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Caracterização do Bosque da Amizade (Av. Presidente Vargas) e diagnóstico da fauna aí observada - Guaratinguetá, SP PDF

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D.C. de Paula Júnior, V.S. Torres, K.C. Pereira, V.C. Corbi Caracterização do Bosque da Amizade (Av. Presidente Vargas) e diagnóstico da fauna aí observada - Guaratinguetá, SP Danilo Corrêa de Paula Júnior¹, Vladimir Stolzenberg Torres², Karla Conceição Pereira³, Vanessa Colombo Corbi4 ¹ Secretaria Municipal da Saúde / Prefeitura Municipal de Guaratinguetá ² Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Sustentabilidade / Prefeitura Municipal de Porto Alegre ³ Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo / APTA Vale do Paraíba 4 Universidade de Araraquara Resumo Nas últimas décadas, a política ambiental brasileira vem se consolidando como um significativo instrumento de ordenamento territorial, introduzindo no meio urbano um conjunto de novas tipologias de espaços livres cujas funções ambientais são prioritárias. Desta forma, o presente estudo ensejou contribuir para a caracterização do Bosque da Amizade, da fauna associada a esta área de proteção permanente, e para o registro de ocorrência no âmbito do município de Guaratinguetá - SP. O levantamento da fauna se deu por observação in loco, coleta, registro e soltura. As denominações científicas seguem o regramento estabelecido pelo Código Internacional de Nomenclatura Zoológica, com posterior revisão nomenclatural. A área de estudo (22°48’43”S e 45°11’23”W), com aproximadamente 3,0 há, caracteriza-se como um parque linear, plano em sua extensão, com uma discreta declividade que acompanha a direção do fluxo do rio. Possui discreta infraestrutura de apoio aos usuários, permeabilidade de aproximadamente 100%, com predominância de vegetação nativa do bioma mata atlântica. A fauna encontrada composta por 145 espécies, sendo 20 para Amphibia, 20 para Reptilia, 91 para Aves e 14 para Mammalia. Das espécies identificadas na área, nenhuma se encontra listada no Decreto N° 63.853/2018. O Bosque da Amizade acolhe dois requisitos fundamentais, (i) a função ambiental e (ii) as definições geográficas do Novo Código Florestal, na condição de área de preservação permanente e, merecendo um olhar mais diferenciado pela gestão pública municipal. Não foi possível calcular o coeficiente de semelhança biogeográfica para Amphibia, Reptilia e Mammalia em face de falta de estudos para estes grupos, em áreas próximas, ou mesmo distantes mas com semelhança ambiental; evidenciando a necessidade de mais inventários na região, com o propósito de que se tenha uma visão mais ampla da real condição da fauna aí ocorrente. Há uma lacuna no conhecimento da bioecologia e estrutura populacional da fauna de vertebrados na área de estudo, sugere-se o aprofundamento dos estudos faunísticos na região como um todo. Palavras-chave: Parque urbano; Vale do Paraíba; Zoologia; Bioecologia. Characterization of the Bosque da Amizade and diagnosis of the associated fauna - Guaratinguetá, SP Abstract In the last decades, the Brazilian environmental policy has been consolidated as a significant territorial planning instrument, introducing in the urban environment a set of new types of open spaces which environmental functions are a priority. In this way, the present study contributed to the characterization of the Bosque da Amizade, of the fauna associated with this permanent protection area, and to the occurrence registration within the municipality of Guaratinguetá - SP. The fauna survey was carried out through on-site observation, collection, registration and release. Scientific