ebook img

Democracia e socialismo: Carlos Nelson Coutinho em seu tempo PDF

708 Pages·2019·9.194 MB·Portuguese
Save to my drive
Quick download
Download
Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.

Preview Democracia e socialismo: Carlos Nelson Coutinho em seu tempo

o Não é que seu pensamento não p Este livro de Victor Neves é o m tenha mudado, buscando integrar novos primeiro estudo sistemático do conjun- e desafios, repensando questões antigas e to da obra de Carlos Nelson Coutinho. O livro que Victor Neves entrega agora ao público é um sério, rigoroso t reformulando a estratégia do combate: u Como o mostra Neves, Carlos Nelson e indispensável ensaio sobre a produção teórico-política de Coutinho. afinal, o que é o marxismo, senão um e nunca foi um intelectual de gabinete, Resultado de escrupulosa pesquisa acadêmica, mas vazada em linguagem s pensamento dialético/revolucionário em ou um “marxista acadêmico”: sua ação clara e acessível a todo leitor disposto a ampliar os seus horizontes políti- m movimento constante? A mudança vai e seu pensamento são inseparáveis de um cos e intelectuais, este é o primeiro esforço sistemático e abrangente para e no sentido de uma radicalização cres- compromisso político com a causa do oferecer um quadro do pensamento político de Coutinho sem reduzi- o cente, que o leva do PCB ao PT e final- h proletariado e com a luta pelo socialis- -lo a eventos conjunturais ou a um singular itinerário pessoal. [...] Todo mente ao Partido Socialismo e Liberdade n mo. Muitos intelectuais brasileiros que grande autor reclama um grande analista. Com o livro que o leitor tem i (PSOL). Victor Neves analisa cuidado- t se reclamavam do marxismo acabaram se u em mãos, Victor Neves se candidata a ser o primeiro grande analista do samente em seu livro alguns dos princi- o reconciliando com o sistema, limitando pensamento teórico-político de Carlos Nelson Coutinho. C pais momentos deste processo intelectual suas ambições a “melhorar” ou “humani- JOSÉ PAULO NETTO n e político. zar” o capitalismo e/ou o neoliberalismo, o Poder-se-ia resumir esta radicali- s com a ajuda de doses homeopáticas de l zação, que se dá sempre dentro de uma e “justiça social”. Como podemos ver len- N matriz gramsciana, em uma frase: no fim do este livro, Carlos Nelson Coutinho Estamos diante de um encontro. Por meio do estudo de Victor Neves da s dos anos 70, CNC insistia que o socia- é um personagem de outra fibra: sem ter obra de Carlos Nelson Coutinho, nos defrontamos com o ponto em que o lismo não pode existir sem democracia. l medo de ir “contra a corrente” – título de duas gerações, muito distintas, se encontram na continuidade necessária r No fim dos anos 1990, ele acrescenta: a um de seus mais belos livros – sempre foi de nosso pensamento, na ligadura desta epopeia que é desvendar os sen- C “não há socialismo sem democracia, as- de uma coerência e de uma integridade tidos mais profundos de nossa formação social e os caminhos da transfor- sim como tampouco há democracia sem sem falhas. mação urgente da vida e do mundo. O socialismo. Eu não hesitaria em dizer: o Se eu pudesse resumir em uma M MAURO LUIS IASI valor universal da democracia só se reali- frase o que foi o papel de CNC no cam- S zará plenamente no socialismo”. po do marxismo brasileiro, diria o se- I L O trabalho de Victor Neves é guinte: ele foi não só um dos primei- A um precioso instrumento para melhor I ros a estudar Gramsci no Brasil – bem O trabalho de Victor Neves é um precioso instrumento para melhor co- C conhecer a obra deste grande pensador antes da publicação, sob sua direção, das nhecer a obra deste grande pensador e lutador marxista que foi Carlos O e lutador marxista que foi Carlos Nelson S Obras Completas em português –, mas Nelson Coutinho. Coutinho. também alguém capaz de repensar, em MICHAEL LÖWY E termos gramscianos, a política brasileira. A MICHAEL LÖWY I s Mais importante ainda: Carlos Nelson C e foi o inventor – no sentido alquímico da A v R e palavra – do que se poderia chamar um C N marxismo democrático-socialista brasi- O r leiro, de inspiração gramsciana. o M t c E i D V LUTAS ANTICAPITAL DEMOCRACIA E SOCIALISMO: Carlos Nelson Coutinho em seu tempo VICTOR NEVES COLEÇÃO REVOLUÇÃO BRASILEIRA EM DEBATE VICTOR NEVES DEMOCRACIA E SOCIALISMO: Carlos Nelson Coutinho em seu tempo 1ª Edição LUTAS ANTICAPITAL 2019 Editora Lutas anticapital Editor: Julio Okumura Conselho Editorial: Andrés Ruggeri (Universidad de Buenos Aires - Argentina), Bruna Vasconcellos (UFABC), Candido Giraldez Vieitez (UNESP), Dario Azzellini (Cornell University – Estados Unidos), Édi Benini (UFT), Fabiana de Cássia Rodrigues (UNICAMP), Julio Cesar Torres (UNESP), Henrique Tahan Novaes (UNESP), Lais Fraga (UNICAMP), Mariana da Rocha Corrêa Silva, Maurício Sardá de Faria (UFRPE), Neusa Maria Dal Ri (UNESP), Paulo Alves de Lima Filho (FATEC), Renato Dagnino (UNICAMP), Rogério Fernandes Macedo (UFVJM). Conselho da Coleção: Caio Martins, Isabel Figueiredo, Mauro Iasi, Victor Neves Projeto Gráfico e Diagramação: Mariana da Rocha Corrêa Silva e Renata Tahan Novaes Capa: Caio Martins, Filipe Boechat e Mariana da Rocha Corrêa Silva Foto da Capa: "Era uma vez um monumento" (Budapest) - por Victor Neves Impressão: Renovagraf Neves, Victor. N518d Democracia e socialismo: Carlos Nelson Coutinho em seu tempo / Victor Neves. – Marília : Lutas Anticapital, 2019. 