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Henrique, 9 ' Telefone 2 0052 Telefone 2 824 ;j COMPANHIA OS PRODUTOS DA: DAS AfiUAS DE LISBOA [omoaobia Portuun21a de Tabaro1 ·S ÃO OS PREFERIDOS PELO FUMADOR EXIGENTE Sociedade Anónimo de responsabilidade .PICADOS: <Superior>, «francin, J.,,IM ITAD A •Virgínia•. •Duque•, <Holandês>, e «Águia• CH ÃRUTOS: •Irene• e ·~rgonautas» ~ = ~l'garr·ifhlS DGealm!aa,s , EuArveikaa, , DMieanotaa,, cL.ue,s1o0a0, ,rPiroos-, Capital 50.000.000$00 visórios. S P" r t 1 n g, Na •alista•. El.,gantes, Turquezas, Tip-Top, T~us. c;,.reias Luxo, Sado, Arroa, AH• Sagres, Chie, Ll•hoa P. Peitoral. - == SÃO MAICAS DÁ [omuanbia Portogu21a ~e Tabarni SB D H Avenida de Liberdade, 24 Arrendat•rla das Fibrices e marcas de Tabacos do Estado L I SBOA.. .. APROVEITE AS FACILIDADES DO MOMENTO PARA CONSTITUIR UMA PEQUENA RESERVA CASEIRA DE C~RVAO DE COQUE, A UTILIZAR NO INVERNO - ÉPOCA EM QUE SE VERIFICAM NORMALMENTE DIFICULDADES DE ABASTECIMENTO. 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António ào Oouto • UM HOMEM DE CONVICÇOES por Cardoso Martha • RELAÇÃO DAS CASAS FOREIRAS, EM 1589, A IGREJA DE S. CRISTôVÃO (eontinuação) por Ferreira de Andrctide • OBRAS OFERECIDAS E ADQUIRIDAS PARA A BIBLIO TECA OS AltTIOOS AQUI PUBLICADOS SÃO DE EXCLUSIVA RESPONSillLIIJADE DOS SEUS AUTOR!'.S COMP. E IMP. NA .Cl!:OITORIAL IMPÉRIO, LIMITADA:. - R. DO SALITRE, 153-Tl!:LEF. 5 3173- USllOA r r I O Observatório do Infante D. Luiz e a cidade de Lisboa Palestra proferida na visita do Grupo a êste estabe lecimento em 23 de Julho último, pelo professor da Universidade de Lisboa e director do Observatório Doutor H. AMORIM FERREIRA A visita dos «Ami1gos de Liisboa» ao Observatório do Infanta D. Luiz é motivo de satifação e .de esiperança, para todoo nós que traba lhiamos no Observatório. De isatisfação, porque os amigos dia cidade de Lisboa que ainda o não conhecem passarão ia. ser (estamos certos disw) smi.go.5 do Observatório logo que o vejam tal qual é: um doo estabe lecimentos maif. 01Iltigos de Lisboa, que em 90 anos de trabalho tem contribuído para presitig'ilar o nome dia cidade nos meios cultos de Por tugal e do estramgeiiro. De esipel'latllça., porque o fortalecimento de um ambi.ente de ;amizadie e 1simpa..tia. em volta d'O Observatório ajudará os que ;nêle 1trabalham a ir por diante no propósito de mlaJilter o prestígio do estabelecimento e de o transmitir, ampliado, se ~ível fôr, àquêles que vierem depois de nós. O Observató~io do Infante D. Luiz foi o primeiro estabeleci mento científico da sua categoria, que exi'Stiu em P<Yl'tugal; e tem fun cicmado sem interrupção desde 1 de Outubro de 1854. Fundado na an tiga Es'Cola Politécnioa, pel'tence actwailmente à Universidade de Lisboa; e ·além de observatório meteorológioo, magnético e <S1i-smológico da ci dade, é o institwto centnal da rêde climatológica portuguesa. Foi na ses.são do Conselho da EscoLa Politécnica de 21 de Julho de 1853 que o lente de Física, Dr. Guilhfilnle Pegado, pediu que no ân gulo nordeste do edifício ainda em ruínas (desde o grande .incêndio d-e 22 de Abril de 1843), se mandasse construír «Uma casa paira observa ções meteorológica,s». O Conselho concordou; e logo votou para esta coMtrução a quantia de 200$000 réis, elevada para 400$000 réis na 200 OLISIPO - Boletim do Grupo «Amigos de Lisboa» nessão. seguinte. A construção começou iimedi:atamente e estava con· duí~ nos fins do verão dle 1854. Pouco depois d'o Observatório começar a funcionar, o Dr. Gui· lherme Pegiado dirigiu ao Infl.a.,nte D. Luiz, irmão do senhor D. Pedro V, uma alocução a pedir que se dignasse toma;r LSob a sua o pro~ção Observatório, «estabelecimento recentíssimo formado nesta localidade em pequeno e modesito .edifício, mas que já tem apresentado ao público uma certa quantidade de t:ria:balhos». O Infante aicedeu; e o beneplácito de El-Rei foi concedd<lo no segudnte decreto: «Sendo de todo o meu aprazimento anuir ao desejo do Infante D. Luiz, meu mwito prezado irmão, capitão-te nente da armada, de tomar debaixo da sua; pro:tíecção o <•bSler vatório denominado Meteorológico da Escola Politécnica, no qual exibe um novo testemunho do seu decidido amor pela ciência e revela a sua simpaltia por uma instituição que tem merecido, sobre:tudo nestes últimoisi tempos, o desvêlo do.s Gov·erno:s e das .associações científüc.a.s ; e quie, animada e de .senvOllvida neSlúa parte do conti1nelllte europeu, deve contri buir muito parai complretar ias série'S de observiações em que actualmente ·Se prossegue afinco por mar e .terra; per coim petuando assám nêstes reinoo. os .serviçoo que civilização ~ já outrora lhe devera: hei1P Qr bem determinar que o refe rido observatório tenha a denominação de Oh.serva.tório Me te<>rológfoo dO Infante D. Luiz, na Escola Politécnica. Os Ministros e Secretários de Estado do.si Negócios. da Gwerra e dia Marinha e Ul:tram1:1ir o ;tenham alSiSim entendMo e façam executar. Paço .das Nee.esis.idades ,em 1 dé Jwlho de 1856. - REI-José Jorge Lo1treiro-Visconde de Sá da Bandeira». Foi s'emp:rie grande, de resto, o carinho da Família Real pontu~ guelSla por êste e.súabelecimento. No livro de visitantes estão registadas três visitas do senhor D. Pedro V ao Observatório, uma em 5 de Feve reiro d'e 1856, outra em 15 de Outubro die 1858, acompanhiado dra Rai nh:ai que assinou «D. Stephania», e a última em 10 de Outubro de 1859, acompanhado do Infante D. João, Duque de Be}a. I
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