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Fenologia de Paratecoma peroba (Bignoniaceae) em uma floresta estacional semidecidual do norte fluminense, Brasil / Phenology of Paratecoma peroba (Bignoniaceae) in a seasonal semideciduous forest of Northeastern Rio de Janeiro, Brazil PDF

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Rodríguésia 61(3):559-56S.2010 http://rodriguesia.jbri.gov.br Fenologia de Paratecoma peroba (Bignoniaceae) em uma floresta estacionai semidecidual do V ' norte fluminense, Brasil PhenologyofParatecomaperoba (Bignoniaceaejinaseasonal semideciduousforestofNortheastemRiodeJaneiro,Brazil BeatrizLacerdaAlmeida Lins1,2& Marcelo TrindadeNascimento Resumo Estudosfenológicosauxiliamnacompreensãodocomportamentodasespéciesemrespostaaalteraçõesnoambiente esãotambémimportantesparaaconservaçãoemanejodasmesmas.AfenologiadeParatecomaperoba(Record& Mell) Kuhlm. foi estudadanoperíododeoutubro/2005 adezembro/2007naMatadoCarvão(EstaçãoEcológica EstadualdeGuaxindiba),SãoFranciscodoItabapoana,RJ.Asobservaçõesforamrealizadasmensalmente,exceto duranteafasedefloraçãoqueocorreramemintervalosquinzenais.Acompanharam-se42indivíduosqueapresentaram comportamentofenológicosazonal,comasenescênciafoliarocorrendonoiníciodaestaçãosecaeaquedafoliarentre meados e final desta mesma estação. O brotamento de novas folhas ocorreu no início daestação chuvosa. As percentagensdeFoumierencontradasparaasfenofasesreprodutivasforambaixasesomenteindivíduoscomDAP> c16omcmaafplorreasçeãnotoarcaomrrbeontdõoesnfalotrraains.siNçoãofdinaalesdtaaeçsãtoasçeãcoaspeacraadech2u0v0o5s,aoseianfdriuvtíidfuiocsaçaãporfeosielnotnagraam(cfeerncoafadseesurmeparnood)uttievnadso, inícionaestaçãochuvosa(novembro),comosfhrtosdispersandoassementesaladasnoiníciodaestaçãochuvosa seguinte.Nosanosseguintes,2006a2008,nãofoiobservadoeventodefloração.Aespéciefoicaracterizadacomo decídua,apresentandoperiodicidadede floraçãosupra-anual. Palavraschave:brotamento,botõesflorais,fenologia,Mataatlântica,senescência. Abstract Phenologicalstudieshelptheunderstandingofspeciesbehaviorasaresulttoenvironmentalchangcsandarealsoimportant forspeciesconsovatknandmanagementThephenologyofParatecomaperoba(Record&Mell)Kuhlm.wasstudied fiomOctober/2005toDecember/2007inMatadoCarvão(GuaxindibaEcologicalStation),SãoFranciscodoItabapoana, RJTheobservationsweredoneinone-monthintervals,exccpttheflowcringthatwasdoneattwowcekintervals.Fortytwo individuaisweresystematicallyobserved.Theyshowedphenologicalpattemcharacterizcdbytheseasonaloccunenceof thephenophases,withlcafscnescenceoccurringatthebeginningofthechyseasonandtheleaffàllbetweenthemiddleand üreendofthisseason.Newleaveswereflushedatthebeginningofthewetseason.Foumierinteasityvalueswerelowfor reproduetivephenophasesandonlytreeswitl,diameteratbreastheight(dbh)> 16cmsproutedflowcnr.Repmductrvc phenophasesstartedattheendofdryseasonof2005,withfloweringoccurringinthetransitionofllicdrytothewetseason. Fruitinewaslong(oneyear),startingatthebeginningofthewetseason(Novcmber)withdispersionoftheanemocoricseeds oceuntegatthebeginningoftheMowingwetseason.However,inthefollowingyeara(2006-2008),floweringdidnot occur.Thisspecieswasclassifiedasdeciduous,withasupra-annualflowcringperiod. Keywords: flushing,flowerbuds,phenology,Atlantic forest,shedding. Introdução abióticas. Atravésdesseestudopermite-seavaliara oecvoernrtêoAnscbifiaeoneloómlgoirgceiolasaçréãeopoàesteifstoitrvuçodasosesdedalaestoiccvaoaurssrbaêisnóctdiiecaassdueea eeinnvtterenret-doriessltaibçniãtooalseónegtsirpceéocassi,efsdase(enTsatlrcoaorraadc&eteMuroimzraaedlalmsaetposorm20ae0s0so)eu.s — UniversidadeEstadualdoNorteFluminense,,Lab-.CicnciasAmbientais,Aa,..Alberto!amci*to2000.28013-600,CamposdosGoylacazes,RJ,Brasil. 