Colecções botânicas do Brasil em espaços verdes notáveis de Lisboa Maria Lisetc Caixinhas' Maria Cândida Liberato^ RESUMO Em Portugal nos meados do século XVlll viveu-se o movimento iluminista, tomando-se perceptível anecessidadedoconhecimentodos recursos naturaisqueopaíspossuía. Somenteem meados do século XIX voltou-se a dar atenção aos estudos botânicos, a fundarem-se espaços verdesea incrementarosjáexistentes, ondesecomeçaram areunircolecçõesde plantascom fins científicos e didácticos. O Jardim Botânico de Lisboa foi fundado em 1873, tendo vindo a ser enriquecidocomgrandenúmerodeespéciestaxonomicamenteimportantes.OJardim-MuseuAgrí- colaTropical,criadoem 1906, foiinstaladoem 1914nolocalondehojeseencontra,tendosidopro- movida a introdução de plantas económicas e exóticas. A Estufa Fria de Lisboa teve o seu início cm 1912;nelaincluem-senumerosasespéciesoriundasdediversasregiõesdomundo.Apósdiversos estudos botânicosjácfectuados pelas autoras nos locais citados, foram agora seleccionadas ases- péciesorigináriasdoBrasil,a.ssimcomoassuasprincipaisutilizaçõeseocorrêncianos locaisestu- dados, os quais se revelam possuidores de valiosas colecções de espécies vegetais brasileiras. Esteslocaistemumpapelimportantenainvestigaçãobotânica,bemcomograndeinteressedidáctico, educacional cambiental. Palavras-chave: Flora Brasil,jardins botânicos, colecções botânicas, Lisboa ABSTRACT ThePortuguc.seEnlightcnmcnthappcncdinthcmiddleofXVlllthCentury.Sowasperceived thc importance of lhe knowlcdgc of thc existing natural resources of the countiy. Only by the middle ofXIXth Century attention was given again to the botanic studies. New green areas were foundcd and dcvelopcd thc existing ones, wherc collcctions ofplants bccamc to be organized for seientifieanddidacticpurposcs.ThcJardimBotânicodeLisboawasfoundedin 1873,beingenriched withspccicsoftaxonomicimportance.ThcJardim-MuseuAgrícolaTropical,foundedin 1906,was iastalcd in 1914 intheplacc wherc itslill exisLs, beingpromotedthc introductionofeconomicand exolie plants. Thc Estufa Fria de Lisboa had iLs begining in 1912, comprising a large number of spccics ofvarious parts ofthc world. Aftcrscvcral taxonomic studies made by the authors, in the mentionedsites,thcBrazilianspccicsweresclcctcd,showingtheirusesbymananddistributionon thcgrccn spacesstudicd, which have Braziliancollcctionsofvegetal speciesofgreat value.These placcs play an important role to thc botanic rcscarch, as well as to didactic, educational and cnvironcmcntalpromolion. Ke3rtvords: Flora BiazJl, botanicgardens, botaniccollcctions, Lisboa * DepartamentodcProtecçãodasPlantascckMtoccologia,In.stitutoSuperiordeAgronomia,TapadadaAjuda, 1349-018 Lisboa Codex,I\xtugal ^Janlim-MuscuAgrkolaTropical,InstitutodeInvestigaçãoCientíficaTropical,LargodosJerónimos, 1400-209Lisboa, Portugal SciELO/JBRJ 13 14 15 16 17 18 19 26 Caixinhas, M. L &IJberato,M. C. INTRODUÇÃO Philo.sófica ao Brasil” entre 1783 e 1792. Os descobrimentos de nova terras, que Delaresultou grandequantidadede