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Georg Lukács. Etapas de seu Pensamento Estético. PDF

302 Pages·2003·2.16 MB·Portuguese
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GEORG LUKÁCS FUNDAÇÃO EDITORA DA UNESP Presidente do Conselho Curador Marcos Macari Diretor-Presidente José Castilho Marques Neto Editor Executivo Jézio Hernani Bomfim Gutierre Conselho Editorial Acadêmico Antonio Celso Ferreira Cláudio Antonio Rabello Coelho José Roberto Ernandes Luiz Gonzaga Marchezan Maria do Rosário Longo Mortatti Maria Encarnação Beltrão Sposito Mario Fernando Bolognesi Paulo César Corrêa Borges Roberto André Kraenkel Sérgio Vicente Motta Editores Assistentes Anderson Nobara Denise Katchuian Dognini Dida Bessana NICOLAS TERTULIAN LUKÁCS GEORG ETAPAS DE SEU PENSAMENTO ESTÉTICO Tradução Renira Lisboa de Moura Lima Revisão técnica Sérgio Lessa � editora unesp © 2003 Nicolas Tertulian Título original: Gearg Lukács: etapes desa pensée estétique (versão francesa de Femand Bloch) © 2003 da tradução brasileira: Fundação Editora da UNESP (FEU) Praça da Sé, 108 01001-900 -São Paulo -SP Te!.: (Oxxl 1) 3242-7171 Fax: (Oxxll) 3242-7172 www.editoraunesp.com.br [email protected] CIP -Brasil. Catalogação na fonte Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ T318g Tertulian, Nicolas, 1929- Georg Lukács: etapas de seu pensamento estético/ Nicolas Tertulian; tra­ dução Renira Lisboa de Moura Lima; revisão técnica Sérgio Lessa. -São Pau­ lo: Editora UNESP, 2008. Tradução de: Georges Lukács: étapes de sa pensée estétique ISBN 978-85-7139-833-7 1. Lukács, Gyorgy, 1885-1971-Estética. 2. Romance -Estética. 3. Co­ munismo e literatura. l. Lukács, Gyorgy, 1885-1971. II. Título. 08-2458. COO: 199.439 CDU: 1(439) Editora afiliada: Asoclaclónd eEd ltor1aUlnJevse rsltartas AssociaçãBor asiledier a deAm érica Latina y elC artbe EditoraUsn iversltãrlas SUMÁRIO 7 Apresentação Ester Vaisman e Rainer Câmara Patriota 19 Prefácio à edição francesa 23 A evolução do pensamento de Georg Lukács 67 Às origens do pensamento estético de Georg Lukács 103 A teoria do romance 119 A estética da juventude (período de Heidelberg) 167 O romance histórico 189 A grande estética marxista -Georg Lukács e os problemas filosóficos da estética 285 Notas sobre o último Lukács APRESENTAÇÃO Ester Vaisman Rainer Câmara Patriota O livro que o leitor tem em mãos é um facho de lucidez aceso em meio à espessa noite de equívocos, preconceitos e distorções que até hoje -e provavelmente ainda por muito tem­ po -cerca e condena o pensamento e a vida de Georg Lukács. . Trata-se de uma reunião de ensaios escritos ao longo de uma década, o primeiro, como nos informa seu autor, parcialmente publicado numa revista francesa, em 1971, mas concebido pou­ cos anos antes, mais precisamente, em 1969. O leitor mais espe­ cializado talvez fique surpreso em saber que a primeira edição desta obra data do já distante ano de 1980. Por que então só agora, com quase três décadas de atraso, é que este trabalho che­ ga ao público brasileiro? Mas não lamentemos, pois, embora tardia, a presente publi­ cação surge em ótimo momento. Um momento, de fato, promis­ sor, que a Editora UNESP soube muito bem avaliar e aquilatar. O interesse por Lukács no Brasil está aos poucos se �enovando, ganhando novos adeptos, tanto no plano editorial quanto no da pesquisa acadêmica, o que já é, por si, sinal de bons ventos. Não nos referimos, evidentemente, ao interesse pelo "jovem Lukács", que sempre esteve em moda, urbi et orbi, mas do Lukács maduro, alvo de um sem-número de refregas teóricas, tratado, ora com escárnio, ora com desprezo altivo e isso, principalmente, pelos mais pertinazes admiradores de sua produção juvenil, muitos de­ les, diga-se de passagem, marxistas consagrados. 