1BolsistadeIniciaçãoCientifica,CNPq. BolsadeprodutividadecientíficaCNPq,autorparacorrespondência,[email protected] SciELO/JBRJ cm 2 13 14 15 16 17 lí 560 Uns,B.LA. &Nascimento.M.T. As pesquisas fenológicas são frequentemente epraticamenteextinta(Gentry 1992)queocorredo associadasavariáveisclimáticasefatoresbióticos(Dias sul da Bahia ao norte doestadodo Rio de Janeiro &Oliveira-Filho19%;Talora&Morellato2000;Reys (Nascimento & Lima 2008). Este gênero, que et al. 2005). O periodismo, a sazonalidade. e o atualmente pertence aociado“Tabebuia alliance” sincronismo também têm sido uma constante (Olmsteadetal.2009),émonotípico.Estaespécieé preocupação dos estudos fenológicos (Newstrom et popularmenteconhecidacomoperoba-de-campos. al. 1994; Dias & Oliveira-Filho 1996). Segundo peroba-amarela ou peroba-branca (ES), ipê (BA), Newstrom et al. (1994), o período de um evento perobinhaouipê-rajado(MG)(Lorenzi2000)efoi fenológicoéumaresultantedotempodecorridoentre nopassadoconsideradaamadeiracomercial mais oepisódioeseuintervalo.Asazonalidadeédefinida importante do estado do Rio de Janeiro, sendo comosendoumaassociaçãotemporalentreoevento utilizada em construções comerciais no estado e fenológico e determinado mês ou determinada no acabamento de casas e em mobiliário de luxo. estaçãodo ano e o sincronismo é definido como a Até hoje poucos estudos botânicos (dos Santos & ocorrênciasimultâneadamesmafenofaseemtodas Miller 1992) e ecológicos (Villela et al. 2006) ou, pelomenos, namaioriadas unidadesdeestudo enfocaramestaespéciecaracterísticadasflorestas analisadas. Alguns estudos têm sido conduzidos estacionaisdosestadosdoRiodeJaneiroeEspírito entreosdiferentesestratosouestágiossucessionais Santo(Rizzini1979;Villelaetal.2006)etãoameaçada. emflorestas(Frankieetal. 1974;Andreisetal.2005), Assim, considerando a importância ecológica e contribuindo com informações sobre os distintos econômica da espécie e a ausência de informações períodosdecrescimentoereproduçãodasespécies detalhadassobresuafenologiaopresenteestudoteve vegetais e, consequentemente, sobre a oferta de comoobjetivos; (a)descreverospadrõesfenológicos recursosparaafaunalocal(Reysetal.2005). de Paratecoma peroba em uma floresta atlântica Estudos fenológicos podem ser empregados comoferramentaparaconservaçãoder&ecursosvegetais aestfaecnioolnoaigisaemeidaesciedusatla;çõ(eb)sessteacbaeleeccehruavroeslaasç;ãoeent(rce) afltorraevsétasidse(Miannftoorvmaançiõeesta,l.po20r0e3x;eSmapnltoo,ssobTraekaokipe2r0í0o5d)o, ddeotpeerimtion),areomtcaemnatníhmeotmríosn,idmooseimndDivAíPdu(odsiârmeeptrordouàtailvtousr.a reprodutivoenão-reprodutivodasespéciesvegetaise Essas informações são importantes para a pmiecsomdoespraoudtuoçrãeos,deofcruotnohs/esceimmenetnets.oSdeagufnednooleosgsieas fundamentaçãodeumplanodemanejoparaaespécie. reprodutivadasespéciesaseremmanejadas,frenteàs Material e Métodos exigências dos planos de manejo das formações florestais, é de fundamental importância para uma Área de estudo melhorOseBlreaçsãioldéeomamtariizoerscpeanrtarcooldeetaddievesresmiednatdees.da localiAzadMaaatoandoorteCadroveãsotapdoossduoiRáiroeadedeJa1ne.i2r0o0,hnao, famíliaBignoniaceae,com55gênerose316espécies municípiodeSãoFranciscodoItabapoana,eintegra (Gentry 1980),distribuídasprincipalmenteentreas a Estação Ecológica Estadual de Guaxindiba, que tribos Bignonieae, Crescentieae, Jacarandeae e abrangeáreatotalde3.260ha(21°24’Se41WW).A Tecomeae(Olmsteadetal.2009).Estafamíliatem vegetação é classificada como floresta estacionai sido bem estudada em relação à fenologia e semidecidualdeterrasbaixas,tambémchamadade morfologiafloral(Gentry 1974;Scudelleretal.2008; mata de tabuleiros (Rizzini 1979). Entre as cinco Alcântara & Lohmann 2010). Gentry (1974) espécies arbóreas mais importantes podemos considerou que a diversidade fenológica exibida destacar Acacia polyphyla (DC.) Benth., pelas espécies tropicais de Bignoniaceae seria Metrodoreanigra A. St.-Hil. var. brevifolia Engl., conseqüência da adoção de diferentes estratégias Paratecoma peroba, Pseudopiptadenia contorta reprodutivas, permitindo o compartilhamento de (DC.)Lewis&M.P.Lima, TalisiacoriaceaRadlk. polinizadores entre elas. Estes estudos estão (Villelaetal.2006;Nascimento&Lima2008). concentrados principalmente em espécies de dois O solo da região é classificado como grandes ciados (Bignonieae e Crescentiina) que argissoloamarelo-álicocomtexturaarenosabaixa juntoscorrespondem acercade 80% dasespécies capacidadederetençãodeáguaepobreemnutrientes deBignoniaceae(Olmsteadetal.2009). (Villelaetal.2006).Oclimadaregiãoécaracterizadopor Entre as Bignoniáceas arbóreas de floresta apresentarsazonalidade,comumperíodosecoque e(sRteaccoirodna&iMpeoldl)emKoushldmesetnadcêamriPcaardaotleitcooramlabrpaseirloeibrao cvlaaissdiefimcaaçiãoodaesKetõepmpberno.