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Exercícios de micro-história PDF

300 Pages·2009·1.21 MB·Portuguese
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Exercícios de micro-história AAFF__lliivvrroo ffiinnaall ookk..iinndddd 11 44//1122//22000099 1155::0033::1133 AAFF__lliivvrroo ffiinnaall ookk..iinndddd 22 44//1122//22000099 1155::0033::1133 MÔNICA RIBEIRO DE OLIVEIRA CARLA MARIA CARVALHO DE ALMEIDA ORGANIZADORAS Exercícios de micro-história AAFF__lliivvrroo ffiinnaall ookk..iinndddd 33 44//1122//22000099 1155::0033::1144 Copyright © 2009 Mônica Ribeiro de Oliveira e Carla Maria Carvalho de Almeida Direitos desta edição reservados à EDITORA FGV Rua Jornalista Orlando Dantas, 37 22231-010 | Rio de Janeiro, RJ | Brasil Tels.: 0800-021-7777 | 21-3799-4427 Fax: 21-3799-4430 E-mail: [email protected] | [email protected] www.fgv.br/editora Impresso no Brasil / Printed in Brazil Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação do copyright (Lei no 9.610/98). Os conceitos emitidos neste livro são de inteira responsabilidade do autor. Este livro foi editado segundo as normas do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, aprovado pelo Decreto Legislativo no 54, de 18 de abril de 1995, e promulgado pelo Decreto no 6.583, de 29 de setembro de 2008. 1a edição — 2009 Versão digital — 2012 PreParação de originais: Daniela Duarte Candido, Maria Lúcia Leão Velloso de Magalhães, Sandra Frank revisão: Adriana Alves Ferreira e Catalina Arica CaPa e diagramação: Santa Fé ag. Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Mario Henrique Simonsen / FGV Exercícios de micro-história / Organizadores: Mônica Ribeiro de Oliveira e Carla Maria Carvalho de Almeida. — Rio de Janeiro : Editora FGV, 2009. 300 p. Inclui bibliografia. ISBN: 978-85-225-0898-3 1. História — Metodologia — Coletânea. 2. Historiografia — Coletânea. 3. História social — Coletânea. I. Oliveira, Mônica Ribeiro de. II. Almeida, Carla Maria Carvalho de. III. Fundação Getulio Vargas. CDD – 907-2 Sumário Apresentação 7 Mônica Ribeiro de Oliveira e Carla Maria Carvalho de Almeida Prefácio 11 Giovanni Levi Parte I: A micro-história e seus precursores 17 1. Microanálise e história social 19 Edoardo Grendi 2. Paradoxos da história contemporânea 39 Edoardo Grendi 3. Reciprocidade mediterrânea 51 Giovanni Levi 4. Economia camponesa e mercado de terra 87 no Piemonte do Antigo Regime Giovanni Levi AAFF__lliivvrroo ffiinnaall ookk..iinndddd 55 44//1122//22000099 1155::0033::1144 Parte II: O diálogo com a história e a historiografi a 111 5. Delio Cantimori: um diálogo com a história da cultura 113 Cássio da Silva Fernandes 6. Pensando as transformações e a recepção da micro-história no debate histórico hoje 131 Henrique Espada Lima Parte III: Exercícios de micro-história 155 7. O capitão João Pereira Lemos e a parda Maria Sampaio: notas sobre hierarquias rurais costumeiras no Rio de Janeiro do século XVIII 157 João Fragoso 8. Indivíduos, famílias e comunidades: trajetórias percorridas no tempo e no espaço em Minas Gerais — séculos XVIII e XIX 209 Mônica Ribeiro de Oliveira 9. Redes de compadrio em Vila Rica: um estudo de caso 239 Renato Pinto Venâncio 10. Os vínculos interfamiliares, sociais e políticos da elite mercantil de Lima no fi nal do período colonial e início da República: estudos de caso, metodologia e fontes 263 Cristina Mazzeo de Vivó Sobre os autores 297 AAFF__lliivvrroo ffiinnaall ookk..iinndddd 66 44//1122//22000099 1155::0033::1144 Apresentação Mônica Ribeiro de Oliveira Carla Maria Carvalho de Almeida A grande ressonância da perspectiva metodológica da micro-história é hoje um fenômeno inquestionável. Esse movimento, inicialmente restrito à produção historiográfi ca italiana, vem ganhando adeptos em todo o mundo, inclusive no Brasil. Desde as últimas décadas do século XX, os questionamentos à validade das grandes sínteses começaram a chamar a atenção para o perigo de se excluir o sujeito da história ou de se perder a historici- dade de suas ações. As análises estruturais baseadas em grandes cor- tes cronológicos e na quantifi cação não incorporariam a ação do sujeito como ator histórico importante na defi nição do rumo dos fenômenos e dos processos históricos. E mais ainda — e em decor- rência disso —, não conseguiriam compreender as estratégias indi- viduais que podiam tornar mais compreensível aquela realidade mais estrutural. Também não permitiriam apreender as ações daqueles atores históricos que eram motivadas por outras lógicas que não as da sociedade contemporânea. Outra ordem de problemas levantados por esses questionamentos dizia respeito à organização comparti- mentada da disciplina história, o que acabou por criar fronteiras rí- gidas entre as histórias social, econômica, política e cultural. Em meio aos grandes embates travados por força de tais pondera- ções, teve início um processo de compreensão de que seria necessário AAFF__lliivvrroo ffiinnaall ookk..iinndddd SSeecc33::77 44//1122//22000099 1155::0033::1144 repensar o papel do sujeito na história e reduzir a escala de observação. 