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Historiografia brasileira em perspectiva PDF

246 Pages·2007·54.565 MB·Portuguese
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Historiografia Brasileira m e Perspectiva 981.0072 '·C bam. 981.0072 H673 6.ed Titult>: Historiografía brasileira em H673 Per~pectiva ¡ . 6.ed ~ 1~11111111111111111111111111111111111111111111111111 1 Brasileira em Perspectiva 90011 Ac. 17565 I..V.L..LV~.La.u.a hltll~RJ l____ _ __ ___, N"Pat.:2016/2010 HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA EM PERSPECTIVA Marcos Cezar de Freiras (org.) Laura de Mello e Souza- Laima Me~gravis Maria Odila L. Silva Dias - lzabel A. Marzon Suely Robles R. Queiróz- Maria de Lourdes M. Janotti Claudio Baralha - Vavy Pacheco Borges Maria Helena R. Capelato - Mary Del Priore Maria Srella M. Bresciani - Paulo Miceli Kazumi Munakara - Marisa Lajolo Marra ~1. Chagas de Carvalho - Leandro Konder Jorge Coli - Renato Janine Ribeiro ~~~ .co'f-~ ~6~? 6·; . J~·' <@] editoracontexto Ct>pyrig/Jf({) 1998 do, autor~s SUMÁRIO T')dos os dlrdt05 Uelta cd.,Jo rcscn,¡Jo,:. Lditora Comcxw (W•tora l'•n~kr 1 tJ~.) Or¡:.u;:::.1¡.1o .\l~r<Os CctM J •. lrcítJ\ DitlJTtlJI."tl,llcJ lúlmlu ,\ l.uconJc~ de 01" crra Rn·1.Jo .\b m.1 Leal lntrodu~ao, 7 Apparccidal'crcir,¡ ,\lorcir;~ Marcos Cezar de Freitas Dados lnrerna,ionars de C~raloga~lo na Public;t\ao (CII') (C.lmara Br,Hilcira Ju l.ivro, SI~ BtJ\11) Frerras. 'v1arcos Cet<tr. PARTE 1 - HISTORIOGRAFIA BRASJLEfRA: OS OLHARES SOBRE AS FONTES Hisrorrografi.t brasile.ra clll pcrspcuiva 1 \iarcm C:czar de Freira~ (org) 6. ed., P retmprcss~o ~ito l'.udo ' Contexw, 2007 Aspectos da Historiografía da Cultura sobre o Brasil Colonial, 17 Bibl iografia Laura de Mello e Souza ISBN 85-7244-088-7 A Sociedade Brasileira e a Historiografía Colonial, 39 l. Brasd-Hi;rót i.t. 2 Brastl- Hisró11a- Hísto11ografia l. Freiras, Mar~o~ Cez.tr de. Laima Mesgravis 98-0499 CDD- 981007.2 Sociabilidades sem História: Votantes Pobres no Império, 1824-J8 8 J, 57 fndJGes para '•dlogo \Ístcm.lttco· 1 Brastl Hiqonografia 981.0072 Maria Odila Leite da Silva Dias F R R J - NOVA /GUACU 2 Hmoriografi.t: BrJ~íl 98 10072 1 O fmpéno da Revolu~ao: Matrizes Interpretativa ... do. .. Connitos da Registro Sociedade Monárquica, 73 ata .... 'JS!._../ ... ?.~_}. .1Q____ E1>11 ORA Co.-. 1 !eX 1t > habel Andrade Marson g :. ...... . Di retor cdnorial:fizmu f'mslcy x.: ~~ Escravidao Negra cm Debate, J0 3 ·;.. '11·~e:'"'=="--=l)~-------l Rua Dr. Jo~¿ l:.lt.ll. 520 . Alto d.t L.tpa ~ · · .. :t..'>!. ~----..· --- 05083-030-~lo Paulo-'1' Suelv Robles Reis de Queiróz ngem; --- J:133.{Qj. ...... - l'.~sx. 111) 3832 5838 roe es so; ....... O Diálogo Convergente: Políticos e Historiadores no Início da República, 11 9 con te\to@ed i toratonrexru com .br _ W\\'Y..cdtcor~wntcxto lOm.br Maria de ú;urdes Monaco Janotti A Historiografia da Classe Operária no Brasil: Tn*tória e Tendencias, 145 Clcíudio H. M. Bata/ha ToCF Anos Trinta e Política: História e Historiografía. 159 Vavv Pacheco Borges P101bida 1 rcprodu~áo tot.d ou p.~rti.ll. 0< infrarores ser5o proce.