UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE LETRAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS E LINGÜÍSTICA Rua Barão de Geremoabo, nº147 - CEP: 40170-290 - Campus Universitário Ondina Salvador-BA Tel.: (71) 263 - 6256 – Site: http://www.ppgll.ufba.br - E-mail: [email protected] Rosinês de Jesus Duarte Estilhaços do sujeito Arthur de Salles: o vocabulário como materialização de discurso Salvador Setembro de 2011 Rosinês de Jesus Duarte Estilhaços do sujeito Arthur de Salles: o vocabulário como materialização de discurso Tese apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Letras e Lingüística do Instituto de Letras da Universidade Federal da Bahia, como requisito final para obtenção do título de Doutor em Letras. Orientadora: Profa. Dra. Célia Marques Telles Co-Orientadora: María Josefa Postigo Aldeamil. Salvador Setembro de 2011 Sistema de Bibliotecas - UFBA Duarte, Rosinês de Jesus. Estilhaços do sujeito Arthur de Salles: o vocabulário como materialização de discurso/ Rosinês de Jesus Duarte. - 2010. 267 f.: il. Orientadora: Profª Drª Célia Marques Telles. Co-orientadora: Profª Drª Maria Josefa Postigo Aldeamil. Tese (doutorado) - Universidade Federal da Bahia, Instituto de Letras, Salvador, 2011. 1. Salles, Arthur de, 1879-1952. 2. Análise do discurso literário. 3. Vocabulário. 4. Sujeito na literatura. I. Telles, Célia Marques. II. Aldeamil, Maria Josefa Postigo. III. Universidade Federal da Bahia. Instituto de Letras. IV. Título. CDD - 401.41 CDU - 81’42 TERMO DE APROVAÇÃO ROSINÊS DE JESUS DUARTE Estilhaços do sujeito Arthur de Salles: o vocabulário como materialização de discurso Tese submetida ao Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística da Universidade Federal da Bahia, como requisito parcial para obtenção do grau de Doutor em Letras e Lingüística. Aprovada em 28 de janeiro de 2011. Comissão examinadora: Profa. Dra. Célia Marques Telles Universidade Federal da Bahia - UFBA Orientadora Prof. Dra. Clotilde de Almeida Azevedo Murakawa Universidade Estadual Paulista - UNESP Profa. Dra. Maria dôo Socorro Aragão Universidade Federal da Paraíba – UFPB Profa. Dra. Rosa Borges dos Santos Universidade Federal da Bahia - UFBA Profa. Dra. Aurelina Ariadne Domingues Almeida Universidade Federal da Bahia - UFBA Dedico esta tese a minha mãe, Valdelice, por ter me ensinado, na prática, a ousadia e a força contidas no significado da palavra PERSISTÊNCIA e ao meu filho, Davi, por me fazer compreender que a gente sempre pode mais do que pensa. AGRADECIMENTOS Porque não tenho receio de ser piegas e porque sozinho o caminho é sempre mais longo, mais difícil, agradeço: A Deus, essa força antagônica que suscita dúvidas e fé, medo e coragem, mas que, ao fim e ao cabo, faz-me bem, faz-me acreditar que existe amor no outro e que este deve ser respeitado acima de tudo. Ao meu maior exemplo de força, persistência e honestidade: Valdelice, ―mainha‖. Obrigada pela constante presença; pelas horas incansáveis de dedicação; pelas broncas; pelos cafés forçados; por ser meus braços, minhas mãos; pela confiança e por assumir, incondicionalmente, minha causa. Tudo isso construiu degraus para que eu chegasse até aqui. Você será sempre minha ―Mulher Maravilha‖. A meu irmão Robson por me dar o primeiro livro de matemática (não adiantou muita coisa, sou das letras), por não ter desistido e por ter me dado o primeiro romance (―A riqueza maior‖), por me ensinar que para realizar é preciso planejar, enfim, por ter sido mais que irmão, por ter assumido o papel do que eu conheço de pai. André, meu companheiro, meu amigo, meu conselheiro e, por alguns segundos, meu rival, por acreditar tanto em mim, por dividir o fardo comigo, por me exigir, por participar. A minha eterna ―Pró Célia‖, minha orientadora. Como foi importante tê-la ao meu lado todos esses anos, obrigada por me aturar desde a graduação. Obrigada por saber a medida, pelo respeito e pela dedicação a minha formação ética-profissional. Aos amigos: Ana Bicalho, porque em lugar de caminhar ao lado, me deu as mãos, por