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Descrição da larva de Orthemis cultriformis Calvert, 1899 (Insecta, Odonata, Libellulidae) PDF

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Arquivos do Museu Nacional, Rio de Janeiro, v.63, n.2, p.267-273, abr./jun.2005 ISSN 0365-4508 DESCRIÇÃO DA LARVA DE ORTHEMIS CULTRIFORMIS CALVERT, 1899 (INSECTA, ODONATA, LIBELLULIDAE)1 2 (Com 8 figuras) ALCIMAR DO LAGO CARVALHO 2 3 PEDRO COSTA WERNECK-DE-CARVALHO 3-4 RESUMO: A larva de último instar de Orthemis cultriformis Calvert, 1899 é descrita e ilustrada através de material criado, proveniente de Magé, RJ, Brasil. Essa larva é comparada em uma tabela com as outras seis conhecidas do gênero, utilizando-se de caracteres da morfologia externa. Uma chave preliminar para a identificação dessas larvas é apresentada. Palavras-chave: Odonata. Libellulidae. Orthemis cultriformis. Larvas. América do Sul. ABSTRACT: Description of the larva of Orthemis cultriformis Calvert, 1899 (Insecta, Odonata, Libellulidae). The ultimate instar larva of Orthemis cultriformis Calvert, 1899 is described and figured based on reared specimens from Magé, RJ, Brazil. This larva is compared in a table with those other six known of the genus, using features of the externai morphology. A preliminaiy key to the known larvae of the genus is appended. Key words: Odonata. Libellulidae. Orthemis cultriformis. Larvae. South America. INTRODUÇÃO criados, e comparado aos das outras espécies do gênero acima citadas. O gênero Orthemis Hagen, 1861, exclusivo do Novo Mundo, está composto por dezoito MATERIAL E MÉTODOS espécies, doze dessas com ocorrência no Brasil (PAULSON, 2001). Excetuando-se o complexo Larvas de último instar de O. cultriformis foram formado por O. ferruginea (Fabricius, 1775) e trazidas do campo e criadas seguindo os O. discolor (Burmeister, 1839), que são espécies procedimentos descritos em CARVALHO (1992). ruderais muito abundantes e conspícuas Os adultos emergidos em laboratório foram (PAULSON, 1998), a grande maioria é pouco identificados com a utilização dos trabalhos de conhecida, sendo observada e coletada em RIS (1910) e SANTOS (1967a; 1967b). Embora poucas ocasiões. o material aqui descrito esteja composto Até o momento, estão descritos o último unicamente por fêmeas, a identificação da instar larvar de apenas seis espécies: O. espécie foi confirmada com o exame de machos ferruginea (e.g., NEEDHAM, 1904; adultos emergidos a partir de indivíduos da CALVERT, 1928; KLOTS, 1932), O. levis mesma série. A descrição, ilustrações e Calvert, 1906 (DE-MARMELS, 1990), O. medidas foram feitas com o auxílio de um nodiplaga Karsch, 1891 (RODRIGUES- microscópio estereoscópico, equipado com CAPITULO & MUZON, 1990), O. discolor câmara clara e lâmina milimetrada. O lábio e (ROLDAN & ARANGO, 1996, como O. as mandíbulas foram descritos seguindo as ferruginea), O. aequilibris Calvert, 1909 e nomenclaturas apresentadas em CORBET O. biolleyi Calvert, 1906 (FLECK, 2003). No (1953) e WATSON (1956), respectivamente. Os presente artigo, o último instar larvar de exemplares estudados estão depositados no O. cultriformis Calvert, 1899 é descrito e Departamento de Zoologia, Instituto de ilustrado, através de exúvias de indivíduos Biologia, UFRJ, Rio de Janeiro. 1 Submetido em 08 de janeiro de 2004. Aceito em 19 de outubro de 2004. Financiamento parcial: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) e Fundação Universitária José Bonifácio (FUJB). 2 Museu Nacional/UFRJ, Departamento de Entomologia. Quinta da Boa Vista, São Cristóvão, 20940-040, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. 