G E R A L D E P S T E I N, M . D . (HEALING V1SUALIZATIONS) 8g EDIÇÃO Guia completo para a Terapia pela Imagem G E R A LD E P S T E I N, M . D. IMAGENS QUE CURAM (HEALING VISUALIZATIONS) Guia completo para a Terapia pela Imagem X E N O N Para Rachei... cujo nome significa cordeiro. AGRADECIMENTOS Eu gostaria de agradecer a algumas pessoas maravilhosas que ajudaram a tornar possível este livro. Primeiro, agradeço a Harris Dientsfry, um editor extraordinário, cujos diligentes esforços e sábios conselhos ajudaram a dar a este livro sua forma final. Naturalmente, deveria agradecer à falecida Tobi Sanders, que iniciou e moldou a divisão New Age, da Bantam, por me solicitar que escrevesse este livro. Agradeço a Perle Besserman por sua dedicação na fase inicial do livro, quando examinou mais de mil páginas, editando o material de modo a deixá-lo com um tamanho razoável. Meus agradecimentos especiais à Mme. Colette Aboulker- Muscat, que me ensinou os exercícios com imagens. Minha com- preensão sobre o assunto e o modo pelo qual o transmito estão impregnados de seus ensinamentos. Agradecimentos especiais devo a Ginny Flint, pelos singelos desenhos que pontuam o livro. E, de outra parte, como haveria um original sem os esforços datilográficos de Carol Shookhoff e Lisa Wood? Agradeço também a Leslie Meredith que, após a morte prema- tura da Sra. Sanders, assumiu a responsabilidade pela conclusão do livro. E agradeço a Rachel Blumenthal pelo apoio incondicional, encorajamento e pelas sugestões durante todo o processo. Quero agradecer também a todas as pessoas que ajudaram a criar alguns dos exercícios de imagens, entre elas Sheryl Rosenberg, Greta Gruber, Jean Kadmon, Dr. Andrew Gentile e à Dra. Viviane Lind, e também aos meus pacientes, que preferem o anonimato. A todos eles, minha mais profunda gratidão. Gerald Epstein ÍNDICE INTRODUÇÃO O Poder das Imagens Mentais 11 CAPÍTULO UM Imagine Sua Saúde: Preparando-se para o Trabalho de Terapia com Imagens 21 CAPÍTULO DOIS O Processo de Criação de Imagens: A Conexão Corpo-Mente 35 CAPÍTULO TRÊS Usando as Imagens com Sucesso: O Caminho para a Unidade 45 CAPÍTULO QUATRO Planejando a Cura: Técnicas e Imagens Eficazes para Problemas Específicos 59 CAPÍTULO CINCO Exercícios para a Saúde 209 CAPÍTULO SEIS Oito Sugestões para Você Desenvolver Suas Próprias Imagens 223 CAPÍTULO SETE As Convicções Positivas nas Imagens de Cura 231 ÍNDICE REMISSIVO 237 INTRODUÇÃO O Poder das Imagens Mentais Em meados de 1974 passei seis semanas em Jerusalém como professor convidado de direito e psiquiatria da Escola de Medicina Hadassa. Naquela época eu era psicanalista freudiano: fiz os estudos tradicionais de médico psiquiatra e prossegui na formação para me tornar psicanalista. Este ideal, que perseguia desde os dezenove anos de idade, consegui atingir aos 37. Quando fui para Jerusalém achava que sabia "fatos" indis- cutíveis sobre a mente e que conhecia a fundo as respostas mais fundamentais sobre a vida mental. No entanto, naquele verão em Jerusalém minha compreensão da mente e suas profundas conexões com o corpo passou por uma grande transformação. Este livro é um dos frutos dessa percepção. E o resultado de mais de quinze anos de prática médica bem-sucedida utilizando os vastos poderes das imagens e do imaginário para curar distúrbios tanto físicos quanto mentais e para intensificar o nível geral de saúde e bem-estar. Em Jerusalém conheci um jovem que havia passado por três anos de psicanálise intensiva — cinco vezes por semana — para se livrar de uma persistente depressão. Sua análise lhe havia fornecido pouco alívio. Após estes três anos infrutíferos, ele procurou uma mulher que 11 Imagens que Curam praticava "imagens visuais" ou, mais precisamente, a terapia do "sonho acordado". Ele havia tido quatro sessões com ela — uma por semana, durante um mês — e se considerava