\,Jdm nJ lnnnd dJ let Estado Novo: Nova~ Histórias, 183 Maria Helena Rolim Cape/ato J#l.. ...-·~ ' ............... PARTE II-HJSTORIOGRAHA RRASILFJRA NOVAS f'ONTcS PARA UMA HISTÓRTA DA PARA NOVOS OLHARF.S HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA Hi.,tória da., Mulheres: A~ Vo¿es do Silencio, 217 Mary Del Pri01·e Hi'itória e Htstoriografia da., Cidades. um Percurso. 237 Marcos Cezar de Freitas (usn Maria Stella M. Brescwnni Sobre Hi'>tória. Braudel e o~ Yaga-lumes. A EscoJa dos Annales e o Brasil (ou \ice-versa)_ 259 A htstóna do cerco de Ltsboa, por um tnstante. eMeve ¡¡.., m.lo" <k Raimundo Silva. o revi..,or a qucm Saramago torturou com a Paulo Miceli htpótese de que a inser~ao de uma pala\ ra - u m ll{tO e m meto a Hi.,t6rias que os Ltvros Dtdáticos Contam. Depois que Acabou a Ditadura uma reconstituir,;:ao histónca, oca::.ionaria a revt.,ao de todo o fato. ou ~c¡a da própna no Brasil, 271 hi.,tória do cerco. Naquele in~tante, v da dú1•ida. ocorria ao revi~or a po..,..,e de um Ka::umi Munakata poder cujo exercício podcria facultar a obltterac;:ao da memória já cristalizada ~obre a cidade cercada. A dúvtda, aos poucos, pa~sou a \Cr a .'>en-:a¡;ao de posse !>Obre o lato RegiOnalismo e História da Literatura: Quemé o Vilao da História?, 297 em ~._ Quando se acredita na existéncia de tal poder supoe-se também ser vcro~sítml Marüa ú~jo/o po..,.;uir autoridade sobre a permanéncia do<; senttdo'i sociais dos fatos reorgani7ado!> no carpo de u m texto. Seria o senhor da narrac;:ao tJmbém o senhor do fato? A Conflgura\ao da Historiografia Educacional Brasiletra, 329 No in~tante <;eguinte, o da conspirarüo. quando num gesto de rebeldta Marta Maria Chaga'i de Carvalho acreo;centou o 1uio indevtdo a na~ra~iío, oconeu-lhc que a atttude repre\entava a garantía de autonomta do leitor sobre o faro A exi-;tcncia e a permanéncia de um e Htstória dos lnrelectuais nos Anos 50. 355 Lealldro Konder de outro (intérprete e hi..,tória) independiam da.., formas através da~ CJUiJÍ'-o ,..,e reconheciam um outro Tal independéncia recíproca era, contudo, inst<1vcl e 110 A Ptntura e o Olhar sobre Si: Víctor Meirelles e a Invcn¡yao de uma Históna efe mera. Isso porque no terceiro 1n <;tante, o da proclamufriO da .fw \(/. as Visual no Século XIX Brasileiro, 375 recompuseram-se a integridade do fato - como entidaJc alheia conspira~ñe.-; da narrativa, e a autoridade do historiador- como preceptor único da possibtlidadc de lorf!.e Co/i um nüo ocupar o lugar de um sim, ou vtce-vcr\a. Ao tevisor insurrecto rc:-.tava a Iracema ou a Funda9ao do Brasil, 405 tornar SOiidao de Slltl lida e detxar que lmtort:ldOr e história prOS'>CguÍ-..\em '.CU\ Renatv Janine Ribeiro caminhos (cf S.tramago. 1989). Ao hi'-.!onadot n::tornava a autoridade \Obre o acontectdo. Ao historiado• de ofícto, a fabulac;iio de Saramago ~ugerc a pre-;en~a fanta<,magórica do mmt!acru a as~ombt at permanentemente suas prált<.:a' A Notas. 415 realidade ca~oa do profissional da hi::.tórin testando a Lenactdade de seus olhos. 