me proporcionar a sagacidade de Junior (seu irmão), por partilhar a ternura e a bondade de Marlene (sua mãe). A Lia, por todos esses anos de carinho, companheirismo e cumplicidade. A Eduardo Laranjeira (Du), por dividir incertezas, por discutir teorias, por apagar o sinal de interrogação que tantas vezes se formou em minha testa. A Josi por fazer minha estada na Espanha menos saudosa. A minha eterna ―Gang de Crítica Textual‖: Ari – pela perspicácia; Nilzete – por advogar sempre; Ludmila – por oferecer sempre ―uma mãozinha‖; Camila – por tornar a nossa vida mais leve. Obrigada por dividirem momentos acadêmicos e bem extra- acadêmicos. Ao grupo de Crítica Textual (professores e bolsistas) pela troca de experiência, pelo carinho e pelo convívio de tantos anos. Ainda não conheci grupo mais ―arretado‖! À Professora Maria Eugênia Olimpio pela disponibilidade em conseguir os primeiros contatos com os possíveis orientadores da Espanha. Aos professores da Espanha: Maria Josefa Postigo, minha co-orientadora, Antonio Pamies, José Manuel García Megías, Maria Tereza Zordo, Julia Sevilla, pela receptividade, atenção e disponibilidade dispensadas durante a minha estada. Aos funcionários da Pós Graduação – Seu Wilson e Cristiane – por conseguirem fazer MAIS. Ao CNPq pela bolsa concedida no Brasil, e à CAPES pela bolsa concedida no exterior, sem a presença desses órgãos de fomento, a realização dessa etapa da minha vida não teria sido possível. ...impossível citar todos os personagens dessa cena de minha vida, mas obrigada a todos que de alguma maneira ou em algum pedaço desse caminho andaram ao meu lado. O que chamamos rosa sob outra designação teria igual perfume. W. Shakespeare (Romeu e Julieta, ato II, cena II) RESUMO O Vocabulário de Arthur de Salles reúne os fragmentos desse sujeito cuja obra vem sendo estudada sob perspectivas diversas ao longo de aproximadamente trinta anos. Este estudo respaldou-se em alguns operadores interpretativos das teorias do discurso, como: formações discursivas, ideologia, sujeito, sentido e contexto de produção, para observar cenas desse vocabulário, evidenciando, para tanto, a manipulação do léxico pelo poeta. Os possíveis campos discursivos serão vistos enquanto formações discursivas permeadas por regularidades que engendram o discurso do sujeito-enunciador. Os estilhaços desse sujeito foram reunidos sob um mesmo olhar na tentativa de evidenciar cenas que configuram o Recôncavo enquanto memória cultural e mostrar as várias faces assumidas pelo sujeito discursivo na sua produção escrita. A análise das lexias que compõem o vocabulário de Salles possibilitou a visualização de campos discursivos que legitimam as faces do sujeito discursivo, bem como alguns aspectos do Recôncavo Baiano do primeiro quartel do século XX, em toda sua heterogeneidade. PALAVRAS-CHAVE: Vocabulário. Arthur de Salles. Sujeito discursivo. Recôncavo Baiano. ABSTRACT Arthur de Salles‘ vocabulary gather the fragments of this writer whose work has been studied from different perspectives over nearly thirty years. This study backed up in some interpretative operators from the theories of discourse, as discursive formations, ideology, subject, meaning and production context, to notice scenes of this vocabulary, showing the lexicon manipulation by the poet. Some possible discourse fields are seen as discursive formations penetrated by regularities that engender the subject-enunciating speech. This poet fragments were brought together under the same view in an attempt to show scenes that make up the Reconcavo as cultural memory and the many assumed faces by the discoursive subject in his written production. The lexicon analysis that compose Salles‘ vocabulary allowed some discursive fields visualization that legitimize the discourse subject faces, as well as some aspects of Bahian Reconcavo of the first quarter of the twentieth century, in all its heterogeneity. KEY WORDS: Vocabulary. Arthur de Salles. Discursive subject. Bahian Reconcavo. RÉSUMÉ
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