material dominaram os interesses dos portugueses científico, parte do qual foi levado para a durante os séculos XV c XVI, permitiram França quando Portugal sofreu a primeira conhecernovascivilizações,aumentandoos invasão francesa (Carvalho, 1983; Simon conhecimentos de áreas diversificadas. Os 1983). escritos da época são bem elucidativos dos Ainda .sob a supervi.sãode Vandelli pn>- avanços que se iam obtendo. A flora que cederam-se a emsaios de culturas de plantas encontravam atraiu muito a atenção ou provenientes dos territórios portugueses de porque era muito diferente e variada ou então. porqueestavam muitomotivadoscomapro- Devidoadiversasperturbaçõespolíticas curade plantas que pudessem utilizarcomo que Portugal atravcs.sou, somente a partir de “drogas" medicinais ou, ainda, porque de- meadosdoséculoXIXvoItou-scadaratenção sejassem acompanhar o comportamento de aosestudosbotânicos,entreelesos ligadosàs plantas levadasdoreino(Ferrão&Liberato áreas tropicais, com incremento dos espaços 1999). Em verdes existentes e criação de novos, onde se Portugal, a partir de meados do começaramareunircolecçõesdeplantascom séculoXVIII,viveu-scomovimentoiluminista, finscientíficosedidácticos. revelado através de diversas manifestações Em Lisboa existem vários espaços ver- culturais(Albuquerque, 1983).Dentreaquelas des notáveis, onde se encontram representa- manifestaçõesdcstaca-.scareformapombalina dos diversos taxa da flora brasileira, no- da Universidade de Coimbra em 1772. Esta meadamente: Jardim Botânico de Li.sboa, reforma tomou necessária a contratação de Jardim-Mu.seuAgncolaTropicaleEstufaFria professores estrangeiros, tendo assim ingres- de Lisboa. sadonaquelaescolaDomingosVandclli,afim Em 1873 foram iniciadasasobrasparao de leccionar “Historia Natural c Quimica ou estabelecimentodoJardimBotânicodeLi.sboa PhilosophiaNatural”. para apoio à “Cadeira de Botânica e Prin- Aquele docente renovou e promoveu o cípios de Agricultura” da então Escola Po- estudo das ciências naturais em Portugal, de- litécnica, que deu lugar, posteriormente, à fendendo que o conhecimento dos recursos Faculdade de Ciências. Em 1877já contava naturais de um país constituía a base do seu com mais de dez mil plantas. Nos anos se- desenvolvimentoe progressoeconómico (Li- guintes, a sua área foi alargada para cerca & berato, 1994b;Ferrão Liberato, 1999).Den- de 4 hectares. Em 1927, devido ao movi- trodeste espírito, aquele professorpromoveu mento revolucionário, o Jardim foi um pou- juntoaoGovernoarealiz.açãode uma “Expe- co danificado. No entanto, foi .sempre enri- diçãoPhilosóficaaoBrasil”epreparouquatro quecido com grande número de espécies, di.scípulosnascidosnaqueleterritóriopara fa- encontrando-se rcpre.sentadas muitas famí- zerem uma avaliação dos seus recursos na- lias dedicotiledóneas, colecções importantes turaiseenviode“objectosdeHistóriaNatural” de palmeiras e de gimnospcrmas (Tavares pa%ra o Gabinete Real da Ajuda (Mendonça I%7). 