ebook img

Freud - Mas Por que Tanto Ódio PDF

79 Pages·0.602 MB·Portuguese
Save to my drive
Quick download
Download
Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.

Preview Freud - Mas Por que Tanto Ódio

DADOS DE ODINRIGHT Sobre a obra: A presente obra é disponibilizada pela equipe eLivros e seus diversos parceiros, com o objetivo de oferecer conteúdo para uso parcial em pesquisas e estudos acadêmicos, bem como o simples teste da qualidade da obra, com o fim exclusivo de compra futura. É expressamente proibida e totalmente repudíavel a venda, aluguel, ou quaisquer uso comercial do presente conteúdo. Sobre nós: O eLivros e seus parceiros disponibilizam conteúdo de dominio publico e propriedade intelectual de forma totalmente gratuita, por acreditar que o conhecimento e a educação devem ser acessíveis e livres a toda e qualquer pessoa. Você pode encontrar mais obras em nosso site: eLivros. Como posso contribuir? Você pode ajudar contribuindo de várias maneiras, enviando livros para gente postar Envie um livro ;) Ou ainda podendo ajudar financeiramente a pagar custo de servidores e obras que compramos para postar, faça uma doação aqui :) "Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível." eeLLiivvrrooss ..lloovvee Converted by ePubtoPDF Elisabeth Roudinesco Freud – mas por que tanto ódio? Tradução: André Telles Revisão técnica: Marco Antonio Coutinho Jorge Programa de Pós-graduação em Psicanálise, Instituto de Psicologia/Uerj Transmissão da Psicanálise diretor: Marco Antonio Coutinho Jorge Sumário Apresentação I. Mas por que tanto ódio? II. Uma velha história III. História de um boato: o “caso” de Freud com a cunhada IV. Outras vozes 1. Onfray ou a fraude     Guillaume Mazeau 2. O homem da flor de cimento     Christian Godin 3. As ligações perigosas de Michel Onfray     Franck Lelièvre 4. Um golpe de esperteza     Pierre Delion 5. Filosofia do ressentimento, sociedade do espetáculo    Roland Gori Apresentação A história do ódio em relação a Freud é tão antiga quanto a da psicanálise. Ninguém toca impunemente no sexo, no segredo da intimidade, nos assuntos de família, na pulsão de morte e na barbárie dos regimes que escravizam mulheres, homossexuais, marginais e anormais sem pagar um preço por isso. E é justamente essa a razão pela qual o sucesso obtido pela psicanálise no mundo traduziu-se por ataques incessantes: “ciência judaica” para os nazistas; “ciência burguesa” para os stalinistas; “ciência satânica” para os movimentos religiosos radicais; “ciência degenerada” para a extrema-direita francesa; “falsa ciência” para os cientistas; “ciência fascista” forjada por um vienense ganancioso e perverso para os adeptos da escola “revisionista” norte-americana. Essas ofensas nada têm a ver com a necessária crítica ao dogmatismo dos profissionais do inconsciente e seus grupelhos, ou mesmo à própria teoria freudiana, que em hipótese alguma deve ser vista como um corpus sagrado. Mas o ódio em estado puro e sem nenhum outro fundamento senão a negação da realidade é coisa bem diferente. Convém lutar? Calar? A questão divide a comunidade científica, que muitas vezes se deixa seduzir pela fúria que suscita em seus detratores. Provavelmente porque seus representantes, imersos em trabalhos, colóquios e reuniões entre especialistas, tornaram-se, erradamente, indiferentes àquilo que veem, com desdém, como literatura de sarjeta. De minha parte, sempre achei que jamais devemos silenciar quando o excesso de paixão e seu cortejo de danos ameaçam dificultar as condições do autêntico debate crítico. Ora, este é o caso, de uns vinte anos para cá, dessa série de panfletos estranhos escritos por autores cujos textos ressentidos não pertencem ao âmbito da tradição acadêmica e são incensados por uma mídia cada vez mais submissa à pressão do mercado. Um panfleto delirante, o de Michel Onfray, vem mais uma vez incitar o ódio dirigido não apenas a Freud, tratado como impostor e ídolo a ser abatido, mas a todos os saberes constituídos. Diante desse desvirtuamento que o poder das redes de internautas me permitiu combater, e que as mídias mais sérias, em seu conjunto, não subscreveram, fiz questão de juntar à minha própria análise contribuições oriundas justamente daqueles que se sentem interpelados, há anos, por aquele que se apresenta como o detentor dos saberes recalcados ou ocultados pela República. Eles provêm de horizontes diversos, e será muito difícil enxergar neles representantes do mundo “quartier latin”, expressão mais do que detestável que serve de cabide a todas as formas de desvalorização do pensamento. Todos são professores – na universidade ou no secundário – e quatro exercem a profissão fora de Paris: Caen, Lille, Marselha, Clermont- Ferrand. Agradeço-lhes por me haverem confiado suas contribuições. De minha parte, e levando em conta a importância que ganhou na França o rumor de um Freud incestuoso, admirador de Hitler e Mussolini, fiz questão de insistir na gênese deste episódio escuso: como se forjou a lenda de um Freud violentando a cunhada para estimular em seguida a perseguição de seu próprio povo justamente no momento em que seus livros eram queimados pelos nazistas? Este dossiê dá sequência, de certa forma, ao que publiquei em 2005 sob o título Pourquoi tant de haine? Anatomie du “Livre noir de la psychanalyse” (Navarin),1 com Pierre Delion, Roland Gori, Jack Ralite e Jean-Pierre Sueur. Visa, fundamentalmente, aprofundar a compreensão das razões pelas quais a obra freudiana continua a suscitar tais paixões. 1 Textos parcialmente reproduzidos em Elisabeth Roudinesco, Em defesa da psicanálise, Rio de Janeiro, Zahar, 2010. (N.E.) I. Mas por que tanto ódio?

See more

The list of books you might like

Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.