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Educação ambiental não formal: os parques e museus de Santos - SP PDF

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S.L.O. dos Santos; F. Giordano Educação ambiental não formal: os parques e museus de Santos-SP Sílvia Lima Oliveira dos Santos1; Fábio Giordano1 ¹Programa de Pós-Graduação em Sustentabilidade de Ecossistemas Costeiros e Marinhos/ Universidade Santa Cecília (UNISANTA) O presente estudo trata sobre a temática da educação ambiental não formal, aquela que se dá em ambientes fora das instituições de ensino. Se a educação ambiental pode ser vista como um instrumento para a conscientização da importância da conservação da biodiversidade, buscou-se avaliar se a educação não formal realizada em parques e museus na cidade de Santos (SP) está voltada para a conservação das espécies e se suas exposições abordam o tema da sustentabilidade. Justifica-se a relevância deste estudo, pois a conscientização das futuras gerações e proteção dos ecossistemas levaria ao desenvolvimento sustentável. Esta pesquisa poderá contribuir com novos conhecimentos na esfera acadêmica, assim como levantar discussões mais profundas sobre o ensino não formal e a sua eficiência. Este estudo se configurou como descritivo exploratório, utilizou- se inicialmente as pesquisas bibliográfica e documental, em segundo momento, a técnica de observação nos parques e museus. A cidade de Santos-SP foi escolhida como lócus para este estudo, pois tem vivenciado mudanças positivas no desenvolvimento das políticas públicas. Após a coleta, os dados foram interpretados e discutidos, levando a inferir que embora as instituições possuem exposições de qualidade e com potencial pedagógico, algumas precisam melhorar a forma de comunicar sobre biodiversidade e sustentabilidade. Palavras chave: educação ambiental, educação não formal, parques e museus, sustentabilidade, conservação da biodiversidade. Abstract This paper analyzes the theme of non-formal education, which occurs out of formal environment of educational institutions. It supposed that environmental education can be an instrument to raise awareness of the importance of biodiversity conservation, it is sought to evaluate if non-formal environmental education in gardens and museums in the city of Santos - SP, it is aimed at conservation of species and if their expositions address UNISANTA Bioscience Vol. 6 nº 3 (2017) p. 172-187 Página 172 S.L.O. dos Santos; F. Giordano the theme of sustainability. It could justify this paper relevance, once next generation awareness and protection of ecosystems could lead to sustainable development. This research can contribute with new knowledge in the academic sphere, as well as raise deeper discussions about non-formal education and its efficiency. This study was conceived as an exploratory research, initially used the bibliographical and documentary research, after that, the researcher used the direct observation in gardens and museums. The city of Santos-SP was chosen as the locus for the present study for the recent positive changes in the development of public policies. After data was collected, interpreted and discussed, it lead to the conclusion that although institutions have quality exposures and pedagogical potential, some need to improve how they communicate about biodiversity and sustainability. Keywords: environmental education, non-formal education, gardens and museums, sustainability, biodiversity conservation. INTRODUÇÃO aqueles que mesmo sabendo ler não conseguem compreender e interpretar A educação enfrenta grandes textos. (UNESCO, 2014) desafios na atualidade, principalmente Acredita-se que o acesso à nos países em desenvolvimento. Nestes, educação de qualidade é um dos desafios os projetos educacionais e as instituições do cenário atual, que devem ser de ensino encontram barreiras financeiras enfrentados para que se alcance o e até políticas, assim como idealistas desenvolvimento sustentável. Gallo também, que atrapalham, para não dizer (2004) defende a teoria de que a crise na que impedem, o desenvolvimento correto educação é multifacetada, sendo um dos e avanço para novas ideias e práticas. questionamentos do paradigma vigente Haja visto que, em pleno século XXI, o acerca do próprio conceito de educação e número de analfabetos ou iletrados ainda da função da escola. Seria a escola é grande nos países em desenvolvimento, formadora de alunos que apenas sem contar a quantidade de pessoas que adquirem conhecimentos, sendo então são analfabetos