names follow the rules established by the International Zoological Nomenclature Code, with subsequent nomenclatural revision. The study area (22°48'43” S and 45°11'23” W), with approximately 3.0 ha, is characterized as a UNISANTA Bioscience Vol. 9 nº 4 (2020) p. 312 - 327 Página 312 D.C. de Paula Júnior, V.S. Torres, K.C. Pereira, V.C. Corbi linear park, flat in its extension, with a slight slope that follows the direction of the river flow. It has a discreet infrastructure to support users, permeability of approximately 100%, with predominance of native vegetation from the Atlantic Forest biome. The fauna found consists of 145 species, 20 for Amphibia, 20 for Reptilia, 91 for Birds and 14 for Mammalia. Of the species identified in the area, none are listed in Decree N ° 63.853 / 2018. Bosque da Amizade has two fundamental requirements, (i) the environmental function and (ii) the geographical definitions of the New Forest Code, as a permanent preservation area and deserving a more differentiated look by the municipal public management. It was not possible to calculate the biogeographic similarity coefficient for Amphibia, Reptilia and Mammalia due to the lack of studies for these groups, in areas that are close, or even distant, but with environmental similarity; evidencing the need for more inventories in the region, in order to have a broader view of the real condition of the fauna that occurs there. There is a gap in the knowledge of the bioecology and population structure of vertebrate fauna in the study area, it is suggested to deepen the fauna studies in the region as a whole. Keywords: Urban park; Vale do Paraíba; Zoology; Bioecology. Introdução permanente, assim como, indiretamente, também para o seu registro de ocorrência Para Souza e Macedo (2014), nas últimas no âmbito do município de Guaratinguetá - décadas, a política ambiental brasileira SP. vem se consolidando como um significativo instrumento de ordenamento Materiais e métodos territorial, introduzindo no meio urbano um conjunto de novas tipologias de O Bosque da Amizade localiza-se entre os espaços livres cujas funções ambientais são bairros Centro e Vila Paraíba, prioritárias. Parques lineares, parques constituindo-se em uma faixa de vegetação ecológicos, reservas florestais, unidades de limítrofe ao rio Paraíba do Sul, sendo conservação públicas e privadas, são delimitado ao Sul pelo mesmo e ao Norte alguns dos elementos que se multiplicam pela Av. Presidente Vargas - fig. 1 - a pelas cidades brasileiras, imprimindo jusante pela rua Comendador Rodrigues novas configurações ao tecido urbano e sua Alves e a montante pela ponte da rua relação com o meio natural que lhe dá André Alckmin. suporte (SOUZA; MACEDO, 2014). As denominações científicas seguem o Ainda segundo Souza e Macedo (2014), no regramento estabelecido pelo Código Brasil contemporâneo, a coexistência entre Internacional de Nomenclatura Zoológica. o urbano e o ambiental é uma noção A expressão riqueza de espécies é adotada bastante difundida e aceita em nossa no presente estudo como se referindo a sociedade, mesmo não sendo consensual; abundância numérica de uma determinada apesar disto, projetos, manutenção e área geográfica, região ou comunidade. políticas públicas adequadas e consistentes são fatos isolados, muito embora existam No que tange a herpetofauna, os registros alguns excelentes exemplos de como se foram realizados a partir das observações proceder. in loco na área, com coleta de animais encontrados, seu registro taxonômico e Desta forma, o presente estudo ensejou posterior soltura na área de origem. Os contribuir para a caracterização do Bosque anfíbios foram observados em pontos