3 Endereço para correspondência: Caixa Postal 68044, Cidade Universitária, 21944-970, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. 4 Universidade Federal do Rio de Janeiro, IB, Departamento de Zoologia. Av. Brigadeiro Trompovski, s/n°, Ilha do Fundão, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. 268 A.L.CARVALHO & P.C.WERNECK-DE-CARVALHO ORTHEMIS CULTRIFORMIS CALVERT, 1899 triangular, com oito setas palpais, distintamente (Figs.1-8) maiores que a garra móvel; base da fileira de setas palpais com um grupo de seis a dez setas curtas, Material - BRASIL - RIO DE JANEIRO: Magé, incluindo uma possível setela; margem externa com Citrolândia, Campo dos Escoteiros, V/1987, uma fileira de cinco a oito setas curtas, parcialmente K.Tanizaki leg. larva de último instar, fõ visíveis em vista dorsal; margem distai composta por (emergência 5/VI/1987) [exúvia]; 26/VII/1987, onze a doze crenações (projeções), com duas a cinco A.L.Carvalho e J.L.Nessimian leg. larva de último setas em cada, sendo as centrais com quatro; margem instar, 9 (emergência 19/VIII/1987) [exúvia]. interna serrilhada com cerca de dezesseis a dezoito Larva típica de Libellulidae, de tamanho médio, setas, sendo as adjacentes à margem distai agrupadas coloração geral ocrácea. Regiões dorsal e laterais como nas crenações; superfície ventral com pequenas do corpo cobertas por cerdas, especialmente longas manchas escuras, arredondadas, sendo maiores as nas laterais da cabeça e do protórax, pernas e áreas coincidentes com a base das setas. mediana dorsal dos tergitos abdominais e póstero- Tórax. Margem lateral do pronoto com um grupo de laterais do abdome. Exemplares estudados com cerdas curtas e robustas voltada para cima; áreas sedimento fino incrustado. laterais acima da base das pernas com concentração Cabeça (Figs 1-6). Formato geral elipsóide, de cerdas longas. Tecas alares paralelas; par posterior nitidamente mais larga do que longa, em vista dorsal. alcançando o limite entre o quinto e o sexto segmentos Labro com o contorno distai escurecido, abdominais. Pernas com muitas cerdas longas e finas, especialmente nos ângulos anteriores; limite posterior ocorrendo algumas mais espessas nas tíbias e porção com pequena fenda transversal. Região anterior da distai dos fêmures; área ventral dos tarsos com duas fronte entre e abaixo das antenas com um grupo de fileiras de cerdas, uma anterior e uma posterior, ao setas dirigidas à frente. Área do vértice limítrofe à longo dos três artículos, onde ocorrem três tipos fronte apresentando cerdas longas voltadas para distintos de cerdas: longa e delgada, curta e robusta, cima, dispostas ao redor de uma área ovalada. e trífida (em cada fileira ocorre apenas um único tipo Occipício tão largo quanto a parte anterior da cabeça, de cerda); tarsos anteriores com fileira anterior em vista dorsal, com os ângulos posteriores muito composta por cerdas trífidas e a posterior por longas arredondados. Porção lateral dos olhos muito e delgadas; tarsos médios com fileira anterior pronunciada dorsalmente. Antena com sete composta por cerdas curtas e robustas, e a posterior antenômeros, articulada com a cabeça através de por longas e delgadas; tarsos posteriores com fileira uma larga membrana de comprimento aproximado anterior composta por cerdas curtas e robustas e a ao do primeiro antenômero; primeiro antenômero o posterior por trífidas; ápice das tíbias anteriores com de menor comprimento; terceiro e sexto antenômeros cerdas trífidas enfileiradas na margem anterior. de comprimento aproximado, maiores que os