funcionais, ou seja, seu objetivo apenas informar, ou deveria UNISANTA Bioscience Vol. 6 nº 3 (2017) p. 172-187 Página 173 S.L.O. dos Santos; F. Giordano ela construir cidadãos, através de um intencional, com um objetivo definido, aprendizado mais amplo e realizadas em espaços como museus, transformador? centros de ciências, ou qualquer outro Embora já exista há muito tempo, local que não seja o espaço físico da sendo amplamente utilizada na sociedade escola. Ou seja, este tipo de ensino é e na formação dos indivíduos, a educação planejado como uma aula formal, porém não formal ainda é um conceito em ocorre fora do ambiente formal escolar. construção. Atualmente ainda se discute Os ambientes não formais de quais seriam suas delimitações, suas ensino são aqueles opostos aos ambientes aplicações e sua legitimidade para o tradicionais das instituições de ensino, processo de aprendizado. Neste estudo, compostos por sala de aula, professor, para formular uma definição é importante conteúdo programático, e toda a explicitar em primeiro lugar as diferenças sistematização do ensino formal. Na entre a educação formal e a educação não visão de Fonseca e Oliveira (2011) os formal. Neste sentido, Gohn (2006) espaços não formais são diferentes da declara que a educação não formal ainda escola, pois naqueles o aprendizado é é uma área de conhecimento. A autora concebido de forma menos hierárquica e diferencia a educação formal, informal e burocrática, assim como não há um não formal, definindo a última como o sistema sequencial. Já no dizer de Pinto e aprendizado adquirido “no mundo da Figueiredo (2010), os ambientes fora das vida”, através de compartilhamento de instituições de ensino seriam experiências, que geralmente acontecem instrumentos relevantes na efetivação do em ações e espaços coletivos cotidianos. conhecimento e na construção do Na visão de Bianconi e Caruso aprendizado do currículo de ciências. Os (2005) educação não formal se configura autores acreditam que estes têm uma como uma forma de ensino organizada e estrutura que poderia fornecer recursos sistemática, realizada geralmente fora dos didáticos para o ensino os quais o padrões do sistema formal de ensino. ambiente formal da escola não é capaz de Vieira, Bianconi e Dias (2005) a definem fornecer. como aquela onde as atividades são Unindo-se à crise na educação desenvolvidas de forma direcionada e está a crise do modelo vigente de UNISANTA Bioscience Vol. 6 nº 3 (2017) p. 172-187 Página 174 S.L.O. dos Santos; F. Giordano desenvolvimento. O desenvolvimento desde ONGs a grupos religiosos e que foca apenas o lado econômico não é instituições que mantêm parcerias com sustentável a longo prazo, seus impactos empresas. no meio ambiente e na sociedade já são Concordando com este discurso, visíveis e alcançam todas as classes Garcia (2016) declara em seus estudos sociais, de formas e com intensidades que atualmente esta apresenta propostas diferentes. Embora a população de baixa de trabalho voltadas para a população de renda esteja mais sensível e sinta com baixa renda, promovidas pelo setor maior intensidade estes impactos, a falta público ou por segmentos da sociedade de água potável, a poluição do ar, a civil, e segundo o autor, muitas vezes em crescente urbanização e excesso parceria com o setor privado, ou seja, populacional, gerando um colapso ONGs, grupos religiosos e instituições habitacional, que leva à crescente que mantêm parcerias com empresas. marginalização e criminalidade. Esta é Sendo assim, seria um instrumento de uma realidade que bate na porta de ricos inclusão e formação de cidadãos, e pobres, basta olhar para cidades como o caminhando em busca de um Rio de Janeiro, onde bairros nobres são desenvolvimento mais igualitário. circundados de favelas, explicitando a A Organização das Nações Unidas total desigualdade e exclusão que o atual (2016) declara que os governantes devem modelo de desenvolvimento causa. considerar a educação formal e não Neste sentido, Gohn (2009) formal essenciais, utilizando como declara que, embora faltem mais elementos principais para combater pesquisas científicas sobre esta temática, questões intersetoriais. Em seu relatório no Brasil a educação não formal nos de monitoramento global da educação últimos anos vem se caracterizando por destaca que é necessário focar no ensino propostas de trabalho voltadas para a de habilidades ambientais, camada mais pobre da população, sendo desenvolvendo políticas educacionais que algumas promovidas pelo setor público e considerem as