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Avaliação de alternativas de intervenção na Organização da Distribuição de Mercadorias PDF

92 Pages·2015·2.62 MB·Portuguese
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Avaliação de alternativas de intervenção na Organização da Distribuição de Mercadorias: a distribuição de bebidas na Baixa de Lisboa André Miguel Soares Mendes Martins Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Engenharia e Gestão Industrial Orientadores: Prof. João Carlos da Cruz Lourenço Prof.ª Maria do Rosário Maurício Ribeiro Macário Júri Presidente: Prof. João Agostinho de Oliveira Soares Orientador: Prof. João Carlos da Cruz Lourenço Vogal: Prof. Vasco Domingos Moreira Lopes Miranda dos Reis Dezembro 2015 Agradecimentos Aos meus orientadores, professora Rosário Macário e professor João Lourenço. Ao Engº José Catarino (UNICER) pela hospitalidade, profissionalismo e disponibilidade. À Maria Rodrigues pela oportunidade, profissionalismo, pareceres e amizade demonstrada. Aos meus pais, João e Celeste, sem eles nada disto seria possível. Ao meu irmão, João. Ao meu sobrinho, Afonso. À minha cunhada, Sofia. A toda a minha família que me apoiou. A todos os meus amigos que estiveram sempre presentes, eles sabem quem são. Aos amigos do IST. Muito obrigado! L. ii Resumo Os grandes centros urbanos cada vez mais são alvo do interesse das populações, é lá que se encontram concentradas as atividades de comércio e serviços, originando grandes fluxos populacionais e por sua vez grandes necessidades de abastecimento, distribuição de bens e produtos. Em resultado disso as cidades vêm os fluxos de mercadorias e pessoas a aumentar e sofrem consequências cada vez maiores ao nível do congestionamento, ruido, poluição atmosférica, alterações climatéricas e por sua vez, perda de qualidade de vida. O sector dos transportes, mais concretamente a logística urbana debruça-se exatamente sobre o estudo do abastecimento e distribuição de mercadorias em meio urbano. A Europa, desde finais do séc. XX, deu o ”pontapé-de-saída” às primeiras investigações dedicadas à temática da logística urbana. Já Portugal, mais concretamente a cidade de Lisboa, só em inícios do séc. XXI é que se debruçou sobre o assunto. A nível internacional toda a abordagem realizada a este tema tem sido referenciada por city logistics. O presente documento, dedica-se à avaliação de alternativas de intervenção que melhorem a fase final de distribuição de bebidas na baixa de Lisboa. É proposto um modelo construído com o apoio da UNICER seguindo uma metodologia de avaliação multicritério com o operador de agregação MACBETH. No cômputo geral foram identificados critérios e descritores que impactam no resultado final tendo sido avaliadas setes alternativas cujo resultado final foi a recomendação da implementação de um centro de distribuição urbano. Esta recomendação foi antecedida por uma análise de resultados e custo de investimento-valor agregado. Palavras-chave: logística urbana, fase final da distribuição, alternativas de intervenção, análise multicritério, MACBETH iii Abstract The large urban centers are increasingly deserving the interest of the people, it is these centers that are concentrated the commerce and service activities, leading to large population flows and in turn huge needs of supply and distribution of goods and products. As a result cities watch the flow of goods and people increase and they suffer bigger consequences in congestion impact, noise, air pollution, climate change and in turn, loss of quality of life. The transport sector, specifically urban logistics focuses exactly on the study of the supply and distribution of goods in urban areas, taking into account all the specifics and restrictions contained there. Europe, since the end of the 20th century gave the “kick-off” to the first investigations devoted to the theme of urban logistics. Portugal, more specifically the city of Lisbon, only in the beginning of the 21st century has been paying attention to this subject. Internationally speaking, the whole approach made to this topic has been referenced by city logistics. This paper is dedicated to the evaluation of intervention alternatives to improve the final phase of beverages distribution in downtown Lisbon. It is proposed a model built for UNICER following a multi- criteria assessment with the MACBETH methodology. On the general balance were identified criteria and descriptors of performance, and seven alternatives were evaluated. The results obtained showed that the most overall attractive alternative is to implement an urban distribution center, which is also the preferred option identified in a investment cost-global value analysis. Keywords: urban logistics, final phase of distribution, intervention alternatives, multi-criteria analysis, MACBETH iv Índice 1 Introdução ........................................................................................................................................ 1 1.1 Contextualização ..................................................................................................................... 1 1.2 Objetivos da dissertação ......................................................................................................... 1 1.3 Etapas de desenvolvimento do trabalho ................................................................................. 2 1.4 Estrutura da dissertação .......................................................................................................... 3 2 Revisão de Literatura e Estado de Arte ........................................................................................... 4 2.1 Políticas e investigação europeia ............................................................................................ 