curado. Devido à minha ótica freudiana, eu mal podia acreditar nele. Permanecia, entretanto, o fato de que, em um mês, com um tipo novo e diferente de terapia, sua depressão havia se dissipado. Com meu interesse profundamente despertado, encontrei-me com sua terapeuta, Mme. Colette Aboulker-Muscat (contemporânea, como vim a saber, do médico francês Robert Desoille, que desen- volveu a técnica chamada "sonho acordado dirigido''). Este encontro mudou a minha vida. Contei a Mme. Aboulker-Muscat que soubera de seu notável sucesso com o jovem, mas que eu nunca ouvira sobre sua técnica terapêutica. Ao trocarmos algumas observações sobre imagens mentais, lembrei-me, e disse a ela, que a explicação de Freud aos analistas sobre o uso da "livre associação" era, em essência, um exercício de imagens. No exercício proposto por Freud, o analista pede ao paciente que imagine a ambos viajando em um trem, com o paciente olhando pela janela e descrevendo ao analista tudo o que vê. Mme. Aboulker-Muscat respondeu-me fazendo uma pergunta: "Em que direção está indo o trem?" Fui pego de surpresa por esta questão que parecia não ter nada a ver com o que eu dizia: o que tinha isso a ver com terapia? Mesmo assim, preocupado em não dar, de alguma forma, a resposta "errada", eu disse, prudentemente, que os trens andam na direção horizontal. E fiz um movimento horizontal com a mão. Mme. Aboulker-Muscat fez um movimento vertical com seu braço e disse: "Bem, e se a direção fosse transferida para este eixo?" Agora, cerca de quinze anos depois, não consigo entrar em detalhes sobre o que se passou em minha mente naquele momento. Mesmo então, não tenho certeza de ter tido consciência do que se passava. O que eu soube, e ainda percebo como sendo a verdade daquele instante, é que senti uma profunda sensação de autoconheci- mento. Foi algo como uma manifestação divina. O movimento ver- 12 Gerald Epstein tical pareceu elevar-me para além do jugo horizontal do pré-estabe- lecido, dos padrões usuais de causa e efeito do dia-a-dia. Eu saltei para a liberdade e vi que a função da terapia — a função de ser humano — é a de auxiliar na compreensão da liberdade, de ir além do preestabe- lecido, de inovar — e disso todos somos capazes — e a de aumentar nossa capacidade de recriar. Vim a aprender que tudo isto torna-se possível através das imagens. Durante os nove anos seguintes estudei as imagens com Mme. Aboulker-Muscat. Aprendi a unidade da mente e do corpo, mental e física, e as técnicas da terapia do sonho acordado, as quais me permitiram ajudar meus pacientes a se voltarem diretamente para a unidade corpo-mente e dela se utilizarem. A terapia do sonho acor- dado é uma viagem profunda e experimental na vida interior, que tanto usa sonhos noturnos de uma pessoa quanto suas conversas diurnas como ponto de partida para exame quando acordada. Os exercícios de imagens mentais deste livro são uma forma de sonhos acordados — sonhos que podem gerar a realidade. O que quer dizer "imagens mentais"? De forma simplificada, trata-se do produto da mente ao lidar com figuras. Existem várias maneiras de se pensar. O pensamento lógico nos é o mais familiar. Desde o século XVII este tipo de pensamento ganhou precedência sobre os demais por ser a base da ciência. Entretanto, há outras formas de pensamento — formas não-lógicas, intuitivas — que coexistem com o pensamento lógico. Reflita sobre as vezes em que você teve um súbito insight — quando, de repente, você percebe um jeito novo de fazer algo, ou encontra a solução de um problema que parecia não ter resposta. Este tipo de pensamento é chamado de intuição. E, como disse corretamente o educador Caleb Gattegno, sem a intuição não seríamos capazes de pensar em nada novo. Assim como a intuição, o pensamento em forma de imagens mentais é um tipo de pensamento não-lógico. O pensamento lógico e 13