necessidades a médio e outras idealizadas por diferentes longo prazo. O objeto do presente estudo segmentos da sociedade civil, muitas caminha nesta direção, pois busca aliar o vezes em parceria, com o setor privado, conceito de educação não formal aos UNISANTA Bioscience Vol. 6 nº 3 (2017) p. 172-187 Página 175 S.L.O. dos Santos; F. Giordano conceitos de ecologia e preservação, na comportamento, gerando atitudes formação de cidadãos conscientes e transformadoras, pois a educação responsáveis. ambiental efetiva levaria indivíduos de Seguindo esta linha de uma sociedade a pautarem suas ações na pensamento, Gallo (2004) declara que a ética e justiça social, levando a um ecologia é um exemplo de desenvolvimento mais igualitário e interdisciplinaridade, uma vez que para sustentável, quebrando com o paradigma compreender e solucionar problemas vigente. ecológicos são necessários saberes de No Brasil há uma lei que define as vários campos, como biologia, geografia, políticas públicas que regulamentam a química, política, sociologia, engenharia, dimensão ambiental no ensino, entre outras áreas. Por este motivo o promovendo a educação ambiental e a autor não acredita que ecologia possa ser conscientização da sociedade sobre a definida como uma ciência pura, mas sim temática da conservação. A Lei Federal nº como um espaço de intersecção de 9.795, de 27 de abril de 1999 exige que a múltiplos conhecimentos, assim como o é educação ambiental seja ministrada de a própria educação. forma integrada, contínua e permanente, Ainda no mesmo dizer, Philippi em todos os níveis do ensino formal. Ou Junior e Pelicioni (2014) declaram que a seja, ela não deve ser ministrada como educação ambiental reúne conhecimento uma matéria específica do currículo de de vários campos de conhecimento, assim ciências, ou uma disciplina isolada no como o é a própria ecologia, sendo um currículo escolar, mas deve ser abordada campo de ensino interdisciplinar. Os em todos os níveis e em todas as autores destacam que não se deve disciplinas. confundir os dois conceitos, embora os Dessa forma, a educação conhecimentos ecológicos estejam ambiental é elevada legalmente como inseridos na educação ambiental, segundo relevante em todos os níveis do ensino, suas considerações, apenas consciência desde o básico, ao superior e técnico. A ecológica não pode ser configurada como legislação não engessa a educação educação ambiental. Os conhecimentos ambiental, mas a relaciona a todas as devem ser introduzidos no disciplinas, pois na prática o pensamento UNISANTA Bioscience Vol. 6 nº 3 (2017) p. 172-187 Página 176 S.L.O. dos Santos; F. Giordano ambientalista deve ser abrangente e ser uma melhor abordagem para a fixação holístico, demandando dos professores a dos conhecimentos teóricos. habilidade e capacidade de ligar a Neste sentido, podem-se destacar consciência ambiental a todas as esferas aqui as considerações de Zolcsak (2000), do saber, o que poderia levar a uma real que declara que além de cumprirem um mudança de comportamento e nortear papel de local para recreação, os uma futura geração que tenha atitudes zoológicos são considerados como mais sustentáveis. museus, por terem como objetivo a Caminhando nesta direção, as conservação, pesquisa e comunicação de considerações de Philippi Junior e elementos naturais. A autora acredita que Pelicioni (2014) declaram que educação na função de comunicar o principal ambiental prepara o indivíduo para objetivo é informar sobre os animais, na exercer a cidadania, levando cada um a intenção final de levar o público a participar ativamente da sociedade e valorizar e preservar as espécies. considerar as questões e processos Concordando com esta linha de socioeconômicos, políticos e culturais pensamento, Pivelli (2006) confirma em nos quais estão inseridos, dando seus estudos a importância de zoológicos, amplitude e relevância, tirando o foco da museus, aquários e jardins botânicos educação ambiental apenas das questões como instrumentos para conservação, ecológicas. Assim também Jacobi (2016) educação e pesquisa. declara que esta dever ser crítica e Ainda no discurso de Zolcsak inovadora, pois deve atuar no nível (2000), para que os animais sejam formal e não formal, deve ter seu enfoque preservados e protegidos todo o na transformação social e buscar uma ecossistema também deve ser preservado. visão holística, onde homem se integra ao Sendo assim, os parques e zoológicos universo e à natureza. deveriam informar melhor ao público Concordando com estes autores, sobre o habitat