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História da Riqueza no Brasil PDF

730 Pages·2017·4.58 MB·Portuguese
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Copyright © 2017 por Mameluco Edições e Produções Culturais Ltda. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser utilizada ou reproduzida sob quaisquer meios existentes sem autorização por escrito dos editores. Todos os esforços foram feitos para creditar devidamente todos os detentores dos direitos das imagens que ilustram este livro. Eventuais omissões de crédito e copyright não foram intencionais e serão devidamente solucionadas nas próximas edições, bastando que seus proprietários entrem em contato com os editores. EDIÇÃO: Pascoal Soto COPIDESQUE: Claudio Marcondes REVISÃO: Ana Kronemberger e Luis Américo Costa CAPA E PROJETO GRÁFICO: Victor Burton DIAGRAMAÇÃO: Adriana Moreno e Anderson Junqueira IMAGENS DE MIOLO: p. 182: Reprodução Revista Illustrada; p. 300: Fundação Casa de Rui Barbosa/ Arquivo; p. 522: Jean Manzon (Paris, 1915 – São Paulo, 1990) – Hugo Borghi c. 1950, impressão sobre papel prata/gelatina, 16,9 x 21 cm, doação Pirelli, 1995, Inv. MASP.01940/ Coleção Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Foto cortesia MASP/ Jean Manzon – Cepar Consultoria e Participações LTDA.); p. 523: Alice Brill/ Acervo Instituto Moreira Salles. ADAPTAÇÃO PARA E-BOOK: Marcelo Morais CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ C151h Caldeira, Jorge História da riqueza no Brasil [recurso eletrônico] / Jorge Caldeira. - 1. ed. - Rio de Janeiro: Estação Brasil, 2017. recurso digital Formato: ePub Requisitos do sistema: Adobe Digital Editions Modo de acesso: World Wide Web ISBN 978-85- 5608-026-4 (recurso eletrônico) 1. Brasil - Usos e costumes. 2. Brasil - Civilização. 3. Antropologia. 4. Livros eletrônicos. I. Título. CDD: 981 CDU: 94(81) 17- 44435 Todos os direitos reservados, no Brasil, por GMT Editores Ltda. Rua Voluntários da Pátria, 45 – Gr. 1.404 – Botafogo 22270-000 – Rio de Janeiro – RJ Tel.: (21) 2538-4100 – Fax: (21) 2286-9244 E-mail: [email protected] www.sextante.com.br APRESENTAÇÃO UM “CLÁSSICO”: O ADJETIVO FOI CRIADO NO SÉCULO XVI, SIGNIFICANDO “O QUE FAZ autoridade”, “o que deve ser imitado”, “que serve como modelo”. Pois o livro que o leitor tem nas mãos é um clássico. Mais um, pois Jorge Caldeira já nos ofereceu outros: Mauá, empresário do Império, História do Brasil com empreendedores e A nação mercantilista: ensaios sobre o Brasil se tornaram, há muito, leitura obrigatória para quem quer conhecer nossa história. Caldeira é sociólogo, doutor em Ciências Políticas, mestre em Sociologia e bacharel em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo, além de renomado jornalista e editor de veículos importantes como a Folha de S.Paulo, revistas IstoÉ e Bravo. Pesquisador apaixonado, criou a Mameluco Produções, responsável pelo mais importante acervo jamais reunido sobre José Bonifácio, entre outras realizações. A tantos atributos, soma-se outro: ele é um dos mais prolíficos e consistentes historiadores brasileiros. Seus textos não são apenas sinônimos de autoridade, mas também de prazer de descobrir. Pois para Caldeira não se trata só de escrever ou descrever, mas de emprestar a escuta aos sons ao mesmo tempo próximos e confusos que escapam dos arquivos, oferecendo ao leitor interpretações absolutamente pioneiras, capazes de ajudá-lo a enxergar o Brasil por outras lentes. Sua visão da História convida a uma abordagem singular, tanto nos métodos de trabalho quanto na delimitação dos campos a serem investigados. Ele trata, também, de fugir de cansadas explicações gerais para aprofundar a pesquisa e revelar, num tesouro de dados e documentos, o que ela traz de original. Como ele mesmo diz, “introduzir um entendimento novo do passado permite entender de um modo novo, também, os problemas atuais. Acho que conhecer História não é só um problema da academia, é um problema de todo cidadão”. História da riqueza no Brasil é ao mesmo tempo tão monumental quanto síntese. Há algumas definitivas, como as do trio Gilberto Freyre-Sérgio Buarque de Holanda-Caio Prado. A diferença? São mais de quinhentos anos relidos e explicados em nova chave. Pois, para realizar a sua, Caldeira serviu-se de disciplinas vizinhas, a antropologia e a econometria, enriquecendo interpretações que já vinha consolidando em obras anteriores. A antropologia lhe permitiu se aproximar do