demais. Abdome (Figs.7-8). Formato geral oval, alongado, Fórmula mandibular L 1234 0 ab/R 1233’44’ y- convexo, em vista dorsal; seção transversal abdd’; mandíbula esquerda com concavidade subtriangular (tergitos angulosos na linha mediana acentuada entre a base dos incisivos e molares. dorsal); membranas intersegmentais expostas; ápice Hipofaringe alargada transversalmente, coberta por algo curvo para cima; espinhos dorsais ausentes. cerdas, sendo as da margem anterior mais longas e Tergitos do abdome cobertos de forma regular por numerosas; laterais arredondadas, cobrindo pouco cerdas curtas; concentrações de setas nas margens a base das maxilas, em vista ventral, com o lábio laterais (curtas e robustas / longas e delgadas) e área retirado. Premento côncavo, alargado da base para o mediana dorsal (longas e robustas); fileira de setas ápice, algo tão longo quanto largo, em vista dorsal; curtas e robustas no limite posterior; oitavo e nono quando fechado alcança posteriormente o limite entre segmentos com par de manchas escuras e as coxas anteriores e médias; margem distai do arredondadas, pouco distintas no oitavo; espinhos premento pronunciada, serrilhada, portando 25 a 30 laterais curtos e agudos no oitavo e nono segmentos; setas curtas; fileiras de setas prementais com doze a espinhos do oitavo segmento com cerca de metade treze unidades, dispostas em “U”; setas prementais do comprimento mediano dorsal desse tergito; aumentam proporcionalmente de tamanho da espinhos do nono segmento pouco maiores que 2/3 margem externa da fileira até a quinta ou sexta seta, do comprimento mediano dorsal desse tergito. diminuindo em direção a área central do premento; Apêndices anais cônicos com ápice agudo; epiprocto área entre as setas prementais e a margem distai e paraproctos de comprimentos semelhantes, em com 35 a 40 cerdas curtas, esparsas; palpo labial vista lateral, aproximados ao comprimento mediano Arq. Mus. Nac., Rio de Janeiro, v.63, n.2, p.267-273, abr./jun.2005 DESCRIÇÃO DA LARVA DE ORTHEMIS CULTR1F0RM1S CALVERT, 1899 (INSECTA, ODONATA, LIBELLULIDAE) 269 dorsal do oitavo e nono segmentos somados; cercos 0,27-0,5-0,29-0,36-0,49-0,44; comprimento mediano pouco menores que a metade do comprimento do do premento 4,80/4,67; largura máxima do premento epiprocto, em vista lateral; ápices do epiprocto e 4,29/4,32; comprimento da teca alar posterior direita cercos curvados para baixo; paraproctos e epiprocto 6,30/6,40; comprimento do fêmur posterior direito com cerdas robustas em suas arestas. 5,25/5,00; comprimento da tíbia posterior direita Medidas (em mm, referentes às exúvias dos dois 5,81/5,94; comprimento do abdome 11,68/11,60; exemplares estudados) - comprimento total 19,84/ largura máxima do abdome (seg.6) 6,00/6,30; 21,28; comprimento mediano da cabeça 2,72/2,64; comprimento do epiprocto (vista lateral) 1,49/1,86; largura máxima da cabeça 4,80/4,80; comprimento comprimento máximo do paraprocto direito (vista total da antena direita 2,20/2,24; comprimento dos lateral) 1,64/1,72; comprimento do cerco direito (vista antenômeros 0,22-0,28-0,55-0,3-0,41-0,51-0,5/0,22- lateral) 0,70/0,72. Orthemis cultriformis. Lxuvia da larva de último instar iemea: UJ cabeça, vista dorsal (lábio e mandíbulas retiradas); (2) cabeça, vista lateral; (3) antena direita, vista dorsal; (4) mandíbulas, vista interna: (a) esquerda, (b) direita; (5) premento, vista dorsal; (6) palpo labial direito, vista dorsal; (7) abdome, segmentos 7-10 (incl. apêndices anais), vista dorsal; (8) abdome, segmentos 7-10 (incl. apêndices anais), vista lateral. Arq. Mus. Nac., Rio de