1 2). O Jardim-Mu.seu Agrícola Tropical é Entendeu o Governo que as “Viagens hoje um Centro do Departamento de Ciên- Philosófieas”nãosedeveriam limitarapenas cias Agrárias do In.stituto de Investigação a terras brasileiras, mas também estender- CientíficaTropical (IICT).Temasuaorigem se a territórios africanos. Neste contexto, no Jardim Colonial, criado em 1906 como foi apenas o Dr. Alexandre Rodrigues Fer- dependência pedagógica” do Instituto Su- reiraquem realizou a denominada “Viagem perior de Agronomia para apoiaro “ensino Kodriguésia 53 (82): 25-32. 2002 SciELO/JBRJ 13 14 15 16 17 18 19 ColecçõesbotânicasdoBrasilemespaçosverdesnotáveisdeLisboa 27 agronómicocolonial”iniciadonesse mesmo MATERIAL E MÉTODOS ano. "Em 1914 foi transferido para o local Foi realizado o estudo taxonómico das ondehojeestásituado, incluindoum Parque espécies brasileiras conservadas no Jardim Botânico e Estufas, que ocupam uma área Botânico de Lisboa (JBL), Jardim-Museu de cerca de 5 hectares. Em 1919 as suas Agrícola Tropical (JMAT) e Estufa Fria de competências foram alargadas, dentre as Li.sboa(EFL)(Caixinhas 1993, 1994;Liberato quais destacamos “promover a introdução 1994a, 1996;Tavares 1967). de plantas económicas e exóticas”, o que As espécies foram identificadas através aindaacontecenos nossosdias(IICT, 1983). de caracteres morfológicos externos, de A Estufa Friade Lisboa pertence à Di- acordocomBailey(1973),LibertyHydeBailey recção Municipal de Ambiente e Espaços Hortorium (1976), Huxley et al. (1992) e, Verdes da Câmara Municipal de Lisboa. quando necessário, comparados com Teveoseu inícioporvoltade 1912, num lo- e.spécimcsherborizadostipificados. cal protegido dos ventos dominantes do Para cada taxon foram estudados al- quadrante Norte, onde foi construído um guns dos .seus usos pelo homem (Mabberley, abrigo para plantas, numa das zonas onde 1997) e o grau de categoria de ameaça de viria a ser instalado o Parque Eduardo VIL extinção na natureza, segundo os critérios Posteriormente, aquele local foi ampliado e da International Union forConservation of protegido dos excessos climáticos por um Nature and Natural Resources - lUCN ripado, de modo a nele poderem ser cul- (Walter& Gillett, 1998; Faijoneta/., 1993). tivadas plantas sensíveis às condições am- Os nomes dos autores das espécies ou bientais de Lisboa, tendo a sua inauguração taxa inferiores apresentam-se segundo a oficialocorridocm 1933. Desdeaqueladata forma recomendada por Brummitt & Powell ate hoje este local tem sofrido várias am- (1992). pliações, tendo maisde I hectare. No limite NortefoiconstruídaumaEstufaQuentepara RESULTADOS plantas tropicais e uma Estufa Doce destinada a plantas suculentas (Garcia & Foram identificadas espécies e varieda- í*ontes in Caixinhas, 1994). É considerada des, pertencentes à flora brasileira, incluídas um Museu Vegetal Vivo. Suaatmosferacal- em Pteridophyta, Gymnospermae e ma e protegida permite a existência de nu- Angiospermae, destas últimas algumas merosas espécies oriundas de diversas re- como Dicotyledonae e outras como