Estrutura da comunidadearbóreade fragmentosde FLORESTAATLÂNTICA OMBRÓFILA SUBMONTANANA REGIÃO DE ImBAÚ, município deSilva Jardim, Rio deJaneiro, Brasil Fabrício Alvim Carvalho2 João Marcelo Alvarenga Braga , & Marcelo Trindade Nascimento4 (Estrutura da comunidade arbórea de fragmentos de floresta atlântica ombrófila submontana na região de Imbaú municípiodeSilvaJardim,RiodeJaneiro,Brasil) Estetrabalhoteveporobjetivoavaliaraestruturada comunidade arbórea de cinco fragmentos de floresta ombrófila densa submontana (FODS) na região de Imbaú município de Silva Jardim. RJ. Brasil. Partiu-se da hipótese de que o processo de fragmentaçao oaclaocsaidoansousiusmteamarteidcuaçmãeontleocqaulatnraorpiaqruceelzaasededi1v0e0rsxid5adme.dTeodeaspsécaiseásrvaorrbeósrevaisv.asEcmomcaDdaAPfr>ag5me0nctomffoorraamm medidas(DAPealtura)eidentificadas.Asfamíliaseespéciesmaisimportantesforam:Meliaceae,Sapmdaceae e Fabaceae, e Gnarea guidonia e Cupania oblongifolia, respectivamente. Estas espécies nao haviam se destacado em outras FODS nesta região. As espécies secundárias iniciais predominaram nos fragmentos, indicandoefeitosdoprocessodefragmentaçãoequeestesseencontramemestádiosucessionalsecundFáOriDoS. Osecíunnddicáeridaes,dimvaerssiindfaedreiodreaeosspévcaileosre(sH’p)aproarFfOrDagSmemnatdouvraarsioeupdrees2e,r8v8aada3s,6n2ensattasr.eignidã'o..pErnotxriemtoanatooutqruasandoos fragmentosforamanalisadosemconjunto,oremanescenteapresentoudiversidade(4.01 nats.ind )próxima àdeáreaspreservadas,corroborandoahipóteseinicial.EstesresultadosindicamquearegiãodeImbauainda detémaltariquezaediversidadedeespécies,comumafloraarbóreapeculiar,ressaltandoaimportânciadesta ... área para conservação. Palavras-chave:fragmentaçãoflorestal,fitossociologia,riquezadeespécies,diversidadedeespecies,conservação. Abstract (TreecommunitystructureofsubmontaneatlanticrainforestfragmentsinImbaúregion,mumcipalityofSilva Jardim RiodeJaneiro.Brazil) Thisstudyaimedtoevaluatethestructureofthetreecommunityofasubmontane acsataynlsudatsnehetmesiacmathrirtacei)adnlaulfncyotdrileioosdntceaniatlntiefstdiphcieednc.IiemTeasbhcaehriúomcforhenstgethiseoisnfmai.pvnoSedritfldoavirnavetesJrtfasarfimdtriyialmgii,menesRtnwhJte.essr.WeeAefMlrelatlgetismrateeceenedstastwe.hi.etFShhoayuDpprmBordtHehapechs>ecia5asetc.tehmaaptnlwodfetorFsraeeobsfmatec1fea0ras0aeugx.rmeA5ednmmto(anwDteg.BorsHne species?GuareaguidoniaandCupaniaoblongifoliaoccurredwithhighvaluesofimportance.Thesespecies hfardagnmoetntbseesnhorwepeodrtaedpracsdiommpionratnacnet sopfeecairelsyisneoctohnedrarfyrasgpmeecnitess,aalsreaadcyonasnaelqyuzeendcefoorftfhoeressatmferareggmieonnta mine process.and indicatingasecondary succession stage.The Shannondiversity índex(H ) varied rom2 8 to 3 62nats.ind 1betweenfragments,andcanbeconsideredwithmtherangefoundforothersecondary At an ic fmoarteusrtsefHoorwesetvse(r4..0wnhaetns.icnodns'i).desruepdpoarltlifnrgatghmeenitnistitaolgheytphoert,hetshies.diTvheressietyreisnudletxsswuagsgecsltostehattotvhaeluIemsbfaouurnedgifoorn stillhasanexpressivespeciesrichnessanddiversity. indicatingits importance forconservai,onofthelocal Ke^onls-foreststmeture,foiestfragmentation,phytosociology,speciesrichness,speciesdiversity.conservation. Artigorecebidoem03/2007.Aceitoparapublicaçãoem08/2009. U'PnairvteerdsaiddaisdseeErsttaaçdãouadledmoeNsotrrtaedFolduomipnreinmseeir(oUaEuNtFo)r.CentrodeBiociênciaseBiotecnologi.a,ProgramadePós-graduaçao em BicSênciase Biotecnologia. Av. AlbertoLamego2000. Pq. Califórnia. 28013-620, Camposdos Goytacazes, RJ. BolãnicodoRio*Janeiro.R.PachecoLeüo9I5.2W6M30.Ri.d.Janeiro.RJ.Brasil. IJjKtofeSIrflaldoNorteFTrrmincnse(UENO.CentrodeBiodêndaseBiotecnologia. LabCiênciasAmbientais. Av. AlbertoLamego2000.Pq.Califórnia,28013-620,CamposdosGoytacazes, RJ. [email protected] SciELO/JBRJ 2 13 14 15 16 17 696 Carvalho, F.A., Braga.J. M.A. ií Nascimento. Aí. T Introdução de desenvolvimento urbano (Fundação SOS Aflorestaatlânticabrasileiraéumdosbiomas Mata Atlântica 2002; Kierulff et al. 2005; mais ameaçados do planeta, sendo apontada Procópiode Oliveira etal. 2008). comoumdoscincomaisimportanteshotspots O processo de fragmentação florestal