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FORMAÇÃO DO JOVEM APRENDIZ PDF

16 Pages·2015·1.04 MB·Portuguese
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FORMAÇÃO DO JOVEM APRENDIZ: NARRATIVAS A PARTIR DE UMA EXPERIÊNCIA NO SENAC DE SANTOS SIMONE NÓVOA SERVO RESUMO O objeto desse artigo é o estudo das práticas educativas aplicadas em jovens participantes do programa de inserção no mundo do trabalho (Lei da Aprendizagem - Lei nº 10.097/2000) realizado no Senac de Santos. O projeto procura preparar o jovem para desempenhar atividades profissionais e ter capacidade de discernimento para lidar com diferentes situações no mundo do trabalho, permitindo formar-se mão de obra qualificada. Nessa experiência, são reunidos, num mesmo grupo, alunos com idades, formação familiar, religiosa, formação escolar totalmente diferenciadas, residentes também em cidades distintas, uma vez que dentro da mesma sala há jovens com 14 anos e no Ensino Fundamental, enquanto outros com 19, 20 anos que já concluíram o Ensino Médio, alguns morando em Santos e outros vindos de cidades como Peruíbe e Cubatão. Metodologicamente além de uma pesquisa bibliográfica sobre o tema, foi aplicada a pesquisa de campo, onde acompanho o dia a dia das práticas educativas e desenvolvimento dos jovens, segundo seus próprios relatos e observação, foi aplicado questionários aos docentes, alunos e egressos fechando o ciclo de avaliação das realidades vivenciadas, a proposta pedagógica e os resultados sentidos pelos jovens hoje e os que já saíram do programa. PALAVRAS CHAVES: DIVERSIDADE - MULTICULTURAS - PRÁTICAS EDUCATIVAS – CAPACITAÇÃO DE JOVENS Sumário 2 – Material e Método ................................................................................................ 3 3 – A Lei da Aprendizagem ....................................................................................... 4 4 – A Proposta Pedagógica da Instituição .............................................................. 5 5 – Pesquisa de Campo com Aprendizes em Curso .............................................. 7 6 – As práticas Educativas em Sala de Aula ........................................................... 9 7 – Pesquisa de Campo com os Docentes ............................................................ 11 8 – Depoimento de Egressos ................................................................................ 12 9 – Conclusão .......................................................................................................... 16  Mestranda em Educação na Universidade Católica de Santos, Pós graduada em Pedagogia Empresarial, Jornalista formada e professora de História Licenciada. 2 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 16 Introdução Este artigo apresenta os resultados das práticas educativas aplicadas em jovens participantes de um programa de inserção no mundo do trabalho (Lei da Aprendizagem - Lei nº 10.097/2000) realizado no Senac de Santos. O projeto procura preparar o jovem de 14 a 24 anos para desempenhar atividades profissionais e ter capacidade de discernimento para lidar com diferentes situações no mundo do trabalho, permitindo formar-se mão de obra qualificada. Nessa experiência, são reunidos, num mesmo grupo, alunos com idades totalmente diferenciadas e formação escolar também distinta, uma vez que dentro da mesma sala há jovens com 14 anos e no Ensino Fundamental, enquanto outros com 19 anos ou mais que já concluíram o Ensino Médio e alguns até cursando o ensino técnico ou a faculdade. “Nas condições atuais, o chamado ensino médio é um ensino "final" para a maioria da população” (FANFANI, 2001, p.3) e, nessa experiência, o professor se depara com essa sala com uma multicultura popular, uma vez que dependendo do programa que o jovem esteja inscrito, cada aluno vem de uma cidade diferente, embora da região. A intermunicipalidade também promove uma multicultura escolar. A dificuldade maior para o professor aumenta, à medida em que ele não só ensina. “O colégio não é somente um lugar de aprendizagem de saberes, mas é, ao mesmo tempo, um lugar de inculcação de comportamentos e de habitus que exige uma ciência de governo, transcendendo e dirigindo, segundo sua própria finalidade, tanto a formação cristã como as aprendizagens disciplinares” (JULIA, 2001:22). Esse contexto, cada vez mais complexo, vivido pelo professor fez com que centrasse os estudos