2 | A EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA DO SETOR DE CELULOSE E PAPEL NO BRASIL CAMPOS, Edison da Silva FOELKEL, Celso A evolução tecnológica do setor de celulose e papel no Brasil. Edison da Silva Campos, Celso Foelkel – ABTCP – Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel. São Paulo, Brasil. 2016. (224) p. 1. Celulose e Papel. 2. Evolução tecnológica. 3. Indústria Brasileira. 4. Novas rotas para o setor I. Título. Fotos: Banco de imagens ABTCP, Acervo de fotos do Professor Celso Foelkel e Banco de imagens IPEF - Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais CDD EDISON DA SILVA CAMPOS INTRODUÇÃO | 5 CELSO FOELKEL A EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA DO SETOR DE CELULOSE E PAPEL NO BRASIL 1ª edição São Paulo ABTCP – Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel 2017 INTRODUÇÃO | 7 EQUIPE DE PRODUÇÃO Coordenação de produção de conteúdo técnico: Viviane Nunes Coordenação de produção editorial: Patrícia Capo – MTb. 26.351-SP Projeto gráfico e criação de capa: Fmais Comunicação Revisões de Texto: Mônica Reis Colaboradores: Renato Martins Freire,, Gisele F. S. Ribeiro e Thais Santi Fotos: Fausto Takao, Banco de Imagens do IPEF – Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais, Banco de Imagens da ABTCP – Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel, Banco de Imagens do Professor, Doutor Celso Foelkel e imagens cedidas por empresas do setor de celulose e papel. Pré-impressão e impressão: BMF Gráfica Editora ABTCP – Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel Rua Zequinha de Abreu, 27 – Pacaembu – São Paulo – CEP 01250-050 Prefixo Editorial na Agência Brasileira do ISBN: 61701 Número ISBN: 978-85-61701-02-4 Título: A evolução tecnológica do setor de celulose e papel do Brasil Tiragem: 1.700 exemplares Distribuição: Gratuita DIREITOS AUTORAIS Os autores Celso Foelkel e Edison da Silva Campos cederam seus direitos autorais das partes 1, 2 e 3 deste livro para a Editora ABTCP. É permitida pelos autores a reprodução de trechos essas partes ou capítulos, desde que citada a referência dos autores e da editora, conforme a ficha catalográfica. A Fundação Espaço ECO (FEE) autorizou a publicação decorrente de seus estudos divulgados neste livro, na Quarta Parte, sob o título “A Sustentabilidade no Setor de Celulose e Papel”, bem como colaborou na elaboração do infográfico ilustrativo sobre os resultados do estudo por ela desenvolvido. É proibida a reprodução de informações deste capítulo sem prévia autorização da ABTCP e da FEE. 8 | A EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA DO SETOR DE CELULOSE E PAPEL NO BRASIL Prefácio A indústria brasileira de celulose e papel conquistou, em pouco mais de cinco déca- das, uma incontestável posição de liderança na produção de celulose de mercado de fibras curtas de eucalipto e a admiração por sua qualificação e competência também na fabricação de outros tipos de celulose e de inúmeros papéis. Algumas das empresas do setor têm-se destacado como exemplos de eficiência, produtivi- dade, capacitação tecnológica e qualidade de seus produtos. Algumas razões para esse sucesso têm sido: a modernização tecnológica de seus parques industriais produtivos, a competência para gerenciar e operar os mesmos com adequados níveis de sustentabilidade e a produtividade florestal de seus recursos fibrosos. A ideia de escrever um livro sobre a evolução tecnológica do setor de celulose e papel no Brasil surgiu a partir de uma demanda interna na própria Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP), em 2008. Para materialização desse objetivo, a ABTCP manteve interações com o Ministério de Ciência e Tecnologia, baseando-se em experiências desse órgão com outros setores para pesquisas similares. A partir daí, a entidade iniciou esse projeto, que perdurou até 2010, quando um protótipo inicial deste livro foi disponibilizado. Identificou-se, logo no início desse projeto, a carência de informações sobre quanto o setor de celulo- se e papel havia se desenvolvido no Brasil e de que forma isso havia ocorrido. Com o objetivo de fornecer fundamentos para discussões e negociações com o governo, com a sociedade e com outras entidades e partes interessadas, que fazem interface com as empresas e associações do setor, era vital se ter uma obra e pesquisa deste tipo. Por conta disto, foi apresentado um projeto para o Conselho Nacional de Desenvol- vimento Científico e Tecnológico (CNPq) para financiar o estudo e as pesquisas requeridas. A proposta foi prontamente aceita devido à sua relevância para o histórico evolutivo da indústria nacional. Na época, o então gerente técnico da ABTCP, engenheiro Afonso Moraes de Moura, convidou o engenheiro Edison da Silva Campos para executar este projeto de pesquisa devido ao seu perfil de pes- quisador e pelo seu conhecimento significativo de processos relacionados à fabricação tanto de celulose quanto de papel, contemplando suas inúmeras interfaces. O seu desafio seria grande em encontrar as in- formações que estavam distribuídas em diferentes empresas e fontes confiáveis de informação (revistas, teses acadêmicas, livros, websites etc.). Originalmente a intenção era reunir as informações sobre o desenvolvimento dos equipamentos e processos de fabricação de celulose e papel para organizá-las em ordem cronológica e separando por áreas dos processos de fabricação. No entanto, como as fontes desse tipo de pesquisa no Brasil possuíam lacunas com respeito ao desenvolvimento tecnológico, decidiu-se dividir o trabalho