1::-;o;a as ca~oada pode ser mclhor entendida se for comparada metüforas que a literatura no~ oferece. Lembrcmo~ Macando: Os únu.:o~ c.:a~o~ de cla'i!.ilic.:.u,:iiu tmposstvcl cram os de Jose Arcadto e 1\urcilano Segundo. roram t:lll parecidos e trave<;<;OS durante a inf;\nc.:i.l que nema pr6pna S.mt.l '-iofia de la Ptedad o<; 6 7 ·mO que anali ... ado no pa<>sado. quando¡:í se \ahc ('!) t) que .... e ra;\OU. H;í ...c mpre potha J¡st•nguir N11 d1a do hauzado, Amaranta t.:olllt.:ou nclcs u' ...,es olhar Jj-.poslO a "ra-.trear LU11<.1 pe!Sollagcnt uu Ullt f,ilu ,,¡.._ yu'- ,llnb":-. '' pubcna' com o' rcspcctl\<h nnm•·" ., '"t".liU os d)lll nn1p.c~ de urn cm ..,cu" simulacros. e e!>.scs. por -.ua vez. pndem st!r procurados cm -.uas coreo; thl"crentcs. marcada' com ,¡, nu~o:•a•s de t.:ada um. mas reve1e .n._ 1d ~. rcaltdade. A ht·- ..tonogral·t a quer o t en:cer--.e para u·m·gt·r os o 11 tare!>. ao p quando comt•c;a•am a ir ¡-, escola nptaram por tro~:ar a rnupa e qu. ot:ll cncarecendo-\hes: "o 11t e m no\'amente ., F. m contrapo'>t\a-o a es-.a 1t tpo. tc,e. _? l as pul ... c.;¡ras e ,1 se t.:h,un;u cm ele-; rncsm<l' com os ll<lliiC' au con u <ÍIIO O mcstrc Mckhor ~~~cnlona. acnqumado a LonhcccJ hvtás t.o;,.c lllrn.: unt novo ol ha r que a pan h• 1 0 .. novo .. qu..m c1 \) e 1e na-o e• o novo. ma-. a repeti~;:w;. n1~tura ~ua~d-~ f<:bc~u Jo,é A1t.:.1dio Segundo pela camtsa \Ctdc. pcrdcu ,\s c<;tnhenas quc percebe a e la __ ..' \ realtdadc e wrnou se quando 1k~cohnu que este tratia a pubctra de \urcliano r"io;ténc a. conumltdade (uma "e' t1 ,tg~.:dt,t outt ,\ \el 1, u..,,t ). Scguml11. L' que o outro dJtJ.I que.; 'l t.:halll<L\"<t clllretanto. pe Ta1h·a. por tudo tsso a h1-.toriografia e-.te_¡a f.tdada a :-.er -,clllprc uma p<.trlt.. 1\ureltann Segundo a pesar de '<>llr .1 carm'a hrnnca e trazc¡ a da hi-.t)ria da'- idéias (e vice-versa) uma vet que sua ocupa<;:iln com o tcgi-.tro e:-.ta pulscira maJctda ..:om o nonte de lose Arc:-ttllu Segundo A impreg1nada das unpressoes (fanta~magónca'> o u nüo) do "nao regtstrado". pat tlr daí nao se ... ahJ,\ m.11s com c.:ellc~:a quem crn que m. Paradoxahnente i'>sO nao a torna uma Jcposttún.t fiel da verd.tde, ao contráno Mcsmo quando ncst·eram e a \ida m ltll no u d1 fe¡ entes, (1r:-ula cuntmuava .1 se pcrguntar se ele~ mesmos n;to tcnam t.:omctJdo um l.tlo pode nao ter aconte~Jdo. Lonttariamente ¡¡~ alcga~i~e' de um erro cm alg,Jm nmmento do \CU mtnneado Jogo de um aomsta. Ma~ o f<1to de ~le tc1 podido afirm.t-lo. de ter cqutvocos e nao tcriam lkadn trocados para sempre. Até o pod1do contar coma ,u,1 .tceltat;üo pelo públil:o contemporanco. princíp1o da adole~ccncia. fnram do1s mecanJ\1110S siJH.:r6nicos. e pelo me1ws tao rc\"el.tdm quanto ,, stmplc' oLorrcncia de um J\corclavam ao mc~mo tempo [ .. 1 e até ~onhnvam a~> me~m.1~ evento l l A ¡ecepc;río Jo~ enunci~tdo!o> é ma1., reveladora parn a c01~as. Em ca:-.a, nndc ~e acredn.tva que ~.:no1dcnavam o:. ~eu., história da~ ldeologi,t<, di• que ~u a r• oduc;ao: e quando u m autor ato:. pelo mero desCJO de wnfundu· nmguém pcrccheu a comete um 0ngano ou mente, ~~.u texto nao é meno'> rcalidade até que um dia Santa Sofi.1 de la P1edad deu a ele:-. um ~¡gnilicattvo do que quando d11 a \erdade: (\que 11nporta é que cop1> de 1i manada e C\lc dcmomu ma1~ [ .. 