8 NICOLAS TERTULIAN O fato é que este outro Lukács, isto é, o Lukács modificado pela experiência de Moscou junto ao Instituto Marx-Engels, pela interlocução amiga -talvez a mais fértil e calorosa de sua vida - com o jovem esteta Mikhail Lifschitz, pela descoberta dos Ma­ nuscritos de 1844, de Karl Marx, sempre viveu entre dois fogos: o marxismo soviético da era stalinista e o chamado marxismo oci­ dental, que o próprio Lukács ajudara a construir com História e consciência de classe, obra que, como se sabe, para a infelicidade de muitos de seus intérpretes, também não iria resistir ao espíri­ to crítico de seu autor. Na verdade, este Lukács esteve sempre na "oposição". Opo­ sição solitária, oposição às vezes subterrânea, às vezes aberta, com poucos, raros, simpatizantes. A solidão teórica de Lukács é deveras espantosa! Pois mesmo aqueles que, mais tarde, quando de seu retomo à Hungria, passaram a se apresentar como discí­ pulos seus, ostentando os brasões de uma muito rarefeita "Esco­ la de Budapeste", não demorariam a se mostrar pródigos em re­ servas e críticas apressadas em relação ao seu suposto patrono intelectual. Os ensaios de Nicolas Tertulian reunidos nesta coletânea estão, porém, muito acima dessa mesquinha fortuna crítica. Com sagacidade, lucidez e erudição, Tertulian, este bravo romeno, expõe uma densa visão de conjunto do complexo e extenso iti­ nerário de Lukács pelo terreno da estética, terreno, vale dizer, onde a alma do filósofo húngaro encontrou, mais do que em qualquer outra parte, os horizontes infinitos de que carecia para se expandir e frutificar. A maneira como Tertulian reconstrói a história da estética lukácsiana não se resume às análises abstratas de exegetas que lidam com seu objeto como um anatomista com seus cadáveres. Não! Para Tertulian, o corpus estético de Lukács é um organismo vivo, um produto ideal que, não obstante, pulsa e respira, na medida em que não deixa indiferente aquele que o defronta. Mas, sobretudo isto: Tertulian não acalenta nenhuma nostalgia em relação ao mitológico "jovem Lukács", embora também ;miba mensurar a sua grandeza e mostrar como, já nas suas primeiras obras, a exemplo de A alma e as formas e Teoria do romance, mui­ tos daqueles problemas e temas desenvolvidos nos textos tardios estão presentes como que in nuce, ressaltando também que para GEORG LUKÁCS 9 o filósofo húngaro a arte é concebida como consciência de si do gênero humano. A propósito, um dos méritos do livro de Tertulian é exata­ mente este: evidenciar, na trajetória descontínua de Georg Lukács, o seu caráter orgânico, a unidade de fundo que confere sentido e direção às várias metamorfoses de seu pensamento, só aparentemente erradio, pois que impulsionado, no íntimo, por inquietações e convicções firmes, próprias de sua personalidade rebelde, determinada, mas também flexível e de um equilíbrio psíquico a toda prova. Personalidade ímpar, que desafia, tanto quanto sua obra, o olhar do mais arguto analista. E é justamente a percepção desta "unidade do uno e do diverso" que, como su­ gere Tertulian, nos faculta compreender a razão pela qual o "ver­ dadeiro Lukács" não pode, sob pena de fracasso e erro, ser busca­ do nas obras de juventude, mas sim nas grandes "obras de síntese", a saber, a Estética e a Ontologia do ser social. Cumpre ressaltar, ademais, que a adesão ao marxismo por parte do pensador hún­ garo foi a de um intelectual de formação densa e complexa, o que por si só coloca ao intérprete desafios que Tertulian não deixa de abordar, levantando hipóteses acerca das possíveis in­ fluências de sua trajetória anterior no âmbito de seu pensamen­ to maduro. A Estética, em particular, (Die Eigenart des Asthetischen, no original alemão, que data de 1963) seria, a seu ver, a obra capital de Lukács, aquela que fornece o único prisma adequado para uma compreensão retrospectiva da evolução do filósofo húnga­ ro no campo dos grandes problemas que obsedaram seu espírito desde o princípio. Citemo-lo: Formulando a síntese teórica de sua vasta atividade de crítico e de historiador literário, entre os anos trinta e sessenta de nosso século, mas marcando também a liberação de todo traço de inibi­ ção ou de coerção, a Est.ética representa um ato de verdadeira des­ compressão de todo o universo intelectual de Lukács. Tertulian, com argumentos arrimados em passagens textuais, chama, assim, a atenção para a fragilidade e inconsistência de todo um conjunto de críticas dirigidas ao pensamento estético de Lukács, críticas advindas de portentosos filósofos, tais como

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Este livro reúne ensaios produzidos pelo escritor romeno Nicolas Tertulian, ao longo de uma década, sobre a obra estética do pensador húngaro Georg Lukács, que é extremamente vasta e ainda não foi objeto de nenhuma monografia exaustiva. Com o objetivo principal de valorizar a Estética e a On
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