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Depois da Virtude PDF

477 Pages·2016·8.93 MB·Portuguese
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Coordenação Editorial Irmã Jacinta Turolo Garcia Assessoria Administrativa Irmã Teresa Ana Sofiatti Coordenação da Coleção Filosofia e Política Luiz Eugênio Véscio FILOSOFIA & POLÍTICA Depois da virtude Um estudo em teoria moral Alasdair Maclntyre Tradução de Jussara Simões 4 Revisão técnica de Helder Buenos Aires de Carvalho Editora da Unfrorsidada do Sagrado Coraçio EDUSC Editor« da UnJv*r*idad« do Stgrido Coração M1524d MacIntyre.Alasdair. Dcpois da virtude : um estudo em teoria moral / Alasdair Maclntyre ; tradução de Jussara Simões ; revisão técnica de Helder Buenos Aires de Carvalho. - • Bauru, SP : EDUSC, 2001. 478 p.; 21 cm. - - (Coleção Filosofia e Política) Inclui bibliografia e índice onomástico. Tradução de: AíterVirtue:A Study in Moral Theory, cl981. ISBN 85-7460-089-X 1. Ciência e ética. 2. Ética. 3- Virtudes. I. Título. II. Série. CDD 170.42 ISBN 0-268-00611-3 (original) Copyright© 1981,1984 by Alasdair Maclntyre Copyright© de tradução - EDUSC, 2001 Tradução realizada a partir da 2* edição (1984). Direitos exclusivos de publicação em língua portuguesa para o Brasil adquiridos pela EDITORA DA UNIVERSIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO Rua Irmã Arminda, 10-50 CEP 17011-160 - Bauru - SP Fone (14) 3235-7111 - Fax (14) 3235-7219 e-mail: [email protected] 4 À memória de meu pai e de suas irmãs e irmãos. Gus am bris an la Sumário 9 Prefácio 13 1- Uma idéia inquietante 21 2. A natureza do desacordo moral contemporâneo e as pre­ tensões do Emotivismo 51 3. Emotivismo: conteúdo e contexto sociais 73 4. A cultura predecessora e o projeto iluminista de justificar a moralidade 97 5. Por que estava fadado ao fracasso o projeto iluminista de justificar a moralidade 115 6. Algumas conseqüências do fracasso do projeto iluminista 141 7. “Fato”, explicação e competência ifii; 8. O caráter das generalizações nas Ciências Sociais e sua ca­ rência de poder de previsão 189 9- Nietzsche ou Aristóteles? 209 10. As virtudes nas sociedades heróicas 225 11. As virtudes em Atenas 249 12. A teoria aristotélica das virtudes 279 13- Aspectos e situações medievais jâOsi? 14. A natureza das virtudes f3$3j? 15. As virtudes, a unidade da vida humana e o conceito de tradição 379 16. Das virtudes à virtude e depois da virtude 409 17. A justiça como uma virtude: concepções em mudança 429 18. À procura da virtude: Nietzsche ou Aristóteles, Trotsky e São Bento 441: 19- Posfacio à segunda edição 469 Bibliografia 473 índice onomástico Prefácio Este livro nasceu de uma longa reflexão sobre a inade­ quação de meus trabalhos de filosofia moral anteriores e de uma insatisfação cada vez maior com a concepção de ‘filo­ sofia moral’ como área de pesquisa independente e isolável. Um dos temas centrais de grande parte desses trabalhos anteriores (A Short History of Ethics, 1966; Secularisation and Moral Change, 1967; Against the Self-Images of the Age, 1971) era termos de aprender com a História e a Antropo­ logia acerca da diversidade de práticas morais, crenças e es­ quemas conceituais morais. É estéril a idéia de que o filó­ sofo moral pode estudar os conceitos' de moralidade por meio de mera reflexão, no estilo poltrona de Oxford, sobre o^júè élé~ê os que~(Tcercam dizem e fazem. Não encontrei bom motivo para abandonar essa convicção; e a emigração para os Estados Unidos ensinou-me que, quando a poltro­ na está em Cambridge, Massachusetts, ou em Princeton, Nova Jersey, não funciona melhor. Ao mesmo tempo, po- rém, em que eu afirmava a diversidade e a heterogeneida­ de de crenças, práticas e conceitos morais, tornou-se claro que eu estava me comprometendo com avaliações