Janeiro, v.63, n.2, p.267-273, abr./jun.2005 270 A.L.CARVALHO & P.C.WERNECK-DE-CARVALHO Notas sobre o ambiente de criação América (EUA), até a Costa Rica, incluindo provavelmente as Antilhas, sendo que O. discolor As larvas de O. cultriformis estudadas foram estende-se ao sul até a Argentina, e O. ferruginea coletadas em uma poça rasa, umbrófila, localizada estende-se ao norte à latitude de 40°N, nos EUA no interior de uma pequena extensão de mata (PAULSON, 1998). Dessa forma, muitas informações primária preservada, com o fundo inteiramente publicadas a respeito das larvas nominalmente composto por material orgânico alóctone. Esse local, tratadas como O. ferruginea, na realidade podem situado no município de Magé, RJ, Brasil, já descrito estar relacionadas à O. discolor. De qualquer forma, em CARVALHO (1989), teve os seus aspectos o exame de algumas fontes (e.g., NEEDHAM, 1904; limnológicos estudados por TANIZAKI, TORRES & CALVERT, 1928; KLOTS, 1932) revela a existência BARROS (1992). Recentemente, no município de de uma grande variação morfológica dentro dessas Ubatuba, SP, Brasil, coletaram-se alguns adultos e espécies, o que dificulta ainda mais a sua distinção. larvas dessa espécie em uma poça artificial paralela Assim, informações nominais à O. ferruginea, a uma estrada de terra, no nível do mar, com o fundo obtidas de material imaturo proveniente da América quase que inteiramente coberto por folhiço alóctone, do Sul, foram consideradas como relativas à O. proveniente da mata marginal, sobre um sedimento discolor. Além da literatura, utilizou-se um lote de fino de argila. Nessa poça foram também registradas indivíduos criados dessa espécie, provenientes do larvas de outros Odonata, tais como o Aeshnidae município de Niterói, RJ, Brasil, também depositado Neuraeschna costalis (Burmeister, 1839), o no Departamento de Zoologia, IB, UFRJ, para Libellulidae Perithemis thais Kirby, 1889, além de compor a tabela comparativa. uma espécie do Corduliidae Lauromacromia Embora RODRIGUES-CAPITULO & MUZON (1990), (CARVALHO & SALGADO, 2002). No interior da ao descreverem a larva de O. nodiplaga, tenham mata circunvizinha, poças naturais, atribuíveis promovido uma comparação com as várias descrições como criadouros primários dessa espécie, então atribuídas a O. ferruginea, poucos caracteres mantiveram-se praticamente secas por um período utilizados são, de fato, de alguma valia para a sua de três anos de acompanhamento (1999-2002). separação. Isso se deve, além da grande semelhança SANTOS (1970) registrou possíveis larvas de O. entre elas, e da grande variação em alguns atributos, cultriformis em um ambiente bastante similar, na à ocorrência de uma provável mistura de material de Reserva Biológica do Tinguá, RJ, Brasil. O. discolor com o de O. ferruginea. À parte da grande controvérsia sobre a sua separação e a sua extensa DISCUSSÃO área de simpatria, essas duas espécies, pelo que se sabe ainda, podem conviver e se criar nos mesmos A larva de O. cultriformis se enquadra perfeitamente locais (PAULSON, 1998). na definição do gênero nas chaves disponíveis para CARVALHO & NESSIMIAN (1998) reuniram a América do Sul {e.g., RODRIGUES-CAPITULO, informações em nível de gênero a respeito dos 1992; CARVALHO, WERNECK-DE-CARVALHO & hábitats de criação dos odonatos ocorrentes no CALIL, 2002), podendo ser separada das outras seis Estado do Rio de Janeiro. No que diz respeito à conhecidas até o momento. Todas larvas Orthemis, concluíram que preferencialmente ocorre conhecidas de Orthemis são muito semelhantes em zonas bentônicas de ambientes lênticos, tais entre