1 UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ANTÔNIO CARLOS LORENTZ RIPE AS ARMAS DA INFANTARIA DA FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA NO TEATRO DE OPERAÇÕES DA ITÁLIA - 1944-1945 Palhoça 2015 2 ANTÔNIO CARLOS LORENTZ RIPE AS ARMAS DA INFANTARIA DA FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA NO TEATRO DE OPERAÇÕES DA ITÁLIA - 1944-1945 Monografia apresentada ao Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em História Militar, da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito à obtenção do título de Especialista em História Militar. Orientação: Prof. RENATO JORGE PARANHOS RESTIER JUNIOR, MSc. Palhoça 2015 3 ANTÔNIO CARLOS LORENTZ RIPE AS ARMAS DA INFANTARIA DA FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA NO TEATRO DE OPERAÇÕES DA ITÁLIA - 1944-1945 Esta Monografia foi julgada adequada à obtenção do título de Especialista em História Militar e aprovado em sua forma final pelo Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em História Militar, da Universidade do Sul de Santa Catarina. Palhoça, 13 de fevereiro de 2015. _____________________________________________________ Professor orientador: Renato Jorge Paranhos Restier Junior, MSc. Universidade do Sul de Santa Catarina _____________________________________________________ Professor José Carlos Noronha de Oliveira Universidade do Sul de Santa Catarina 4 A todos os integrantes da Força Expedicionária Brasileira, que regaram com seu sangue, suor e lágrimas o Teatro de Operações da Itália, na Segunda Guerra Mundial. 5 AGRADECIMENTOS Inicialmente, a Deus, pela luz, sabedoria, coragem e força, sem as quais todo conhecimento é cego, toda ação é nula e todo esforço é improdutivo. À minha esposa Claudete Fátima e a meus filhos Antônio Henrique e Eric Matheus, cujo amor, carinho, atenção e companheirismo me impedem de sucumbir perante a adversidade e me alentam a avançar sempre em direção à nossa meta comum. Ao mestre Carlos F. Paula Neto, por sua atenção, suas orientações e, em especial, pela imensa gama de conhecimentos que nos disponibiliza. A meus professores, de todas as épocas, por sua paciência, carinho, disponibilidade, orientação, conhecimento e, em especial, por seu empenho em fazer-nos enxergar além do horizonte. 6 RESUMO Durante a Segunda Guerra Mundial, o Brasil foi o único país da América Latina a enviar tropas para combater em um Teatro de Operações daquele conflito. Organizada em 9 de agosto de 1943, a Força Expedicionária Brasileira foi constituída pela 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária e órgãos de apoio. Essa Força precisou, em pouco tempo, adaptar-se à organização, às táticas, ao equipamento e ao armamento do Exército dos Estados Unidos da América, ao qual foi incorporada. Empregada no Teatro de Operações da Itália, no período 1944-1945, a Infantaria Expedicionária brasileira foi equipada com o armamento padrão norte-americano daquele período, desconhecido dos soldados brasileiros. Com pouco treinamento, mas muita disposição, os “pracinhas” se adaptaram às novas armas, cujo exitoso emprego foi decisivo para o sucesso da FEB em combate. Esse feito contribuiu, ainda, para confirmar a enorme capacidade de adaptação e improvisação que tornou célebres os soldados brasileiros em sua participação na Segunda Guerra Mundial. Palavras-chave: Armamento. Infantaria. Força Expedicionária Brasileira. Segunda Guerra Mundial. 7 RESUMEN Durante la Segunda Guerra Mundial, Brasil fue el único país de América Latina a enviar tropas para combatir en un Teatro de Operaciones de aquel conflicto. Organizada a los 9 de agosto de 1943, la Fuerza Expedicionaria Brasileña fue constituida por la 1ª División de Infantería Expedicionaria y órganos de apoyo. Esa Fuerza necesitó, en poco tiempo, adaptarse a la organización, a las tácticas, al equipamiento y al armamento del Ejército de Estados Unidos de América, al cual fue incorporada. Empleada en el Teatro de Operaciones de Italia, en el 1944-1945, la Infantería Expedicionaria brasileña fue equipada con el armamento normalizado norteamericano de aquel período, desconocido de los soldados brasileños. Con poco entrenamiento, pero mucha disposición, los “pracinhas” se adaptaron a las nuevas armas, cuyo exitoso empleo fue decisivo para el éxito de la FEB en combate. Ese hecho contribuyó, aún, para confirmar la enorme capacidad de adaptación y improvisación que hizo célebres a los soldados brasileños en su participación en la Segunda Guerra Mundial. Palabras clave: Armamento. Infantería. Fuerza Expedicionaria Brasileña. Segunda Guerra Mundial. 