1 du que o outr o para o texto po~~a ~er recch•do pelo~ contenlpor:ineo::. ou que 'eu di7CI que C\tava faltando a¡,:u<..ar O lempo ac:~bou de produtor tenha a..:reditado nclc. Ne"'" p~.:r~pccllva a noc;üo de dc~n11umar as Lni\as .. (García Marque/. 1976. 166) falso é n1hl pettinente (Todorov llJ91· 52) Em me10 a-.. palavra~ de García Matque7 pode acorrer ao histonador A hi.;toriografia pode conccber a s1 mcsma. no fluxo da pr:.ítica do-. reconhccer-,e, nao na confu-;ao das personagcns que .wheranamente trocam a hi,toriadores, como o espa~o invc:-.ttgativo no qua! até o ,jmu\ac.;ro con-.cgue -.er própna 1denridade, o próprio papel e desconccrtam o observador que sempre soube tralldO a luz grandcL.a Jc reconhecimento. E porque isso dtz re-.pcito a -.ua COI11 que dcterm111ado~ indtcadores correspondem a determinada" tdcntidade!>. (trocada" naturen. a htstoriografia semp1e encaminha o enfrentamento Je uma que...ráo que as pulo.;etras. rrocado'\ O!>. nomes .. ) O hi'\tonador, ao contr;.\rio. pode pcrccber-sc em diz n:.,peito i"l configura~üo de seu" Jomínto..;: o que t! a dimensáo políttca de !>.CU\ qucm nao está no texto-o leitor contcúdo~, métodoo; e prática~? Ilá uma expectativa cochtchando no'> ouvtdos de quem le de que há alguém que zela pela ordem do.:: fatos. pelo nome das per'\onagens. pela indtcac;ao dos -;eus papéi' Santa Sofia de la Ptedacl pcr!>.cgutu o ..;i mulact o até o flagrante. O htstoriador Há doi~ anos. Fernando No\ ai-. comenta va a multiphcn~ño editorial do-. ~~ pode :.e a'\SU!>.Iar ao -;upor-sc como cla. E""e \liSto ganha <>entido quando lembra de 1..'studo' e do!>.stc-.. sobre ht!>.toriografia no Bra-.d. Na oca,iao, referia--.e tamhém urna convicc;ao que o acompnnha: é dado como certo que a 111St\lencta do olhat. a necc-.stdade de "analt-,ar tnc~ts de perlo .1 -.uposta mcompattbtltdade entre o traca de angulo-. para o vt-;lumbre (J nova per,pcctiva) sao recompensadas com o marxtsmoeanovahistonogrnfia''(cl. Novats, 1995: \~abr. \9l.J5.QI) de-. vel,uncnto d.t real idade. Pots bem, uma cotsa ~ a políttca na ht-.tóna, outra é a d1men.;;ao que ganha A lw,tonografia, por !-.ll.t 'e?, pode ... er t!ntendtda como u m universo \1m llar na hi-.toriografia Nesse particular, a historiografía pt)de -;er entendida como o low.\ :1 po<.tura de S,tnt,\ Sofia de la Piedad. ou <>cp, com indtferen~a ao fato de que tic tnlet ven~áo no qual a políttc.l (diluída ou magnificada) manife-.ta-'-c na' prútic,t!>. muito-. olhates vi~lumhram a me~ma cot,a, confirma duas htpóte"e" que dl\cur-..tvas dos htstoriadore~ . ..tcompanharam como -.ombra a-.. fant:tsttea\ personagen-.. da ciJade Je espdho-. 1) há sempre um novo olhar 'obre o quottdwno, o que 11npede que o mesmo o.;e rep1ta. 9 8 É vao porqut! o ace,so aos eventos que transconcm ¡, m~rgcm do evento Aqui no:-. deparamo-, com urna questao de tundo já faz algum tempo que(, . • des\ KutaJu!- Ju~ grandes processos. como o da f<mnap0 de 11111 F<;t·tdn e.,for<;o no ~enttdo de tnucr a ~oc!edadt• ··para dc-ntw" dos hvro~ J~..- IH~tt.lllct cmdtu. pol{•t u;O• . por 1t1.'xcmplo. na-o e' (1a d o em f un9a-o d a d •.