(1S9e48g)u.ndoocloimsaisétdeomatidpeo Rodriguésia 61(3):559-568.2010 SciELO/JBRJ cm 2 13 14 15 16 17 1 ) ) 561 Fenologia de Paratecoma peroba Aw,tambémconhecidoporclimadesavanas,com adezembrode2007,comauxíliodebinóculo,durante invernoseco(precipitaçãomenordoque60mm)e período diurno (normalmente das 7 às 17 horas). chuvasconcentradasnoverão.Noperíodode 1975 Inicialmente,oacompanhamentofoiquinzenale,após a 1989,aprecipitaçãopluviométricamédiaanuale o período de floração, foi mensal A metodologia temperaturamédiaanualforamde 1.023mme24°C, de observação fenológica utilizada foi a direta, respectivamente(Oliveira 1996).Entre 1997a2007 quantitativa e semi-quantitativa, tanto para as aprecipitação média anual e a temperatura média fenofascsvegetativas,quantoparaasreprodutivas anualforamde82 ,90mme23°C,respectivamente (d'Eça-Neves&Morellato2004).OregistrodoDAP (EstaçãoExperimen1taldeCamposPesagro/UENF). (cm) para cada indivíduo enquadra-se como um área rEendturzeid1a9,6e0me 1f9u8n0çãaoMdaetapldaontCiaorvdãeoctaenvae-dseu-a dfeandoolóqgiucaonstiqtuaitnizveonasiescurentdiárroiu-os.e Puamraamoésdidaaddooss açúcar,pecuária,comercializaçãodemadeiras(eg. valores obtidos para representarcada fenofase no Aspidosperma spp., Copaifera lucens Dwyer, referido mês. As categorias de intensidade das Tabebuiaspp. eParatecomaperoba eretiradade fenofases,emescalaordinaleintervalar,sãoassim materiallenhosoparaaproduçãodecarvãovegetal, descritas:0-nula=0%; 1 -baixa= 1 a25%;2-regular passandodecercade5.000haem 1964para 1.200 =26a50%;3-alta=51a75%;4-muitoalta=76a100%. haem 1986(Silva&Nascimento2001;Nascimento Emoutubroenovembrode2008 foramrealizadas & Silva 2003). Segundo esses mesmos autores, o observaçõesdecampovisandoregistrarapresença fragmento mais representativo de mata sobre ou nãode indivíduosem floração. tabuleiro noestadodo RiodeJaneiroé a Matado Para estimar a proporção de frutos em Carvão(EstaçãoEcológicaEstadualdeGuaxindiba), diferentes categorias de acordo com a maturação, atualmenteadministradapeloInstitutoEstadualdo foram selecionados, entre os marcados, sete (7) Ambiente(INEA/RJ). indivíduos com DAP variando entre 24-68 cm e Na área selecionada para o estudo foram queestavamnascategorias três (3)equatro(4)de utilizadasquatroparcelasde50mx50m(2500nr), intensidadedeproduçãodefrutos.Osfrutoscaídos tdoitsatlaimzacnedrocaárdeea6d0e0ummd(a1)bohrecdtaardea.mEasttaasAplaérmcedlaass dfeor2a0m06c,olneatasderorsampielnhseairlamseonbteadceopaabreildeanntorovedmeburmo parcelas, também foi considerado como área raiodeaproximadodedoismetrosapartirdotronco. amostra] um trecho de 10 m de cada lado de uma Paraacoletafoi utilizadoumquadradometálicode trilhadecercade300mexistentenointeriordaárea 0,25m2alocadoemcadaumdosquatroquadrantes de floresta selecionada para o estudo. A área não dacopadosindivíduosnorte(N), sul(S), leste(E) apresenta vestígios aparentes de corte seletivo e eoeste(W),demarcadoscomumabússola.Apósa de fogo, sendoclassificadacomo área preservada coleta,omaterialfoisecoemestufapordoisdiasa (AP)(Villelaetal.2006). 80"C,triadoeseparadonasseguintescategorias: 1 abortos,2)imaturos,3)madurose4)secos/abertos. Acompanhamento fenológico Foramrealizadascoletasdematerialfértilde Em setembrode 2005 iniciou-seamarcação Paratecomaperoba,queseencontramdepositadas ddoosmiensdimvoídaunoosidneiPcaiarraatme-cseomoaspeestruodboasefeenmoloóugtiucborso. dnaoHUenribváerrisoiddaodCeeEnsttraodduealBidoociNêonrctieasFleuBmiionteencnsoelcogoima Alémdos 18indivíduosdeP.perobacomdiâmetro osnúmeros5585e5586. do tronco a 1,30 cm do nível do solo (DAP 1&0 Análise de dados cm, amostrados nas parcelas por Nascimento tambémforam Os dadosgerados nocampo foram anotados mSialrvcaa(d2o0s01,)eeVniullmeelaraetdaol.s(20e06)a,companhados emumaplanilhacontendoasseguintesinformações: número de identificação do indivíduo arborco