707 p. – (Revolução brasileira em debate) ISBN 978-85-53104-26-0 1. Coutinho, Carlos Nelson – 1943-2012 . 2. Democracia. 3. Socialismo. I. Título. 1. Coutinho, Carlos Nelson – 1943- . 2. Democracia. 3. Socialismo. I. Título. CDD 335 Ficha elaborada por André Sávio Craveiro Bueno CBR 8/8211 FFC – UNESP – Marília 1ª edição: maio de 2019 Editora Lutas anticapital Marília –SP [email protected] www.lutasanticapital.com.br A meu amigo, o comunista Christian Bonnet. Homem fiel e coerente, lutador exemplar. A Leandro Konder (in memoriam), José Paulo Netto e Milton Temer, que amavam tanto aquele amigo, o Carlito. No que se refere aos indivíduos, cada um é filho do seu tempo; assim também para a filosofia que, no pensamento, pensa o seu tempo. Tão grande loucura é imaginar que uma filosofia ultrapassará o mundo contemporâneo como acreditar que um indivíduo saltará para fora do seu tempo, transporá Rhodes. Georg Hegel [Princípios da Filosofia do Direito / Prefácio] Aquilo que do passado virá conservado no processo dialético não pode ser determinado a priori, mas resultará do próprio processo, terá um caráter de necessidade histórica, e não de escolha arbitrária da parte dos assim chamados cientistas e filósofos. Antonio Gramsci [Cadernos do Cárcere, 10 II, §41 XIV] Os filósofos aparecem sempre, no fundo – consciente ou inconscientemente, querendo ou sem querer – vinculados a sua sociedade, e nela a uma determinada classe, a suas aspirações progressivas ou regressivas. E aquilo que em sua filosofia nos parece e é o realmente pessoal, o realmente original, se acha nutrido, informado, plasmado e dirigido precisamente por esse solo (e por seu destino histórico). György Lukács [A destruição da razão / Observações preliminares] SUMÁRIO Apresentação da coleção............................................................................11 Apresentação do livro (por José Paulo Netto)..............................................13 Prefácio: De intelectuais e gerações (por Mauro Iasi)...................................15 Agradecimentos.........................................................................................23 Introdução: para uma interpretação marxista do pensamento coutiniano...25 Parte I. A formação do pensamento coutiniano: 1959-1979 01. 1959-1964. Intelectuais e alta cultura em uma cidade inteligente num país irreconhecível.....................................................................................45 02. Sobre os primeiros anos da atividade intelectual coutiniana.................67 03. 1964-1979. A ditadura do grande capital e o exílio na Europa com Josimar Teixeira, Guilherme Marques e Norberto Teles..............................95 Parte II. Da democracia ao socialismo: seu tempo em Carlos Nelson Coutinho 04. A mudança do papel da luta por reformas na fase monopolista do capitalismo..............................................................................................129 04a. “Capitalismo Monopolista de Estado” e autonomia relativa do poder Executivo 04b. Socialização da política, surgimento da sociedade civil e ampliação do Estado 04c. Luta por reformas e acumulação de forças: reformismo revolucionário e democracia de massas 05. Necessidade e possibilidade da via democrática ao socialismo no Ocidente..................................................................................................177 05a. A via democrática ao socialismo entre estratégia e tática 05b. De Oriente a Ocidente (I): ampliação do Estado, revolução processual e necessidade da via democrática ao socialismo 05c. De Oriente a Ocidente (II): predominância da mais-valia relativa, atenuação das formas abertas da luta de classes e possibilidade da via democrática ao socialismo 06. Imagem do Brasil em Carlos Nelson Coutinho: a estratégia democrática na revolução brasileira.............................................................................223 06a. Um caminho não-clássico: bases econômicas da via brasileira ao capitalismo 06b. Definindo a via brasileira: revolução passiva, via prussiana e modernização conservadora entre progresso e atraso 06c. Cultura e política na via brasileira: intimismo, autoritarismo, transformismo, golpismo 06d. De Oriente a Ocidente periférico: necessidade e possibilidade da via democrática ao socialismo no Brasil 06e. Um programa nacional, democrático e popular: superação do prussianismo e via brasileira ao socialismo

See more

The list of books you might like

Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.