desse trabalho nas práticas educativas aplicadas para se alcançar os resultados esperados pela sociedade representada através da legislação vigente. Diante de uma pluralidade cultural visivelmente significativa dentro da mesma sala de aula, através de um estudo etnográfico busquei evidenciar como se desenvolve a cultura escolar e os resultados alcançados nos últimos dez anos, tendo como entendimento de cultura escolar e que o historiador Dominique Julia descreve como: “um conjunto de normas que definem conhecimentos a ensinar e condutas a inculcar, e um conjunto de práticas que permitem a transmissão desses conhecimentos e a incorporação desses comportamentos; normas e práticas 3 coordenadas a finalidades que podem variar segundo as épocas (finalidades religiosas, sociopolíticas ou simplesmente de socialização).” (2001:10) Com esse estudo procurei entender e evidenciar: a. A Lei da Aprendizagem - Lei nº 10.097/2000 e suas peculiaridade; b. A Proposta Pedagógica do Senac; c. Quais as práticas pedagógicas aplicadas pelo corpo docente para alcançar o objetivo diante dessa pluralidade de cultura escolar e como ela é entendida por esses professores; d. Como os docentes vem se desenvolvendo esses saberes disciplinares diante das mudanças socioeconômicas e culturais da periferia; e. Uma perspectiva dos resultados qualitativos alcançados nos últimos através do olhar dos egressos. São importantes para o entendimento desse estudo o texto de Julia e as pesquisas sobre cultura juvenil desenvolvidas por Marília Spósito, como fundamentação teórica. Foram registrados os planos de cursos, suas alterações ao longo dos anos, fotos, depoimentos e pesquisa com os egressos de como o programa influenciou na sua vida profissional e pessoal, depoimento e pesquisa com docentes, e aplicado uma pesquisa tanto com os docentes, quanto com os jovens atuais. 1 – Material e Método Metodologicamente esse estudo partiu da pesquisa etnográfica por ser uma das alternativas mais adequadas para se analisar o cotidiano escolar do programa, uma vez que o trabalho etnográfico está ligado a um processo de compreensão da cultura” (GHEDI, FRANCO, 2011:183-184), assumindo assim a posição de Geertz: “O conceito de cultura que eu defendo é essencialmente semiótico. Acreditando que o homem é um animal amarrando a teias de significados que ele mesmo teceu, assumo a cultura como sendo essas teias e a sua análise; não como uma ciência experimental em busca de leis, mas como uma ciência interpretativa, à procura do significado.”(1978:22) Foi elaborado análise de pesquisas e artigos já publicados sobre Cultura Juvenil, Cultura Escolar, da legislação que permeia a aprendizagem, da proposta pedagógica da instituição certificadora, de uma pesquisa etnográfica das práticas pedagógicas aplicadas, coleta de dados através de questionário e entrevista com egressos, docentes e alunos atuais, para se entender o cotidiano escolar do programa. 4 “Para que se possa aprender o dinamismo próprio da vida escolar, é preciso estudá-la a partir de pelo menos quatro dimensões intimamente ligadas: a) subjetiva/ pessoal, b) institucional/organizacional, c) instrucional/relacional e d) sociopolítica. Essas dimensões não podem ser consideradas isoladamente, mas como uma unidade de múltiplas inter-relações, por meio das quais se procura compreender as relações sociais expressas no cotidiano escolar.” (ANDRÉ, 2008:142) 2 – A Lei da Aprendizagem A Constituição da República de 1988 proíbe que jovens menores de 16 anos ingressem no mercado de trabalho, salvo na condição de aprendiz a partir dos 14 anos, que no Brasil é regulada historicamente através pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), desde 1970 e passou por um processo de modernização com a promulgação das Leis nos 10.097, de 19 de dezembro de 2000, 11.180, de 23 de setembro de 2005, e 11.788, de 25 de setembro de 2008. A Lei da Aprendizagem nº 10.097/2000, como é conhecida, traz desde 2000 a obrigatoriedade aos estabelecimentos de qualquer natureza que possuam no mínimo 7 empregados regidos pela CLT a contratar de 5% a 15% de funcionários jovens aprendizes, entre 14 e 24 anos, num contrato especial com duração mínima de 12 meses até no máximo 2 anos. A contratação de aprendizes é facultativa para empresas consideradas Microempresas (ME), Empresas de Pequeno Porte (EPP) inclusive as que fazem parte do Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições (denominado SIMPLES). A Lei da Aprendizagem foi criada com o intuito de dar oportunidades tanto para o jovem aprendiz quanto para as empresas, pois deve preparar o jovem para desempenhar atividades profissionais e ter capacidade de discernimento para lidar com diferentes situações no mundo do trabalho e, ao mesmo tempo, permite às empresas formarem mão-de-obra qualificada, cada vez mais necessária em um cenário econômico em permanente evolução tecnológica. Para isso o jovem receberá uma formação “técnico-profissional que deve ser constituída por atividades teóricas e práticas, organizadas em tarefas de complexidade progressiva, em programa correlato às atividades desenvolvidas nas empresas contratantes, proporcionando ao aprendiz uma formação profissional básica1”. Essa formação realiza-se em programas de aprendizagem organizados e desenvolvidos sob orientação e responsabilidade de instituições formadoras legalmente qualificadas. A matrícula 1Ministério do Trabalho e Emprego, Secretaria de Inspeção do Trabalho, Secretaria de Políticas Públicas de Emprego. – 7. ed. rev. e ampliada. – Brasília: Assessoria de Comunicação do MTE, 2011.p.10. 5 em programas de aprendizagem deve observar a prioridade legal atribuída aos Serviços Nacionais de Aprendizagem2 e, subsidiariamente, às Escolas Técnicas de Educação e às Entidades sem Fins Lucrativos (ESFL) que tenham por objetivo a assistência ao adolescente e a educação profissional, registradas no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), em se tratando de aprendizes na faixa dos 14 aos 18 anos. Como pode se observar a proposta da Lei da Aprendizagem é a de preparar “o indivíduo para desempenhar atividades profissionais e ter capacidade de discernimento para lidar com diferentes situações no mundo do trabalho” (MANUAL DA APRENDIZAGEM, 2013 p.14), para esse objetivo ser alcançado as empresas e programas envolvidos tem que receber esses jovens com o intuito de desenvolver talentos e não somente para cumprir uma determinação legal a transformando em uma lei de cotas. 3 – A Proposta Pedagógica da Instituição É necessário compreender a proposta pedagógica da instituição e a forma como é disseminada aos seus docentes para entender as práticas pedagógicas realizadas dentro da sala de aula. “Convém examinar atentamente a evolução das disciplinares escolares, levando em conta diversos elementos que, em ordem de importância variada, compõem esta estranha alquimia: os conteúdos ensinados, os exercícios, as práticas de motivação e de estimulação dos alunos, que fazem parte destas “inovações” que não são vistas, as provas de natureza quantitativa que asseguram o controle das aquisições.” (JULIA, 2001:34) O Senac oferece formação continuada aos seus profissionais através da Educação Corporativa com cursos de aperfeiçoamento para os colaboradores da área técnica, administrativa e equipe de liderança, Programa de Desenvolvimento Educacional com cursos voltados para qualificação e práticas educacionais, e multiplicadores que são docentes e/ou supervisores educacionais nas unidades, treinados pela equipe de Gerência de Pessoal para alinhamentos com a proposta pedagógica, lembrando que a proposta político-pedagógica de uma escola é a própria organização pedagógica da escola (VEIGA, 1995:22). A instituição oferece também Bolsa Estímulo, onde os profissionais que estejam dentro da política institucional podem 2Os Serviços Nacionais de Aprendizagem, convencionalmente chamados de “Sistema S” são instituições criadas pelo Estado com a intenção de oferecer formação profissional metódica. O Sistema S é formado pelos seguintes serviços: SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), SENAC (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), SESCOOP (Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo), SENAR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) e SENAT (Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte) (OLESKI, 2009). 