si, inclusive no tamanho e proporções como poças, brejos, pântanos e lagos, mas que corporais, diferindo em poucos detalhes também ocupa ambientes lóticos, tais como em anatômicos. Com a finalidade de viabilizar a áreas de depósito de seções ri trais. Em ambos os identificação das larvas conhecidas para o gênero, casos, o sedimento é fino, de silte/argila, areia ou restrita às sete espécies citadas na introdução, detritos. É importante ressaltar que a maior parte estruturou-se uma tabela comparativa com os das informações compiladas por esses autores caracteres mais variáveis entre elas (Tab.l). refere-se aos ambientes de criação de O. discolor, Das sete espécies estudadas, apenas não se é que explora uma maior variedade de hábitats, o possível separar as larvas de O. ferruginea daquelas que também parece acontecer em O. nodiplaga de O. discolor, espécies consideradas há poucos (RODRIGUES-CAPITULO & MUZON, 1990). Por anos como apenas uma. Essas duas espécies, outro lado, O. cultriformis parece ter preferência por muito próximas e de difícil separação mesmo nos ambientes mais restritos, como coleções de água adultos, apresentam uma larga faixa de simpatria parada com características pantanosas, confinadas que se estende do Texas, nos Estados Unidos da a áreas florestadas. Arq. Mus. Nac., Rio de Janeiro, v.63, n.2, p.267-273, abr./jun.2005 DESCRIÇÃO DA LARVA DE ORTHEMIS CULTRIFORMIS CALVERT, 1899 (INSECTA, ODONATA, LIBELLULIDAE) co co 03 è LO c3 'S 2 <u cu rcHE íC3 /3 crHó 0lÃ0 a 8a -cau rí1 1 U rH 8 p g tUD a P d, Ph oJD cj gj Çd (U Q* CO CU rg cd Pi co -cd cu co cd 8 . 03 a •caSuQ O<N MrHi CO o3 TC. id £Oa a rTCogOO TcoOo 4d a 3I gO <N ã (U 3 'o 5 -S y 8 â§S 3co a çd <u ct1 co <u rg TO cd Pi co <cd <u co cd 03 a o O cu co ToD rd <u co .S82 Cr“OH CO 00 a jjjljj-i s|| m8 (cid:9632)ti cod 03 £ o gSiss| co ^ S u sf w" i? £3 TO cd Ph co 'Cd <u co cd co co è CO c3 1 ^ (U <rrHNt <rHNi 00 t 3g -g8 âacd _TOC3d rH5OP0 -r£8j â'ÕJ (N <u ÜoJO oas g3 jpj .PSi ÜtJ:O ^o 8<cou cd cu cr1 co cu rP Cd Ph CO 'Cd <U CO a s J33ü) CèO LrHO COC) les^-ã 2 co rH CO 11! •§ s 11 -O <N § cod 3o tco dâ g43 í-s8 ay o8 Ü£) a S F Ph tuo ^ cd <u cr co cu P .a O CO (U T0 co T0 Cd Ph CO 'Cd <U CO a 03 a rQ CSI P co o y co 3 òci-Ho ícn LcrOHl O) c3 H cu To3 -oco o 3 8cd 8 cod s o rrHH 3a ç^5d9 -8p lca3d íBo EV8y So +ic-o> B B s4 Ph Sb 'S cu S cd co cu rg T3 ÍH T3 T3 <U co cd o T<0ü T<0u a o &P «9 .‘CcOd CcdO coo 0<3U -og 4£3? 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Para isso, dois caracteres foram utilizados por passo, na tentativa de que larvas de espécies não consideradas na sua feitura possam não se enquadrar, evitando possíveis identificações errôneas. 1. Bordo anterior do premento de cerca de 120°; setas prementais dispostas em uma fileira em “U”.2 1’. Bordo anterior do premento de cerca de 140° ou maior; setas prementais dispostas em uma fileira em “S” 3 2. Setas prementais em número de 12-13; setas palpais em número de 8.O. cultríformis Calvert, 1899 2’. Setas prementais em número de 11-12; setas palpais em número de 6.O. levis Calvert, 1906 3. Bordo anterior do premento de cerca de 140°; comprimento dos cercos entre 1/4 e 1/3 daquele do epiprocto.O. nodiplaga Karsch, 1891 3’. Bordo anterior do premento de cerca de 160°; comprimento dos cercos de 1/3 daquele do epiprocto ... 