da Amizade, o conhecimento da fauna diversos do bosque, com maior intensidade associada a esta área de proteção nas áreas consideradas mais úmidas. UNISANTA Bioscience Vol. 9 nº 4 (2020) p. 312 – 327 Página 313 D.C. de Paula Júnior, V.S. Torres, K.C. Pereira, V.C. Corbi Anfisbenídeos foram registrados em atividades diversas que atuam na área. coveamentos para o plantio de mudas Lagartos foram registrados por observação arbóreas. As serpentes foram registradas simples. com base em observações em diferentes locais do bosque e, realizado um sistema de entrevistas com profissionais de Figura 1. Localização do Bosque da Amizade - delimitado em vermelho - na margem direita do rio Paraíba do Sul (Fonte: modificado do Google Earth). A taxonomia dos répteis foi realizada com mais recente lista do Comitê Brasileiro de base em Vanzolini (2002), Bujes (2010) e Registros Ornitológicos (CBRO, 2015). Zaher et al. (2011), sendo, posteriormente Seguindo a linha do estudo de Paula-Jr. et confirmada com base no The Reptilia al. (in parabatur), aplicou-se o coeficiente Database, disponível on line em: <h t t p : / / w de semelhança biogeográfica (CSB), w w . r e p t i l e - d a t a b a s e . o r g / >, a de anfíbios comparando-se os dados obtidos naquele foi estabelecida com base em Becker et al. estudo a respeito do Parque Ecológico (2006), Uetanabaro et al. (2007), Lema e Municipal Anthero dos Santos e o presente Martins (2011) e Rossa-Feres et al. (2011), estudo, considerando-se a pequena posteriormente confirmada no Amphibian distância geodésica (em torno de 1,0 Km) Species of the World 6.0 <h t t p s : / / a m p h i b i entre ambos. Assim, para o cálculo do a n s o f t h e w o r l d . a m n h . o r g / >, e no CSB, cujos valores podem variar de zero AmphibiaWeb <h t t p s : / / a m p h i b i a w e b . o r g / (sem semelhança) a um (semelhança total), i n d e x . h t m l >. considera-se o número de espécies comuns a duas áreas e o número total de espécies Para aves, a taxonomia foi realizada com presentes em cada área utilizando-se da base em Bencke et al. (2010) e Torres et al. expressão aritmética CSB = 2C/(N1 + N2), (2018b), e posteriormente com a revisão onde C é o número de espécies comuns às nomenclatural processada através do áreas comparadas e N1 e N2 o número Avibase - the world bird database <h t t p : / / a total de espécies em cada área considerada v i b a s e . b s c - e o c . o r g / a v i b a s e . j s p>. Ainda, (HOOGMOED, 1979). a sistemática foi realizada seguindo-se integralmente a classificação adotada na UNISANTA Bioscience Vol. 9 nº 4 (2020) p. 312 – 327 Página 314 D.C. de Paula Júnior, V.S. Torres, K.C. Pereira, V.C. Corbi Para a mastofauna foram empregados, O bosque conta com sanitários públicos, neste levantamento, métodos padrão já com pista de caminhada, bancos, pequenos consagrados em inventários para este quiosques, uma academia ao ar livre, e um grupo com a utilização de observações parquinho para as crianças; porém, se diretas e indiretas (TRAVI; GAETANI, apresentando como recursos que não 1985; BECKER; DALPONTE, 1991; coadunam com o preconizado no art. 9° da WILSON et al., 1996; CULLEN et al., Lei Federal N° 12.651/2012: 2003). Os nomes vernáculos seguem Silva Art. 9° É permitido o acesso de (1994). A classificação taxonômica usada pessoas e animais às Áreas de neste estudo segue as propostas de Wilson Preservação Permanente para obtenção de água e para realização de e Reeder (2005), Gardner (2007), Reis et atividades de baixo impacto al. (2007, 2011), Bonvicino et al. (2008), ambiental.