indivíduoscomDAP24cmlocalizadospróximosà amostrado, DAP (cm), fenofases, escala ordinal trilha (n = 24) a fim de se determinarqual seria o (método direto quantitativo) e intervalar (método diâmetro mínimo (DAP) dos indivíduos direto semi-quantitativo) das categorias. Foram reprodutivos(comoreprodutivofoiconsideradoo descritas nove (9) fenofases para a espécie em indivíduoqueapresentoubotõesfloraise/ou frutos estudo, sendo quatro (4) fenofases vegetativas: durante o período de observação). brotação, folha madura, folha senescente e sem Oacompanhamentofenológicodos42indivíduos folha e cinco (5) reprodutivas: botão floral, flores marcadosfoirealizadonoperíododeoutubrode2005 Rodriguésiá6 (3):559-568.2010 SciELO/JBRJ 2 13 14 15 16 17 18 0 562 Uns.B.L.A. &Nascimento.M.T. senescentes, fruto imaturo, fruto maduro e fruto assincrônico(ounãosincrônico)quando0-20%de sencscente. Como brotação foliar foi considerada indivíduosmanifestamafenofase;poucosincrônico, tanto a emissão de folhas novas na presença de quando 21-60% de indivíduos manifestam a folhasmaduras,quantoàrenovaçãototaldasfolhas, fenofase e de alta sincronia, quando 61-100% de após período de dcciduidade. A fenofase indivíduosmanifestamafenofase. O senescente para as estruturas foliares e frutíferas cálculodas proporções de frutos abortados foi considerada a partir do instante em que o foi realizado a partir da razão entre frutos caídos indivíduo arbóreo apresentou algumas folhas/ atrofiados e/ou mal formados pelo número total de frutos senescentes. frutoscaídos(sadios+atrofiadose/oumalformados). Operíodode floraçãofoiconsideradocomo Os dados de precipitação pluviométrica o período de ocorrência de botões florais na copa mensaletemperaturamédiamensaldoperíodode das árvores e de flores senescentes recentemente estudoforam obtidos naEstaçãoExperimental de caídas sob a copa. Flores abertas foram de difícil Campos (Pesagro), da Universidade Estadual do visualização devido à antese iniciar-se por volta Norte Fluminense e na Estação Climatológica das 17 h estando às flores senescentes (caídas no (Ministério da Agricultura), ambas com distância chão)aoamanhecer(7h),fatoqueimpossibilitouo aproximadade40kmdaáreadeestudo. acompanhamentodafenofasede flores abertas. O iníciodoperíododefloraçãodeParatecomaperoba Resultados foi constatado após terem sido observadas flores Fenofases vegetativas senescentes caídas próximas a algumas árvores. Os indivíduos de Paratecoma peroba Entretanto, não foram consideradas flores senescentescomoumafenofase,poisosindivíduos amostrados apresentaram índices de atividade e intensidade com comportamento semelhante para apresentaram distribuição muito próxima e assim a fenofase brotamento, com valores variando de eserraiamdiafsícifllaofrersmacraícdoasm.prEescsiessãoddaedqousaitsiivnedriavmíduuoms 49%a100%emoutubrode2005e2006,enovembro edezembrode2007,coincidindocomasprimeiras caráterqualitativoeauxiliaramnoacompanhamento chuvas que marcam o final da estação seca e o do período reprodutivo da espécie. Bencke & Morellato (2002a,b) propuseram início da estação chuvosa (Fig. 1). Nos demais meses(abrilde2006ejaneiro,fevereiroemarçode duas formas de apresentação dos dados 2007) a sincronia foi alta para o brotamento, fenológicos, que se baseiam nos métodos diretos indicando que nestes meses a maioria dos semi-quantitativos(a)equalitativonominal(b).as indivíduos encontrava-se em fase de brotamento. quaisforamutilizadasnesteestudo: (a)Percentual No entanto, a emissão de folhas novas não foi deintensidadedeFoumierqueavaliaaintensidade (emporcentagem)dedeterminadafenofaseemcada cinotmensaapernotrxeimoisdianddeivdíadueosst(aFçiãgo. s1)e,cahadjaimviinstuaíqruaem indivíduodapopulação: consideravelmente os percentuais de atividade e ZFoumier intensidade de brotamento na população, que não 4N x 100 apresentou esta fenofase durante todo o período onde L Foumier é o somatório das categorias de seco(Amaipooapsueltaeçmãbroo)d(eFigP.a1r).atecoma peroba intensidade de Fournier obtido para todos os apresentou alta sincronia para a fenofase folhas indivíduos no mês, dividido pelo valor máximo senescentes no