é mundiaisdebiodiversidade(Myersetal.2(XX)). prejudicial para as comunidades vegetais Aprincipalameaçaaeste biomaéadestruição remanescentes.Alémdareduçãonaáreaoriginal e fragmentação das suas florestas. Segundo doshabitais,diversosestudosevidenciamefeitos Dean (1996),ascausasdadestruiçãoao longo diretos(ex.alteraçãodomicro-clima,aumento dos últimosséculos foramasobre-exploração na intensidadee exposição a ventos, aumento dos recursos florestais (madeira, lenha, frutos naincidênciadeinsetosepatógenos)eindiretos e caça) e o desmatamento para o uso da terra (ex. alterações nos processos de polinização, paraagriculturaeagropecuária. Estima-seque dispersão, herbivoria e predação), que a cobertura florestal esteja reduzida a menos comprometem substancialmente os padrões de7%desuaextensãooriginal (FundaçãoSOS estruturaiseecológicosdascomunidadesvegetais MataAtlântica2002). Poristo,afragmentação remanescentes (Laurance & Bierregaard & da floresta atlântica é apontadacomo um dos 1997;Rambaldi Oliveira2005)eapresentam maiores problemas de conservação no Brasil comomaiorconsequênciaapendadabiodiversidade (Tabarelli et al. 2005). Embora seja uma das (Tilman etal. 1994;Tumeretal. 1996). regiõesdaAméricadoSulcomomaiornúmero Estudosflorísticosefitossociológicosem de áreas de proteção legal (Tabarelli et al. fragmentos de florestas ombrófilas da bacia 2005), a floresta atlântica brasileira continua dorioSãoJoão,naregiãocentro-nortefluminense, sob constante ameaça, pois estas áreas indicam que estes ainda guardam altos níveis representamnãomaisque2%detodoobioma de diversidade arbórea (Neves 1999; Borém restante,eamaioriadosremanescentesflorestais & Ramos2(X)1; Borém&Oliveira-Filho2002; permanecemempropriedadesprivadasàmercê Rodrigues2004; Guedes-Bruni etal. 2006a,b; & de perturbações antrópicas (Fundação SOS Pessoa Oliveira2(X)6;Carvalhoetal. 2006; Mata Atlântica 2002; Tabarellietal. 2005). Carvalho et al. 2007, Carvalho et al. 2008). No estado do Rio de Janeiro, a floresta Entretanto,asimplespresençadessesfragmentos atlânticaqueoutroracobriatodaasuaextensão não garante a conservação da comunidade encontra-se hoje reduzidaa menos de 20%da original, visto o conjunto de efeitos diretos e cobertura original, estando os grandes indiretosprovocadospelafragmentação.Alguns remanescentes em sua maioria sobre áreas estudoscomfocosobreosefeitosdafragmentação montanhosas e inadequadas a agricultura e florestal nesta região indicam alterações agropecuária (Fundação SOS MataAtlântica ecológicas nas comunidades arbóreas, tais 2002). As florestas da região costeira do comoareduçãonariquezaediversidade local centro-norte fluminense, reconhecidas pela de espécies (Rodrigues 2004; Carvalhoetal. altadiversidadeeendemismosdafaunaeflora 2007), aumento na riqueza e abundância de (MMA 2000), durante séculos foram alvo de espécies associadas a estádios sucessionais intensa exploração dos recursos naturais, iniciais (pioneiras c secundárias iniciais) intensificada nas últimas sete décadas pela (Pessoa 2003; Carvalho etal. 2006; Carvalho substituiçãodesuasflorestasporáreasagrícolas et al. 2007), e mudanças estruturais através e pelo processo de urbanização desordenada da redução no número de árvores de grande (Dean 1996). A paisagem atual desta região porte e da área basal total, e aumento da encontra-semuitofragmentada,compequenas densidade de árvores mortas (Pessoa 2(X)3; manchas florestaisisoladasealteradasem sua Rodrigues2004; Carvalhoetal. 2007). maioria, circundadas por extensas matrizes Entreestesestudos,poucosforamrealizados antrópicascomopastos,monoculturaseáreas nos fragmentos florestais de propriedades privadas,asquaisrepresentama maiorporção Rodriguésia 60 (3): 695-710. 