~ t~ anc.w ma1. 0r ou menor que -;e -.c numa 1r ágtl chcotomta entre O'> plano-. mtcroscop1co e macroscóptco. entre <t nactona 1· •la•·'io aos detcrmm· tsmos. O d etertnm· l:o.lllO -.o se matena 11 1a na va- 1·1 u-..-ao hi,tól ia políttca delimitada pela rcla<;üo entre os homen~ e o Estado e a históna torna em -r.te: nh.,o.,r da n• arra~-ao e. tambe, m o senhor do l.a to. ~nc1al pmcuntda te cncnntrada) p.1ra além do~ limite.-. da ac;ao e..;tatal na v1da de que 0 É como ~e o<; ht. ston. ad o res. d.t reta ou .m d 1retamente. con-.tantcmcnte pübhca. roclama''elll a tn!-urreic;ao do Hegei adormecidO cm cada qual contra o Mar\ De forma sunpho.,ta, podemo:-. indic<~r a ocorrellCIJ, e<;pecialmente no ambno :.upotentc J.1' e!'tlruturao; ou. ao contrano. como se pr~'enassem o guardt<tnato d.t unl\asit.:irio. de um<t espécie de "tli"1"an de taref<t-." Segundo es<.a, o~ C<;ludos dialéti(a que cada um sabe ter cm clefesa do ngor ,,~,.ademKO contra a~ demanda-; do 'obre o~ planos estruturai-., macropolíticm, 1deológiuh etc., '>ao o~ ma1s mdicad0, para abordar as \OCtedade-. nos .;eus aspectos púhl icos. snpértlu<l. A cso;e respe1to a soc10logw tcm .,e divertido a nossa custa: Fm contrapost<;ao, u m outrn campo de 1nte1 ven<;ao tcónco-metodológica \e apresenta afirmando que nem toda!> a.1 h1.stóna., :-.ilo tocadas e del1nidas pelo.., Conhec.:cmo~ o~ C!ttrago~ fe1tos na (lc~CII~ño CJCntíflca pelo~ eH!Iltl>:-. políticos Procura-se, ;bslm, um (outro) espa~o social (privado) capa? de <>e c.,qucma.., da ·'contradilfáo", da "..;upera¡;áo" o u dn "dJalclic.t' . ofcteccr ¡¡ pcsqutsa IH-.tónca exigindo. contudo. novas abordagem. po1s. afinal de pob cm Marx, amda que <;éno soc1ólogo e lw;tonador, é o que coma-.. trata-se de II:CUperar (uwadir) os espac;os ínttmos da sociedade. há de mais inc.:an~avelmente hegelwno e qu..: p101 luncJona É pesaroso que nao sejam. o<: do1s planos. c~for~o~ cumulativos e Como ímli!>, esscs esquemas ~empre atraem l .. j Para dar apenas um exemplo vJo;ível da atualldade do n1.1lcfkJO complementare .... hegehano, obscr\e -;e o aprc:.sadu acollumento da mic1 o Días a:>slllala que: históna ou da pesqui.,a blllgrá!Jca l .j A minúci.1 ou a oríginalidade nao 1cm muna unportancia p.mt o lenor aprco;sado O descortinar al. ~~truturas do quotid.ano .10 nívcl da ou o seguidor prcc.:oce. O que o fasc.:111.1 é um princípio de 01 gan1t.a<;ao domicdwr. familiar e da~ par~ntcla~ e VILinhan<;.ts ínterpcnelrary:io dJalét1ca que dc~rerta nele o dm minho~.:o .:on~tllUJ terreno difícil. ondc a hlstuiiOgJafi.l pcnclra hegellano sonhandn [ .. ] - . contando-me a mennr hiswneta, c~poradJ~..amcntc com Je,ultados bnlhant~:-., porém ~cmp1c com me t-ontnm a lm.tória de toda a ... ocJcdadc e de toda a épocn. [ J cno1 mes dif1culdadcs úc doc.;umcntao,:ao E!>IC r[JnC.:ÍplO hcgch3nO marXJSI<I dcixou perceber seu \entido Nüo sti\1 caminhos tnl hú\ e 1s po1 hi..,toriadore~ preocupados totaht:lno na pnlítica, ondc cotlSI!>tC cm acertar ~1s c.:ontas do c.: o m me todos q uc p1 CS1>11pocm cqu i1 í hno. funciOnal idadc, E~pÍ11to ab"oluto nas co'>lil!