macroura Beija flor Vigors, 1825 LC4 R (Gmelin, 1788) tesoura Phaethornis pretrei Beija flor do LC4 R (Lesson & Delattre, 1839) rabo branco Thalurania glaucopis Beija flor de LC4 R (Gmelin, 1788) fronte violeta Troglodytidae Troglodytes musculus Corruíra ou LC4 R Swainson, 1831 Naumann, 18233 Corrila Turdus leucomelas Sabiá de LC4 R Turdidae Vieillot, 1818 barranco Rafinesque, 1815 Turdus amaurochalinus Sabiá poca LC4 M4 Cabanis, 1850 Camptostoma obsoletum Risadinha LC4 R (Temminck, 1824) Guaracava de Elaenia flavogaster barriga LC4 R (Thunberg, 1822) amarela Elaenia spectabilis Guaracava LC4 M4 Pelzeln, 1868 grande Tyrannidae Fluvicola nengeta Lavadeira Vigors, 1825 LC4 R (Linnaeus, 1766) mascarada Hirundinea ferruginea Gibão de LC4 R (Gmelin, 1788) couro Machetornis rixosa Suiriri LC4 R (Vieillot, 1819) cavaleiro Megarynchus pitangua Neinei LC4 M4 (Linnaeus, 1766) UNISANTA Bioscience Vol. 10 nº 1 (2021) p. 12 – 23 Página 19 D.C. de Paula Júnior, K.C. Pereira, V.S. Torres Bentevizinho Myiozetetes similis de topete LC4 R (Spix, 1825) vermelho Pitangus sulphuratus Bem te vi LC4 R (Linnaeus, 1766) Serpophaga nigricans João pobre LC4 R (Vieillot, 1817) Serpophaga subcristata Alegrinho LC4 M4 (Vieillot, 1817) Tyrannus melancholicus Suiriri LC4 M4 Vieillot, 1819 Tyrannus savana Tesourinha LC4 M4 Daudin, 1802 Tytonidae Tyto furcata Coruja da DD R Mathews, 1912 (Temminck, 1827)7 igreja Vireonidae Vireo olivaceus Juruviara DD R Swainson, 1837 (Linnaeus, 1766)8 1 Conforme Torres et al. (2018), a rejeição do gênero Polyborus em favor de Caracara é defendida por Banks e Dove (1992), que demonstraram que o primeiro nome foi originalmente aplicado a uma forma de identidade incerta, assim propondo sua substituição pelo segundo nome apresentado. 2 Apresentado como Phalacrocorax brasilianus (Gmelin, 1789) por Moreira-Lima (2013). Tradicionalmente tratado em Phalacrocorax, Kennedy e Spencer (2014) demonstraram que as espécies do Neotrópico, incluindo Galápagos, pertencem a um clado distinto, merecendo reconhecimento como gênero a parte. 3 Tratada até recentemente como subespécie de T. aedon, mas o trabalho de Kroodsma & Brewer (2005) sugere que esta é uma linhagem geneticamente divergente, com isto devendo ser tratada como espécie independente. 4 Com base no estudo de Moreira-Lima (2013). 5 Ausente no estudo de Moreira-Lima (2013). 6 Moreira-Lima (2013), equivocadamente denominam Porphyrio martinicus (Linnaeus, 1766) como Porphyrio martinica (Linnaeus, 1766), deixando de perceber a incorreta concordância dos termos latinos. 7 Moreira-Lima (2013) considera que a espécie ocorrente na região seja Tyto alba (Scopoli, 1769). 8 Moreira-Lima (2013) considera que a espécie ocorrente na região seja Vireo chivi (Vieillot, 1817). UNISANTA Bioscience Vol. 10 nº 1 (2021) p. 12 – 23 Página 20 D.C. de Paula Júnior, K.C. Pereira, V.S. Torres Figura 2. Representação gráfica da diversidade das espécies nas famílias da avifauna observada no município de Guaratinguetá, SP. Agregar o estudo de Moreira-Lima (2013) estudo, mas com uma representatividade aos estudos de Paula-Jr. (2017) e Paula-Jr. na ordem de 44,7% das famílias. et al. (in parabatur ‘a’, ‘b’), para a consolidação do presente, representa uma Conclusões condição excepcional por confirmar a A avifauna do estado de São Paulo como maioria das espécies observadas, mas, não um todo, pode ser considerada como somente isto, igualmente revisar a crença significativamente bem conhecida, mas a de que determinadas espécies fossem ocorrência em pólos regionais ainda se residentes quando, na verdade, são apresenta como lacunas, a exemplo do migratórias, aceitando-se a consideração presente estudo. Desta forma, as aves aqui daquele autor em decorrência da elevada registradas se constituem em uma ampla amplitude territorial atingida pelo mesmo. diversidade de temas ambientais, como Silveira e Uezu (2011) relatam a presença serviços ambientais e categorias de de 793 espécies no estado de São Paulo, conservação, que não somente podem, que representam 25 ordens e 85 famílias, mas, efetivamente, devem ser discutidos no sendo que o presente estudo registra, âmbito do uso público, não apenas para o somente para a região de Guaratinguetá, 38 turismo sustentável, mas também para fins famílias abarcando 101 espécies, se de educação ambiental. constituindo, por conseguinte, em apenas Muito embora exista um grande número de 12,7% das espécies relatadas naquele espécies ameaçadas, conforme se denota UNISANTA Bioscience Vol. 10 nº 1 (2021) p. 12 – 23 Página 21

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