(grifos nossos) Costa et al. (2011) e confirmados no banco de dados do Mammals Species of the Apresenta como área de impermeabilidade World <h t t p s : / / w w w . d e p a r t m e n t s . b u c k n apenas o passeio público em parte de seu e l l . e d u / b i o l o g y / r e s o u r c e s / m s w 3 / >. perímetro, com isto expressando uma permeabilidade em praticamente 100% de Resultados e discussão sua área. Por se localizar a margem de um rio, sua vegetação é considerada de mata Caracterização do bosque ripária do tipo ciliar apresentando, em sua constituição, elementos do bioma mata O uso recreativo das orlas fluviais no atlântica. A vegetação predominante é de Brasil é bastante tradicional (SOUZA; espécies arbóreas diversificadas – nativas e MACEDO, 2014), geralmente vinculado a exóticas no conceito lato sensu, conforme grandes corpos d'água e, muitas vezes, Paula-Jr. (2017), com presença de ocorrendo por uma iniciativa espontânea gramíneas em áreas abertas. da população ou por investimentos privados. O Bosque da Amizade não é Além disto, do ponto de vista ambiental e diferente desta concepção, com o poder legal, tem-se o inciso II, do art. 3° da Lei público tendo se apropriado da área e N° 12.651/2012, define área de realizando intervenções em benefício dos preservação permanente como “área munícipes. protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de Conforme já anteriormente citado, o preservar os recursos hídricos, a bosque está localizado entre os bairros paisagem, a estabilidade geológica e a Centro e Vila Paraíba. Suas coordenadas biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de de referência são 22°48’43”S e fauna e flora, proteger o solo e assegurar 45°11’23”W, localizando-se na região Sul o bem-estar das populações humanas”. Na da área urbana do município, na margem sequência, a mesma lei, em seu art. 4° direita do rio Paraíba do Sul e estabelece: correspondendo a uma faixa de terra com Art. 4° Considera-se Área de uma área de aproximadamente 3,0 ha. Preservação Permanente, em zonas Caracteriza-se como um parque linear, rurais ou urbanas, para os efeitos apresentando-se plano em quase toda a sua desta Lei: extensão, com uma discreta declividade I - as faixas marginais de qualquer que se expressa na direção E-W, curso d’água natural perene e acompanhando, com isto a direção do intermitente, excluídos os efêmeros, fluxo do rio. desde a borda da calha do leito regular, [...] UNISANTA Bioscience Vol. 9 nº 4 (2020) p. 312 – 327 Página 315 D.C. de Paula Júnior, V.S. Torres, K.C. Pereira, V.C. Corbi Considerando que no trecho onde se b) 50 (cinquenta) metros, para os encontra localizado o Bosque de Amizade, cursos d’água que tenham de 10 (dez) o rio possui uma largura oscilando entre a 50 (cinquenta) metros de largura; c) 100 (cem) metros, para os cursos 50,00 e 75,00 m aproximadamente, d’água que tenham de 50 (cinquenta) a deveria, consonante às alíneas ‘b’ e ‘c’ do 200 (duzentos) metros de largura; inciso I, art. 4° da Lei N° 12.651/2012, apresentar uma largura oscilando entre A fauna 50,00 e 100,00 m, o que não se confirma na prática em decorrência do processo Um total de 145 espécies foi registrado urbanístico existente. neste estudo, sendo 20 para Amphibia §4° [...]: (Tab. I), 20 para Reptilia (Tab. II), 91 para I - [...]; Aves (Tab. III, Fig. 2) e 14 para Mammalia a) [...]; (Tab. IV). Tabela I. Amphibia Linnaeus, 1758 observada e identificada no Bosque da Amizade (Guaratinguetá, SP). Família Espécie Popular Caeciliidae Siphonops sp. Cobra cega Rafinesque, 1814 Rhinella icterica Sapo cururu Bufonidae (Spix, 1824) Gray, 1825 Rhinella ornata Sapo (Spix, 1824) cururuzinho Cycloramphidae Odontophrynus sp. Sapinho Bonaparte, 1850 Dendropsophus elegans Perereca de (Wied-Neuwied, 1824) moldura Dendropsophus aff. elianeae