> de cada JndJvíduo, pois ~.:ada um é eslabdJdade, conserva<;ao e "status quo''; e:-te~. vnluntanamente um microcosmo da din:irn1t:a sot.Jal. Ba'>la ahá)) cnunc.;Já·IO ou nao. -;e vcem enredados nos conteúdos forma1~ e normativo-. assim par a dc))pellal u m do~> ma1<; anugoo; fantal.m.ts de~cntívoc; da-.. fontc~ .. (D1as, 19 95. 51. 2~ ed ) - o da Jc<.:iprm:idadc especular do mic.:ro e do mac1o (Passeron. 1995 89-90) É neccs:-.áno ~u..,tentar que a hhtória, como campo d1~c1plmar, dev,¡ se manter oferecendo lettura-. ~obre qualquer soc1edade dtvidllldo-se. Tais questoes foram chamada~ com o objetivo de repartir com o lcitor ao; metodolog1camente, nas prát1ca!-. h1stonognífica' do macro e do mtcro, do público e difkuldatles que <lCompanham a tdéw de colocar a hi!-ttOriografia braslletra em do privado? per ... pectiva Há que se lembrar que" aten~iio aos microuniversos, na maioria das vete~. Os jovens que cht.:!gam a.., faculdades de hi-.tóna e aO!'t cur-.o<; de pÓ\- cl<í-sc em vlrtude da capactdade que o h1~toriador Jc~envolve de apreender ludo o graduac;ao hojc em dia Já sao lc1tores longínquo!- uo'> cl<iS'>ICO.., que apó-. os <1110'> 30 que tran:-.borda e c:-capa aos domín1o~ dos determlni-,mo"> (económico~ ou qualquet destc século passaram a di-;cutJr o paí.. . , a partir da releitura de no~-.a históna Desde um). e tudo o que¿ -.ólido desmancha nas detcrmmac;oe-; os anos 70, nas vánas univer..,1dade~ do país, d""eminou--;e um novo debate entre Ma..; ainda está por ;,;er dito de forma mai' det1da que se o "campo propíc10" hl..,tonadores, o que ~igntfica d1zer que o-. sucessores de Sérg1o Buan.. ¡ uc de ¿1 invcst1ga~fio dos un1versos microscóp1cos é delimitado a part11 da distancia que se Holanda, Caio Prado Jún101. Gilberto Freyre . .lo'é Honóno Rodrigues, entre outro,, toma em relac;ao aos determinismos. de qualquer espéc1e, o e~foryo delimitaltvo é \'UO. 11 10 eonu-~.:ttzar;un a partir de entao uma nova historiografía bra-;ilcira. nem -;emprc de quando quer referir-se a uma hi,tória da literatura. E mais: - que configura~ao ruptut a e m rcltu;üo ao~ gran eJe, meqrc,, nem scmpre de ~:onunuid,1ue. historiográfica c0nft>n' (ou nao) autonomía ;t hi,tória da educac,:üo em relac,:iío ~~ l1m pütll .. u Ju-, L<tllllttno-, e de~cammho-. entre o público en privauo. entren história. É aqueJa um :.ubcampo de.,ta? Com quats recursos a filosofía abn. . m tero e o macroco,mo~. Ji¿ respeito :t... vtc tssitudcs da pe-,qui-.a ht-.tónca ¡11rerlocu~ao com a h1stóna para. em "terntório estrangciro", problcmatlzar a rcpr~.:,c;ntada por pcsqutsadorc-, como <~queJes que compareccm a esta colctanea. prodU(;ao de imagen:-. nas pdticas discurs1va-; da historiografía'? Em que momento a Para 111\ C\tig,u a hi\lot iografia bra,iletra. a di,tanna de postuonamcntlh tlltelectualidade brasilcira tnterveto no debate político medmnte a evoca<;ao da como "htstottador dn llltlTO" o u ''htstonador do macro", é neccsqíno flagrar a história como base de autoridade argumentativa? E, por fim. como a hl-;tóna e a pe,qui'a ht..,tórict no \CU faLer-sL É necc ... ...,írto por ls,im dt7cr. surprecndcr o' hi,tonografia se con\'ertem em produtos clo e para