giõesdo mundosemnecessidadederecurso Monocotyledonae. a qualquer aquecimento (Caixinhas et al„ Encontraram-se espécies ameaçadas de 1998). extinção nos seus habitats naturais. Os locais referidos apresentam No Quadro apresentam-se os taxa 1 condições ambientais privilegiadas, cm am- estudados, alguns dos seus usos pelo homem biente natural ou confinado, permitindo a e a suadistribuição nos locais estudados. cxi.stênciade espécimes do Brasil, que foram As famílias e espécies encontram-se scicccionados para apresentação neste dispostas em sequência alfabética, segundo trabalho. os taxa superiores; Pteridophyta, Os lugares mencionados encontram-se Gymnospermae e Angiospermae abertos ao público e têm um papel relevante {Dicotyledonae e Monocotyledonae). paraa investigaçãobotânicacm vários domí- nios, a.ssim como grande interesse didáctico, educacional e ambiental. RodriKuéiia S3 (82): 2S-32. 2002 SciELO/JBRJ 13 14 15 16 17 18 19 28 Caixinhas.M. L &Ubenato,M. C Q^dro1 -EspédwdoBrasilcmespaçosverdesiKMáveisdeLisboa,listadasporgrupotaxonómicomaisabrangentec neleporordemalfabéücadasfamílias.(JBL-JardimBotânicodeLisboa;JMAT-Jardim-MuscuAgncolaTropical;EFL- EstufaFriadeLisboa) Taxa Usos lyocalização PTERIDOPHYTA - - -- BLECHNACEAE BlechnumoccideníaleL. ornamental FFI DAVALLIACTiAE Nephrolepisexaltata(L.)Sebott ornamental JBL; JMAT; EH. POLYPODIACEAE Phtebodiumaureum(L.)J.Sm. ornamental JMAT; EFL GYMNOSPERMAE ARAUCARIACEAE Araucariaangustifolia(Bertol.) Kuntze madeira;pa.stacelulósica; sementes comestíveis JMAT ANGIOSPERMAE DICOTYLEDONAE ACANTUACEAE JusticiacameaLindl. ornamental EFL JusticiarizziniiWassh. ornamental EFl. RuelliamakoyanaCloson omamcnlal JMAT ANACARDIACEAE AnacardiumoceidentaieL. fruteira;medicinal;olcacinosaJMAT SchinusterebinthifoliusRaddi omanxmtal JMAT Spondiasmombin L. fruteira JRI APOCYNACEAE ThevetiapenivUma(Pers.)K.Schum. medicinal;oleaginosa JBL: JMAT ARALIACEAE Oreopanaxcapilatus(Jacq.)Dccnc.&Planch. ornamental IMAT ASCLEPIADACEAE AraujiasericiferaBroL fibra;ornamental JRI BEGONIACEAE BegôniaschaifiiHook.f. ornamental l-TI BIGNONIACEAE Macfadyenaunguis-cati(L.)A. H.Gcntiy omamcnlal JBL; JMAT Tecomastans(L.)Humb.. Bompl.& Kunth omanxmtal JBL BIXACEAE BixaorellanaL. tintureira JMAT BOMBACAOÍAE Ceibapeniandra(L.)Gacrtn. fibra JMAT Chorisiacrispijlora Humb., Bompl.& Kunth fibra JBL ChorisiaspeciosaA.St. Hill. fibra;omamcnlal JMAT CACTTACTiAE CereusjamacuruDC. fruteira;ornamental EH,; JMAT Hylocereusundatus(Haw.)Britton& Rose ornamental JMAT; EH. Opuntiabrasiliensis(Willd.)Haw. ornamental EIT. Opuntiamonacantha(Willd.)Haw. ornamental;sebes JMAT OpuntiasalmianaPfciíT. ornamental EH. Parodiamammulosa(Lcm.)N. P.Taylor ornamental JBL PereskiaacuieataMill. ornamental JBL Schlumbergeratruncata(Haw.)Moran ornamental JMAT Rodriguésia 53 (82): 25-32, 2002 SciELO/JBRJ 13 14 15 16 17 18 19 ColecçõesbotânicasdoBrasilemespaçosverdesnotáveisdeLisboa Taxa Usos Localização CARICACEAE CaricapapayaL. fruteira;medicinal JMAT EUPUORBIACEAE JatrophacurvasL. oleaginosa;medicinal