4 2.2 A fase final de distribuição de mercadorias na Gestão da Cadeia de Abastecimento ........... 8 2.3 Regulação e organização da logística urbana em Portugal .................................................. 13 2.4 Avaliação de eficiência na fase final da distribuição de mercadorias ................................... 16 2.5 Alternativas de intervenção ................................................................................................... 20 2.6 Métodos de avaliação de projetos ......................................................................................... 24 3 O caso de estudo: A distribuição de bebidas na Baixa de Lisboa ................................................. 31 4 Proposta de modelo metodológico de apoio à decisão ................................................................. 37 4.1 Apoio à decisão ..................................................................................................................... 37 4.2 Métodos de avaliação multicritério ........................................................................................ 37 4.3 Metodologia MACBETH ........................................................................................................ 42 4.4 Etapas do modelo metodológico ........................................................................................... 43 5 Aplicação do modelo metodológico ............................................................................................... 51 5.1 Resultado esperado .............................................................................................................. 51 5.2 Formulação do modelo de avaliação .................................................................................... 51 5.3 Seleção de alternativas ......................................................................................................... 53 5.4 Estruturação do modelo ........................................................................................................ 54 5.5 Construção do modelo .......................................................................................................... 57 5.6 Aplicação do modelo ............................................................................................................. 61 5.7 Recomendações .................................................................................................................... 65 6 Conclusão ...................................................................................................................................... 67 Referências ........................................................................................................................................... 70 Anexos ................................................................................................................................................... 79 Anexo 1 - Políticas europeias para o transporte de mercadorias em meio urbano .......................... 79 Anexo 2 - Regulamento geral de estacionamento na via pública da cidade de Lisboa .................... 79 Anexo 3 - Zona de emissões reduzidas em Lisboa ........................................................................... 80 v Anexo 4 - Métricas classificadoras dos perfis logísticos ................................................................... 81 Anexo 5 - Classificação dos veículos de transporte de mercadorias ................................................ 82 Anexo 6 - Custos unitários para cálculo do custo de investimento ................................................... 83 vi Lista de Figuras Figura 1 - Metodologia de investigação .................................................................................................. 2 Figura 2 - Principais preocupações a nível europeu (adaptado de (European Comission, 2007)) ........ 5 Figura 3 - Plano de mobilidade urbana sustentável (COWI; ECORYS; CENIT, 2013) .......................... 7 Figura 4 – Layout de uma cadeia de abastecimento tradicional (Gevaers et al., 2010a) ....................... 8 Figura 5 – Esquema detalhado de uma cadeia de abastecimento (Gevaers et al., 2010a) ................... 9 Figura 6 - City Logistics e suas relações (Konstantinopoulou, 2010) ................................................... 10 Figura 7 - Agentes envolvidos no sistema de transporte urbano .......................................................... 11 Figura 8 - Conflito de interesses em meio urbano ................................................................................ 13 Figura 9 - Exemplo de bilhete para operação de carga e descarga (STRAIGHTSOL, 2014) .............. 15 Figura 10 - Exemplo de sensores para deteção de veículos (STRAIGHTSOL, 2014) ......................... 15 Figura 11 - Tipologias de produtos (adaptado de (Gevaers et al., 2010b)) .......................................... 17 Figura 12 - Critérios para ganhos de eficiência (Thompson & Hassall, 2006) ...................................... 19 Figura 13 - Avaliações ambientais no processo de tomada de decisão (adaptado de (OECD, 2006)) 28 Figura 15 - Diferentes impactos económicos (adaptado de (Plumstead, 2012)) .................................. 29 Figura 14 - Diferenças entre AIA e AAE (adaptado de (Partidário, 2012)) ........................................... 28 Figura 16 - Problemas City Logistics (BESTUFS, 2006) ...................................................................... 31 Figura 17 - Área em estudo (TIS, 2013) ................................................................................................ 33 Figura 18 - Conceito de perfil logístico (TURBLOG, 2011a) ................................................................. 