2009 SciELO/JBRJ cm 12 13 14 15 16 17 Estruturatiacomunidadearbóreadefragmentosdeflorestaombrófilasubmontuna deflorestasremanescenteseaomesmotempo mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia) mais susceptíveis aos impactos antrópicos comoespéciebandeira,resultou nacriaçãoda (Fernandes et al. 2008; Procópio de Oliveira primeiraReservaBiológicabrasileira,aReserva et al. 2008). Nesta situação encontra-se a BiológicadePoçodasAntas,em 1974(Kierulff regiãodeImbaú,nomunicípiodeSilvaJardim, etal.2005). Hojeomunicípiode SilvaJardim queaindapreservadiversosremanescentesde destaca-senocenárionacional porseraregião ilorestaAtlânticaimportantescomohabitatsde comomaiornúmerodeUnidadesdeConservação váriasespéciesdafaunasilvestre,inclusivede (UC) do Brasil, com mais de uma dezena de gruposdemicos-leões-dourado(Leontopithecus Reservas Particulares do Patrimônio Natural rosalia (Linnaeus, 1744)) reintroduzidos e (RPPN)implementadas(Fernandesetal.2008). silvestres (MMA 2000; Kierulff et al. 2005; Apesardisto,aindaexistegrandenecessidade Fernandes etal. 2008; ProcópiodeOliveiraet de criação de novas UCs para a proteção de al. 2008).Assim,estetrabalhoteveporobjetivo porção significativa da cobertura florestal principal analisar a estrutura da comunidade natural do município (Fernandes etal. 2008). A região de Imbaú está localizada no arbórea de fragmentos florestais de floresta ombrófiladensasubmontana(FODS)localizados m2u2n°i3c7í’pSi)o, diensSeirlivdaaJnaardiÁmr,eaRJde(42P°r2ot8e’çWãoe empropriedadesprivadasnaregiãode Imbaú. Ambiental da Bacia do Rio São João/Mico- edacoremgpiaãroá.-Elsotsescformagomuetnrtooss,frqaugemefnotromsaflvoaremstuaims Leão-Dourado (Primo & Võlker 2003). Importanteporseráreaendêmicadeocorrência contínuo florestal, são resultantes do processo domico-leão-dourado(Leontopithecusrosalia), de fragmentação iniciadoa mais de 50 anos na a região de Imbaú ainda preserva alguns região. Destaforma,comointuitodeavaliara remanescentes de floresta Atlântica, porém contribuição destes fragmentos para a fragmentados e de tamanhos reduzidos, com manutençãodariqueza florísticadestaregião, poucos excedendo 1000 ha. testou-se a hipótese de que o processo de Os remanescentes estudados na região de fragmentação ocasionou redução local na Imbaú formavam uma cobertura florestal riqueza e diversidade de espécies arbóreas. contínua,fragmentadaapartirdoiníciodoséculo Ressalta-sequeosremanescentesflorestais passado para a implantação de agropecuária desta região estão totalmente inseridos no extensiva.Cincofragmentosflorestaisestudados CorredorEcológicodaSerradoMar(ouCorredor compõem estes remanescentes; “Fazenda SiumlpordtaânMcaiataecoAltólgâintciacea)c,onásrerevaacdieoneixsttarepmoar A(fEeStTiv-a-2J1orhga)e,”“(AFaFzTen-da19Ihmab),aú“”Fa(zIeMnBda-Es1t3r0eihtao)”, deter a maior extensão contínua de floresta "FazendaAndorinhas”(AND- 145ha)e“Sítio Atlântica dos estados do Rio de Janeiro, São doProfessor"(STP- 155ha). Estesfragmentos Paulo e Paraná (Ayres et al. 2005). Neste encontram-se isolados há pelo menos 50 anos, contexto, as informações aqui geradas serão embora muito próximos uns dos outros, com de grande valia para a adoção de estratégias distânciamáximadecercade2km(Fig. 1).Estão conservacionistas nesta porção do corredor. imersos em uma matriz antrópica composta quasequeexclusivamenteporpastagens,além MaterialeMétodos de pequenas culturas de subsistência (frutas Área de estudo cítricasecoco)ealgumasáreasderegeneração Localizado na região centro-norte natural (capoeiras). fluminense,omunicípiodeSilvaJardimainda Ossolos dos fragmentos sãoclassificados mantém mais de 30% (ca. de 340 km-) de sua comolatossoloamarelodistrófico,comexceção coberturadeflorestaAtlântica(FundaçãoSOS do fragmento EST que apresenta solAo MataAtlântica2002).Oapeloparaaprescrição hidromórfico (gleissolo) (Lima et al. 2007). de sua cobertura florestal, através do uso do vegetação predominante é a floresta ombrófila Rodríguésia 60 (3): 695-710. 