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Deleuze, a arte e a filosofia PDF

339 Pages·2009·1.827 MB·Portuguese
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ROBERTO MACHADO Deleuze, a arte e a filosofia 2ª edição Coleção ESTÉTICAS direção: Roberto Machado Observações sobre “Édipo” Observações sobre “Antígona” precedido de Hölderlin e Sófocles Friedrich Hölderlin Jean Beaufret Francis Bacon: Lógica da Sensação Gilles Deleuze Sacher-Masoch: o frio e o cruel Gilles Deleuze Deleuze, a arte e a filosofia Roberto Machado O Nascimento do Trágico Roberto Machado Nietzsche e a Polêmica sobre “O Nascimento da Tragédia” Roberto Machado (org.) Introdução à Tragédia de Sófocles Friedrich Nietzsche Wagner em Bayreuth Friedrich Nietzsche Kallias ou Sobre a Beleza Friedrich Schiller Shakespeare, o Gênio Original Pedro Süssekind Ensaio sobre o Trágico Peter Szondi SUMÁRIO Abreviaturas de alguns livros de Deleuze A GEOGRAFIA DO PENSAMENTO Filosofia e criação de conceitos Deleuze e a criação dos conceitos Os espaços do pensamento O procedimento de colagem Nietzsche e Platão PARTE 1 O NASCIMENTO DA REPRESENTAÇÃO 1. Platão e o método de divisão A distinção manifesta A distinção latente O método de divisão Simulacro e diferença 2. Aristóteles e a mediação da diferença Aristóteles e Platão A diferença específica A diferença categorial PARTE 2 O ÁPICE DA DIFERENÇA 1. Espinosa, o ser e a alegria Uma filosofia genética A univocidade do atributo A essência e a potência de Deus A essência e a potência dos modos A ética da potência Paixões e ideias inadequadas Ações e ideias adequadas Beatitude e conhecimento das essências Espinosa e Nietzsche 2. Nietzsche e a repetição da diferença O eterno retorno cosmológico Força e vontade de potência O eterno retorno ético e ontológico Nietzsche, diferença e repetição PARTE 3 KANT, DIFERENÇA E REPRESENTAÇÃO 1. Os paradoxos kantianos A heterogeneidade das faculdades Um novo conceito de tempo 2. Gênese e intensidade O acordo das faculdades Gênese e condição de possibilidade A dramatização do conceito A intensidade PARTE 4 A DOUTRINA DAS FACULDADES 1. Os pressupostos da representação O pressuposto principal A harmonia das faculdades 2. O empirismo transcendental Empirismo e filosofia transcendental O uso paradoxal das faculdades A relação desregrada das faculdades A ideia diferencial e a intensidade PARTE 5 DELEUZE E FOUCAULT 1. As três dimensões do pensamento Uma possível objeção A arqueologia do saber A estratégia do poder A genealogia do sujeito 2. Foucault e as torções deleuzianas A criação do duplo sem semelhança Saber, ver e dizer Poder, saber, instituição O personagem de uma encenação PARTE 6 DELEUZE E A LITERATURE 1. Proust e o exercício do pensamento A filosofia e sua exterioridade O sistema dos signos Os signos e o pensamento Signo e essência Signos e tempo 2. A linguagem literária e o de-fora Os procedimentos de linguagem O de-fora da linguagem Literatura e devir Literatura e clínica PARTE 7 DELEUZE E A PINTURA Os elementos constituintes A figura desfigurada A área redonda e a grande superfície plana O movimento da pintura A sensação e as forças A análise genética O diagrama A cor PARTE 8 DELEUZE E O CINEMA 1. A imagem-movimento Cinema e pensamento As teses de Bergson sobre o movimento Bergson e a imagem-movimento Os tipos de imagem-movimento A imagem-percepção A imagem-afecção A imagem-ação A imagem mental A crise da imagem-ação 2. A imagem-tempo Situações ótico-sonoras puras Bergson e a imagem-cristal Descrição, narração, narrativa Ética e política no cinema moderno Os componentes da imagem Cinema e diferença O TEATRO FILOSÓFICO DELEUZIANO Foucault e Kant A relação diferencial Os filósofos aliados A doutrina do pensamento Os aliados externos Invariante e variações Notas Bibliografia de Gilles Deleuze Abreviaturas de alguns livros de Deleuze A-Œ L’Anti-Oedipe B Le bergsonisme CC Critique et clinique D Dialogues DR Différence et repetition DRF Deux régimes de fous E L’Epuisé ES Empirisme et subjectivité F Foucault FB Francis Bacon, logique de la sensation ID L’ île deserte et autres textes I-M Cinéma 1, l’image-mouvement I-T Cinéma 2, l’image-temps K Kafka, pour une littérature mineure LS Logique du sens MP Mille plateaux N Nietzsche NPh Nietzsche et la philosophie P Pourparlers PhCK La philosophie critique de Kant SPP Spinoza, philosophie pratique PLB Le pli, Leibniz et le baroque PS Proust et les signes QPh? Qu’est-ce que la philosophie? SPE Spinoza et le problème de l’expression A GEOGRAFIA DO PENSAMENTO Filosofia e criação de conceitos Gilles Deleuze sempre exerceu seu pensamento em relação a domínios ou objetos heterogêneos levando em consideração não apenas a filosofia de diferentes épocas, mas também as ciências, as artes, a literatura. Alguns de seus estudos são monografias sobre filósofos: Lucrécio, Leibniz, Espinosa, Hume, Kant, Nietzsche, Bergson, Foucault… Outros dizem respeito a pensamentos não filosóficos: Proust, Sacher-Masoch, Zola, Kafka, Melville, Whitman, Tournier, Carmelo Bene, Beckett, Francis Bacon e o cinema. Finalmente, um terceiro tipo aborda um tema — a diferença, o sentido, o desejo, a multiplicidade, os diferentes modos de exercício do pensamento — a partir da produção filosófica, literária, artística e até mesmo científica: matemática, física, biologia, linguística, psicanálise, antropologia… É o caso de Diferença e repetição, Lógica do sentido, O anti-Édipo, Mil platôs, O que é a filosofia?. Ora, a heterogeneidade desses domínios ou objetos não deve obscurecer a espantosa homogeneidade do procedimento que possibilita definir seu modo de pensar como filosófico. É só aparentemente, portanto, que a obra de Deleuze é composta de livros de história da filosofia, de crítica de arte ou literária e finalmente de reflexão filosófica. Vejamos por quê. Não se pode desprezar a quantidade e a qualidade dos textos de Deleuze sobre arte e literatura. Não se pode esquecer a utilização que alguns de seus escritos fazem de teorias científicas. Seu pensamento não se restringe à consideração do texto filosófico: fazer filosofia é muito mais do que repetir ou repensar os filósofos. Quando, porém, ele estuda o discurso científico ou as expressões artísticas e literárias, jamais tem por objetivo fazer filosofia das ciências, das artes ou da literatura. Pois, para ele, a filosofia não é uma reflexão sobre a exterioridade da filosofia, uma reflexão sobre domínios ou áreas extrínsecas ao discurso filosófico; ela é um processo de criação. “Não creio que a filosofia seja uma reflexão sobre outra coisa, como a pintura ou

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