JMAT ManihotesculentaCrantz alimentar JMAT GESNERIACEAE Sinningiaspeciosa(Lood.)Hiem ornamental JBL; JMAT HALORAGACEAE Myriophyllumaquaticum(Vell.)Verde. ornamental JBL;EFL LEGUMINOSAE/CAESALPINIOIDEAE BauhiniaforficasaLink medicinal;ornamental JBL; JMAT CaesalpiniaechinataLam. madeira;tinturial JMAT ParkinsoniaaculeataL. arruamentos; florestal; pastagem JBL; JMAT LEGUMINOSAE/MIMOSOIDEAE MimosapudicaL. ornamental JBL; JMAT IJXJUMINOSAE/PAPILIONOIDEAE Ttpuaruttipu(Bcnth.) Kuntze armamentos;madeira; sombreamento BL; JMAT MALVACEAE Malvaviscusarboreus(Zav. ornamental JMAT PavoniahastataCav. ornamental JBL MORACEAE DorsteniacontrajervaL. medicinal JBL MYRTACEAE Aceasellowiana(O.Bcrg.)Burrcl fmteira JBL; JMAT EugeniaunifloraL. fmteira JBL;JMAT PsidiumguajavaL. fmteira JMAT; EFL PsidiumguineenseSw. fmteira JMAT PsidiumlittoraleRaddi fmteira JBL; JMAT NYCTAGINAaiAE BougainvilleaglabraChoisy ornamental JBL; JMAT; EFL BouganvilleaspectabilisWilld. ornamental JMAT MirabilisjalapaL. ornamental JBL PASSIRjORAai\E PassijloracaeruleaL. fmteira JBL PassijloraedulisSims fmteira JMAT PHYTOlJ\CCACTl\E PkytolaccadioicaL. medicinal;ornamental JMAT; EFL PIPERACEAE C Peperomiaargyreia Monen ornamental JMAT; EFL PeperomiacaperataYunck. ornamental JBL; JMAT; EFL Peperomiagriseo-argenteaYunck. ornamental JMAT Peperomiaobtusifolia(L)F.Dictr. ornamental JMAT; EFL PeperomiascandensRuiz&Pav. onumcntal EFL Peperomiaserpens(Sw.)Loudon ornamental JBL RUAMNAQiAE CoUetiaparadoxa(Spreng.)Escal. ornamental JBL-JMAT; EFL Rodriguésia 53 (82): 25-32. 2002 SciELO/JBRJ cm 13 14 15 16 17 18 19 .. Caixinhas, M. L AUbfrato, M. C. Taxa Usos l.a)calização ROSACEAE QuillajabrasiliensisMart. ornamental JBL RUTACEAE PilocarpuspennaíifoliusLcm. medicinal JBL; JMAT SOLANACEAE Brunfelsialaíifolia(Pohl)Benth. ornamental Eli. SolanumpseudocapsicumL. ornamental ei. PhysalisperuvianaL. fruteira JBL STERCULIACEAE TheobromacacaoL. alimentar JMAT TROPAEOLACEAE TrvpaeolummajusL. ornamental JBL URTICACEAE Pileainvolucrata(Sims)Urb. ornamental JMAT VERBENACEAE DurantaerectaL. ornamental JBL; JMAT LantanacornaraL. ornamental;sebes JBL-JMAT;EFL MONOCOTYLEDONAE AGAVACEAE Furcraeafoetida(L.)Haw. fibra; protectoradetemmos JMAT ARACEAE AnlhuriumcoriaceumG. Don ornamental JMAT ArtíhuriumcrystallinumLinden&Andié ornamental JMAT Dieffenbachiaseguine(Jacq.)SchoU ornamental JMAT PhilodendrvnbipinnalifidumEndl. ornamental Eí-1. PhilodendrvnscandensK, Kock&Scllo ornamental JBU JMAT; EFL SyngoniumpodophyllumSchoU ornamental JMAT Xarühosomasagittifolium(L.)SchoU ornamental JMAT BROMEUACEAE Aechmea/<uc(ota(Lindl.)Baker ornamental JBL;JMAT; Eli. AechmeafulgensBrongn. ornamental EI-T Aechmeafulgensvar.discolor(C.Morren)Brongn. ornamenta] HT Anonascomosus(L.) Merr. frutciia;medicinal;fibra JBL; JMAT BilbergiarmtansRegei ornamental JBU JMAT; EIT BilbergiavittataMore! ornamental JMAT; EIT Cryptaníhusacaulis(LindI.)Bocr omamcnial JMAT; Eli. CrypianíhusbeuckeriE. Morren ornamental JBL Neoregeliacarolinae(Bccr)L.B.Sm. ornamental JMAT; lai. Neoregeliaspectabilis(Moorc)L.B.Sm. ornamental JMAT; EH. NidulariumfulgensLcm. ornamental Hl. Tdlandsiausneoides(L.)L. ornamental EH. VrieseacarinataWawra ornamenta) EH. COMMEUNACEAE TradescantiafluminensisVell. ornamental JMAT; Hl. GRAMINEAE Cortaderiaselloana(SchulL&SchulLf.)Asch.