das espécies que pode-se dizer que o ensino ambiental não compõem seu espaço de exposição, formal, realizado fora das quatro paredes abordando o assunto de biodiversidade de da sala de aula, levando o aluno a ter forma holística. contato com seu objeto de estudo, poderia Diante destes discursos e dos UNISANTA Bioscience Vol. 6 nº 3 (2017) p. 172-187 Página 177 S.L.O. dos Santos; F. Giordano autores aqui referenciados ficou exposto sustentabilidade e conscientização e claro a relevância de tal temática para a ambiental. preservação das espécies. No cenário atual, se faz urgente a conscientização MÉTODOS para tal problemática, que poderia ser realizada através da educação ambiental, O presente estudo configurou-se em parques e museus, utilizando um como uma pesquisa descritiva tempo de lazer e recreação, pode trazer exploratória, pois busca registrar e responsabilidade aos cidadãos e à futura analisar fatos, através da observação no geração. ambiente em que ocorrem, com o intuito Partindo do pressuposto de que a de interpretar os dados coletados para educação ambiental pode ser um gerar novos conhecimentos. Segundo instrumento para a conscientização da Vieira (2009), quando os dados sobre um importância da conservação da assunto ou tema não são suficientes é biodiversidade, surgiram necessário buscar mais informações por questionamentos acerca da educação meio de uma pesquisa exploratória. ambiental não formal, realizada em Esta pesquisa utilizou métodos parques e museus. Buscou-se conhecer indiretos e diretos de coleta de dados. Por mais sobre a temática, assim como meio da pesquisa bibliográfica e verificar se as instituições estariam documental, levantou informações comunicando de forma clara os conceitos existentes sobre o tema e fundamentou a de biodiversidade, preservação das pesquisa teoricamente. Vieira (2009) espécies e sustentabilidade em suas declara que na observação direta o exposições, cumprindo seu propósito na pesquisador participa do evento que formação de cidadãos conscientes e estuda, porém sem interferir nos responsáveis. resultados. Sendo assim, a coleta de Neste sentido, o presente estudo dados por meio da documentação direta buscou avaliar se os parques e museus na foi realizada utilizando o método de cidade de Santos focam suas exposições observação sistemática estruturada, nos na educação ambiental não formal e locais não formais de ensino, ou seja, abordam claramente os temas de através de visitas, observou-se a UNISANTA Bioscience Vol. 6 nº 3 (2017) p. 172-187 Página 178 S.L.O. dos Santos; F. Giordano exposição dos parques e museus da cidade de Santos – SP, escolhido como Lócus da pesquisa Lócus do presente estudo. O instrumento para a coleta de O Município de Santos foi dados empíricos durante a observação escolhido como Lócus da Pesquisa por sistemática foi elaborado pela autora em apresentar em seu território muitos forma de um questionário estruturado, parques e museus, que foram com questões predominantemente revitalizados recentemente, uma vez que fechadas. Este foi preenchido pela a cidade tem vivenciado mudanças pesquisadora durante a visita ao local de positivas no desenvolvimento das estudo, detalhando o que testemunhou em políticas públicas. Há alguns anos esta cada instituição. Uma vez que, segundo característica chamou atenção de Pivelli Rampazzo (2005), o registro da (2006), que estudou o potencial observação direta tem grande relevância, pedagógico de espaços não formais de buscou-se descrever os fatos assim como ensino para o desenvolvimento da foram observados, preenchendo o temática da biodiversidade e sua questionário objetivamente, não inserindo conservação em toda a região da Baixada a este suas impressões e opiniões. Santista. A autora analisou quatro Mais tarde, esses dados coletados instituições que expõem a biodiversidade: empiricamente foram tabulados com o o Parque Ecológico Voturuá (São auxílio de software de planilha eletrônica Vicente), o Jardim Botânico Chico Excel 2013, analisados de forma Mendes (Santos), o Museu de Pesca qualitativa, sendo que não houve (Santos) e o Acqua Mundo (Guarujá). tratamento estatístico, apenas a tabulação Mesmo contemplando diferentes áreas de dos dados obtidos pelo questionário. atuação, a autora declara que identificou Após a tabulação e análise, os dados características comuns dentre uma grande foram unidos às informações coletadas diversidade de atividades oferecidas indiretamente por meio de revisão nestes locais, dentre elas a exposição do bibliográfica, quando foram