pico da estação seca (junho a ppoosrsí4)v.elO(nvúalmoerréottortaalnsdfeoirnmdaidvoídeuomsv(aNl)omrupletricpelnitcuaadlo asgenoesstcoê)nc(iFaigf.oli1a)r., iCnoincicooum-sietaanpteermdeanftoleiarc.oEmstaa (multiplicadopor 100); (b) índice de atividade (ou fenofase atingiu elevada sincronia (> 95%) no porcentagemdeindivíduos)obtidoatravésdedados períododejulhoaoutubro(Fig. 1).Picosdemaior de presença/ausência de determinada fenofase, intensidade, sempre superiores a 70%, ocorreram avalia a porcentagem de indivíduos da população principalmentenofinaldaestaçãoseca,nosmeses que estão expressando determinada fenofase. Este de setembroeoutubro(Fig. 1). método estima a sincronia entre os indivíduos e Osindivíduosamostradosapresentaramfolhas permitevisualizar,maisclaramentedoqueoíndice maduras por quase todo o ano, exceto no período daetiviintdeandsei.daOde,evoeinntíociofeenoolfóigmicdoosépdeirtíoodcosomdoe sasescionc(rjôunlihcoa,acooumtuibnrtoe)n,siqduaadendboaiexsatoaufneunloaf.ase foi Rodriguésia 61(3):559-568.201 SciELO/JBRJ cm 13 14 15 .. 563 Fenologia de Paratecoma peroba Fenofases reprodutivas Com base nos resultados obtidos, a No final de setembro de 2005 foi constatado frutificaçãofoidivididaemtrêsestádios: (a)meses deproduçãode frutosimaturos:outubrode2005a floraçãodeP.peroba,observando-senaserrapilheira No março de 2006 (estação chuvosa); (b) meses de floressenescentespróximasaalgunsindivíduos. amadurecimento dos frutos: fevereiro ajulho de iníciodeoutubrode2005,foramregistradosbotões floraisemnúmeroconsiderávelde indivíduos, fato d2e00d6is(pfeirnsaãloddaacshsuevmoesnateese-staagçoãsotosedcea)2;0e06(ca)mmaersçeos não recorrente nos anos seguintes (2006, 2007 e 2008). Portanto, a floraçãoda P. perobaocorre na 2007 (Afimnaaliodraaetsivtiadçaãdoespeacraaaefeesntoafçaãsoecfrhuutvooismaa)t.uro tsreatnesmibçrãooednoovpeemríbordoo.Dseocototpaalraamoostcrhaudvooseom,2e0n0t5r,e doceo2r0re0u6n(o54p%er)í.oEdnotdreetdaenztoe,mbariontdeen2si0d0a5deapfeavreareeisrtoa 4bo6t%õesdofslorianisdievmídouuotsubdreoPe.2p7e%roebmanaopvreemsbernot.arAasm fenofaOseafomiaidnufrereicoirmae3n2t%o(dFoisg.f1r)u.tos ocorreu de intensidades da fenofase paraos meses de outubro fevereiroajulhode2006,comintensidadesinferioresa e(Fniog.ve1m)b.rAosdef2e0n0of5afsoersamre2p0ro%deut3i%v,asreaspprecetsievnatmaernatme d3e1%di(sFpiegr.s1ã)o.Odsemseesmeesntdeesmafioorraamtiavgiodsatdoe,esientteenmsbirdoadee valoresde intensidadeinferioresa30%e,portanto, outubrode2006,quecorrespondemaofinaldaestação nãohouveumpicode intensidade (valores>50%) secae iníciodachuvosa(54%deatividadeemtodos evidente para as fenofases reprodutivas analisadas os meses e intensidades inferiores a 25%). Foram (Fig. 1). FENOFASESVEGETATIVAS FENOFASESVEGETATIVAS 2005 2006 2007 2005 2006 2007 FENOFASESREPRODUTIVAS FENOFASESREPRODUTIVAS « • • ONDJ FMAMJ J ASONDJ FMAMJ J ASOND O20N05DJ F2M0A06MJ J ASONDJ2F00M7AMJ J ASOND 2005 2006 2007 FFoiugmuirear,1 c-alFceunloagdroapmaarsaapsarfaenoofíansdeiscevedgee.aat.iivviadsadeer(eopuropdourticveanstadgeePmadreatiencdoivmíadpuoesr)obeap“ercen.ua de «ntensidade de a dezembro/2007, na Mata do Carvão (Estação Ecológica Estadual de Guax.nd.ba), Sac “= RJ. Fenofases vegetativas: •=brotação; A= folha senescen.e; * = sem folhae fenofaseJs reprodutivass, bboottããoo fFliogruarle; I -=Pfhreuntoogirmaamtsuroof;p-er=cefnr.uatgoemoafdrurnod;rn-d-^faruntdomseenescent^e. (GuaxindibaVSCtgaCltc"atEicvoe“lüagnidcarlep-Srtoapd.ui-oent)i”,veS"àpoheFnroapnhcaissccosdoof - 1 floralbud; = imature fruit; - = mature fruit; * - senescent fruit. Rodríguésia61(3):559-568.2010 SciELO/JBRJ, 13 14 17 18 564 Uns,B.LA. &Nascimento,M.T. constatados frutos senescentes nos indivíduos indivíduos de P. peroba tomam-se efetivamente amostradosatéomêsdemarçode2007(Fig. 1). reprodutivos somente quando adquirem grande Através da análise da proporção de frutos porte(diâmetroselevados)(Fig.3). em diferentes categorias de maturação pode-se constatarque a categoriaque se destacou foi a de Discussão ffrruuttoosscaobleerttaodso,srceopnrtersaeuntmaandpoor8c6en%tadgoemtodteal7d%e A ocorrência de elevada sincronia e intensidade da fenofase brotamento foliar de frutosabortados (Fig. 2). observada entre os indivíduos de Paratecoma Relação entre o DAP e o tamanho peroba noiníciodaestaçãochuvosacorroboraos dados encontrados para outras espécies vegetais mínimo dos indivíduos reprodutivos de florestas estacionais semideciduais (Morellato de Paratecoma peroba & Leitão-Filho 1990; Santos & Takaki 2005). A análise da relação entre o tamanho dos Morellatoetal.