&. . Gracbn. ornamental JMAT HELICONIACEAE HeliconiarostraíaRuiz&Pav. ornamental JMAT Kodriguétia 53 (82); 25-32. 2002 SciELO/JBRJ cm 13 14 15 16 17 18 19 ColecçõesbotânicasdoBrasilemespaçosverdesnotáveisdeLisboa Taxa Usos Localização MARANTAQ-AE CalathealietzeiE.Monen ornamental EFL Calaiheasplendida(Lcm.)Rcgcl ornamental EFL Calatheazebrina(Sims)Lindl. ornamental JMAT; EFL Cteiumthelubbersiana(E.Morrcn)Eichlcr ornamental JMAT Ctenantheoppenheimiana(E.Morrcn)K.Schum. ornamental JMAT; EFL MarantaleuconeuraE.Morrcn var. keichovianaE.Morrcn ornamental JMAT; EFL Stromanthesanguinea (Ilook.)Sond. ornamental EFL ORCltlDACEAE CaxtleyalabiataLindl. ornamental JMAT; EFL EpidendrumJloribundum Humb., Bompl. & Kunth ornamental EFL 'áygopetalummackaiiHook. ornamental JMAT; EFL PALMAE Buliacapitata(Mait)Bccc. ornamental JMAT; EFL Buliacapitalavar.odoraia(Barb.Rodr.)Bccc. fruteira JMAT Buliacapiialavar.pulposa(Barb.Rodr.)Bccc. fruteira JBL Syagrusromanzojpanum(Cham.)Glassman fruteira;ornamental JBL; JMAT; EFL TriihriiuixacanihocomaDnidc ornamental JBL CONCLUSÕES O • Estesespaços verdes apresentamgran- estudo cfcctuado nos locais referidos devalorparaainvestigaçãobotânicaemvários permiteconcluir domíniosenodesempenhodefunçõesdidácti- • Foram identificados 108 espéciese va- cas, educacionais e ambientais. riedades,pertencentesàflorabrasileira,sendo três Pteridophyía, uma Gymnospermaee 104 AGRADECIMENTOS Angiospermae, destas últimas 65 são Ao Professor Fernando Mangas Catari- Dicoíyledonae e 39 Monocotyledonae. no, DircctordoJardim Botânicode Lisboa, a • - As espécies estudadas tem uma gama autorizaçãoparaincluiresteimportanteJardim muito larga de utilização pelo homem. No- Botâniconestetrabalho, assimcomotodasas meiam-se: plantasornamentais, fornecedoras facilidades concedidas para efectivar esse de alimento, fornecedoras de óleo com di- objcclivo. versos usos, frutos e sementes comestíveis, corantesnaturais,fíbrascomdiversosfins,ma- BIBLIOGRAFIA deiras nobres, pasta celulósica, sebes vivas, úteiscontraaerosão de terrenos e pastagens. Albuquerque, L.de 1983. Preface. In: Simon, • Algumas destas espécies tem grande W.J. - Scientific Expeditions in the importâiKÚaeconómica,sendoasadaseexplo- Portuguese Overseas Territories radas em diversas regiões tropicais. (1783-1808). Lisboa, Instituto de Inves- • Encontram-se duas espécies ameaça- tigação CientíficaTropical, p.XllI-XlV. das de extinção nos seus habitats naturais, Bailey, L.H. 1973. Manual of Cultivated Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze e Plants (ed. rev.). New York, Macmillan Caesalpinia echinata Lam.. Publ.,1116p. Os locais estudados têm um papel re- & Brummitt, R.K. Powell, C.E. (eds.) 1992. levantecomorepositóriosdecolccçõesdees- Aulhors ofPlant Names. Kew, Royal pécies brasileiras. BotanicGardens, 732p. Rodriguésia 53 (82): 25-32. 