o mercado, ou seJa. o que é o olharcs sobre as fontes. n;io olvidando que, muttas veLe' no ca'>o da pesqui-;a tivro de hi'itória? ht,tónca .t lonte 1<17 o nlhar de qucm olha É pn.:u'o t.1mh~m ir .llém perccber a cmet¡,!.l!nct.t constante de nova., fonte-; para novos olhan::<;. No seu aspecto material um livro é um espa~o finito. Essa fatalidade sornada ao; tnúmeras posslbtlidades que se nhrcm quando se pretende di~CUtll O lt\ ro Hi~touografio lml\ileim em penpectil'll apre-;enta-'c an dehatc sem historiografía toma esta publica~üo ciente de que vem a público com !acunas ncupar-se coma recupcra~ao Jirct.t dos íconcs de nossa historiogralta, ou 'CJa. nao Enseja-se. contudo, que seja a pnmemt de uma série de publica~oes que art1cule a h<í um Lapítulo e~pecial dedtcado a Caphtrano. a Varnhagen. a Franci~LO Li,boa. ,1 produ<;ao permanente de uma história da historiografía brasilcira. O leitor talvez estranhe a dispandadc entre os capítulos quanto ao tamanho 13twrquc ele Holanda, Prado .Júnior. Honóno Rodl!gue\, entre tantm. embora lodo.., de cada um. Constderou-se conveniente facultar aos analistas ltberdadc de tcnham '-Ido revi.,llado-, pelo' autores que comparecem ne,ta coletanea. A "cartografía'' aqui bU!\Cadn ba-;eia--;e em Joj<, criténos. trazer a lu7 as interven<;ÜO, com um mínimo de monitornmento, para que interviesscm mov1dos lontcs que tem condu7ido a pesqutsa htstórica no -;eu fa7er-sc con,tante. o que quer pelo dcsejo de opinar sobre os temas solicitados. Os caleido~cópio'> sao fabricados dizer. evidenemr com quai., recuro.;o<: descnttvos, normativos e filológico..; o ,1cC~!\O assim. Por fim. é necessáno enaltecer o profiss10nalismo de cada autor aqui ao p,¡-,-.;ado hrastlciro tem \Ido buscado ~lat<, tmportante do que rcavt\'ar a' dt..;cussoes em torno da pertinenct.l de determ1nada!\ pettodizwroe:.. de determinacla: envolv1do. Cada qual retirou-se por um pouco de seus muitos afazcres para ~:ompor ruptura,, de determinado' "sentidos htstónco,", foi ~olicitar ao~ pe'>qui,adorc'> que um texto inédtto para e~te HisrorioKrafia brasileira em penpecttva. Foram aquí e..;tao que rclesscm as fontcs CLIJO manu-;cto os investe Ja condi~ao de solícitos, gcntis e diligente~. A pequena parte de esfor~o que me cabe ne!>te cmpreendimcnto gostaria de intérprete' de momento., dect~ivos da htstória do Brao;il 0<: cnténos de cada autor rcvclarüo ao lcitor que cm torno de "momentos dects1voo;" há uma compreensao dedid-la ü memória de Enio Silvcira. Altá~. qualquer tentativa de resgatar idéias na multtfacetada. sem nada que sugira unantmtdade, e cu1a e!>colha de fontes para o história das idéias, o debate na história dos debates, é, inevitavelmcnte, um tributo a accsso aO!\ mc-;mos revela o angulo vi!\ado em cada qual. ele. Apcís tsso. o '>egundo mov11ncnto analítico quer trazer ao debate os processo-; de "aqutsi~ao" de nova:- fontc.-.. para ,¡ produ~üo de noves olharc'> sobre o passado. Nc'>se sentido, é ncces,átto operar um desdobramento na expostr;ao Pnmeiramente, cncaminha-'e a di'>cu-;<,ao -;obre a rec.ep~iío de novas aportes e escoJa... na historiografía hrasiletra. Desdohram-se de tats prcocupa~óe" ao; tndaga~oes ~ubre a., pos.,tbtlidade-, heurí,tica' pre,entc~ na configura~ao de campoo; stngulate~ na hi!