6 concorrer em até 80% de bolsa para dar continuidade aos seus estudos, desde básico à Doutorado, dentro da própria instituição ou em outra, caso não tenha em seu portfólio. A PP tem seus princípios compreendidos como um conjunto de referências filosóficas e pedagógicas que orientam a forma de educar e de aprender, foram assim considerados: Filosóficas: Ser Humano Mundo, Trabalho e Educação Pedagógicas: Escola, Currículo, Metodologia, Aluno, Professor e Avaliação. Em síntese a proposta pedagógica da instituição, filosoficamente considera o Ser Humano como sujeito construído social e historicamente, na sua complexidade, criativo, criativo, autônoma e atuante em relação ao mundo e à sociedade. Compreende o Mundo como globalizado, dinâmico e complexo, exigindo sempre novas competências, ciência, tecnologias; regionalizado, gerando um fortalecimento dos valores, das crenças e das culturas locais; crescente movimento de aceitação da diversidade; intensa pressão por sustentabilidade. Compreende o Trabalho como ação tipicamente humana, prática econômica em constante mutação e permanente desenvolvimento e soluções de problemas complexos por parte dos trabalhadores; - princípio educativo. Compreende a Educação como direito social de caráter intencional e político, pautado nos quatro pilares fundamentais: aprender a aprender; aprender a fazer; aprender a conviver; aprender a ser (Unesco, 1996); processo de ensino aprendizagem inclusivo, de formação integral e permanente, flexível, e passível de ser realizado em múltiplos espaços, extrapolando o ambiente escolar convencional, incluindo espaços e recursos virtuais. Pedagogicamente compreende a Escola como instituição com fins educativos, marcada pela ação política, democrática e inclusiva que contribui para o desenvolvimento das comunidades com as quais se relaciona. Compreende o Currículo como conjunto integrado, articulado e flexível de situações organizadas de modo a promover aprendizagens significativas e contextualizadas com o objetivo de desenvolver as competências relacionadas a determinado perfil profissional, inserido em um itinerário formativo, constituindo-se como um instrumento de emancipação, autonomia e de transformação ao considerar a inter-relação entre os saberes e valorizar a experiência extraescola. Em sua Metodologia foi destacado o conjunto de métodos e ações que devem orientar e favorecer práticas pedagógicas ativas, inovadoras, inclusivas, multiculturais, integradoras, 7 participativas e colaborativas, com ênfase na metodologia de projetos, considerando ambientes de aprendizagem diversificados e valorizando a simulação ou a realização de situações concretas de trabalho. Compreende o Aluno como ser humano complexo, com valores, crenças, atitudes e dos conhecimentos prévios, que deve assumir um papel ativo e autônomo na construção do conhecimento, ocupando o centro dos processos de aprendizagem; sujeito em constante interação com docentes, colegas e objetos de aprendizagem, assumindo posição reflexiva, crítica, responsável, autônoma e atuante em relação aos processos de aprendizagem voltados para o desenvolvimento pessoal, social e profissional. Na proposta pedagógica ainda é destacado o docente como sujeito crítico-reflexivo, consciente de seu papel social, educacional e social comprometido com a sua formação permanente, com a inovação e reinvenção de suas práticas pedagógicas. Mediador e facilitador do processo de aprendizagem. Destaca-se da avaliação como ação de avaliar de forma abrangente, participativa, inclusiva e contínua, que deve utilizar diversos instrumentos, prevalecendo os aspectos qualitativos sobre os quantitativos, baseada em indicadores claramente definidos e com ênfase na aprendizagem dos alunos; - ação diagnóstica, formativa, somativa, Mobilizar e articular seus recursos subjetivos, bem como os conhecimentos, as habilidades e os valores construídos ao longo do processo de ensino e de aprendizagem. 4 – Pesquisa de Campo com Aprendizes em Curso Atualmente o Senac Santos possui 30 turmas em andamento, sendo que todos os meses turmas concluem e outras iniciam no programa, cuja duração é de 400 horas no decorrer de um ano. Para ter uma amostragem da diversidade cultural e das práticas pedagógicas vicenciadas por esses alunos, foi elaborada uma pesquisa, através de questionário, em 3 turmas, 10% do total existente, duas em andamento às terças e quintas das 13h00 às 17h30 e uma de segunda, quarta e sexta das 14h00 às 17h00.Uma das turmas iniciou a quase 3 meses, a outra está encerrando o primeiro módulo, 6 meses, e a última já está há 8 meses. “O processo do conhecer interfere radicalmente em sua maneira de ser. Modifica-o por inteiro. O sujeito é transformado à medida que mergulha num universo em construção.” (GHEDI, FRANCO, 2011:183-184). Essa interferência poderia