2009 SciELO/JBRJ cm 2 13 14 15 16 17 18 698 Carvalho, F.A., Braga, J. M.A. & Nascimento, M. T peito= 1,30cmdosolo)>5,0cmforamamostradas e medidas quanto ao DAP e à altura. Amostras de material botânico (fértil e/ou estéril) foram coletadasparaidentificaçõesrealizadasnoherbário doInstitutodePesquisasJardimBotânicodoRio deJaneiro(RB).Omaterialcoletadoencontra-se depositadonoherbáriodoCentrode Bioeiências & BiotecnologiadaUniversidadeEstadualdoNoite Fluminense(UENF),eduplicatasforamenviadas para o herbário RB. O sistema de classificação adotadofoioAPG II(2003). Alistagemflorística completa destes fragmentos encontra-se em Carvalho<7al. (2006). A similaridade de espécies entre os Figura«M1on-* Mapa coHm-MaISlocalização geogr«-áJ5f2i-Wc»a dos SforraegmnesnetnoesMfooriiseisttaim(amdoad.atHroavmé)s (dBorsoíwnedric&esZdaer fragmentos de floresta ombrófila densa submontana 1984). Estes índices foram adotados para a estudadosnaregiãodeImbaú,municípiodeSilvaJardim, comparaçãodasimilaridadequalitativa(presença/ RJ.Fragmentos: AFT-FazendaAfetiva(19ha);EST- ausência) e quantitativa (densidade) de espécies hFaa)z;eAndNaDEs-trFeaiztoen(d2a1 Ahna)d;orIiMnhBas-(F1a4z5enhad)a;ISmTbPaú-S(í1t3i0o entreosfragmentos.OprogramaMVSP(Kovach doProfessor(155 ha). 2004)foiutilizadoparaasanálises. O Figure 1 - Geographic location of submnuntane índice de diversidade de espécies de ombrophilous dense forest fragmcnts at Imbaú region, Shannon-Wiener(H')eoíndicedeequabilidade mAuFnTici-paAlfiettyivoaffSairlmva(J1a9rdhia)m;, ERJS,TB-razEislt.reFiotroesftarfmra(g2m1enhlas):; de Pielou (J) foram calculados segundo Brower IMB - Imbaú farm (130 ha); AND-Andorinhas farm (145 & Zar (1984). Os parâmetros fitossociológicos ha); STP - Sítio do Professor (155 ha). calculados para as espécies foram: número de densa submontana, segundo classificação de indivíduos(Ni),áreabasaltotal(AB)eporespécie Veloso et al. (1991). O clima da região é (Abi).densidaderelativa(DR),dominânciarelativa enquadrado pela classificação de Kõppen no (DoR) e valor de cobertura (VC) (Mueller- tipo As (tropical chuvoso com estação seca Dombois&Ellenberg 1974). no inverno). Aprecipitação anual oscila entre Para a avaliação das características 1500e2000mm,sendoosmesesdenovembro sucessionais, as espécies foram classificadas de a março os mais chuvosos e de maiores acordo com suas características ecológicas em: temperaturas (Primo & Vòlker 2003). pioneiras (Pi), secundárias iniciais (Si) e secundárias tardias (St), segundo proposto por Análise da vegetação Gandolfi et al. (1995). Esta classificação foi Em cada fragmento foram alocadas baseada em diversos trabalhos realizados em sistematicamentequatroparcelasde 1(X) x5m florestas do domínio da floresta Atlântica e no sentido norte-sul, cada uma distante 1(X) m observações de campo dos autores. m daoutrae30 dasbordas,resultandoem uma Resultados área amostrai de 0,2 ha por fragmento e total de 1,0 ha nos remanescentes, O método de Similaridade entre os fragmentos parcelas longitudinais foi utilizado visando a Asimilaridadequalitativadeespéciesentre obtenção de uma maior heterogeneidade osfragmentosfoibaixa,comosvaloresdoíndice florística(Causton 1988). deJaccardinferioresa0,35(Fig.2a),mesmoentre Dentrodas parcelas, todasas árvores vivas fragmentos muito próximos e sob condições (exceto lianas) com DAP (diâmetro a altura do topográficas, edáficas e climáticas semelhantes. Rodriguéaia 60 (3): 695-710. 2009 SciELO/JBRJ cm 12 13 14 15 16 17 , Estruturaciacomunidadearbóreadefragmentosdeflorestaombrófilasubmontana 699 Estabaixasimilaridadequalitativaestárelacionada EST àaltaheterogeneidadeflorísticaencontrada,onde apenas 12espécies(7,1%dototal)foramcomuns aoscincofragmentos(Tab. 1),e98 (58,3%do STP total)ocorreramrestritasaumúnicofragmento. Noentanto,quandoconsideradaadensidade 1MB das espécies através da análise quantitativa peloíndicedeMorisita,asimilaridadeentreos AND fragmentosfoialta.variandode0.38a0,79(Fig. 2b).indicandoqueaestruturadacomunidadeé um fator agregador. O dendrograma de AFT similaridadepeloíndicede Morisitadistinguiu dois blocos florísticos, um formado pelos 0,04 02 0,36 0,52 0,68 0,84 1 fragmentosAFTe AND.eooutroformadopor Jaccard a EST, IMB e STP(Fig. 2b). NaTabela observa-sequedas 12espécies 1 1MB comuns aos cinco fragmentos, quase todas ocorreram com elevado número de indivíduos STP empelomenosdoisfragmentos,eacombinação destas densidades proporcionou uma maior similaridade florística entre determinados EST fragmentos. Além disso, os fragmentos que formaram os diferentes blocos apresentaram AND estruturas fitossociológicas semelhantes, conforme descrito a seguir. AFT Fitossociologia Nosfragmentosque formaramoprimeiro 