>toriografia, como tlo genero. das attes e das cidade.'-. Na 'cqliéncia, abre-\e espa~o as análtse'> sobre a pre<:cn9a do conhecimcnto hi,tóri~:o na <11 quitctura teónca e metodológic<t de out ros campos epistemológicos e di-..ctpltnares Basicamente bu-.;ca-'>C explicttar a emergenc!a de campo' histórico<. patttculares. Tndaga-'>e, por exemplo. se O\ di lema<, entre o particular e o u ni ver<., al tamhém interfcrem na imagem de históna que a literatura elahora "no -,eu interior" 12 13 ASPECTOS DA HISTORIOGRAFIA DA CULTURA SOBRE O BRASIL COLONIAL Laura de Mello e Souza wsP) P rocurarci aqui tra~ar um paincl gcral da produ~ao historiográfica referente a cultura no período colonial: tcmpo em que Brasil ainda nao era Brasil. senda melhor chamá-lo de Aménca portugue~a. país como portugueses da América, mms do que como brasileiros - designativo dos comerciantes de pau-brasil -, se viam os próprios habttantcs do território. Evidentemente, impuseram-se cenos cntérios e recortes. Em pnmeiro lugar, meu objeto é a produ\=ÜO historiográfica realizada pelos brastletros. Esta op~ao nada tem de xcn6foba, visando apenas facilttar a ststematiza~iio e salientar as linhas mestras que tcm norteado os brasileiros cm suas reflexoes sobre o país. Urna próxima etapa talvez fossc examinar as preferencias temáticas de brasileiros e estrangeiros, se é que clas existem e apresentam um sentido definido. De qualquer forma, lembro, a guisa de homenagern, que algun~ dos mais expressivos trabalhos a tratarern de nossa hi-.tória colonial foram realt7ado-. por estrangeiros, ensinando nos, rnuitas vezes, a melhor enxergar nossa rcalidade: a magnífica obra de Charles R. Boxer, os trabalhos definitivos de Alan Manchcstcr, Dauril Alden, John Russell Wood, Kenncth Maxwell, Stuart Schwartz.1 Cabe ressaltar, contudo, que se trata, no conJunto, de obras de histót ia política, social ou económica, deixando ele lado a problemática cultural-ou fazendo, como Boxcr e Ru.,sell-Wood, que el a tangcncie, muitas vezes corn brilho, outros ternas. destacadoo; como primordiais. Em segundo lugar, examinarn-se aqut trabalhos que, rnesmo sem dtzer respeito única ou exclusivamente ao período que se convencionou chamar de história colontal - e que, iniciado com a chcgada de Pedro Álvares Cabral. a estende-se até 1822 -. trazem subsídios importantes compreensao do período, confenndo-lhe inteligibilidade por intermédio da análise da cultura. Trahalhos que fixaram tem<íticas, sugerirarn fontcs e ditaram orienta~oes teórico metodológicas ao longo de todo e~te século, criando, ao fim e ao cabo, uma lradi{:iio. Na verdade, é da genese desta tradi~ao que trata este artigo. Os estudo-, mais contcmpodineos foram, cm algun\ caso'>, apenas indicados, e no geral tratados de forma mais ráptda e superficial do que os estudos precuro;ores ou fundadores da referida tradi~ao. Nas abordagen:. hi.,tóricas, é sempre prudente tomar distancm ante o objeto focal izado. 17

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