ultrapassar as barreiras de tanta diversidade vivida em uma sala de aula? 8 Na turma que está há três meses encontramos um cenário bem diversificado onde 16 jovens responderam o questionário, sendo 9 meninas de 16 à 21 anos, residentes em e 7 meninos16 à 22 anos, residentes Santos, São Vicente, Praia Grande, Peruíbe, Cubatão e Guarujá. Na turma que está inserida há 6 meses, encontramos: foram entrevistadas cinco meninas de 18 à 20 anos e 10 meninos de 15 à 18 anos de Santos, São Vicente, Praia Grande e Itanhaém; da turma que já está há 8 meses responderam à pesquisa oito meninas e cinco meninos de 16 à 18 anos, residentes em Santos, São Vicente, Cubatão e Guarujá e, podemos observar os percentuais das cidades e idades nas salas na Tabela 1: Tabela 1 – Cidades e Idades Tempo de Andamento Tempo de Andamento da Turma da Turma CIDADE 3 MESES 6 MESES 8 MESES IDADE 3 MESES 6 MESES Guarujá 25,00% 30,77% 15 6,67% São Vicente 12,50% 46.66% 23,07% 16 56,25% Praia Grande 31,25% 13,34% 17 18,75% 6,67% Peruíbe 6,25% 6,66% 18 12,50% 73,33% Cubatão 6,25% 15,39% 20 13,33% Santos 18,75% 33,34% 30,77% 21 6,25% TOTAL 100% 100% 100% 22 6,25% TOTAL 100% 100% A diversificação desses jovens não se restringe as cidades onde moram e pela faixa etária, mas também pela constituição familiar e religiosa, escolaridade, os gostos musicais e cinematográficos e a prática de esportes, fortalecendo ainda mais a multicultura, como pode- se acompanhar nas tabelas à seguir: Tabela 2 – Constituição Familiar3, Religiosa e Escolaridade. Constituição Familiar RELIGIÃO Escolaridade TEMPO Tradicional Atual CATÓLICA EVANGÉLICA ESPÍRITA NENHUMA M I MC TEC 3 meses 37,50% 62,50% 12,50% 25% 62,50% 68,75% 12,50% 6,25% 6 meses 40% 60% 50% 19% 6% 25% 20% 26,67 13,33% 8 meses 46,15% 53,85% 38,46% 53,84% 7,70% 76,92% 15,38 3Tradicional foram consideradas às dos jovens que moram com os pais e irmão e Atual as novas constituições familiares, inserindo sobrinhos, avós, tios, primos, padrastos, madrastas e pais do mesmo sexo. 9 Tabela 3 – Cinema Gêneros Escolhidos pelos Jovens CINEMA TEMPO COMÉDIA DRAMA AÇÃO TERROR SUSPENSE MUSICAL INFANTIL 3 meses 26,42% 9,43% 22,64% 15,09% 15,09% 3,77% 7,55% 6 meses 20,40% 18,37% 16,33% 12,24% 14,29% 6,12% 10,20% 8 meses 16,32% 13,95% 18,60% 16,28% 16,28% 2,33% 11,63% Tabela 4 – Estilo Musical de Preferência dos Jovens Gosto Musical TEMPO ROCK POP ROCK FUNK PAGODE SAMBA AXÉ RAP GOSPEL SERTANEJO MPB 3 meses 13,73% 7,84% 7,84% 15,69% 5,88% 9,80% 15,69% 9,80% 15,69% 3,92% 6 meses 15,56% 8,89% 6,67% 11,11% 4,44% 2,22% 15,56% 17,78% 11,11% 13,33% 8 meses 5,26% 10,53% 7,89% 15,79% 5,26% 5,26% 21,05% 13,16% 15,79% 2,63% Como se pode observar nos resultados coletados da pesquisa, os docentes se deparam com suas turmas heterogêneas, desde a idade, cidades residentes, formação familiar, escolaridade até seus gostos culturais e, além de necessitarem de aprendizado especifico para os conteúdos que foram inseridos precisam se adequar as posturas profissionais que permeiam as empresas em que desenvolvem a atividade prática, todo esse contexto alinhado a Proposta Pedagógica da Instituição. 5 – As práticas Educativas em Sala de Aula Os docentes trabalham o desenvolvimentos dos jovens de uma maneira sistemática e participativa, onde os jovens participam do processo da construção do conhecimento. Para isso efetuam atividades como: trabalho em grupo, leitura e discussão de textos e livros, debates, dinâmicas de grupo, jogos corporativos, elaboração de relatórios, desenvolvimento de projetos. “Não há o que possa explicar melhor o sentido das práticas pedagógicas educativas do que os limites e as possibilidades para estabelecer em si um processo sistemático de reflexão sobre elas. O que é feito não se explica pelo como se faz, mas possui sentido diante dos significados atribuídos pelo sujeito. Esses significados não são latentes, mas emanam, de fato, dos sentidos construídos.” (GHEDI, FRANCO, 2011:143). Ilustração 1 – Trabalho em Equipe: O Programa na Vida do Jovem Utilizando a Ferramenta Mapa Conceitual 10 Ilustração 2 – Apresentação da Revista de Administração elaborada em Informática no auditório para outras turmas e docentes

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sobre o tema, foi aplicada a pesquisa de campo, onde acompanho o dia a dia das práticas 5 – Pesquisa de Campo com Aprendizes em Curso .
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