2002 SciELO/JBRJ cm 13 14 15 16 17 18 19 .. Caixinhas.M. L ALiberato, M. C. Caixinhas, M.L.1993. Des Jardins Botani- . 1994b. Explorações Botâni- ques au Portugal. Di Museologia cas nos Países Africanos de Língua Ofi- Scientifica,9:267-276. cial Portuguesa. Garcia de Orta, Sér. 1994. Flora da Estufa Fria. BoL, 12(1-2):15-38. . 1996. Tropical Plants Lisboa, Verbo, 143 p. . Liberato, M.C. & Fra.sson L. Conserved in Jardim-Museu Agrícola 1998 - O,riental Shrubs in Botanic Tropical. Eucarpia Meeting on Tropical Gardens and some Parks in Lisbon. Di Plants. Communications and Posters. Muse^ologia Scientirica: 14 (1), Suppl.: Montpciier,CIRAD, p.61-67. 439 7 Liberty Hyde Bailey Hortorium (eds.) 1976. . Carvalho, J.C. de Melo 1983. Viagem Filo- Hortus Third. A Concise Dictionary of sófica pelas Capitanias do Grão Pará, Plants Cultivated in the United States and Canada. New York, Macmillan, Rio Negro, Mato Grosso e Cuiabá {1783-1793). Belém, Museu Paraense 1299p. Emílio Goeldi, Universidade Federal do Mabbcrley, DJ. 1997. ThePlant-Book. 2*cd.. Pará, 80 p. Cambridgc,CambridgcUniversityPress, Ferrão, J.E. Mendes & Liberato, M.C. 1999. 858p. Explorações Botânicas feitas pelos por- Mendonça, F. 1962. Botanical CoIIectors in tugueses nos trópicos. In: Objectos Na- Angola. In: Fernandes A. Comptes turais - Metamorfoses da raiz, caule e Rendus de la Réunion Plénière de folhas. Lisboa, Museu e Jardim Botâ- VAssociation Pour FÈtude Taxonomic nico da Universidade de Lisboa, p. 19- de la Flore d'Afrique Tropical (4*, 34. Coimbra, 1960).Lisboa,JuntadeInvesti- Faijon A., Page C. & Schellevis N. 1993. A gaçõesdo Ultramar, p. 111-121 preliminarworldlistofthreatenedconifer Simon, W. 1983. ScientificExpeditions in the taxa. Biodiversity and Conservation Portuguese Overseas Territories 2:3(M-326. (1783-1808). In.stituto de Investigação HuxleyA,GriffithsM.&LevyM.(ed.s.) 1992. CientíficaTropical,Li.sboa, 193p. The New Royal Horticultural Society Tavares, C.N. 1%7. Jardim Botânico da Fa- Dictionary of Gardening. London & culdade de Ciências de Usboa (Guia). Basingstoke, The Royal Horticultural Porto, Emprc.sa Portuguc.sa, 299 p. Society. TheMacmillan Pre.ss, Lda, vol. Walter, K.S.&Gillett, H.J.(eds.) 1998. 1997 1 815 p, vol. 11 747 p, vol. III 790 p, vol. lUCN Red List of Threatened Plants. IV 888 p. Cambridgc, International Union for Instituto de Investigação Científica Tropical Conservation of Naturc and Natural (IICT) 1983. O Jardim-Museu Agrícola Rasources, 482 p. Tropical. In: Da comissão de Carto- grafia (1883) ao Instituto de Investi- gação Científica Tropical (1983). 100 Anos de História. Li.sboa, IICT, p. 181- 193. Liberato, M.C. 1994a. Catálogo de Plantas do Jardim-Museu Agrícola Tropical. Lisboa, Instituto de InvestigaçãoCientí- ficaTropical, Fundação Berardo, 100 p. Rodriguétia S3 (82): 2S-3Z 2002 SciELO/JBRJ cm 13 14 15 16 17 18 19