Perereca (Napoli & Caramaschi, 2000) Dendropsophus sanborni Perereca (Schmidt, 1944) Hypsiboas faber Sapo ferreiro (Wied-Neuwied, 1821) Hypsiboas pardalis Perereca Hylidae (Spix, 1824) Rafinesque, 1815 Hypsiboas albopunctatus Perereca (Spix, 1824) Scinax fuscovarius Perereca de (A. Lutz, 1925) banheiro Scinax fuscomarginatus Perereca (A. Lutz, 1925) Scinax aff. alter Perereca (Lutz, 1973) Scinax squalirostris Perereca- (Lutz, 1925) vermelha Physalaemus cuvieri Rã Leiuperidae Fitzinger, 1826 Bonaparte, 1850 Pseudopaludicola falcipes Rã (Hensel, 1867) Leptodactylidae Leptodactylus fuscus Rã assobiadora Werner, 1896 (Schneider, 1799) UNISANTA Bioscience Vol. 9 nº 4 (2020) p. 312 – 327 Página 316 D.C. de Paula Júnior, V.S. Torres, K.C. Pereira, V.C. Corbi (1838) Leptodactylus mystacinus Rã dourada (Burmeister, 1861) Pseudopaludicola sp. Rã Microhylidae Elachistocleis ovalis Rã de barriga Günther, 1858 (Schneider, 1799) amarela (1843) Segundo Rossa-Feres et al. (2011), são (MARTINS; GOMES, 2007). Com o conhecidas, para o estado de São Paulo, presente estudo, registra-se então, que no 236 espécies de anfíbios, das quais 230 são Bosque da Amizade foram identificados anuros pertencentes a 13 famílias e 45 exemplares correspondentes 46% das gêneros, e seis espécies são Gymnophiona famílias consideradas por Rossa-Feres et Müller, 1832, pertencentes a uma única al. (2011) para Anura Fischer von família e três gêneros. Por sua vez, a Waldheim, 1813 ocorrentes no estado de diversidade de anfíbios conhecidos para a São Paulo. Região do Vale do Paraíba ainda é subestimada, sendo reconhecidas Das espécies identificadas na área, aproximadamente 70 espécies de anuros e nenhuma se encontra listada no Decreto N° uma espécie de Gymnophiona 63.853/2018. Tabela II. Reptilia Laurenti, 1768 observada e identificada no Bosque da Amizade (Guaratinguetá, SP). Status: Status ambiental: RE = Regionalmente extinto; CR = Criticamente em perigo; EN = Em perigo; VU = Vulnerável; NT = Quase ameaçada; DD = Dados insuficientes (todos cfe. Decreto N° 63.853/2018); LC = Pouco preocupante; EE = Espécie exótica. Status Família Espécie Popular ambiental Tupinambis merianae Teiu LC Teiidae (Duméril et Bibron, 1839) Gray, 1827 Teius oculatus Lagartixa EN (D’Orbigny et Bibron, 1837) verde Tropidurus aff. itambere Tropiduridae Lagartixão DD Rodrigues, 1987 Hemidactylus mabouia Gekkonidae Lagartixa doméstica EE (Moreau de Jonnès, 1818) Amphisbaena mertensi Cobra cega DD Strauch, 1881 Amphisbaenidae Amphisbaena alba Cobra cega DD Linnaeus, 1758 Acanthochelys spixii Cágado de espinhos DD (Duméril et Bibron, 1835) Chelidae Hydromedusa tectifera Cágado pescoço de LC Gray, 1825 Cope, 1869 cobra Phrynops aff. geoffroanus Cágado de barbicha LC2 (Schweigger, 1812)1 Trachemys dorbignyi Tartaruga tigre NT3 (Duméril & Bibron, 1835) d’água Emydidae Trachemys scripta elegans Tartaruga de EE (Wied-Neuwied, 1839) orelhas vermelhas Chironius bicarinatus Colubridae Cobra cipó DD (Wied, 1820) UNISANTA Bioscience Vol. 9 nº 4 (2020) p. 312 – 327 Página 317 D.C. de Paula Júnior, V.S. Torres, K.C. Pereira, V.C. Corbi Oxyrhopus aff. clathratus Falsa coral DD Duméril, Bibron & Duméril, 1854 Oxyrhopus rhombifer Duméril, Falsa coral VU Bibron et Duméril, 1854 Philodryas olfersii Cobra cipó LC (Lichtenstein, 1823) Dipsadidae Erythrolamprus jaegeri Cobra d’água verde DD (Günther, 1858) Erythrolamprus miliaris Cobra lisa DD (Linnaeus, 1758) Echinanthera undulata Dormideira pintada DD (Wied-Neuwied, 1824) Micrurus frontalis Elapidae Coral verdadeira DD (Duméril, Bibron & Duméril, 1854) Bothropoides jararaca Viperidae Jararaca DD (Wied, 1824) 1 Conforme Vogt et al. (2015a), Phrynops geoffroanus (Schweigger, 1812) é objeto de uma grande controvérsia taxonômica, que ainda não foi completamente esclarecida. Ainda segundo Vogt et al. (2015a), vários autores sustentam este taxon como um complexo de espécies, incluindo P. hilarii (Duméril & Bibron, 1835), P. williamsi Rhodin & Mittermeier, 1983, P. tuberosus (Peters, 1870) e P. geoffroanus (Schweigger, 1812), suscetível a ser fracionada em várias entidades específicas. Outros sustentam que esta é uma espécie politípica com várias subespécies. 