de dife­ rentes crenças, práticas e conceitos particulares. Fiz, ou tentei fazer, por exemplo, relatos de ascensão e queda'das diversas moralidades; e estava claro para outros, como de­ 9 via estar claro para mim, que meus relatos históricos e so­ ciológicos estavam, e não poderiam deixar de sê-lo, infor­ mados por um ponto de vista normativo característico. Pa- rècia que eu estava afirmando, em especial, que a natufeza da comunidade moral e do juízo moral nas sociedades dis­ tintamente modernas era tal que não era mais possível ape­ lar a critérios morais da mesma maneira que fora possível em outras épocas e locais - e que isso era uma calamidade moral! Mas a que eu poderia estar apelando se minha pró­ pria análise estivesse correta? Ao mesmo tempo, desde quando tive o privilégio de ser colaborador do excelente jornal The New Reasoner, preo­ cupava-me com a questão do fundamento para a rejeição moral do stalinismo. Muitos daqueles que rejeitaram o Sta- linismo o fizeram reinvocando os princípios daquele libe­ ralismo na crítica do qual o Marxismo se originou. Já que continuei, e continuo, a aceitar muito da substância daque­ la crítica, essa resposta não me estava acessível. “Não se pode”, escrevi em resposta às posturas então assumidas por Leszek Kolakowski, “ressuscitar o conteúdo moral do mar­ xismo simplesmente adotando uma visão stalinista do de­ senvolvimento histórico e acrescentando-lhe a moralidade liberal” (New Reasoner 7, p. 100). Ademais, vim a com­ preender que o próprio marxismo sofria de um grave e ma­ ligno empobrecimento moral, tanto devido ao que herdou do individualismo liberal quanto devido a seus distancia­ mentos do liberalismo. A conclusão a que cheguei e que está contida neste li­ vro - embora o marxismo propriamente dito seja apenas preocupação periférica — é que os defeitos e os fracassos morais do marxismo provêm do grau em que ele, assim como o individualismo liberal, agrega o ethos do mundo ca- 10 racteristicamente moderno e modernizante, e que nada menos que a rejeição de grande parte desse etbos nos pro­ porcionará uma perspectiva racional e moralmente defen- savêljTpartir Ha qu^úlgãre~ãg7r - é segundo a qual ava­ liar os diversos esquemas morais rivais e heterogêneos que competem por nossa adesão. Não se deve atribuir essa con­ clusão drástica, eu nem preciso acrescentar, àqueles cujas críticas generosas e justas ao meu trabalho anterior me per­ mitiram compreender muito, embora talvez ainda não tudo, do que há de errado nele: Eric John, J. M. Cameron e Alan Ryan. Também não devo jogar a culpa dessa conclu­ são em amigos e colegas cuja influência tem sido contínua há muitos anos e a quem sou excepcionalmente grato: Heinz Lubasz e Marx Wartofsky. Dois colegas da Boston University leram grandes par­ tes do meu manuscrito e fizeram muitas sugestões úteis e esclarecedoras. Tenho uma grande dívida de gratidão com Thomas McCarthy e Elizabeth Rapaport. Os colegas de outras partes a quem também devo muito por sugestões se­ melhantes são Marjorie Grene e Richard Rorty. Pela digi­ tação e redigitação deste livro, sou muitíssimo grato a Ju- lie Keith Conley, e por diversos tipos de ajuda na produção do manuscrito devo agradecer a Rosalie Carlson e Zara Chapin. Também sor.: muitíssimo grato aos funcionários do Boston Athenaeum e da London Library. Partes deste livro foram lidas para diversos grupos, e suas extensas reações críticas foram valiosíssimas para mim. Devo citar, em especial, o grupo que estudou Os Fundamentos da Ética durante três anos no Hastings Center, com o auxílio de uma bolsa do National Endowment for the Humanities - há trechos curtos de trabalhos apresen­ tados ao grupo nos Volumes III e IV da série The Founda- J!

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