0,i28 0,r4 0,152 0,i64 0,176 0,r88 1\ bloco florístico (AFT e AND, Fig. 2b), AFT Morisita b apresentou 10 espécies (15,1% do total) que foram responsáveis por mais da metade da Figura2-Dendrugramasdesimilaridadedeespéciesentre densidade e dominância relativa, sendo estas. oaspafrrtaigrmdeonstíonsdfilcoersesdteai(sa)daJarcecgairãdoede(bI)mMbaoirii,siStialv(amJoadr.diHmo,mR)J., Cupania oblongifolia, Apuleia leiocarpa, Figure 2 - Dendrograms of species similarity of forest Guattería candolleana, Plathynieniafoliolosa, fragments at Imbaú region, municipality of Silva Jardim, Helicostylis tomentosa, Lacislema pubescens RJ. Brazil. Index: (a)Jaccard and (b) Morisita (mod. Hom). Ocotea aniboides Siparuna guianensis, , Os fragmentos que formaram o outro Guapira nítida e Himalanthus lancifolius (ATaNbD.2)f.oSregauminrdeogiosmtreasdamso,paadlréãmo,dneofCruagpmaennitao balporceosefnltoarríastmiceole(vEaSdTa,s d1eMnsBideadSeTsP,deFGiug.ar2eba) oblongifolia, Plathynieniafoliolosa, Guapira guidonia, que por sua vez foi a espécie que nlietiiodcaa,rpSai,poaurturnaas tgruêisaneesnpséciisese, SAopruolceeiaa eapdroemsienntâonucioas mrealiastiavlato(sTavba.lo3r)e.sNdoefdernasgimdeandteo gguuiilalneemnisneiaqnuae,reGpuraerseeantagruaimdoanpieanase9B%rosdioitnoutianl EdeSTi,nedsitvaíúdnuiocsaeespaépcrioexaicmuamdualmoeun3t7e%6d0o%totdaal deespécies,masforamresponsáveispormetade dominância relativa (Tab. 3). No fragmento do número de indivíduos e mais da metade da 1MB, alémdeGuareaguidonia,outrasquatro espécies, Plathynienia foliolosa, Xylopia dominânciarelativa(Tab.2). Rodrigutsia 60 (3): 695-710. 2009 SciELO/JBRJ 2 13 14 15 16 17 18 ,, Carvalho, F. A., Braga,7. A/./A. <£ Nascimento, M. T Tabela 1 -Densidadedas 12espéciesarbóreascomunsaoscinco fragmentos florestaisestudados daregiãode Imbaú, SilvaJardim, RJ. Valores finais indicam acontribuição(%)destasespécies na densidadetotal dascomunidadesdecadafragmento. Classificaçãosucessional (CS): pioneira(Pi), secundária inicial (Si) e secundária tardia (St). Fragmentos: Fazenda Afetiva (AFT); Fazenda Estreito (EST); Fazenda Imbaú (IMB); Fazenda Andorinhas (AND); Sítio do Professor(STP). n: númerototalde indivíduosamostrados. Table 1 - Density ofthe 12 cornmon tree species in the fivc forest fragments at Imbaú region, municipality ofSilva Jardim.RJ.Brazil.Finalvaluesarethecontribution(9c)ofthespeciesforthetotaldensityofeachfragmcntcommunity. Successionalclassification(CS):pioncer(Pi),earlysecondary(Si)andlatesccondary(St).Forestfragments:Afetivafarm (AFT); Estreitofarm(EST): Imbaú farm(IMB);Andorinhas farm (AND);Sítiodo Professor(STP). n: total density. Espécie CS AFT EST IMB AND STP (n=371) (n=212) (n=307) (n=428) (n=280) CaseariasylveslrisSw. Si 2 1 10 5 15 Cupaniaoblongifolia Mart. Si 47 15 21 40 23 Guapiranitida(Mart.exJ.A.Schmidt)Lundell. Si 15 5 5 26 3 Guareaguidonia(L.)Sleumer Si 4 79 52 24 61 Lacistemapubescens Mart. Si 21 3 27 10 3 Lueheadivaricata Mart. Pi 8 1 2 3 3 Lueheagrandiflora Mart. &Zucc. Pi 4 5 2 2 3 Nectandraoppositifolia Nees. Si 11 6 8 3 1 Nectandrapuberula(Schott)Nees Si 1 1 13 3 8 PlathymeniafoliolosaBenth. St 4 1 15 8 8 Siparunaguianensis(Tul.)A.DC. Si 21 5 14 26 9 Xylopiasericea A.St.-Hil. Pi 5 4 35 2 I Contribuição(%)dototalde indivíduos - 38.5 59,2 66.4 35.5 49.3 sericea, Cupania oblongifolia e Lacistema (Tab.4).OfragmentoEST,comomenornúmero pubescens, que representaram apenas 8% das deespécies(46espécies),apresentou também espécies amostradas, foram responsáveis por a maior densidade relativa de uma única metade da densidade e dominância relativa espécie(Guarea guidonia),contribuindopara (Tab. 3). Já no STP, o conjunto formado por um menor valor de diversidade (FF = 2,88 Guarea guidonia, Plathymenia foliolosa nats.ind ')e equabilidade (J =0.75). Nooutro Cupania oblongifolia e Cariniana legalis extremo, os fragmentos AFT e AND foram apesarde representarapenas 7% das espécies os que apresentaram a maiordiversidade (FF e 34% do total de indivíduos, foi responsável =3,62 nats.ind '),contribuindopara isto tanto por mais da metade dadominância relativa, o a maiorriquezadeespécies(66e 76espécies, que está relacionado