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Dança na Cultura Digital PDF

221 Pages·2006·36.047 MB·Portuguese
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Dança na cultural digital Ivani Santana SciELO Books / SciELO Livros / SciELO Libros SANTANA, I. Dança na cultura digital [online]. Salvador: EDUFBA, 2006. 204 p. ISBN 85-232- 0415-6. Available from SciELO Books <http://books.scielo.org>. All the contents of this work, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution-Non Commercial-ShareAlike 3.0 Unported. Todo o conteúdo deste trabalho, exceto quando houver ressalva, é publicado sob a licença Creative Commons Atribuição - Uso Não Comercial - Partilha nos Mesmos Termos 3.0 Não adaptada. Todo el contenido de esta obra, excepto donde se indique lo contrario, está bajo licencia de la licencia Creative Commons Reconocimento-NoComercial-CompartirIgual 3.0 Unported. Dança na Cultura Digital MIOLO.pmd 1 9/2/2011, 18:17 UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA Reitor Naomar de Almeida Filho EDITORA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA Diretora Flávia M. Garcia Rosa Conselho Editorial Angelo Szaniecki Perret Serpa Carmen Fontes Teixeira Dante Eustachio Lucchesi Ramacciotti Fernando da Rocha Peres Maria Vidal de Negreiros Camargo Sérgio Coelho Borges Farias Suplentes Bouzid Izerrougene Cleise Furtado Mendes José Fernandes Silva Andrade Nancy Elizabeth Odonne Olival Freire Júnior Sílvia Lúcia Ferreira Apoio O conteúdo desta obra foi aprovado pelo Conselho Científico da FAPESB. MIOLO.pmd 2 9/2/2011, 18:17 Dança na Cultura Digital EDUFBA Salvador - Bahia 2006 MIOLO.pmd 3 9/2/2011, 18:17 ©2006 by Ivani Santana Direitos para esta edição cedidos à Editora da Universidade Federal da Bahia. Feito o depósito legal. Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida, sejam quais forem os meios empregados, a não ser com a permissão escrita do autor e da editora, conforme a Lei nº 9610 de 19 de fevereiro de 1998. Capa e projeto gráfico Angela Garcia Rosa Editoração Lúcia Valeska de S. Sokolowicz Revisão Flávia Rosa Naddija Nunes Biblioteca Central Reitor Macêdo Costa - UFBA SSSS222233332222 SSSSaaaannnnttttaaaannnnaaaa,,,, IIIIvvvvaaaannnniiii.... DDDDaaaannnnççççaaaa nnnnaaaa ccccuuuullllttttuuuurrrraaaallll ddddiiiiggggiiiittttaaaallll //// IIIIvvvvaaaannnniiii SSSSaaaannnnttttaaaannnnaaaa.... ---- SSSSaaaallllvvvvaaaaddddoooorrrr :::: EEEEDDDDUUUUFFFFBBBBAAAA,,,, 2222000000006666.... 222200004444 pppp.... :::: iiiillll.... ++++ ccccaaaaddddeeeerrrrnnnnoooo ddddeeee ffffoooottttoooossss.... IIIISSSSBBBBNNNN 88885555----222233332222----0000444411115555----6666 1111.... DDDDaaaannnnççççaaaa.... 2222.... AAAArrrrtttteeee ddddiiiiggggiiiittttaaaallll.... 3333.... AAAArrrrtttteeee eeee tttteeeeccccnnnnoooollllooooggggiiiiaaaa.... 4444.... SSSSeeeemmmmiiiióóóóttttiiiiccccaaaa eeee aaaassss aaaarrrrtttteeeessss.... 5555.... IIIImmmmaaaaggggeeeemmmm ccccoooorrrrppppoooorrrraaaallll.... 6666.... EEEExxxxpppprrrreeeessssssssããããoooo ccccoooorrrrppppoooorrrraaaallll.... 7777.... CCCCoooorrrreeeeooooggggrrrraaaaffffiiiiaaaa.... IIII.... TTTTííííttttuuuulllloooo.... CCCCDDDDUUUU ---- 777799993333....3333 CCCCDDDDDDDD ---- 777799992222 EDUFBA Rua Barão de Geremoabo, s/n Campus de Ondina 40170-290 Salvador Bahia Tel: (71) 3263-6160/6164 [email protected] www.edufba.ufba.br MIOLO.pmd 4 9/2/2011, 18:17 Ao meu Fê, pelo privilégio da coragem e do sentimento. Ao amor que teima em sua ousadia, sua inconsequência sábia e sua ciência em saber-se privilégio de quem o possui. À Maria, minha mãe, e à Maria de Lourdes, por terem me dado e me devolvido a vida. MIOLO.pmd 5 9/2/2011, 18:17 SUMÁRIO Apresentação 9 Introdução O retorno de Frankenstein 13 Capítulo I Relação corpo - ambiente - tecnologia 31 Capítulo 2 Reação signo-meme = semiose 71 Capítulo 3 Ação dança-tecnologia 99 Capítulo 4 Sopa de carne, osso e silício = caldo de experimentos pessoais 123 Considerações finais 169 Referências 177 Apêndices 183 MIOLO.pmd 7 9/2/2011, 18:17 APRESENTAÇÃO Desde o início da minha carreira como coreógrafa, meu interesse esta- va em explorar a dança com outros “elementos do mundo”. Muitas coisas foram instigadoras, mas desde cedo o “mundo da imagem” foi o que me fasci- nou. Minha primeira empreitada nesse sentido foi em 1994 quando criei a coreografia Modus, um dos quadros do espetáculo Babélica, obra resultante do Projeto Dança