4 4. Fileira de setas prementais interrompida, com o grupo de 3 ou 4 mais externas, distintamente mais longas, bem separadas das demais; setas palpais geralmente em número de 7 (ou 9?).O. bioüeyi Calvert, 1906 4’. Fileira de setas prementais regular, se existem grupos de distintos comprimentos, esses não estão separados; setas palpais em número de 8 ou mais.5 5. Setas palpais geralmente em número de 11 (9-12); espinhos laterais do segmento abdominal 8 com a orientação diferente daqueles do segmento abdominal 9, sendo paralelos, com o ápice voltado para trás .O. aequilibris Calvert, 1909 5’. Setas palpais geralmente em número de 9 (8-10); espinhos laterais do segmento abdominal 8 com a orientação semelhante àqueles do segmento abdominal 9, sendo algo curvados para dentro. .O. ferruginea (Fabricius, 1775)/O. discolor (Burmeister, 1839) AGRADECIMENTOS CARVALHO, A.L. & NESSIMIAN, J.L., 1998. Odonata do Estado do Rio de Janeiro, Brasil: hábitats e Aos colegas Drs. Jorge Luiz Nessimian e Nelson hábitos das larvas. In: NESSIMIAN, J.L. & Ferreira Jr. (Universidade Federal do Rio de CARVALHO, A.L. (Eds.) Ecologia de insetos Janeiro), pelo acesso à coleção entomológica sob aquáticos (Series Oecologia Brasiliensis 5). Rio de Janeiro: PPGE-UFRJ. p.3-28. sua responsabilidade e pela utilização de seu CARVALHO, A.L. & SALGADO, L.G.V., 2002. A laboratório. ocorrência de uma espécie do gênero Lauromacromia no Sudeste do Brasil (Odonata, Corduliidae), com REFERÊNCIAS notas sobre o seu imaturo. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ZOOLOGIA, 24., Resumos... Itajaí: CALVERT, P.P., 1928. Report on Odonata, including Sociedade Brasileira de Zoologia/UNIVALI. p.152. notes on some internai organs of the larvae. CARVALHO, A.L.; WERNECK-DE-CARVALHO, P.C. & University of Iowa Studies in Natural History, CALIL, E.R., 2002. Description of the larvae of two Iowa, 12(2): 1-44, prs i-v. species of Dasythemis Karsch, with a key to the CARVALHO, A.L., 1989. Description of the larva of genera of Libellulidae occurring in the states of Rio Neuraeschna costcdis (Burmeister), with notes on its de Janeiro and São Paulo, Brazil (Anisoptera). biology, and a key to the genera of Brazilian Odonatologica, Utrecht, 31(l):23-33. Aeshnidae larvae (Anisoptera). Odonatologica, CORBET, P.S., 1953. A terminology for the labium of Utrecht, 18(4):325-332. larval Odonata. Entomologist, London, 86:191-196. CARVALHO, A.L., 1992. Aspectos da biologia de DE-MARMELS, J., 1990. Nine new Anisoptera larvae Coryphaeschna perrensi (McLachlan, 1887) from Venezuela (Gomphidae, Aeshnidae, Corduliidae, (Odonata, Aeshnidae), com ênfase no período larval. Libellulidae). Odonatologica, Utrecht, 19(1): 1-15. Revista Brasileira de Entomologia, São Paulo, FLECK, G., 2003. Contribution à la connaissance des 36(4):791-802. odonates de Guyane Française: notes sur des larvas Arq. Mus. Nac., Rio de Janeiro, v.63, n.2, p.267-273, abr./jun.2005 DESCRIÇÃO DA LARVA DE ORTHEMIS CULTR1F0RM1S CALVERT, 1899 (INSECTA, ODONATA, LIBELLULIDAE) 273 des genres Orthemis, Diastatops et Elga (Anisoptera: ROLDÁN, P.G. & ARANGO, M.C., 1996. Orden Odonata. Libellulidae). Odonatologica, Utrecht, 32(4):335-344. In: Guia para el estúdio de los macroinvertebrados KLOTS, E.B., 1932. Insects of Porto Rico and The acuáticos dei Departamento de Antioquia. Virgin Islands, Odonata or dragonflies. Scientific Medellin: Fondo Fen Colombia, Colciencias, Survey of Porto Rico and The Virgin Islands, New Universidad de Antioquia. p.39-77. York, 16(1): 1-107 + prs.i-vii. SANTOS, N.D., 1967a. Contribuição ao conhecimento NEEDHAM, J.G., 1904. New dragon-fly nymphs in the da fauna do Estado da Guanabara. 57 - Notas sôbre United States National Museum. Proceedings of the «Orthemis ambinigra» Calvert, 1909 (Odonata, United States National Museum, Washington, Libellulidae). 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