à elevada área basal de respectivamente),quantoamenordominância seus indivíduos, exceto para Cupania dasprincipaisespécies,resultandoemmaiores oblongifolia (Tab. 3). valores de equabilidade (J = 0,86 e 0,84, respectivamente).Estesvaloresdediversidade Diversidade de espécies foram próximos aos registrados Os valores do índice de diversidade de para outras FODS secundárias, porém mais espécies de Shannon (PT) variaram de 2.88 a baixosquandocomparadosaosdeoutrasFODS 3,62nals.ind ',enquantoosvaloresdeequabi1idade maduras na região centro-norte fluminense, (J)variaramde0,75a0,86entreosfragmentos que ultrapassam 4.20 nats.ind' (Tab. 4). No Rodriguéúa 60 (3): 695-710. 2009 SciELO/JBRJ cm 12 13 14 15 16 17 1 Estruturadacomunidadearbóreadefragmentosdeflorestaombrófdasubmontana 70 Tabela 2-Parâmetros fitossociológicos das principais espécies nos fragmentos Fazenda Afetiva (AFT) e Fazenda Andorinhas (AND), região de Imbaú, Silva Jardim, RJ. Espécies ordenadas segundoovalordecobertura. Classificaçãosucessional (CS): pioneira(Pi), secundáriainicial (Si) esecundáriatardia(St).Ni: númerodeindivíduos; DR:densidaderelativa;DoR:dominânciarelativa; VC: valor de cobertura. Table 2 -Phytosociological parameters of the most importam species in the fragments Afetiva farm (AFT) and Andorinhas farm(AND),at Imbaú region, municipalityofSilvaJardim, RJ, Brazil. Speciesorderedby highestcover values. Successional classification (CS): pioneer (Pi), early secondary (Si) and late secondary (St). Ni: number of individuais;DR:rclativedensity;DoR:relativedominance;VC:covervalue. Espécie CS Ni DR DoR VC FazendaAfetiva(AFT) Cupaniaoblongifolia Mart. Si 47 12,7 6,9 19,6 Apuleialeiocarpa(Vogei)J.F.Macbr. Si 15 4,0 11,8 15,8 GuatteriacandolleanaSchlecht. Si 12 3,2 7,7 10,9 PlathymeniafoliolosaBenth. St 4 Ll 8,9 10,0 Helicostylistomentosa(Poepp. & Endl.) Rusby Si 22 5,9 3,6 9,5 Lacistemapubescens Mart. Si 20 5,4 1,9 7,3 Siparunaguianensis(TU1.)A.DC. Si 21 5,7 1,4 7,1 OcoteaaniboidesMez St 13 3,5 3,0 6,5 Guapiranitida(Mart.exJ.A.Schmidt)Lundell. Si 15 4,0 2,3 6,3 EugeniastigmatosaDC. St 4 1.1 4,9 6,0 Himatanthuslancifolius (Mttll.Aig.)Woodson St 11 3,0 2,9 5,9 Guapiraopposita(Vell.)Reitz Si 11 3,0 2,8 5,8 EuterpeedtdisMart. St 17 4,6 1,1 5,7 Lueheadivaricata Mart. Pi 8 2,2 3,1 5,3 MachaeriumbrasiliensisVog. Si 4 li 3,9 5,0 BathysamendoncaeiK.Schum. St 10 2,7 1,8 4,5 Cabraleacanjerana(Vell.)Mart. Si 8 2,2 2,1 4,3 Nectandraoppositifolia Nees. Si 11 3,0 1,0 4,0 Pseudopiptadeniacontorta(DC.)G.P. Lewis&M.P. Lima Pi 3 0,8 3,2 4,0 Astrocaryumaculeatissimum(Schott)Burret Pi 6 1,6 2,3 3,9 Outras 46 109 129,2 23,4 52,6 FazendaAndorinhas (AND) Cupaniaoblongifolia Mart. Si 40 9,3 11,4 20,7 SoroceaguilleminianaGaudich. Si 37 8,6 9,1 17,7 Guareaguidonea (L-)Sleumer Si 24 5,6 9,2 14,8 PlathymeniafoliolosaBenth. St 8 1,9 10,9 12,8 Brosimumguianense(Aubl.)Huber Si 32 7,5 4,4 11,9 Guapiranitida(Mart.e.tJ.A.Schmidt)Lundell. Si 26 6,1 2,3 8,4 Apuleialeiocaqm(Vogei)J.F.Macbr. Si 12 2,8 4,7 7,5 Siparunaguianensis(Tul.)A.DC. Si 26 6,1 1,4 7.5 Helicostylistomentosa(Poepp. & Endl.) Rusby Si 16 3,7 3,4 7,1 PsychotriavellozianaBenth. Si 22 5.1 1,6 6,7 BathysamendoncaeiK.Schum. St 9 2,1 42 6,3 Lacistemapubescens Mart. Si 10 23 1.7 4,0 Guapiraopposita(Vell.)Reitz Si 13 3 1 4,0 TabemaemontanacatharinensisA.DC. St 8 1.9 1,9 3,8 PerseaamericanaMill. Ni 9 2,1 1,5 3.6 Sparattospermaleucanthum(Vell.)K.Schum. Pi 2 0.5 3 33 Rodriguésia 60 (3): 695-710. 2009 SciELO/JBRJ cm Carvalho, F.4., Braga, J. M.A. <£ Nascimento, M. T Espécie CS Ni DR DoR VC Alchorneaglandulosa Poepp. Si 6 1,4 2 3,4 TapiriraguianensisAubl. Si 3 0,7 2,1 2,8 Cybistaxantisyphilitica (Mart.) Mart. Pi 7 1,6 1,2 2.8 AstroniumgraveolensJacq. Si 5 1.2 1.6 2,8 Outras 39 - 113 26,5 21,4 47.9 Tabela 3 - Parâmetros fitossociológicos das principais espécies nos fragmentos Fazenda Estreito (EST), Fazenda Imbaú (IMB) e Sítio do Professor (STP), região de Imbaú, Silva Jardim, RJ. Espécies ordenadas segundo o valor de cobertura. Classificação sucessional (CS): pioneira (Pi), secundária inicial (Si) e secundária tardia (St). Ni: número de indivíduos; DR: densidade relativa; DoR: dominânciarelativa; VC: valordecobertura. Table3-Phytosociologiea! parametersofthc most importam speciesfrom the fragmentsEstreitofarm(EST), Imbaú farm(IMB)andSítiodoProfessor(STP),atImbaúregion,municipalityofSilvaJardim, RJ, Brazil.Speciesorderedby highestcover values. Successional classification (CS): pioneer(Pi), early secondary (Si) and late secondary (St). Ni: numberofindividuais;DR:reiativedensity;DoR:relativedominance;VC:covervalue. Espécie CS Ni DR DoR VC Fazenda Estreito (EST) Gnareaguidonia(L.)Sleumer Si 79 37,3 57,9 95.2 Alchorneaglandulosa Poepp. Si 8 3.8 8.5 12.3 Cupaniaoblongifolia Mart. Si 15 7,1 2.7 9,8 Platymisciumfloribundum Vog. St 5 2,4 5,2 7.6 Lueheagrandiflora Mart. & Zucc. Pi 5 2.4 2,8 5.2 PlathymeniafoliolosaBenth. St 1 0.5 4.3 4.8 TabemaemontanacalharinensisA.DC. St 5 2,4 1.6 4.0 Nectandraoppositifolia Nees. Si 6 2,8 0,9 3.7 Miconiaprasina(Sw.)DC. Pi 7 3,3 0,4 3.7 Miconiaholosericea(L.)DC. Pi 6 2.8 0.5 3,3 GuatteriacandolleanaSchlecht. Si 5 2.4 0.9 3,3 CecropiaglazioviiSnethl. Pi 5 2,4 0.7 3,1 TrichilialepidotaSw. St 2 0.9 1.9 2.8 CecropiahololeucaMiq. Pi 2 0.9 1.9 2.8 Siparunaguianensis (Tul.)A.DC. Si 5 2.4 0.4 2.8 Guapiranitida(Mart.exJ.A.Schmidt)Lundell. Si 5 2.4 0.4 2.8 Xylopiasericea A.St.-Hil. Pi 4 1.9 0.5 2.4 Ingaedulis Mart. Pi 3 1.4 1.0 2.4 AcaciapolyphyllaBenth. Si 1 0,5 1.7 22 PsychotriavellozianaBenth. Si 4 1.9 0.2 2.1 Outras 26 - 39 18,1 5.6 23,7 Fazenda Imbaú(IMB) Guareaguidonia(L.)Sleumer Si 53 17.3 22.1 39,4 PlathymeniafoliolosaBenth. St 15 4.9 22.5 27.4 XylopiasericeaA.St.-Hil. Pi 35 11.4 7.3 18.7 Cupaniaoblongifolia Mart. Si 21 6.8 6.3 13.1 Lacistemapubescens Mart. Si 27 8.8 1.7 10,5 TibouchinagranulosaCogn. Pi 11 3.6 3.9 7.5 CaseariasylvestrisSw. Si 10 3.3 2_2 5.5 Nectandrapubenda(Schott)Nees Si 13 4.2 1.2 5.4 Siparunaguianensis(Tul.)A.DC. Si 14 4.6 0.8 5.4 U GuareamacrophyllaVahl St 4 3.0 4.3 Nectandraoppositifolia Nees Si 8 2.6 0.7 3,3 Rodriguésia 60 (3): 695-710. 2009 SciELO/JBRJ cm 12 13 14 15 16 17 Estruturadacomunidadearbóreadefragmentosdeflorestaombróftlasubmontana 703 CS Ni DR DoR VC Espécie Cabraleacanjerana(Vell.)Mart. Si 3 1,0 2,3 3,3 Lonchocarpuscultratus(Vell.)A.M.GAzeredo& H. Lima St 2 0,7 2,6 3,3 Miconiacinnamomifolia(DC.)Naudin Pi 4 1,3 1.8 3,1 Alclwmeatriplinervia(Spreng.)Müll.Aig. Si 4 1,3 1,7 3,0 Alchorneaglandulosa Poepp. Si 5 1,6 1,2 2,8 CecropiahololeucaMiq. Pi 7 2,3 0.5 2,8 PsvchotriaveltozianaBenth. Si 3 1.0 1,8 2,8 PlatxcyanusregnelliiBenth. St 4 1,3 1,4 2,7 Protiumheptaphvllum(Aubl.)March. Si 5 1,6 1,0 2,6 Outras 56 - 59 19,1 14,0 33,1 Sítio do Professor (STP) Guareaguidonia(L.)Steumer Si 61 21,8 34,6 56,4 PlathymeniafoliolosaBenth. St 8 2,9 21,9 24,8 Citpaniaoblongifolia Mart. Si 23 8,2 4,5 12,7 Cariniana legalis (Mart.) Kuntze St 0,7 7,5 8,2 FarameamultijloraA.Rich.exDC. St 17 6,1 1,3 7,4 CaseariasylvestrisSw. Si 15 5,4 1,4 6,8 Nectandramembranacea(SW.)Griseh. St 15 5,4 1,3 6,7 GuareamacrophyllaVahl St 3 1,1 5,3 6,4 EuterpeedulisMart. St 15 5,4 1 6,4 Nectandrapuberula(Sehott)Nees Si 8 2,9 1,6 4,5 Lueheaconwentizii K.Schum. Pi 9 3,2 0,7 3,9 Pouteriacaimito (Ruiz&Pav.)Radlk. St 2 0,7 2,7 3,4 Siparunaguianensis(Tul.)A.DC. Si 9 3M,2 0,2 3,4 Mabeafistulifera Mart. Pi 3 3,1 Lueheagrandiflora Mart. & Zucc. Pi 3 1,1 1.8 2,9 Guapiraopposita(Vell.)Reitz Si 6 2,1 0,7 2,8 PlatycvanusregnelliiBenth. St 6 2,1 0,6 2,7 BauhiniaforficataLink. Si 7 2,5 0,2 2,7 TabemaemontanacatharinensisA.DC. St 6 2,1 0.3 2,4 Astrocaryumaculeatissimum(Sehott) Burret Pi 5 1.8 0,5 2,3 - 57 20,2 9.9 30,1 Outras 38 entanto, quando considerado o conjunto dos com densidade e VC semelhante às das cinco fragmentos, o índice de diversidade foi secundárias iniciais(Fig. 3). de 4.01 nats.ind 1 e a equabilidade de 0,88, valorespróximosaosencontradosparaoutras Distribuição de alturas e diâmetros FODS maduras na região (Tab. 4). A análise da distribuição por alturas das comunidades arbóreas dos fragmentos, fixas Grupos ecológicos emescalasde5m,mostroumaiorconcentração A distribuição das espécies por grupos dosindivíduosaté 10m,compoucosultrapassando ecológicossucessionaisindicouopredomínio os20m(Fig.4). Asárvoresemeigentesforam dasespéciessecundáriasiniciaisnocomponente representadas por apenas 1% dos indivíduos, arbóreo dos fragmentos estudados (Fig. 3). atingindo altura máxima de 30 m. como Espécies secundárias iniciais ocorreram com encontradoparaalguns indivíduos de Guarea maiorriqueza,densidadee valordecobertura guidonia, Plathymeniafoliolosa e Cariniana (VC) em todos os fragmentos, com exceção legalis. O histograma de frequência dos dofragmentoSTP.ondeasespéciessecundárias indivíduos em classes diamétricas, fixas em tardiasapresentarammaiorriquezaeocorreram escalasde5cm, apresentou formatotendendo Rodriguésia 60 (3): 605-710. 