8 A experiência — individual ou coletiva — resgatada empiricamente A RI TÓ passou a desempenhar um papel mais destacado no trabalho dos his- S -HI toriadores do que as explicações baseadas nas deduções lógicas que as O R MIC grandes sínteses teóricas produziam. E S D A micro-história italiana foi uma das respostas formuladas a partir O CI de tais questionamentos. Ao conceber a priori toda a história como CÍ R E social e ao buscar uma alternativa de análise capaz de transcender as X E análises de cunho generalizante dos denominados agregados anôni- mos, a micro-história surgiu como uma proposta de análise dinâmi- ca da sociedade que não impunha ao estudo do passado uma ordem artifi cial e automática. A micro-história propõe uma refl exão histó- rica em constante busca da totalidade, mesmo sendo esta compreen- dida como resultante do reconhecimento da ação individual e da percepção de sua trajetória. Parte do pressuposto de que os indivídu- os e os grupos têm uma complexidade difícil de ser reduzida aos fe- nômenos econômicos ou políticos. O interesse volta-se para a análi- se das diferenças, dos confl itos e das escolhas, situações em que a complexidade dos fenômenos históricos teria maior possibilidade de ser resgatada. A micro-história propõe um procedimento quase ar- tesanal de aproximação do objeto, à semelhança do olhar através de um microscópio, que revela uma série de aspectos antes impossíveis de detectar pelos procedimentos formais da disciplina. Utilizando-se da redução de escala de observação para o entendimento de questões mais gerais, a micro-história resgata o elo entre o micro e o macro. Este livro é em grande parte resultado das refl exões desenvolvidas durante o II Colóquio do Lahes: Micro-História e os Caminhos da História Social, realizado em outubro de 2008 na Universidade Fede- ral de Juiz de Fora (UFJF), com o apoio da Fapemig, da Capes e do PPGHIS/UFJF. O Laboratório de História Econômica e Social (Lahes), criado em 1997, está ligado à linha de pesquisa História, Mercado e Poder, do Programa de Pós-Graduação em História da UFJF. Nesse encontro, o objetivo foi defi nir alguns eixos temáticos caros à história social (redes sociais, família, parentesco, estratégias sociais) e discutir AAFF__lliivvrroo ffiinnaall ookk..iinndddd SSeecc33::88 44//1122//22000099 1155::0033::1144 até que ponto as proposições da micro-história se adequam aos objeti- 9 vos dos historiadores que lidam com tais temas, ou se outras opções O Ã Ç metodológicas seriam mais apropriadas para abordá-los.1 A T N E Na primeira parte do livro, dedicada aos precursores da micro- S E R P história, são apresentados à comunidade acadêmica brasileira, tradu- A zidos para o português, quatro importantes textos de Edoardo Grendi e Giovanni Levi. Os dois primeiros — “Microanálise e his- tória social” e “Paradoxos da história contemporânea” —, de 1977 e 1981, respectivamente, e ainda inéditos em língua portuguesa, são da autoria de Edoardo Grendi, considerado o principal responsável pela difusão desse campo de investigação e pela dimensão que o debate teórico sobre a micro-história alcançou, a partir da década de 1970, através do periódico italiano Quaderni Storici. Originariamente publicados em 1990 e 2000, e também inéditos em língua portuguesa, os outros dois textos que compõem a primei- ra parte deste livro são da autoria de Giovanni Levi. Em “Recipro- cidade mediterrânea”, partindo das noções de equidade, analogia e reciprocidade, Levi discute as especifi cidades das formas jurídicas das nações católicas do sul da Europa e sugere uma polarização entre países com direitos fortes em que a lei restringe a liberdade de inter- pretação dos juízes e países em que a origem teológica do conceito de justiça permite aos juízes uma ampla margem de interpretação, mediante uma leitura muito específi ca da equidade. No texto “Eco- nomia camponesa e mercado de terra no Piemonte do Antigo Regi- me”, Giovanni Levi emite valiosos alertas aos historiadores interes- sados em investigar as transações mercantis com a terra nas sociedades da Idade Moderna. Segundo Levi, a terra era a base da produção, mas também do sistema de poder e de proteção social que caracteri- zava todo o sistema político nessas sociedades. Assim sendo, “a cir- culação mercantil da terra, não impossível, mas complexa e viscosa, obstaculizava a fl uidez: direitos familiares, senhoris, comunitários, 1 Para a organização desse evento e da presente obra contamos com o precioso apoio do professor dr. Cássio da Silva Fernandes, da professora dra. Ângela Brandão e do professor dr. Henrique Espada Lima. AAFF__lliivvrroo ffiinnaall ookk..iinndddd SSeecc33::99 44//1122//22000099 1155::0033::1144

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