(1989)eMorellato&Leitão-Filho indivíduos(DAP)comonúmerodeindivíduosque (1990) ressaltaram a importância das primeiras apresentaram fenofases reprodutivas mostrou que chuvas, após período de seca, como um fator somente os indivíduos de com DAP > 16 cm desencadeadordobrotamento. O fluxosazonal da apresentaram fenofases reprodutivas durante o emissão foliar é um traço bem característico de períododeestudo(Fig. 3).Estesindivíduosforam florestas tropicais sob clima sazonal, até mesmo considerados como reprodutivos ou adultos. paraevitarque aproduçãode folhas novas ocorra Portanto,deumtotalde42indivíduosamostrados, e&mépocadesfavorável(Frankieetal. 1974;Santos 26indivíduosforamconsideradosadultos.Destes, Takaki 2005). Apesardisso, foram observados 15indivíduosapresentaramfenofasesreprodutivas, alguns indivíduos com baixa produção de folhas oque correspondeua58% dos indivíduos adultos novas fora do pico de outubro (meses de abril de (Fig. 3). A categoria de DAP > 30 cm foi a que 2006eentreosmesesdejaneiroamarçode2007). apresentou maior proporção de indivíduos Este fato pode estar ligado a alguma variação reprodutivos (73,3%), demonstrando que microclimática,quepoderiavirainterferirnotempo de resposta fenológica de alguns indivíduos arbóreos. Segundo Borchet (1999) as mudanças foliares tornam-se menos dependentes da sazonalidade climática, com o aumento do suprimentohídriconosolo,quediminui oestresse hídricosazonal. No presente estudo, Paratecoma peroba Frl apresentoupadrãotípicodeespéciesdecíduas,que FrM FrA segundoMorellatoetal. (1989),caracteriza-sepela perda e produção de folhas concentradas em FrATF determinado período e pela permanência de indivíduos sem folhas durante alguns meses. Apesar disso, encontrou-se registro na literatura destaespécie comobrevidecídua(Engel 2001 A ). cFoilgeutraado2s-naPrsoeprorarpçiãlohedierafreumto2s8dequPaadrraatdeocsodmea0p,e2r5omba2 casatirinavccirtdôearndíiesctdaiecaosbeqsnueeesrcvtêaendcmaiaspieadroqaureePdl.aatpfaoedlariaoprbaaarlatéavmáuernimtaaes alocadossob acopa de sete (7) árvores em quatro(4) outrasespéciesdamesmafamília, principalmente quadrantes, Mata do Carvão (Estação Ecológica osipês(Tabebuiaspp.)(Justiniano&Fredericksen ERMlfFirJsiatu.gtttetuaarForfdrsaeudlllaao2=blbe-CedfranFretreruovuaGtsãitou;othsa,FpxtirriGhmoeunpAaadotTcrxiurtFibroinaoow=ds)nni;,fsborFSfauoãrPtfSooaMtsraPFat=aarettraefraEncroctcuofoeitmilcosaaosocdgpmooimeascadradopeoleubuIrarStaotoasbabstaboa;imaroppt(nFloan,read=dASon7saãi)=.,on, qd2isen0eud0trai0einc;ratammirPidaarnalmeaidsdoqepatuosoenesepatáestvlaaelacx.ioassn2ed0pvid0eeçe7lrõ)aie.pdsqaeFudxrreeéadrdnaidkaciaafefsoeolelsdititoaaaarrçla.ãmesob(eqi1srue9eine7cat4ame).a FranciscodeItabapoana,RJ,Brazil. Frl=imaturefruits;FrM Esses mesmos autores ressaltaram a importância =mature fruits; FrA=open fruits; FrATF= aborted fruits. dos períodos de perda foliar para a dinâmica dos Rodriguésia61(3):559-566.2010 SciELO/JBRJ 2 13 14 15 16 17 18 565 Fenologia de Paratecoma peroba microrganismosdaserrapilheira.Villelaetal.(2006), aoavaliaremoefeitodocorteseletivonaciclagem de nutrientes na Estação Ecológica Estadual de Guaxindiba,verificaramqueamaiorconcentração de nutrientes no estoque (serrapilheira) ocorreu, principalmente durante meados da estação seca, comoconseqüênciadogrande númerode árvores perdendo folhas e dabaixataxade decomposição duranteestaestação. Aperdadefolhasnofinalda CATEGORIASDEDAP(cm) estação seca parece ser decorrente da baixa Figura3 - Número de indivíduos reprodutivos e não umidade relativa do ar e do solo. Sendo assim, reprodutivos de Paratecoma peroba em diferentes duranteaestaçãoseca,ascondiçõesparaabsorção classesdiamétricas(cm)na Matado Carvão (Estação denutrientesnosoloficariamprejudicadas(armuito Ecológica EstadualdeGuaxindiba), SãoFranciscodo secoe diminuição do potencial hídrico do solo) e Itabapoana, RJ. NR = não reprodutivos; R = as espécies tenderiam a perder suas folhas, reprodutivos. diminuindoaevapotranspiração(Nunesetal.2005). Figure 3 - Number ofreproduetive and non-reproduetive SegundoAddicott(1978), dentreos benefíciosda individuais ofParatecomaperoba distributed into diametrie gpaerradnatfeoolibaraleastnáçoahmíadnruictoendçaãpoladnatahocmoemosotamseei,oqeume rcSletaaptsrisooednsu,e(tScimãv)eo;iFnRrtah=necirCseapcrrovodãduoeetfIiotrvaeesb.ta,poGaunaax,inRdJi,bBaraSztialt.eNEcRolo=gincoanl que ela se encontra. Durante os anos deobservação deste estudo (2005-2008) registrou-se floração em massa, nos corrobora o estudo de Engel (2001) para a mesma indivíduosdeParatecomaperoba,apenasem2005. espécie. Alguns estudos apontam aspectos Estudos realizados anteriormente na Mata do favoráveisparaaocorrênciadafloraçãonesteperíodo, dCaerviãnod(i1v9í9d5u-o2s00d1e)sntãaodeestepcétcaireamagprranedseenntúamnedroo ctaoinstcriobmuoinidnoícpiaordaaosacuhmuveanstoenaaumteaxnatdoeddaetceommpperoastiuçrãao, fenofases reprodutivas (Nascimento M.T, dados daserrapilheira, maiordisponibilidadedenutrientes não publicados). O primeiro registro de floração, paraasplantas(Pedronietal. 2002),nãoocorrência dpeosudceos1i9n9d5i,víodcuoorsr.eEumem200149,98f,oipoobrséemrvraedstariutamaa edsetrcuthuurvasasflopraeissaedraesduqçuãeodpaoadteivriidaadmeddeanhiefribcíavroroass nova floração (Aguiar W., comunicação pessoal), (Morellatoetal. 1989;Nunesetal.2005). porém também de baixa ocorrência e intensidade. Afloraçãoeobrotamentofoliarforameventos Segundoaclassificaçãode Newstrometal. (1994), fenológicos simultâneos. Este padrão também é quandoháocorrênciadeapenasumcicloreprodutivo descritoparaoutrasespéciesemflorestastropicais erempruomduiçnãtoe,rvsaelogudiedvoárpioorsaannooss,doeubsaejiax,aaonuodneeinnhtuenmsaa e&stTaackiaokniai2s00(5M)o.reMlolraetlola&toLeetiatlã.o(1F9i8l9h)oc1o9n9s0i;dSearnatraoms reprodução,estepadrãoédefinidocomosupra-anual. queaprecipitação,apósperíododeestressehídrico, eAsfsriumti,feisctaeçsãoressuuplrtaa-daonsusaiusgepraerampPa.dpreõreosbdaenfaloMraaçtãao sfelroiraaçoão,prcioncmiopaplarfaatoorbrdoetsaemnecnatdoefaodlioarr.tanto para doCarvão,emboraEngel(2001)tenhadescritoesta O período de frutificação de Paratecoma espéciecomosendoanualirregular. perobafoilongo,cercadeumano,comosprimeiros (1974)S,egaunfdlooraaçcãlaossdiefiPcaaçrãaotpercopoomsatappeorroGbeantfroyi cfrhuutvoosstae(nndoovseembesrtoab2e0l0e6c)ideoancoomipnlíecitoadmaateusrtaaççããoo tidiepnitciafmiecnatdeatcroopmiocaels,tcraartaécgitaer“ibziagdabapnogr”d,eupmenpdaedrrdãoo esedgiusipnetresã(onoocvoermrbernodo20n0o7)i.níEcisotedapaedstraãçoãcoocrhruovboosraa comportamento oportunista dos polinizadores, os oresultadoencontradoporEngel (2001)paraesta quais são atraídos pela nova fonte de néctar. Esta mesma espécie, como também, para diferentes estratégia,emBignoniaceae,apresentaaltosincronismo espéciesvegetaisrealizadosemflorestastropicais intrapopulacional,comduraçãodepoucosdias,eocorre estacionais(Dias&OliveiraFilho 1996,Pedroniet apenasAnafleosrtaaççããoodsaecPaa(rGaetnetcryom1a97p4e)r.obaocorreuna ailm.a2t0u0r2o)s.cCoornrsetastpooun-dsee,aoqsuemaesfeosrmmaaçiãsodqouesnftreustoes transição do período seco para o chuvoso, o que Rodríguésia 61(3):559-568.2010 SciELO/JBRJ 13 14 566 Uns,B.L.A. &Nascimento,M.T. úmidos. Este fato pode estar relacionado com o atividadesreprodutivasocorreramnomesmoperíodo período de assimilação, reserva e alocação de indicandoqueexisteumarelaçãoentreaquedafoliar, recursos pela planta para otimizar a produção de a síndrome de dispersão e a posição no estrato. & frutos(Morellato LeitãoFilho 1990). Poroutro Morellatoetal.(1989)tambémindicaramqueaqueda lado, os frutos maduros estão relacionados aos foliar esteve associada, principalmente, com a meses de transição da estação chuvosa para seca. dispersão de diásporos em espécies anemocóricas. A estação secacontribui paraoprocessodeperda Frankieetal.