2 Com base no estudo de Vogt et al. (2015a). 3 Com base no estudo de Vogt et al. (2015b). O Vale do Paraíba possui uma grande presença de algumas espécies visualizadas diversidade de serpentes (LEONARDO, em área tão exígua, Bothropoides jararaca 2007), porém, de um modo geral, os (Wied, 1824) por exemplo, não pode ser ecossistemas encontram-se fragmentados considerada a representação de uma na região (FERREIRA et al., 2007). Isso população estabelecida, mas possivelmente pode criar corredores de dispersão para de exemplares ocasionais carreados pelo algumas serpentes da família Viperidae próprio rio Paraíba do Sul. (SAZIMA, 1992; BASTOS et al., 2005). A Tabela III. Aves Linnaeus, 1758 observadas e identificadas no Bosque da Amizade (Guaratinguetá, SP). O asterisco assinala as espécies exóticas (naturalizadas). Permanência na região: R = residente; M = migratória; # = status presumido, mas não confirmado; E = endêmico para o Brasil. Permanência Família Espécie Popular na região Elanus leucurus Gavião peneira R Accipitridae (Vieillot, 1818) Vigors, 1824 Rupornis magnirostris Gavião carijó ou R (Gmelin, 1788) Pinhé Megaceryle torquata Martim pescador R Alcedinidae (Linnaeus, 1766) grande Rafinesque, 1815 Chloroceryle amazona Martim pescador R (Latham, 1790) verde Anhingidae Anhinga anhinga Biguatinga R Reichenbach, 1849 (Linnaeus, 1766) Aramidae Aramus guarauna Carão R Bonaparte, 1852 (Linnaeus, 1766) Ardeidae Ardea alba Garça branca R UNISANTA Bioscience Vol. 9 nº 4 (2020) p. 312 – 327 Página 318 D.C. de Paula Júnior, V.S. Torres, K.C. Pereira, V.C. Corbi Leach, 1820 Linnaeus, 1758 Butorides striata Socozinho R (Linnaeus, 1758) Ardea cocoi Garça moura R Linnaeus, 1766 Bubulcus ibis Garça vaqueira R (Linnaeus, 1758) Egretta thula Garça branca R (Molina, 1782) pequena Syrigma sibilatrix Maria faceira R (Temminck, 1824) Tigrisoma lineatum Socó boi R (Boddaert, 1783) Nycticorax nycticorax Socó dorminhoco R (Linnaeus, 1758) Cathartidae Coragyps atratus Urubu preto R Lafresnaye, 1839 (Bechstein, 1793) Charadriidae Vanellus chilensis Quero quero R Leach, 1820 (Molina, 1782) Columba livia Pombo doméstico R Gmelin, 1789 Columbina talpacoti Rolinha R Columbidae (Temminck, 1810) Leach, 1820 Patagioenas picazuro Asa branca R (Temminck, 1813) Zenaida auriculata Pomba de bando R (Des Murs, 1847) Crotophaga ani Anu preto R Linnaeus, 1758 Cuculidae Guira guira Anu branco R Leach, 1820 (Gmelin, 1788) Piaya cayana Alma de gato R Linnaeus, 1766 Dendrocolaptidae Lepidocolaptes angustirostris Arapaçu de R Gray, 1840 (Vieillot, 1818) cerrado Estrildidae Estrilda astrild Bico de lacre* R Bonaparte, 1850 (Linnaeus, 1758) Caracara plancus Gavião carcará M (Miller, 1777)1 Falconidae Milvago chimachima Gavião R Leach, 1820 (Vieillot, 1816) carrapateiro Falco sparverius Quiri quiri M Linnaeus, 1758 Fringillidae Euphonia chlorotica Fim fim R Leach, 1820 (Linnaeus, 1766) Certhiaxis cinnamomeus Curutié R (Gmelin, 1788) Furnarius figulus Casaca de couro R (Lichtenstein, 1823) da lama Furnariidae Phacellodomus ferrugineigula João botina do Gray, 1840 R (Pelzeln, 1858) brejo Phacellodomus rufifrons João de pau R (Wied, 1821) Synallaxis rutilans João teneném R