passado, iluminando objetos como a família, a mestiçagem, atitudes econômicas, as alianças de poder, revelando sua surpreendente permanência ao longo de cinco séculos. Quanto à econometria, essa forneceu medidas e estatísticas mal e pouco conhecidas de grande parte dos historiadores, para apreender fatos que só mediante essa abordagem são capturáveis. Neste livro, Caldeira faz emergir mais uma vez elementos originais e impressionantes. Ele demonstra, por exemplo, como o governo central do Império mantém a escravidão e freia o crescimento, jogando o país no atraso, enquanto o Ocidente revoluciona o papel do governo e o desenvolvimento capitalista. Ou como durante a I República a descentralização federal liberou o setor privado e, em uma década e meia, o Brasil passou de uma das economias mais estagnadas à que mais crescia no mundo. O sucesso – pasme, leitor – se deu por causa da diminuição da capacidade do Estado de funcionar como elemento capaz de isolar as relações entre o Brasil e o mundo. Dessa forma, empreendedores puderam se multiplicar nas brechas do sistema. Não se trata de ideologia. Governos, explica o autor, por vezes podem funcionar como muros que vedam a comunicação positiva entre o mercado interno e a situação internacional – mas, em outros momentos, podem empregar as mesmas armas para proteger o mercado interno contra maus momentos internacionais, como aconteceu entre 1930 e a década de 1970, quando as barreiras ajudaram no crescimento da economia. Mudada a realidade mundial, no entanto, voltaram a ser muros contra o progresso do tempo, como na forma imperial, quando reforçados fosse pelo regime militar conservador fosse pelo governo petista de esquerda, impedindo em ambos os casos que o país colhesse os benefícios das oportunidades internacionais da globalização – além de gerar recessões. Com informações inéditas, Caldeira ilumina zonas de sombra. E são elas que lhe permitem fazer o que ele faz melhor: tecer sua trama e permitir que vejamos novos atores, novas paisagens, novos fatos. Circular com Jorge Caldeira pelos caminhos da História é passear numa floresta que acreditávamos conhecer. Tudo está lá: as árvores, o céu, as alamedas. E, contudo, a caminhada é decididamente especial, singular. Os lugares ou fatos da cronologia são familiares, mas sua fisionomia é outra. Num panorama analítico, virtuoso e objetivo, Caldeira explica outra, sim, outra História. A que ainda não conhecemos. Animado por generosa pesquisa e brilhante interpretação, História da riqueza no Brasil é mais um livro de Jorge Caldeira que já nasce clássico. — Mary del Priore PREFÁCIO 1. História da Riqueza Em muitos sentidos este é um livro de história bastante tradicional. A narrativa segue a cronologia de maneira linear, indo do passado ao presente, e tem como foco um território determinado. Procura ser o mais clara possível, sem recorrer a tabelas ou tecnicismos. Mantém as divisões qualitativas conhecidas para agrupar os eventos que neste território se passam e/ou se superpõem: ocupação primeva, colônia, monarquia, república. Trata de um assunto central, a acumulação de bens. Para esclarecer esse assunto vai apresentando sucessivamente medidas dessa acumulação, números indicativos do tamanho da riqueza reunida a cada etapa dessa história. A sucessão das séries de números permite avaliações do desempenho no tempo, e dessas avaliações resultam contrastes entre momentos de crescimento e outros de estagnação ou queda. Ao mesmo tempo, os números locais são comparados a outros. Até o final do período colonial, com aqueles relativos à economia metropolitana; daí em diante, com o desempenho de economias ocidentais – e, para o período mais recente da história, com os dados da economia global. Dessas comparações resulta outra espécie de avaliação, aquela que se manifesta como progresso ou atraso entre a economia local e, do modo possível dentro das limitações, o mundo. Quase todos esses números derivam de trabalhos recentes – e de uma mudança no modo de fazer pesquisa em história econômica. A partir da década

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“História da riqueza no Brasil é ao mesmo tempo tão monumental quanto síntese. Há algumas definitivas, como as do trio Gilberto Freyre-Sérgio Buarque de Holanda-Caio Prado. A diferença? São mais de quinhentos anos relidos e explicados em nova chave. Pois para realizar a sua, Caldeira servi
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