34 Figura 19 - Exemplo de veículo utilizado (TIS, 2013) ........................................................................... 36 Figura 20 - Família de métodos multicritério ......................................................................................... 38 Figura 21 - Exemplo da estruturação do problema em árvore de valor (Bana e Costa et al., 2004) ... 44 Figura 22 - Processo cíclico de estruturação (Bana e Costa et al., 1999) ............................................ 45 Figura 23 - MACBETH e matriz de julgamentos MACBETH e respectiva função de valor (Bana e Costa et al., 2004) ................................................................................................................................. 47 Figura 24 - MACBETH e matriz de julgamentos para obtenção de coeficientes de ponderação (Bana e Costa et al., 2004) ................................................................................................................................. 48 Figura 25 - Proposta de modelo metodológico e respetivas atividades a desenvolver (adaptado de (Bana e Costa et al., 2008a)) ................................................................................................................ 50 Figura 26 - Alternativas alvo de avaliação e respetivos impactes ........................................................ 54 Figura 27 - Árvore de valor no software M-MACBETH ......................................................................... 55 Figura 28 - Critério “nível de entrega” e descritor de desempenho ...................................................... 56 Figura 29- Matriz de julgamento para função de valor .......................................................................... 57 Figura 30 - Função de valor validada .................................................................................................... 58 Figura 31 - Critérios e sua ordenação em termos de preferência entre níveis de desempenho .......... 59 Figura 32 - Ordenação no M-MACBETH e níveis de desempenho ...................................................... 59 Figura 33 - Matriz de julgamentos de valor ........................................................................................... 60 Figura 34 - Ganhos entre dois critérios (operação e nível de entrega) ................................................ 60 Figura 35 - Ganhos entre dois critérios (operação e janela horária) .................................................... 60 Figura 36 - Coeficientes de ponderação/Pesos .................................................................................... 61 vii Figura 37 - Alternativas de intervenção introduzidas no M-MACBETH ................................................ 62 Figura 38 - Desempenho de cada alternativa no M-MACBETH ........................................................... 62 Figura 39 - Tabela de pontuações ........................................................................................................ 63 Figura 40 - Termómetro global do M-MACBETH .................................................................................. 63 Figura 41 - Gráfico custo de investimento-valor agregado ................................................................... 65 Figura A 1 - Tarifas aplicadas na cidade de Lisboa (Câmara Municipal de Lisboa, 2013) ................... 79 Figura A 2 - Exemplo de sinalização para a 3ª fase da ZER (Câmara Municipal de Lisboa, 2014) ..... 80 Figura A 3 - Localização da ZER (Câmara Municipal de Lisboa, 2014) ............................................... 80 Figura A 4 - Tipos de veículos (TIS, 2013) ............................................................................................ 82 Figura A 6 - Custo unitário de veículo elétrico (Associação Portuguesa do Veículo Elétrico, 1999).... 83 Figura A 5 - Custo unitário m2 em Lisboa (INE, 1935) .......................................................................... 83 Lista de Tabelas Tabela 1 - Exemplos de problemas em meio urbano (adaptado de (TURBLOG, 2010)) ..................... 12 Tabela 2 - Quadro-resumo das alternativas de intervenção (adaptado de (BESTUFS, 2007b; TURBLOG, 2010; European Comission, 2011b; European Comission, 2012)) ................................... 23 Tabela 3 - Listagem de referências que abordam os diversos instrumentos de avaliação de projetos 24 Tabela 4 - Diferenças entre as escolas europeias e americanas (adaptado de (Dutra, 1998)) ........... 27 Tabela 5 - Dados relativos à cidade de Lisboa (Câmara Municipal de Lisboa, 2014b) ........................ 32 Tabela 6 - Caraterização genérica dos perfis logísticos (adaptado de (TURBLOG, 2011a)) ............... 35 Tabela 7 - Classificação das atividades económicas (adaptado de (TIS, 2013)) ................................. 36 Tabela 8 - Quadro-resumo dos diversos métodos multicritério (adaptado de (Bana e Costa et al., 2013; Boudreau-Trudel & Zaras, 2012; CYPADAPT, 2013; PROMITHEAS – 4, 2011; Bana e Costa & Vansnick, 2008)) .................................................................................................................................... 41 Tabela 9 - Listagem de estudos com aplicação da metodologia MACBETH (adaptado de (Bana e Costa et al., 2003; Bana e Costa et al., 2013; Cerdeira, 2013)) ........................................................... 42 Tabela 10 - Requisitos para participação no modelo de avaliação ...................................................... 51 Tabela 11 - Etapas do modelo metodológico e respetivos intervenientes ............................................ 52 Tabela 12 - Critérios, Descritores e Níveis de Referência .................................................................... 