2009 SciELO/JBRJ 2 13 14 15 16 17 18 é 704 Can’ulho. F.A., Braga,J. M.A. & Nascimento, M. T AFT E9EST IMB OAND BSTP bioma (Mori et al. 1981; Mori et al. 1983; 60% Thomaz etal. 1998). Os fragmentos apresentaram número reduzidodeespéciescomelevadadominânciano ambiente, ou com monodominância em alguns casos, como observado para o fragmento EST Pioneira Secundária Secundária Não inicial tardia classificada onde Guarea guidonia atinge 57,9% da a dominânciarelativa(Tab.3). SegundoHartetal. (1989), a alta dominância em florestas tropicais ocorre,geralmente,emsituaçõesdeestresse,seja porcausasnaturaisouporperturbaçõesantrópicas. Assim, a presença de elevada dominância de poucas espécies nos fragmentos estudados, exercidaprincipalmenteporespéciessecundárias b iniciais, como Guatva guidonia e Cupania oblongifolia, deve ser indicativo de perturbação nestas áreas. Tal fato corrobora o padrão observado para outras florestas tropicais secundárias com perturbações antrópicas inicial tardia classificada (Terborgh 1992; Hubbeletal. 1999). c A partir da comparação com a listagem de outros estudos fítossociológicos realizados Figura 3 - Distribuição da riqueza (a), número de emflorestasombrófilassubmontanasnoCentro- indivíduos (b) e valor de cobertura (c) das espécies arbóreas em grupos ecológicos sucessionais (sensu NorteFluminense(Guedes-Bruni 1998;Neves Gandolfietal. 1995)nosfragmentosflorestaisdaregião 1999; Kurtz &Araújo 2000; Borém & Ramos deImbaú,SilvaJardim,RJ.Fragmentos:FazendaAfetiva 2001 Borém&Oliveira-Filho2002;Morenoet ; (AFT);FazendaEstreito(EST);FazendaImbaú(IMB); al. 2003;Pessoa2003;Rodrigues2004;Guedes- FazendaAndorinhas (AND); Sítiodo Professor(STP). Bruni etal. 2006a.b; Pessoa & Oliveira 2006; Figure 3 - Distribution of (a) richness. (b) number of Carvalhoetal. 2007), observa-seque algumas individuais and (c) cover value oftree species according to ecological successional groups (sensu Gandolfi et al. 1995) dasprincipaisespéciesdaregiãodeImbaú,como in the forest fragments at Imbaú region, municipality of Guarea guidonia e Cupania oblongifolia têm Silva Jardim. RJ. Brazil. Forest fragments: Afetiva farm , (AFT); Estreito farm (EST); Imbaú farm (IMB); Andorinhas baixa importância na composição estrutural das farm (AND); Sítio do Professor (STP(. demaisflorestas,eatéomomentoestefoioúnico local a apresentar Guarea guidonia como a ao J-reverso para todos os fragmentos, espécie mais importante nas comunidades indicandoumdecréscimoacentuadononúmero arbóreas. Em váriosdestesestudos,foicomuma de indivíduos no sentido das menores para as presença das espécies do gênero Guarea dentre maiores classes de diâmetro (Fig. 5). o grupodasconsideradas raras (com apenas um indivíduo, sensu Martins 1993). Cupania Discussão oblongifolia. porsuavez, foiencontradaentreas As análises de similaridade de espécies mais importantes apenas em uma FODS, no entre os fragmentos revelaram elevada municípiovizinhodeRioBonito(Carvalhoetal. heterogeneidadeflorístieaentreosremanescentes. 2007). Nogeral, Cupania umgênerodegrande Estes resultados estão de acordo com outr.os importâncianacomposiçãoestruturaldas FODS estudos na floresta atlântica, onde a elevada docentro-norlefluminense,vistoque,alémdajá heterogeneidade florístiea representa um dos citada C. oblongifolia, outras espécies como C. padrões mais claros e conhecidos acerca do racemosa, C. emarginata, C. schizoneura c C. furfuracease destacaram em diversas FODS da Riutriguésia 60 (3): 695-710. 2009 SciELO/JBRJ cm 12 13 14 15 16 17