(1974)encontraramresultadosemelhante deumidadequeacompanhaamaturaçãodefrutos paraespéciesvegetaisdeFlorestaSecanaCostaRica. em algumas famílias, dentre elas, Bignoniaceae Amaioriadosindivíduosadultosenquadrou- (Janzen 1967).Ferrazetal.(1999)eSantos&Takaki senaclassedeDAP>30cm(73,3%),demonstrando (2005)apontaramdiversosestudosquerelacionam que indivíduos desta espécie somente tomam-se aépocadeproduçãodefrutos,otipodefruto(seco reprodutivos quando atingem grande porte. oucarnoso)easíndromededispersãodassementes. Mantovanietal. (2003)verificaramqueafloraçãoe Morellato etal. (1989) citam que a frutificação na afrutificaçãodependemtantodecaracterísticasdo estaçãosecatemsidorelacionadacom adispersão ambiente, quanto da espécie e de seu estádio de pelovento,queauxilianadispersãode sementes. desenvolvimento.AorelacionaremoDAP(mínimo, A taxa de 7% de frutos abortados (mal máximo e médio) de 19 espécies arbóreas com a formados) pode ser considerada baixa ou dentro porcentagem de plantas que floresceram, do limite inferior observado para árvores em verificaram que em várias espécies o início da florestastropicais(Palleiroetal. 2006).Entretanto, floraçãoocorrecom diferentes DAPs. O fatode a vale ressaltar que esse dado pode estar maioriados indivíduos reprodutivosdeP. peroba subestimado,umavezqueestedadonãofoiobtido apresentarem DAP > 30 cm, que é superior ao a partirda porcentagem de flores fecundadas que tamanho médio adotado para o corte seletivo na nBãaowparo&duWzierbabmf(ru1t9o8s4m)ardeugriosst.roBu,awpaar(a19a74e)spaépcuide raeguimão(paDdArPão>2f0encoml)óg(iVcilolerleapertoadLut2i0v0o6),suep,rsao-manaunadlo, TabebuiaroseaDC.(Bignoniaceae)elevadastaxas implicaquemuitosindivíduosnãotiveramchancede deaborto(99%),expressocomoaporcentagemde sereproduziroutiverampoucoseventosdereprodução floresque nãodesenvolveramfrutos maduros. antes do corte. Este dado reforça a necessidade de O aborto de frutos normalmente está maior controle e fiscalização nesta Unidade de relacionado à limitação de recursos que seriam Conservaçãovisandocoibirocorteseletivodemadeira. captadospelaárvore,àorigemequalidadedopólen, Estasinformaçõestambémpoderãosermuitoúteisna aumeventodeherbivoriae/ouparasitismodofruto, definição de estratégias de manejo e produção de à baixa diversidade genéticadapopulação e/ou à sementes de P. peroba. Estudos comparativos com autofecundação(Sampaio&Almeida 1995;Díazet outras áreas em que tenham sido detectadas aOl.2003;Spironelloet«/.2004;Palleiroetal. 2006). perturbações e estudos envolvendo a genética e abortode frutos também é apontadocomouma ecologia reprodutiva desta espécie poderão elucidar formade aplantaparental removerseletivamente questões sobre fluxo gênico e variabilidade genética Bpraowpaág&uloWsebcobm(1b9a8i4x)acvoiamboiliadpardien,ciappaolntcaaudsoapdoor dmaasnepojpoufllaoçrõesetsa,ladsesPiamrcaotmeocofmoarnpeecreorbsau.bsídiosparao aborto de frutos, embora ressaltem que poucos estudostêmsidodesenvolvidosnesteâmbito.Díaz Agradecimentos etal. (2003)destacaramquegametase/ouzigotos À a(saibeorbjouroarerq,tgtuauaedlgdoaoagsrsem,eresnmetãinnaonqosaurrraemeanpamrtlp)eomrspeoeponrpnstoátsapgeumáueglcemuovalfesroenasntccóotbtoseiemrpamoioszfsaraeumecncgaóuesfltdorai,iurpdteoooossuss. p(a(rULboEEodNAluFstGai),vodUiCendaiCpaIvodTneieAiorcsc/liiioUaegdçníEastãdtíNoiefcFiCoEc).isaeB.tn.oatALdí.ufofAaoi.lrcpLandrieoonecfsiNeMamsogesTrrnotaNtredoeFEca.dleFouba.msooilSdCnsoaeaNudnPzosdqsaee O climatológicos;aosetordegeoprocessamento(LCA, sspreeimndecenisptafelosplaegdhreeaíndotPade.sodpicnesoorpioenqbrucsaaio,lrdiq(auausneecámprooovcmsoosrrueaiisad)oei.nsvMcpeooenrnrettslorãlaocavtoadomma&o-s dCAegBuBPi./arUpoeEraNouFxbí)alianoacisomtmargialemhmaasrdceaaçaáãsroeiadnedfeionredmsitavuçíddõoue;ossaadoiebWóa.rneMoo.ss LeitãoFilho(1990)observaramqueaquedafoliareas aténctneircioosreJsosséoVbraendaerflleoyraRçaãnoge(la,nHoedlemo20S0i4qu)e;iraaose Rodriguésia 61(3):559-568.2010 SciELO/JBRJ, . 567 Fenologia de Paratecoma peroba Gerson Rocha o apoio nos trabalhos de campo. wetanddryforests in the lowlands ofCosta Rica. 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