em três partes. A primeira estaria relacionada ao desenvolvimento dos vários tipos de processos de fabricação de celulose e papel em âmbito mundial, enquanto a segunda parte mostraria avanços tecnológicos e empresariais que aconteceram no Brasil, tendo como referência o que foi mostrado na primeira parte. Finalmente, a terceira parte sumarizaria as razões que foram responsáveis pela transformação tecnológica do setor brasileiro de celulose e papel ao longo do período. Como foi um projeto financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnoló- gico houve a decisão de disponibilizar a obra após sua finalização para a Sociedade. O texto da pesquisa foi concluído ao final de 2010, ficando inicialmente disponível para a ABTCP para os fins iniciais a que se propunha. Havia também a disposição da ABTCP de converter os resulta- dos dessa pesquisa em um livro de fácil entendimento pelas partes interessadas, mas essa ideia acabou não vingando naquele momento. Em 2016, a ABTCP decidiu por atualizar o estudo com a finalidade de lançar uma obra técnica na forma de um livro comemorativo aos 50 anos da associação, materializando assim o compromisso de divulgar o resultado do estudo para a Sociedade. Para isso, a ABTCP solicitou a colaboração do engenheiro Celso Foelkel, para revisar e atualizar a obra. Numa parceria de Edison Campos, Celso Foelkel e Viviane Nunes (ABTCP) e outros qualificados técnicos do setor, que contribuí- ram para o texto com sugestões e revisões, finalmente, a obra pode ser concluída em meados de 2017. O grupo de revisores foi constituído por conceituados técnicos do setor: Afonso Moraes de Moura, Alfredo Mokfienski, Carlos Augusto Soares do Amaral Santos, Erico de Castro Ebeling, Fernando José Borges Gomes, Osvaldo Vieira e Sílvia Bugajer. Os autores agradecem toda a colaboração recebida não apenas da ABTCP e dos acima mencionados revisores tecnológicos, mas também de todos os autores das quase três centenas de artigos, teses, livros e outros materiais que serviram de base para que a obra mostrasse todos os detalhes tecnológicos que conseguiram ser reunidos e apresentados no texto. A ABTCP e os autores agradecem também o apoio, incentivo e confiança oferecidos pelo CNPq e pelos patrocinadores para que esse estudo e livro se tornassem possíveis de realização e disponibilidade pública. Espera-se que esta obra sirva de referência a todos aqueles que acreditam que a melhor maneira de desenvolver tecnologicamente um setor industrial, garantindo o seu futuro, passa inevitavelmente por conhecer melhor o seu passado, as tecnologias e as pessoas que ajudaram a construí-lo e a desenvolvê-lo com adequado nível de sustentabilidade. Dessa forma, torna-se possível continuar alavancando o seu desenvolvimento em direção ao futuro. ABTCP & Autores Autores O A K A T O T S U A F Edison da Silva Campos Edison da Silva Campos graduou-se em Engenharia Elétrica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), em agosto de 1985. Durante o curso, atuou como professor de matemática e física, o que lhe permitia custear sua faculdade. O seu estágio de engenharia foi realizado na CPS (Companhia Papeleira do Sul) que pertencia ao grupo De Zorzi e que havia sido construída com uma nova proposta: seria uma empresa de papel conectada a uma fábrica de celulose, a Riocell, pertencente a outro grupo, no caso, a holding KIV (Klabin, Iochpte e Votorantim), como se fosse um processo integrado. Quando Edison iniciou o estágio na área de Manutenção Elétrica, a fábrica de papel ainda estava em cons- trução, e ele pôde acompanhar algumas etapas da montagem da máquina de papel, o que o deixou fascinado. Quando a direção da empresa tomou conhecimento de que já havia atuado como professor, passou-lhe a incumbência de planejar um curso que seria oferecido ao público externo com o objetivo de selecionar mão de obra para trabalhar na nova fábrica. Em função disso, precisou aprender alguma teoria sobre fabricação de papel. Essa oportunidade fez com que ele buscasse mais e mais informações sobre o assunto, motivando-o a pensar em seguir carreira nessa área. Após formar-se, Edison passou a trabalhar na empresa, que já estava em pleno funcionamento, como res- ponsável pela área de acabamento. Foi o início de sua trajetória no setor de celulose e papel. Posteriormente, a Riocell assumiu o controle da CPS e, durante os 15 anos que permaneceu nesta última empresa, Edison passou pelas áreas de máquina de papel, fabricação de celulose, assessoria da qualidade, P&D – Pesquisa & Desenvolvimento – (ocasião em que trabalhou com Celso Foelkel) e assistência técnica a clientes de papel. Durante o período em que trabalhou com P&D, Edison teve a oportunidade de cursar seu mestrado em En- genharia Florestal (Produtos Florestais: Celulose e Papel) na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), dividindo seu período de trabalho com o tempo dedicado aos estudos. Posteriormente, trabalhou mais cinco anos no grupo VCP (atual Fibria), unidade Luiz Antônio, como en- genheiro de processo da fabricação de celulose. Trabalhou também na ABTCP por cerca de um ano como coordenador técnico, mas teve que voltar para Guaíba-RS, devido a problemas de saúde na família. Durante muitos anos, continuou trabalhando indiretamente para a ABTCP como professor independente por meio de sua empresa, a Campos Consultoria e Treinamento. Atualmente voltou a se dedicar ao ensino das disciplinas de matemática e física, retornando às suas origens de professor.
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