8 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Fotografia 1 – Fuzil Springfield M1903 e seu clipe de remuniciamento..................................83 Fotografia 2 – Fuzil M1 Garand...............................................................................................83 Fotografia 3 – Clipe M1............................................................................................................83 Figura 1 – Lançador de granada M7.........................................................................................84 Fotografia 4 – Submetralhadora Thompson M1928.................................................................84 Fotografia 5 – Submetralhadora Thompson M1A1..................................................................84 Fotografia 6 – Submetralhadora M3.........................................................................................85 Fotografia 7 – Carabina .30 M1................................................................................................85 Fotografia 8 – Carabinas .30: M1A1 e M1, ambas com encaixe para baioneta......................85 Fotografia 9 – Pistola Colt 1911A1..........................................................................................86 Fotografia 10 – Pistolas Colt 1911 e 1911A1...........................................................................86 Fotografia 11 – Browning Automatic Rifle M1918A2.............................................................86 Figura 2 – B.A.R. M1918, M1918A1 e M1918A2...................................................................87 Fotografia 12 – Metralhadora Browning .30 M1919A4...........................................................87 Figura 3 – Metralhadora Browning .30 M1919A6...................................................................88 Fotografia 13 – Lança-rojão 2.36 M1 e rojões M6A2 e M6A3................................................88 Fotografia 14 – Lança-rojão 2.36 M9A1..................................................................................88 Fotografia 15 – Granada de mão defensiva Mk IIA1...............................................................89 Figura 4 – Granada de mão ofensiva Mk IIIA2........................................................................89 Fotografia 16 – Granadas de fuzil e adaptador de projeção M1A2..........................................89 Fotografia 17 – Treinamento de tiro com o fuzil Springfield M1903......................................90 Fotografia 18 – Grupo de “pracinhas”......................................................................................90 Fotografia 19 – Patrulha na neve..............................................................................................91 Fotografia 20 – “Pracinha” remuniciando o fuzil Springfield M1903......................................91 Fotografia 21 – Lançamento de granada de fuzil......................................................................92 9 Fotografia 22 – Defesa na neve em Porreta Terme...................................................................92 Fotografia 23 – Patrulha de suprimento....................................................................................93 Fotografia 24 – Blindado de reconhecimento da FEB..............................................................93 Fotografia 25 – Pistola Colt M1911A1 do Contrato Brasileiro de 1937..................................94 Fotografia 26 – Vigia de campo de prisioneiros armado com B.A.R.......................................94 Fotografia 27 – Metralhadoras Browning .30 M1919A6 em posição......................................95 Fotografia 28 – Montese...........................................................................................................95 10 LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ACP – Automatic Colt Pistol B.A.R. ou BAR – Browning Automatic Rifle BMG – Browning Machine Gun Btl – Batalhão C – centígrado Cia – Companhia cm – centímetro Cmt – comandante C.S.R.G. – Chauchat, Suterre, Ribeyrolle et Gladiator DI ou D.I. – Divisão de Infantaria DIE ou D.I.E. – Divisão de Infantaria Expedicionária FEB ou F.E.B. – Força Expedicionária Brasileira FM – Fuzil-Metralhador (ou, Fuzil-Metralhadora) Gen – general HB – Heavy Barrel HE – High Explosive HEAT – High Explosive, Anti-Tank km – quilômetro M – Modelo m – metro mm - milímetro Mk – Mark No – Number N° - número NATO – North Atlantic Treaty Organization PBS – Peninsular Base Section QOE – Quadros de Organização do Exército RI ou R.I. – Regimento de Infantaria SMLE – Short, Magazine, Lee-Enfield TNT – Trinitrotolueno V. Exª – Vossa Excelência WP – White Phosphorus
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