56 Tabela 13 - Custos de investimento das alternativas ........................................................................... 64 Tabela A 1 - Medidas inseridas nas políticas europeias (adaptado de (European Comission, 2007; European Comission, 2011a) ................................................................................................................ 79 Tabela A 2- Perfil logístico (adaptado de (TURBLOG, 2011)) .............................................................. 81 Tabela A 3 - Perfil logístico (adaptado de (TURBLOG, 2011)) ............................................................. 81 Tabela A 4 - Perfil logístico (adaptado de (TURBLOG, 2011)) ............................................................. 81 viii Lista de Abreviaturas AAE - Avaliação Ambiental Estratégica ACB - Análise Custo-Benefício ACE - Análise Custo-Eficácia AHP - Analytic Hierarchy Process AIA - Avaliação de Impacte Ambiental AIE - Avaliação de Impacto Económico AMT - Autoridade da Mobilidade e dos Transportes AVRS - Advanced Vehicle Routing and Scheduling Systems B2C - Business to Consumer CDU - Centro de Distribuição Urbana CE - Comissão Europeia CVRP - Capacited Vehicle Routing Problem DRSA - Dominance based rough set approach ELECTRE - Elimination and Choice Expressing the Reality HGV - Heavy Goods Vehicles HVRP - Heterogeneous fleet Vehicle Routing Problem IMT - Instituto da Mobilidade e dos Transportes Lden - Day-evening-night Noise Indicator LGV - Light Goods Vehicles Lnight - Night-time Noise Indicator MAUT/MAVT - Multi-Attribute Utility Theory/ Multi-Attribute Value Theory MACBETH - Measuring Attractiveness by a Categorical Based Evaluation Technique MCDA - Multi-criteria Decision Analysis PROMETHEE - Preference Ranking Organization Method for Enrichment Evaluations PVF - Ponto de Vista Fundamental SIT - Sistemas Inteligentes de Transportes SMART - Single Multi-Attribute Rating Technique SUMP - Sustainable Urban Mobility Plan SWOT - Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats VDV - Valor da Vida Vkm - veículo.quilómetro VRP - Vehicle Routing Problem VRPPD - Vehicle Routing Problem with Pickups and Deliveries VRPTW - Vehicle Routing Problem with Time Windows ZER - Zona de Emissões Reduzidas ix 1 Introdução 1.1 Contextualização O sector dos Transportes equivale às fundações de qualquer economia e constitui o “coração” de qualquer cadeia de abastecimento. O investimento numa boa rede de transportes incrementa o crescimento económico, o comércio, melhora as acessibilidades e a mobilidade das pessoas. Enquanto sector, potencia a criação de emprego e é crucial para a posição competitiva de qualquer economia (European Comission, 2011a). De acordo com European Comission (2009) é uma indústria com um peso aproximado de 7% do total do PIB e emprega mais de 5% do número total de trabalhadores. As últimas décadas têm sido marcadas por uma intensa politica europeia de transportes, o alargamento a novos Estados Membros e a crescente integração dos mercados resultaram num claro aumento do volume de mercadorias transportadas. As principais políticas europeias têm-se centrado nas pessoas, de modo a garantir: segurança, qualidade de serviço e condições de trabalho (European Comission, 2011a). Para Capros et al. (2013) as novas políticas europeias têm direcionado produtores e fabricantes a promoverem e adotar novas tecnologias para os meios de transportes. Hoje em dia, o principal desafio é o estabelecimento de uma maior eficiência no consumo dos recursos das economias modernas, sendo por isso necessária uma mudança de paradigma baseado na introdução de novas tecnologias e no desenvolvimento de novas soluções (European Union, 2012). Numa economia global focada na competitividade e eficiência, estima-se que o consumo de energia no sector dos transportes aumente 30% até 2030. Atualmente, metade do combustível consumido no sector rodoviário é efetuado em áreas urbanas, generalizando a preocupação com a logística urbana (TURBLOG, 2010). Por definição, entende-se como o transporte de mercadorias em meio urbano de forma a atingir uma maior eficiência energética e menor emissão de CO2, mantendo o vetor qualidade de serviço. A nível mundial a logística urbana tem sido alvo de diversos estudos e implementações, sendo já uma área de especial interesse para quem se debruça sobre cadeias de abastecimento. Atualmente tem-se concentrado esforços no sentido de difundir a implementação de boas práticas nesta área de modo a garantir um aumento da cooperação entre os intervenientes em busca de uma gestão sustentável. A logística urbana é uma temática complexa já que diversas responsabilidades estão espalhadas por diferentes stakeholders dificultando a coordenação e o consenso das soluções propostas (TURBLOG, 2010). 1.2 Objetivos da dissertação O transporte urbano de mercadorias emerge enquanto temática transversal a nível mundial e ao qual tem sido dada cada vez mais relevância. Neste contexto, é crucial utilizar as ferramentas de avaliação disponíveis para clarificar a gravidade da situação e tomar as medidas corretas. Desta forma, o principal objetivo desta dissertação é identificar e analisar os problemas e impactes relacionados com as operações de abastecimento e distribuição de mercadorias em meio urbano. Mais especificamente pretende-se avaliar quais as alternativas de intervenção para a fase final da distribuição de mercadorias, que do ponto de vista do agente económico privado envolvido, representam os seus 1

Description:
investimento e cuja referência é “Guide to Cost Benefit Analysis of Investment Projects” (European. Comission .. Os riscos do método são salvaguardados pela teoria da função de utilidade e as Langkawi: Elsevier, pp. 283-.
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