UNISANTA Bioscience Vol. 9 nº 4 (2020) p. 312 – 327 Página 319 D.C. de Paula Júnior, V.S. Torres, K.C. Pereira, V.C. Corbi Temminck, 1823 Progne chalybea Andorinha R (Gmelin, 1789) doméstica grande Hirundinidae Pygochelidon cyanoleuca Andorinha M Rafinesque, 1815 Vieillot, 1817 pequena de casa Tachycineta albiventer Andorinha do rio M (Boddaert, 1783) Icteridae Chrysomus ruficapillus Garibaldi R Vigors, 1825 (Vieillot, 1819) Jacanidae Jacana jacana Chenu & Des Jaçana R (Linnaeus, 1766) Murs, 1854 Mimidae Mimus saturninus Sabiá do campo R Bonaparte, 1853 (Lichtenstein, 1823) Parulidae Wetmore, Friedmann, Setophaga pitiayumi Lincoln, Miller, Mariquita R (Vieillot, 1817) Peters, van Rossem, Van Tyne & Zimmer, 1947 Passeridae Passer domesticus Pardal* R Rafinesque, 1815 (Linnaeus, 1758) Phalacrocoracidae Nannopterum brasilianus Biguá R Reichenbach, 1849 (Gmelin, 1789)2 Colaptes melanochloros Pica pau verde R Picidae (Gmelin, 1788) barrado Leach, 1820 Picumnus cirratus Pica pau anão R Temminck, 1825 barrado Forpus xanthopterygius Tuim R (Spix, 1824) Psittacidae Pionus maximiliani Maitaca verde R Rafinesque, 1815 (Kuhl, 1820) Psittacara leucophthalmus Periquitão R (Statius Muller, 1776) maracanã Gallinula galeata Frango d’água R (Lichtenstein, 1818) Porphyrio martinicus Frango d’água R Rallidae (Linnaeus, 1766) azul Rafinesque, 1815 Laterallus melanophaius Sanã parda R (Vieillot, 1819) Pardirallus nigricans Saracura sanã R (Vieillot, 1819) Todirostrum cinereum Ferreirinho relógio R Rhynchocyclidae (Linnaeus, 1766) Berlepsch, 1907 Todirostrum poliocephalum Teque teque R, E (Wied, 1831) Asio clamator Coruja orelhuda R Strigidae (Vieillot, 1808) Leach, 1820 Megascops choliba Corujinha do mato R (Vieillot, 1817) Coereba flaveola Thraupidae Cambacica R (Linnaeus, 1758) Cabanis, 1847 Conirostrum speciosum Figuinha de rabo R UNISANTA Bioscience Vol. 9 nº 4 (2020) p. 312 – 327 Página 320 D.C. de Paula Júnior, V.S. Torres, K.C. Pereira, V.C. Corbi (Temminck, 1824) castanho Dacnis cayana Saí azul R (Linnaeus, 1766) Ramphocelus bresilius Tiê sangue R (Linnaeus, 1766) Sporophila collaris Coleiro do brejo R (Boddaert, 1783) Sporophila lineola Bigodinho R (Linnaeus, 1758) Sporophila caerulescens Coleirinho R (Vieillot, 1823) Tangara cayana Saíra amarela R (Linnaeus, 1766) Tangara palmarum Sanhaçu do R (Wied, 1821) coqueiro Tangara sayaca Sanhaçu cinzento R (Linnaeus, 1766) Tersina viridis Saí andorinha R (Illiger, 1811) Thlypopsis sordida Saí canário R (d’Orbigny & Lafresnaye, 1837) Volatinia jacarina Tiziu R (Linnaeus, 1766) Amazilia lactea Beija flor de peito R (Lesson, 1832) azul Chlorostilbon lucidus Besourinho do R (Shaw, 1812) bico vermelho Trochilidae Eupetomena macroura Beija flor tesoura R Vigors, 1825 (Gmelin, 1788) Thalurania glaucopis Beija flor de fronte R (Gmelin, 1788) violeta Phaethornis pretrei Beija flor do rabo R (Lesson & Delattre, 1839) branco Troglodytidae Troglodytes musculus Corruíra ou R Swainson, 1831 Naumann, 18233 Corrila Turdus leucomelas Sabiá de barranco R Turdidae Vieillot, 1818 Rafinesque, 1815 Turdus amaurochalinus Sabiá poca R Cabanis, 1850 Camptostoma obsoletum Risadinha R (Temminck, 1824) Elaenia flavogaster Guaracava de R (Thunberg, 1822) barriga amarela Fluvicola nengeta Lavadeira R (Linnaeus, 1766) mascarada Machetornis rixosa Tyrannidae Suiriri cavaleiro R (Vieillot, 1819) Vigors, 1825 Megarynchus pitangua Neinei R (Linnaeus, 1766) Myiozetetes similis Bentevizinho de R (Spix, 1825) topete vermelho Pitangus sulphuratus Bem te vi R (Linnaeus, 1766) Elaenia spectabilis Guaracava grande R UNISANTA Bioscience Vol. 9 nº 4 (2020) p. 312 – 327 Página 321

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