coordenado por Marina Herrero e promovido pela Secre- taria do Estado de Cultura de São Paulo. Um simples retroprojetor, desses utilizados para dar aula, proporcionou aos dançarinos de Modus interagir com imagens criadas em tempo real. Uma dançarina junto ao retroprojetor e posicionada no proscênio fazia desenhos que eram projetados nas costas nuas de quatro mulheres. A tez branca daqueles corpos, interrompida pelos cabe- los longos que as dançarinas possuíam, tornava-se o suporte para uma ima- gem que dançava no espaço. Os traços tornavam-se a sombra da mão de quem riscava e que logo passava a dialogar com aquelas mulheres. Há 12 anos atrás fiz então o público regozijar-se com aqueles corpos ora preenchidos de rabiscos coloridos e ora sendo içados pelos pés, apertados, empurrados, suspensos e esmagados por aquela enorme mão-sombra. Surpresas encon- tradas naquele instante pelos dançarinos a partir da configuração disponibilizada na ocorrência da obra. Os ensaios haviam servido apenas como rascunhos de procedimentos possíveis e não para a fixação de movimentos e imagens pré-definidas. MIOLO.pmd 9 9/2/2011, 18:17 A “imagem que dança” transformara-se então na minha busca, assim como seus dispositivos de produção. Naquele momento inaugural para mim, o uso do corpo despido de coreografia e agindo no ato do acontecimento em sintonia com um “corpo de luz” já apontava para o que se tornariam mi- nhas palavras-chave para a investigação: imersão, interação e tempo real na dança. Contudo, a aspiração pela dança em relação com as tecnologias imagéticas foi sempre pautada e vislumbrada por mim a partir de um entendi- mento de mundo onde todas essas informações faziam parte, não as via de forma desconexa. Certamente aquela minha visão de mundo, aquela época sem apoio filosófico ou conceitual, colaborou em muito com o caminho que encontrei e trilhei, culminando hoje com a publicação deste livro. A partir de tal entendimento, pude ficar indiferente as maquiagens ciberpunks por vezes impostas a quem deseja trilhar esse percurso. Tal roupagem robocop para mim nada significava e foi justamente isso que comecei questionar e discutir. O aprofundamento realizado durante o período da Pós-graduação no programa de Comunicação e Semiótica foi oportuno para que uma aborda- gem crítica, e espero que imparcial, fosse realizada sobre a implicação e uso das novas mídias em nossa sociedade. As tecnologias da Cultura Digital são portanto discutidas nestas páginas com o intuito de despí-las da roupagem de super heroínas ou como estruturas nefastas e voltadas à destruição da humanidade. Apesar desta publicação estar ocorrendo três anos após a defesa da tese, optei por apenas acrescentar alguns dados, atualizar alguns itens e com- plementar com minhas obras produzidas após 2003. Não tive a intenção de re-escrever o trabalho, pois minha pretensão é que este livro sirva como um retrato do que eu pude perceber aquela época e das articulações e reflexões que eram importantes naquele instante. Considerando ainda o desenvolvi- mento exponencial das novas tecnologias e a natureza da produção de um livro que possui um tempo necessário para isto, não me pareceu conveniente tentar superar ou competir com a temporalidade diferenciada desses dois pro- cessos díspares. Solicito ao leitor portanto lembrar desta minha escolha, pois isso evitará um anseio por informações inéditas do mundo das novas mídias e da dança, novidades aqui consideradas como questões de menor importância para a discussão que este livro se propõe. 10 MIOLO.pmd 10 9/2/2011, 18:17 Dei a minha tese o título de (Sopa de) Carne, Osso e Silício. As metáforas (ocultas) na dança-tencnologia, a qual ganha nesta versão para livro o título de Dança na Cultura Digital. Escrevo sem o artigo – “A” Dança – deixando ao leitor o gosto da dúvida podendo considerá-la como verbo ou como substan- tivo. Trata-se de olhar para o fenômeno da dança (substantivo) na Cultura Digital e verificar aquele que dança (verbo) neste novo contexto. A Cultura Digital nas minhas considerações é esse universo caldaloso que tem propiciado a emergência de novos fenômenos pela inevitável impli- cação entre o que somos e aquilo que temos aprendido, produzido e re- colocado no mundo. Cultura Digital como um contexto processual de um inevitável trânsito entre corpo e cultura. 11 MIOLO.pmd 11 9/2/2011, 18:17

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