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Filosofia da Educação PDF

66 Pages·0.385 MB·Portuguese
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Rosenfield PSICANÁLISE PASSO-A-PASSO Direção: Marco Antonio Coutinho Jorge Ver lista de títulos no final do volume Leonardo Sartori Porto Filosofia da educação Sumário Introdução A concepção idealista A concepção empirista A concepção transcendental Filosofia contemporânea Reformistas Aperfeiçoadores Considerações finais Seleção de textos Referências e fontes Leituras recomendadas Sobre o autor Introdução A educação é um tema filosófico desde a Grécia Clássica. O diálogo mais famoso de Platão, A República, é também a primeira grande obra de filosofia da educação. O tema central do diálogo é a política, mas, para criar uma sociedade perfeita — objetivo da filosofia política platônica —, é preciso educar os seus membros. Assim, surge uma relação entre filosofia política e educação, que perdura até os nossos dias. Os aspectos epistemológicos envolvidos na educação também são objeto de estudo filosófico desde Platão, que apresenta, no diálogo Mênon, uma abordagem sistemática desse assunto. Em um primeiro momento deste livro, abordarei as concepções epistemológicas envolvidas no ensino, concepções estas que têm sua razão de ser na medida em que, para identificarmos a melhor forma de conduzir o processo educacional, é preciso saber como ocorre o conhecimento humano. A investigação filosófica é um diálogo entre pensadores, que ocorre há mais de dois milênios no Ocidente. Reconstruirei brevemente esse diálogo apresentando três concepções epistemológicas do ensino que classificaremos como: idealista, empirista e transcendental. A concepção idealista será tratada através de dois filósofos: Platão e santo Agostinho. Abarcaremos, recorrendo a eles, o período da Antigüidade e o início da Idade Média. É preciso ter claro que, apesar de santo Agostinho ter se inspirado na doutrina platônica, ele desenvolveu uma filosofia própria, que influenciou o pensamento ocidental durante toda a Idade Média e que, indiretamente, também influenciou a filosofia que surge na Idade Moderna. Locke foi o filósofo escolhido para apresentar a concepção empirista. Com esse filósofo chegamos à filosofia moderna. Também por meio de Locke apresentaremos o debate filosófico que se dá entre o empirismo defendido por ele e o idealismo. A concepção transcendental requer um esclarecimento: o termo “transcendental” foi extraído da filosofia de Kant, mas não se aplica a são Tomás de Aquino, filósofos que serão apresentados sob esta rubrica. Reuni-los se justifica, contudo, pelo fato de ambos oferecerem uma alternativa tanto ao idealismo platônico quanto ao empirismo, segundo a qual o fundamento para o conhecimento não está em idéias inatas, tampouco na mera informação dos sentidos, mas em princípios que coordenam a aquisição do conhecimento — princípios estes que Kant denomina de “transcendentais”. E tratarei ainda das teorias filosóficas contemporâneas, que se ocupam da relação entre epistemologia e educação. Em um segundo momento, tratarei da relação entre filosofia política e educação. O tópico principal dessa relação é o papel da educação na formação e organização da sociedade e do Estado, porque para vários filósofos educar os cidadãos é a única forma de aperfeiçoar ou modificar o Estado. Dividiremos as teorias filosóficas sobre a relação entre educação e política em dois grandes grupos: os reformistas da sociedade e os aperfeiçoadores desta. Sabemos que essa classificação não é de todo satisfatória, visto que as teorias filosóficas apresentadas pretendem que a educação seja uma forma de aperfeiçoar a sociedade humana, mas algumas defendem uma mudança radical na sociedade ou na forma como o indivíduo se relaciona com esta, enquanto outras advogam em favor do aperfeiçoamento das instituições sociais já existentes. O dilema entre mudar a sociedade e aperfeiçoar as instituições já existentes ocorre logo no início da filosofia ocidental, nas concepções de Platão, defensor da primeira alternativa, e Aristóteles, que defende a segunda. Na filosofia moderna (que corresponde ao período compreendido entre os séculos XVII e XIX) encontra-se o trabalho de Rousseau, que incluiremos no grupo dos reformistas, uma vez que, apesar de a sua filosofia da educação estar mais voltada para o indivíduo, o fim último da reforma do indivíduo é a reforma de todos os indivíduos, ou seja, da sociedade. Quanto à filosofia contemporânea, apresentarei, no grupo dos reformistas, as concepções de um dos autores da Escola de Frankfurt: Adorno, aqui enquadrado por sua sofisticada reformulação do marxismo. Pelo grupo dos aperfeiçoadores do sistema social vigente exporei as teses do filósofo norte-americano John Dewey, que defendeu um aprimoramento da democracia através da educação. No total, este livro tratará das obras sobre educação de nove filósofos, englobando a filosofia da Grécia Clássica (Platão e Aristóteles), a Idade Média (santo Agostinho e são Tomás de Aquino), a filosofia moderna nas tradições filosóficas inglesas, alemãs e francesas (Locke, Kant e Rousseau, respectivamente), e a filosofia contemporânea (Adorno e Dewey), além de outros filósofos tratados em menos detalhe. Pretendo, com isto, oferecer um panorama histórico da filosofia da educação que inclua diferentes perspectivas. A concepção idealista Por “idealismo” entendemos a concepção segundo a qual o nosso conhecimento não está assentado na experiência sensível, que, por ser transitória, não fornece certeza alguma, e sim no acesso a uma realidade não sensível, composta por idéias. O melhor exemplo que podemos dar de uma “realidade não sensível” seria: aquela na qual habitariam as figuras geométricas de duas dimensões — os círculos e os quadrados perfeitos, que jamais poderiam existir em nosso mundo, e, portanto, não podem ser percebidos por nossos sentidos (um círculo que vejo desenhado num papel é um objeto tridimensional: o traço do lápis tem profundidade e largura). O fundador do idealismo filosófico é Platão, e com ele iniciarei a exposição dessa concepção. A influência da filosofia platônica se faz sentir num filósofo e teólogo medieval: santo Agostinho, que será o segundo representante do idealismo. Platão. O idealismo platônico não é uma teoria estabelecida de maneira dogmática: suas teses são usualmente sustentadas por sólidos argumentos. No que diz respeito à filosofia da educação, Platão inicia a defesa da tese de que educar é rememorar valendo-se de argumentação por via negativa: o paradoxo da investigação. No diálogo Mênon, ele apresenta o paradoxo: como alguém pode investigar algo que já sabe ou algo que não sabe? O que já sabe não precisa investigar e o que não sabe não pode investigar, uma vez que não sabe o que procurar e, se encontrar algo, não saberá se era aquilo que procurava.

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