interpretados tema biodiversidade. e discutidos à luz de outros estudos Desde então pouco se pesquisou e realizados nesta temática. publicou neste campo de estudo na região UNISANTA Bioscience Vol. 6 nº 3 (2017) p. 172-187 Página 179 S.L.O. dos Santos; F. Giordano da Baixada Santista, o que levou a época era chamado de Horto Municipal pesquisadora a buscar informações atuais de Santos e se localizava próximo à em uma nova pesquisa. Uma vez que antiga Santa Casa de Santos. Em 1973 foi algumas instituições em outras cidades já transferido para o local atual, em 1989 não atuam no campo da biodiversidade passou a se chamar Horto Municipal como na época em que Pivelli (2006) “Chico Mendes”, e em 1994 o Horto realizou suas pesquisas, o presente estudo Municipal passou a ser chamado de focou nas instituições localizadas na Jardim Botânico de Santos. (PIVELLI, cidade de Santos e ampliou sua pesquisa 2006) para outros parques e museus localizados neste município. 2. Orquidário Municipal de Santos O universo da pesquisa Está localizado na Praça configurou-se como as instituições Washington, s/n, no bairro do José públicas e privadas, que atuam como Menino, no município de Santos. O parques, museus ou jardins botânicos, e Orquidário Municipal de Santos é um que tenham em comum o tema da parque zoobotânico, inaugurado em biodiversidade. Deste universo foram 1945, em uma área que antes era escolhidos os seguintes: o Jardim destinada a prática esportiva de futebol, Botânico Chico Mendes, o Orquidário na época ele foi planejado e construído Municipal, o Aquário de Santos, o Museu para receber parte do acervo de orquídeas de pesca e o Museu do mar. e árvores do Orquidófilo Júlio Conceição, (PIVELLI, 2016) Breve relato histórico e localização das instituições 3. Aquário Municipal de Santos Está localizado na Av. Bartolomeu 1. Jardim Botânico Chico Mendes de Gusmão, s/n, no Bairro da Ponta da Está localizado na Rua João Praia, no município de Santos. Ele foi Fracarolli s/n, no bairro do Jardim Bom inaugurado em 1945, sendo um dos Retiro, no município de Santos, possui primeiros aquários públicos construídos área total de 90 mil m2. Segundo Pivelli no estado de São Paulo e o segundo (2006) o jardim foi criado em 1925, na parque público em visitação no estado. É UNISANTA Bioscience Vol. 6 nº 3 (2017) p. 172-187 Página 180 S.L.O. dos Santos; F. Giordano constituído de 31 tanques, com diversas Está localizado na Rua República espécies, porém os principais são o do Equador, 81, no bairro da Ponta da oceânico, o recinto dos pinguins e o Praia, no município de Santos. Foi tanque dos lobos marinhos. O Aquário inaugurado em 30 de junho de 1984, é Municipal realiza resgates e recuperação uma entidade cultural de iniciativa de animais marinhos. (VEJA SÃO privada. Fundado por Quincio Francisco PAULO, 2016) Ferreira e Carmen Alonso Ferreira, que em 1960 iniciaram o trabalho de reunião 4. Museu de pesca e organização do acervo e juntamente Está localizado na Avenida com o biólogo marinho Luiz Alonso Bartolomeu de Gusmão, 192, no bairro Ferreira. (MUSEU DO MAR, 2017) da Ponta da Praia, no município de Santos. O terreno do atual casarão RESULTADOS E DISCUSSÃO abrigou o antigo Forte Augusto, de 1734 a 1893. Após a desativação, devido sua As visitas às instituições foram localização privilegiada foi escolhido realizadas no mês de março do ano para a construção de uma escola de vigente, os dados coletados na ficha aprendizes e marinheiros, que funcionou técnica em forma de questionário foram de 1909 até 1931. Passou a ser sede da tabulados e estão aqui apresentados escola de pesca e em 1932 passou a resumidamente. O universo da pesquisa denominar-se Instituto de Pesca Marítima eram cinco instituições, sendo que destas, e a partir de 1933 o prédio recebeu um três estavam voltadas para exposições da gabinete de história natural, quando biodiversidade marinha e duas voltadas iniciou-se a história do Museu, que para a biodiversidade animal e vegetal. recebeu este título oficialmente em 1950. Destas cinco (5) instituições, quatro (4) Passou por uma série de reformas, em possuíam espécies animais vivas e duas 2001 a Petrobrás inaugurou três salas (2) exibiam espécies vegetais em sua lúdicas e em 2004 inaugurou-se o centro exposição. de educação ambiental. (PIVELLI, 2006) Embora Pivelli (2016) declare em suas considerações que a gestão pública 5. Museu do Mar de áreas verdes, através do planejamento UNISANTA Bioscience Vol. 6 nº 3 (2017) p. 172-187 Página 181

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